JOIAS DA PROPAGANDA (2), por Helio Ribeiro
Esta postagem é
continuação da publicada no sábado passado.
Quem não se lembra deles e do jingle associado, composto pelo radialista e publicitário Borelli Filho e gravado originalmente por Carequinha.
“Vou dançar o
cha-cha-cha / Casas da Banha / Alegria vem de lá / Casas da Banha / Também vou
aproveitar / Casas da Banha / É lá que eu quero comprar / É lá que eu quero
comprar”.
Houve várias versões desse jingle, com letra alterada e outros cantores, porém mantendo a melodia. Vide uma delas abaixo, de início dos anos 1980.
Ano de 1959. Muito bem
bolada. Produção da Lynxfilm.
SOUTIENS VALISÈRE
Comercial ousado para a
época, ano de 1987, também ficou na memória de quem o assistiu. Produção:
agência W/GGK. Direção de Júlio Xavier. Criação: Rose Ferraz, Camila Franco e
Washington Olivetto.
SUJISMUNDO
Personagem criado por
Ruy Perotti, a pedido do governo militar. A ideia era mudar alguns hábitos
nocivos do brasileiro, segundo o mote “Povo desenvolvido é povo limpo”. Ficou
na intenção, infelizmente. Não mudou nada.
Houve vários filmetes
com o Sujismundo, todos da década de 1970. A primeira versão surgiu em setembro
de 1972, numa série de quatro filmetes. Eram exibidos na TV e em cinemas. A
campanha saiu do ar em novembro do mesmo ano e ressurgiu em 1977, agora com um
novo personagem, o Sujismundinho.
Outros personagens que
foram utilizados: a esposa Clarimunda e o doutor Prevenildo. Aqui vemos dois
desses filmetes. O primeiro é de 1972, o segundo é de 1977.
BOKO MOKO
Boko Moko foi uma
criação de Sérgio “Arapuã” de Andrade, jornalista, publicitário e especialista
em marketing político. O nome era uma variação das palavras bocó e mocó, gírias
da época para se referir a pessoas com vestimenta, falas e costumes
considerados antiquados ou cafonas.
O personagem principal
era o Teobaldo, vivido por Roberto Marquis, e se tornou muito popular na época.
Houve vários comerciais do Boko Moko, final dos anos 1960 e início dos 1970. O
produto veiculado era o Guaraná Antarctica, vendido como a senha para se livrar
do Boko Moko. Abaixo vemos dois desses comerciais.
Esse abaixo é muito engraçado e fez parte da série “Boko Moko através dos Séculos”.
COBERTORES PARAHYBA
Ano de 1961. Muito
fofo. Produtora Lynxfilm. Trilha musical do maestro Erlon Chaves.
FARINHA LÁCTEA NESTLÉ
O comercial das
“comadrinhas” é muito criativo. Ano de 1961.
TELEFONE A DISCO
Este comercial foge dos
demais de hoje. É americano e instrui as pessoas a como usar os novos telefones
a disco. Achei interessante.
----- FIM DA POSTAGEM -----
Hoje o Helio se superou nas escolhas pois os anúncios são sensacionais e icônicos.
ResponderExcluirO lado ruim é que me lembraram como estou velho. Só não me lembrava do anúncio da Fiat Lux.
Não sei qual era o melhor.
Os publicitários brasileiros são muito criativos.
Acho que esta série poderia ter mais alguns capítulos.
Eu me lembrava do Boko Moko mas não me lembrava que era propaganda do guaraná Antarctica. Me deu saudade do guaraná caçula.
ResponderExcluirTirar o telefone do gancho e ouvir o sinal de ligar não era realidade no Rio. Aqui havia que esperar às vezes por muito tempo para conseguir linha. Havia até macetes como discar zero.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirMuito bom, a série merece sim continuação.
Não me lembro do anúncio dos Fósforos "de segurança" Fiat Lux nem o da Farinha Láctea.
O dos Cobertores Parahyba marcou época e ó jingle das Casas da Banha era um "chiclete de ouvido."
(O macete lembrado pelo anônimo das 07:50 de discar o zero para tentar conseguir linha era bastante usado.)
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirEstou para sair. Mais tarde comento com mais calma. Mas adianto que quase todos eu já vi, nem que fosse no "Intervalo". Esse "Boko Moko" era comum nas tiras antigas da Turma da Mônica.
Bom dia a todos!
ResponderExcluirAs propagandas do CB sempre me trazem lembranças sentimentais, pois foi onde meu pai trabalhou por muito tempo até se aposentar, em 1984.
Das demais, lembro apenas da Valisère e do Sujismundo. A "menina do sutiã, Patricia Lucchesi, " virou atriz, mas abandonou a carreira e formou-se psicóloga para cuidar de seu filho que nasceu com autismo.
Outro macete para usar o telefone de disco era bater no suporte a quantidade de vezes referente ao número que ia se discar. Tinha um também que não me recordo bem, mas você conseguia ligar para seu próprio número. Colocava-se o telefone rapidamente no gancho e o telefone tocava ele mesmo.
Entrei poucas vezes em Casas da Banha, mas essas propagandas chamavam a atenção. Na minha infância o mais próximo de casa era um Merci.
ResponderExcluirO da Valisére ficou famoso, a jovem agora deve ser uma cinquentona.
O Sujismundo era popular entre as crianças. O de 1977 cita a esquistossomose, um terror até aquela época. Ver fotos de meninos com "barriga d'água" assustava. Atualmente não ouço falar sobre.
O dos fósforos não é da minha época, mas já tinha visto em algum programa de recordações.
As meninas da farinha láctea lembraram o jeito das minhas sobrinhas. Isso há quarenta anos.
Se voltasse a predominar o telefone fixo com disco com certeza teriam que fazer uma nova versão desse último vídeo.
Agora, depois de ver com calma os comerciais, posso comentar com mais certeza.
ResponderExcluirDos comerciais brasileiros só não lembro do guaraná. Esse ator depois virou figurinha carimbada em programas humorísticos.
O comercial da farinha láctea hoje seria politicamente incorreto. Tomei muito mingau de farinha láctea na infância.
O comercial do primeiro sutiã foi comentado semana passada.
O Sigismundo foi "ressuscitado" há algum tempo atrás, mas a campanha não fez sucesso.
O comercial dos palitos de fósforo só vi no "Intervalo".
Sobre os telefones, vou fazer um comentário a parte.
"Sujismundo"... coisas do corretor automático.
ExcluirOs porquinhos dançando o chá-chá-cha eram muito engraçados e faziam sucesso. Mas duvido que atualmente esse comercial prosperasse por vários motivos, e entre eles a obsessão das pessoas em se manterem esbeltas. Ter como exemplo porquinhos alegres e bem nutridos seria a última idéia que uma campanha publicitária iria implementar. Além disso, a "ditadura do politicamente correto" estaria atenta para uma suposta "gordofobia" que está permanente na mente dos lacradores como tantas outras "fobias", como a homofobia, "transfobia, a viadofobia, a sapatofobia, a paraibofobia", e tantas outras fobias. Não custa lembrar que a homofobia não é tipificada com crime em nosso ordenamento jurídico. O de fato existe é um "entendimento do STF" (como outros tantos), um "puxadinho", que faz com que no casos as "fobias citadas" tenham as respectivas condutas equiparadas à injúria por preconceito racial e dependendo do fato, à injúria racial, que teve a pena máxima equiparada a do racismo.
ResponderExcluirJá tinha esquecido da propaganda "Boko Moko" do guaraná e estranhei o modelo antigo da garrafa, pensava que naquele início dos anos 70 já tinham mudado para o formato curvilíneo característico do produto da Antarctica.
ResponderExcluirDigitei o termo na hemeroteca para confirmar o tipo da garrafa e até que não apareceu muita propaganda, houve uma pré-campanha sem informar o que seria e também surgiram outras informações como o crescimento do valor das ações da empresa por essa campanha do Boko Moko, menu com prato de filé batizado com esse nome e até remador do Fla recebeu esse apelido.
Na época também tinha o termo "cafona", um pouco antes era o "quadrado" e hoje se fala muito em "brega".
O Programa Flávio Cavalcante teve concurso da coisa mais cafona e o pinguim de geladeira virou um "hors concours" de tão citado, um ícone da cafonice.
Pinguim de geladeira, Paulo Roberto? Me aguarde..... kkkk
ExcluirO que acontecerá nos próximos capítulos?
ExcluirAlguns referem estar com problema de acesso ao blog. Por aqui, tanto no desktop quanto no celular, nada de estranho.
ResponderExcluirEm torno das 11 e meia fiquei sem acesso por um pouco menos de 1 hora, mas em seguida normalizou.
ExcluirTestando!
ExcluirOk!
ExcluirSobre os telefones. Durante um bom tempo coexistiram as centrais analógicas e digitais. Nas primeiras, sempre usava-se o disco. Quando apareceram as centrais digitais também apareceram os teclados. Aí tinha o sistema decádico (quando usava o disco ou o teclado ouvíamos os cliques) e o multifrequencial, só compatível com o teclado, com cada tecla correspondendo a um tom de frequência. Alguns modelos de telefone com teclas tinham um seletor para escolher qual sistema seria usado.
ResponderExcluirAs secretárias eletrônicas tinham um menu e cada opção era acionada pelo teclado. Nas linhas de centrais multifrequenciais não tinha problema. Nas centrais mas antigas eram usados uns "adaptadores" no bocal do telefone, simulando os tons das teclas, para poder acessar o menu da secretária.
Vivendo e aprendendo, eu não tinha a menor ideia/lembrança disso.
ExcluirComo sou velho... lembro de todos estes anúncios. Eram enormes. Hoje, comerciais como estes custariam uma fortuna em horário nobre. Segundo o GPT, um comercial de 30 segundos no horario nobre da Globo, chega a custar 847 mil reais. Inviável hoje em dia.
ResponderExcluirMe fez lembrar do marido de uma das minhas tia-avós que fazia a propaganda das lojas dele na Globo no dia 26 de dezembro, quando eram bons os descontos para divulgação na tv, inclusive no horário nobre.
ExcluirMas isso foi há muito tempo.
FF: lembram do ataque terrorista na Pç Barão de Drummond a menos de duas semanas? Pois repetiu-se hoje num bar em Turiaçu, com o mesmo modus operandi: atirar num grupo de pessoas, inocentes ou não. Resultado: 4 mortos.
ResponderExcluirPadrão PCC?
ExcluirNão conheço o padrão PCC, mas acho que está mesmo é para padrões "impunidade" e "caiu na rotina". Quem tem voz e poder pensa assim: "Foram só mais uns coitados que estavam no local errado e na hora errada. Isso nunca vai acontecer comigo, pois eu não frequento esses tipos de locais". É só questão de tempo!
ExcluirBem pensado, Anônimo. "Primeiro foram os ciganos, em seguida os homossexuais, os negros, os morenos, e por fim os judeus". A História não mente. A sua vez chegará. O que há poucos anos era "impensável e inadmissível" atualmente é normal e corriqueiro. Um marginal (leia-se crackudo) invadir uma casa para furtar era inadmissível e a punição era severa, mas atualmente é uma fato normal, pois esses criminosos são imediatamente liberados pela justiça pois segundo o "entendimento míope" de magistrados, isso acontece porque "não há violência ou grava ameaça". Entendimentos como esse são o maior incentivo à impunidade. E assim as coisas se banalizam. Em breve pode ser que o "entendimento" seja para que um homicida ou um estuprador não tenha sua conduta criminalizada em razão de ter alguma "relevância social". E assim vai se destruindo a base dos valores morais de uma sociedade.
ExcluirA "impunidade endêmica" que grassa no Brasil é o resultado da imunidade parlamentar, do foro privilegiado, da prisão em terceira instância, da audiência de custódia, e de "entendimentos doentios" do tipo "no Brasil se prende demais ou o que o detento deve ser "ressocializado", cujo ranço ideológico é inconfundível.
ExcluirMuito interessante. Tudo tem um motivo, não é?
ResponderExcluirGuilherme (RJ)==>10:05 - O truque de ligar usando o suporte como telégrafo era útil para se ligar de telefones com cadeados no disco, o número usado para retorno da "ligação " era 109 ao se atender dava ruído de ocupado.
ResponderExcluirAlgumas sugestões para o próximo capítulo :
Ele é um índio camarada, amigo da garotada...
Se a lâmpada queimar não precisa estrilar nem bater o pé, o que resolve e ter sempre a mão lâmpadas GE
E hora do lanche que horas tão feliz, queremos biscoitos São Luís (proibido lembrar a paródia aqui)
269 69 69 Insetisan (na tela aparecia escritoken um número diferente.)
Vocês se lembram da minha voz?
ExcluirContinua a mesma, mas o meu cabelo, quanta diferença...
Esse do Colorama é clássico também.
Isso mesmo, Colaborador Anônimo!
ExcluirEsse "truque" de ligar 109 servia para dar "trote" no colégio. Tinha um garoto na escola, no 2° grau, que fazia esse "truque" na secretaria da escola, quando esta estava sem ninguém.
Muito bom esse tema. Uma viagem ao passado. Só não me lembro do Boko Moko.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirBom Dia !
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluir2/3 do ano já se foram. Cada vez o tempo passa mais rápido.
ResponderExcluirAcho que à medida que a idade aumenta, principalmente pós aposentadoria, a percepção da passagem mais rápida do tempo também aumenta, é quase consenso entre meus amigos de mesma faixa etária.
ExcluirAh, e comigo acontece bastante o expresso pela frase "nada mais remoto que o passado recente", alguns acontecimentos de 20/30 anos atrás parecem mais recentes, mais vivos na memória, que outros de 5/10 anos passados.
Na verdade, tudo é relativo ...
Você tem razão em suas observações, Mário. Esperávamos completar 18 anos para tirar a primeira habilitação e demorava séculos. Hoje, idosos, o tempo voa.
ExcluirFora de Foco:
ResponderExcluirManchester United x Liverpool, final do primeiro tempo, 2 a 0 para o Liverpool, 02 falhas bisonhas do Casemiro.
Final, 3X0.
ExcluirTambém chegou a 2/3 o campeonato de F1. Ferrari ganhou em casa graças à estratégia de uma parada a menos.
ResponderExcluirAos poucos, Norris diminui a desvantagem para Verstappen, mas continuo achando insuficiente em condições normais. Já no campeonato de construtores, a Red Bull está somente oito pontos à frente da MacLaren. E a Ferrari também está chegando. Na F2 o piloto brasileiro Bortoletto largou em último e ganhou a corrida. Pode estar no grid da F1 em 2025. É o segundo colocado no momento.
Nos últimos dias apareceram boatos de que o contrato da Band seria rescindido, mas hoje o narrador reafirmou que a Band continua com a F1 até o final do ano que vem. A conferir.
Enquanto isso em Itaquera o Tite não ficou "tite" com o resultado, afinal é aniversário do mandante...
O nome correto do piloto brasileiro é Gabriel Bortoleto.
ExcluirMais um fato curioso é que ontem, na corrida curta da F2, o brasileiro chegou empatado em oitavo lugar com outro piloto e ambos dividiram o ponto da oitava colocação...
ExcluirVi que tinha 0,5 na tabela de pontuação mas não imaginava isso. Há mais de meio século acompanho corridas de todo tipo e nunca vi ou ouvi falar sobre algum caso igual.
ExcluirA fórmula 1 renasceu das cinzas.
O grupo Globo está de olho grande nos direitos de transmissão. O problema da Band foi um calote de patrocinador, mas pode ter dado a volta por cima.
A Globo pretendia assumir já em 2025, mas deixando as transmissões ao vivo para o SporTV e Globoplay. Exceto para o GP do Brasil, claro, e o de Mônaco. Para fazer isso, muito melhor deixar na Band. Acho que a Band só não transmitiu ao vivo uma corrida no dia da eleição de um dos turnos em 2022. E que era à tarde.
ExcluirO "olho gordo" da Globo também pode ter a ver com a possibilidade de ter pelo menos um piloto brasileiro no grid da F1 em 2025. Além de Bortoleto, tem a possibilidade com o Felipe Drugovich, atualmente piloto de testes da Aston Martin.
ExcluirBoa noite Saudosistas.
ResponderExcluirParabéns mestre Hélio, mas uma bela postagem, recordar é viver.
Sou apoiador de mais uma nova postagem sobre o tema.
Tite mais uma vez fracassando tal como nas últimas copas do mundo. Há dez meses no cargo ainda não conseguiu dar um padrão de jogo ao time e tem sempre uma desculpa.
ResponderExcluirA altitude, o calendário, as contusões, o árbitro, as viagens, etc,
Nem o VAR consegue ajudar o Flamengo.
ExcluirUm time bem treinado mostra algumas jogadas ensaiadas e movimentação em campo definida e consistente.
ResponderExcluirÉ raro ver isso na maioria de nossos times.