Marcou
época na TV dos anos 50 e 60 o programa “Gladys e seus bichinhos”. Grande contadora de histórias, ilustrava as
mesmas com seus próprios desenhos, executados de improviso ante as câmaras.
A
partir de 1955 o programa era exibido na TV Tupi, canal 6, logo após o “Falcão
Negro”. Depois Gladys levou o programa para a TV-Rio, canal 13, TV Continental,
canal 9, e TV Excelsior, canal 2, sempre com sucesso.
Contava
que suas histórias tinham, com sutileza, uma boa dose de didatismo, com seus
personagens deixando sempre uma resposta sincera a uma pergunta, que bem podia
não ter sido feita ainda, mas que um dia seria.
Dizia
ela: “Se fiz alguma coisa em favor do público infantil foi apenas tirá-lo do
contato diário com a violência, com os falsos heróis e, principalmente, com um
mundo fantasioso demais para a sua perfeita evolução mental e educacional.”
Seus
personagens funcionavam como símbolos de fenômenos humanos nem sempre
compreendidos pela criança. Assim, a figura do leão encarnava a autoridade e a
sapiência dos pais; a da coelhinha de rabo-de-cavalo simbolizava a ingenuidade e
lirismo das meninas de oito a doze anos; a raposa, a esperteza sempre lograda
porque a serviço da traquinagem. Outros personagens marcantes foram a esperta e
meiga formiguinha Gida, a gatinha Clarinha, a peixinha Marci, a abelhinha Domi,
a cachorrinha Lelete, e o sapo Godô.
Adorava
as crianças e suas tiradas, como a acontecida num aeroporto: “Sabe, Gladys, eu
gosto tanto de você, mas tanto mesmo, como gosto de pastel!”.
Além
de se apresentar em teatros, também gravou discos pela Musidisc, contando suas
histórias. Escreveu 38 livros, divididos em três coleções: "Gladys
e seus Bichinhos", "Histórias do meu Jardim" e "Mundo
Infinitamente Pequeno”.
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Minha TV chegou em 1960, uma Philips 21", com cantos redondos e quatro teclas tipo marfim na frente.
ResponderExcluirO Falcão Negro e a Gladys eram presença obrigatória, quando a imagem permitia entre horizontais que subiam, ou desciam e fantasmas que somavam bandidos ameaçadores ao Falcão e traços dobrados nos bichinhos da Gladys.
Imagino que ambos os programas sofressem restrições patrulheiras, se passassem hoje.
Seu resumo disse tudo. Me sentia do mesmo jeito. O tempo, de repente, voltou ...
ExcluirSeu resumo (poético) disse tudo. Me sentia do mesmo jeito.
ExcluirO tempo, de repente, voltou ...
Eu me lembro muito bem desses livros. Ficavam em um baú marrom de papelão imitando uma arca de tesouro. Eu ainda não sabia ler nas conhecia as estórias pela capa do livro, que entregava à minha mãe ou minha avó para que lesse para mim. Hoje em dia não temos mais atividades lúdicas para crianças em tenra idade como como aquelas proporcionadas pela Gladys mas certamente algo bem menos nobre.## O teatro Santa Rosa mais tarde se tornou a casa de shows "Preto 22" cujo dono ou sócio era Flávio Cavalcante, mais tarde New York City Discotheque, e em seguida Carinhoso.
ResponderExcluirEu era fã. Como me encantava com a facilidade com que ela desenhava.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirSou da época do "Globo Cor Especial" e "Capitão Aza" para cá. Nem a versão da "Vila Sésamo" com o Garibaldo azul eu peguei.
Falando em livros, nesta semana morreu o autor de um dos livros infanto-juvenis de maior sucesso dos últimos 50 anos, "O Gênio do Crime", lançado em 1969.
Bom Dia ! A televisão chegou lá em casa em 1957,quando eu já tinha passado da idade de ver programa infantil.Uma curiosidade: Ela ainda vive? Em caso afirmativo,suponho seja uma senhora que já passou dos 80.
ResponderExcluirNão me recordo e na verdade nem sei se chegou a Vix.Aqui a TV foi inaugurada em 62 ou 63 salvo engano e a programação era restrita , com filmes e videotapes dos programas/novelas.Penso que este programa não fazia parte da linha de frente.Vou até dar uma pesquisada.
ResponderExcluirAté à Penha podia se "enxergar" o Sumaré Dali pra cima, no sentido "norte"; Jacarepaguá; o restante da Zona Oeste (antiga Zona Rural) e a Baixada, a TV só "pegava" com reza braba. Eram muitos chuviscos e as transmissões pareciam cemitério, de tantos fantasmas devido às reflexões nos vários morros. Os que tinham melhores condições partiam para as imensas antenas "espinhas de peixe" com booster.
ResponderExcluirNão fui contemporâneo à Gladys, na minha época o forte era o Capitão Aza, National Kid e Os Três Patetas. Educativo tinha a Vila Sésamo.
Devo ter assistido poucas vezes mas lembro dela e do programa. Ia contando a história e desenhando. Tudo ao vivo, não existia VT.
ResponderExcluirNa Ilha do Governador chegou a funcionar o Jardim de Infância Formiguinha Gida, personagem da Gladys, tamanha era a importância de seu programa
ResponderExcluirJaime Moraes
Não consigo lembrar desse programa de TV, interessante considerando-se os poucos recursos da época. Alguma coisa que consigo lembrar é de um que alguém ficava desenhando por trás de uma tela opaca, que poderia ser de papel vegetal ou papel manteiga. Seria esse?
ResponderExcluirImagine a criatividade de uma Gladys usando toda a tecnologia moderna da atualidade.
A minha primeira lembrança de televisão na minha casa era de uma S.Electric de cantos arredondados. Era necessário um regulador de voltagem para que funcionasse perfeitamente, já que funcionava em "50 ciclos" ou hertz. FF: Dia 31 estréia nos cinemas "1964, o filme". Vamos assistir?
ResponderExcluirRespondendo ao Mauro xara, infelizmente ela faleceu em 2013. Por essa época assisti uma entrevista sua e aparentava muito bem, vivia em uma cidade serrana, talvez Petrópolis.
ResponderExcluirNaqueles tempos longínquos, assistir televisão era "um acontecimento". Eram horários reduzidos e além de filmes, o forte da programação era "ao vivo". Foi apenas em 1972 que as transmissões passaram a ser a cores, e mesmo assim algumas e o sistema utilizado era o alemão "Pal". Mas ainda deixava muito a desejar em comparação om a imagem digital "HD" dos dias atuais. Nos anos 70 as "maiores telas" nacionais eram de 26" e as mais comuns eram de 14", 15", e 17", com direito a Bom Brill na ponta da antena. Agora são comuns as telas de 60". Atualmente "todo mundo" tem tv a cabo da Net. Mas nas zonas oeste, nas favelas, na Baixada, e até mesmo na região da transolímpica e nas regiões da Piraquara e do BRT, o pessoal vai mesmo é de SKY...
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