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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

VILA ISABEL - JARDIM ZOOLÓGICO


Com fotos e informações de fontes diversas como a Brasiliana Fotográfica e textos da Internet, vemos o antigo Jardim Zoológico do Rio de Janeiro.

Jardim Zoológico de Vila Isabel foi criado pelo empresário e abolicionista mineiro João Batista Viana Drummond, primeiro e único Barão de Drummond, nascido em 1º de maio de 1825, em Itabira. 


O Jardim Zoológico de Vila Isabel foi aberto nas últimas décadas do século XIX. No dia de sua abertura, o zoológico recebeu a visita de “809 pessoas a pé e 15 a cavalo”, um sucesso, tanto que a Companhia Ferro Carril Vila Isabel em vista da grande concorrência para o jardim passou a ter carros extraordinários todos os domingos.

José Alberto C. Maia garimpou o seguinte trecho do livro “Ganhou, leva! O “Jogo do Bicho” no Rio de Janeiro, de Felipe Magalhães:

“Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, 3 de julho de 1892. Nesse domingo de inverno carioca foram inaugurados vários divertimentos na empresa do Jardim Zoológico, de propriedade do sr. João Baptista de Viana Drummond, o Barão de Drummond.

O parque estava localizado no “pitoresco bairro de Vila Isabel”, na encosta da serra do Engenho Novo. Por ser um dia especial, a Companhia Ferro Carril Vila Isabel dispôs carros especiais para levar o público e os convidados até as dependências do zoo.

Esbanjando a cordialidade de um nobre, associando-a aos interesses de um empresário, o barão recebeu seus ilustres convidados, entre os quais o vice-presidente da República, cuja presença foi saudada por todos com um brinde à mesa do jantar.

No agradável passeio, tendo em vista o clima ameno e a satisfação de todos, o Barão e seu gerente Manoel Zevada lhes apresentaram as dependências do Jardim. Além das jaulas, gaiolas e viveiros presentes em qualquer empreendimento desse porte, a empresa de Drummond contava com um hotel “nas melhores condições, um magnífico restaurante e tinha em construção um grande salão especial para concertos”.

Os visitantes ainda poderiam passar seu tempo divertindo-se em animados bailes públicos, no circo de cavalinhos, em variados espetáculos ou fazendo apostas em alguns jogos liberados para aquelas dependências. Havia bilhar, carteado, jogo da pelota, frontão e outros. 

No entanto, em um domingo especial, um novo divertimento estava para ser inaugurado.

Ao comprar o ingresso de entrada para o Jardim Zoológico, o visitante passaria a receber um ticket. No bilhete estaria impressa a figura de um animal. Pendurada num poste a cerca de três metros de altura, próxima ao portão de entrada do parque, havia uma caixa de madeira. Dentro desta ficava escondida a gravura de um animal, escolhida pelo Barão em uma lista de 25 bichos que ia de avestruz a vaca, passando por borboleta e jacaré.

Nesse domingo, às cinco horas da tarde, a caixa seria aberta pela primeira vez, e o público presente poderia, afinal, descobrir o animal encaixotado e saber se teria direito ao prometido prêmio de 20$000, 20 vezes o valor gasto com a entrada para o zoo. Na hora marcada, o barão dirigiu-se até o poste, revelou a avestruz e fez a alegria de 23 sortudos visitantes.

Estava criado o "Jogo do Bicho".

O pedido para instalação de um Zoológico em Vila Isabel foi feito pelo Barão de Drumond ao Presidente e Vereador da antiga Câmara Municipal da Corte e é datado de 5/08/1884.  Fundado como Sociedade Anônima, sob o título de Companhia Jardim Zoológico, ocupava o jardim uma área de 230.000 m², pertencente à Cia. Arquitetônica, entre as Ruas Visconde de Santa Isabel, Costa Pereira e Barão do Bom Retiro.

O primeiro zoo carioca teve uma área com riachos, lagos artificiais e uma extensa coleção de animais domésticos e selvagens, com bichos brasileiros como jacarés e macacos, mas também com atrações exóticas como elefante e leão, por exemplo.

O estabelecimento dispunha de papel timbrado com dizeres simples, mas era diferente para a época: “Jardim Zoológico – Villa Izabel – Rio de Janeiro”.

O passar dos anos, entretanto, trouxe dificuldades financeiras. Para solucionar o problema e salvar o zoológico de uma crise, o Barão criou o “jogo do bicho”, atraindo a atenção de visitantes, moradores do bairro e, mais tarde, de toda a cidade, que faziam suas apostas pela manhã e retiravam o resultado à tarde.

A ideia do Barão de Drumond acabou por transformar-se em uma marca no cotidiano da cidade, mas não foi suficiente para salvar o antigo zoológico, que terminou fechando suas portas na década de 1940.

Nos seus primeiros anos este zoológico era cercado pela floresta da Serra do Engenho Novo, onde habitavam muitos macacos, daí o atual nome do Morro dos Macacos na referida serra. Era uma expressiva reserva que com o tempo foi invadida, destruída, se tornando um grande complexo de favelas que cercam o atual parque Recanto do Trovador.

O novo zoológico carioca, na Quinta da Boa Vista, viria a ser inaugurado em 1945 por Getúlio Vargas.



57 comentários:

  1. Sabia que tinha existido um zoológico em Vila Isabel mas não sabia de todos esses detalhes.
    Nunca joguei no bicho e nem sei bem como funciona esse sistema de apostas. Mas sei que rola muita grana e violência.
    Li que querem acabar com os zoológicos porque os bichos não devem ser retirados de seu ambiente natural.
    Há um grupo contra até passarinhos em gaiolas.
    É um assunto complexo e polêmico sobre o qual não tenho uma opinião formada.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Sempre aprendendo alguma coisa com as postagens do SDR. Infelizmente a região, assim como a cidade inteira, vem sofrendo com a violência, como visto na última semana.

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  3. As terras da "Fazenda dos macacos" eram de propriedade de uma das filhas de D. Pedro II, que por volta de 1870 as vendeu para o Barão de Drummond em prestações anuais. Ocorre que pouco tempo depois a Princesa veio a falecer precocemente, e o Barão de Drummond matreiramente não honrou o compromisso, ficando "o dito pelo não dito". Esse fato consta do livro de João Máximo e Carlos Didier, "Noel, uma biografia", uma das mais completas biografias de Noel Rosa.

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  4. Minha mãe muito brincou no antigo Jardim Zoológico, pois minha bisavó materna morava em uma casa fronteiriça na Rua Barão do Bom Retiro.

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  5. Mesmo sobrenome e da mesma cidade, era parente do grande poeta?
    Quando foi que o jogo escapou do zoológico?
    Voltando às origens, se legalizar, parte do imposto deveria ser para cuidar de animais, do zoo ou solto na natureza.
    Mas a arrecadação do jogo deve ter diminuído bastante nas ultimas décadas. A diversificação dos negócios dos bicheiros tem gerado mais violência que o "ganha-pão" original deles.

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  6. Carlos Drummond era primo do Barão. Há até uma crônica escrita por ele comentando este assunto.

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  7. Recentemente, andei frequentando esse espaço e constatei como a situação é lastimável. Nos canteiros, somente mato, restos de folhas e galhos espalhados. Muito lixo nas trilhas. Um laguinho com água podre, com um mini zoológico com gatos, galinhas, patos etc (deve ser para lembrar o passado do local). Uma grande piscina desativada e demais instalações físicas depredadas. Nas partes mais escondidas, os “brothers” usando drogas. Até parte da grade já levaram. Infelizmente, uma parte dos frequentadores ajuda a destruir o pouco que resta. Um espaço que poderia ser uma área de lazer para os moradores totalmente abandonada (há anos), como quase todos os parques e jardins da cidade. Aliás, alguém sabe o que faz a fundação municipal de parques e jardins? Certamente, o que não faz é cuidar dos ditos cujos.

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  8. Bom dia Saudosistas. Acho que só entrei uma vez no JZ de VI, nos anos 70 ou 80 para jogar bola. Uma pena não ter fotografias dos demais locais do complexo do JZ.
    Para quem não conhece o jogo de bicho, segue o básico:
    Grupo Bicho Dezena
    1 Avestruz 01 a 04
    2 Águia 05 a 08
    3 Burro 09 a 12
    4 Borboleta 13 a 16
    5 Cachorro 17 a 20
    6 Cabra 21 a 24
    7 Carneiro 25 a 28
    8 Camelo 29 a 32
    9 Cobra 33 a 36
    10 Coelho 37 a 40
    11 Cavalo 41 a 44
    12 Elefante 45 a 48
    13 Galo 49 a 52
    14 Gato 53 a 56
    15 Jacaré 57 a 60
    16 Leão 61 a 64
    17 Macaco 65 a 68
    18 Porco 69 a 72
    19 Pavão 73 a 76
    20 Peru 77 a 80
    21 Touro 81 a 84
    22 Tigre 85 a 88
    23 Urso 89 a 92
    24 Veado 93 a 96
    25 Vaca 97 a 00

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  9. A área do antigo Jardim Zoológico foi drásticamente reduzida durante as reformas empreendidas por Negrão de Lima e Chagas Freitas no final dos anos 60 e início dos anos 70. A duplicação da Visconde de Santa Isabel na parte fronteiriça ao antigo parque e o alargamento da Barão do Bom Retiro até o n° 1661 se devem ao "encurtamento" do terreno do antigo Jardim Zoológico. Até então o acesso à Estrada Grajaú-Jacarepaguá era possível tanto pela Visconde de Santa Isabel como pela José do Patrocínio, já que ela, a Barão do Bom Retiro, e a Teodoro da Silva, funcionavam em regime de mão dupla.

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  10. Histórias do Antigo Jardim Zoológico
    Certa vez o Barão de Drumount contratou um gerente para tomar conta do jogo de bicho, uma turma pediu a um garoto para ficar numa árvore escondido para ver qual era o bicho que o gerente iria escrever e colocar no garrafão, prometeram dar 5 mil réis para o garoto. No dia seguinte estava lá o garoto em cima da árvore olhando o Patrício escrever o bicho do dia, mas o Portuga viu o garoto e o fez descer da árvore.
    Quando o garoto desceu a turma correu ao encontro dele e perguntaram, qual é o bicho.
    O garoto disse só deu para ver a primeira letra é "B".
    A turma então arriou as malas no Burro e na Borboleta, no final da tarde todos aguardando o Portuga quebrar o garrafão e anunciar o resultado.
    Na hora certa o Portuga quebrou o garrafão abriu o papel que estava todo dobrado e anunciou; O bicho de hoje é o BESTRUZ.

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  11. O bairro de Vila Isabel deve sua origem ao Barão de Drummond. Abolicionista convicto, ele batizou as ruas com nomes de personalidades que pensavam como ele. A própria Praça Barão de Drummond se chamava originalmente Praca 7 de Março e muita gente antiga ainda se refere a ela como "Praça 7". Na minha infância eu a conhecia com esse nome, tal como minha família a chamava.

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  12. Anônimo => 15 de agosto de 2024 às 08:47
    Dando uma "fuçada" no site da Fundação Parques e Jardins, vi que a COMLURB é a responsável pela conservação dos parques:
    “A Fundação Parques e Jardins - FPJ mantém-se responsável pelo planejamento, paisagismo, projetos, arborização, reflorestamento e pela administração dos parques, assim como pelas normativas relativas às praças, parques e podas, conforme disposto no Decreto nº 28.981, de 31 de janeiro de 2008, CABENDO À COMLURB a responsabilidade pela conservação, manutenção e reformas de todos os canteiros, praças e parques da Prefeitura, bem como as podas das árvores.”

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  13. A principal via do bairro, o Boulevard 28 de Setembro, também foi batizada homenageando uma das leis anteriores à Lei Áurea. Alguns sites dizem ser a Lei do Ventre Livre e outros dizem ser a Lei dos Sexagenários.

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  14. A lista dos 22 parques administrados pela Fundação Parques e Jardins – FPJ é:
    1. Quinta da Boa Vista 560.500m2
    2. Campo de Santana (Centro) – 155.000 m2
    3. Passeio Público (Centro) – 33.600 m2
    4. Parque Machado de Assis (Santo Cristo) – 21.260m2
    5. Campo de São Cristóvão (São Cristóvão) – 13.510m2
    6. Parque Brigadeiro Eduardo Gomes (Flamengo) – 1.219.700m2
    7. Parque Tom Jobim - P. Cantagalo, P. das Taboas, P. Brigadeiro Faria Lima (Lagoa) – 100.000 m2
    8. Parque Yitzhak Rabin (Botafogo) - 43.800m2
    9. Parque Recanto do Trovador (Vila Isabel) – 41.260m2
    10. Parque Garota de Ipanema (Ipanema) – 28.270m2
    11. Parque Eduardo Guinle (Laranjeiras) – 24.750m2
    12. Parque Orlando Leite (Cascadura) – 13.000m2
    13. Parque Marcelo de Ipanema (Jardim Guanabara) – 12.000 m2
    14. Parque Poeta Manoel Bandeira (Cocotá) – 70.000m2
    15. Parque Ari Barroso (Penha) – 40.703.m2
    16. Parque Esportivo da Maré (Maré) – 100.000m2
    17. Parque Corredor Esportivo da Ilha do Governador (Moneró) – 17.603m2
    18. Parque Municipal Urbano da Serra da Misericórdia (Bairros do Complexo do Alemão, Inhaúma, Engenho da Rainha, Tomás Coelho, Vila Kosmos, Penha Circular, Penha, Olaria e Ramos) – 240,91ha
    19. Parque de Madureira (Madureira) – 113.000m2
    20. Parque Pinto Telles (Villa Valqueire) – 30.000m2
    21. Parque Vila Kennedy (Villa kennedy) – 56.916,31m2
    22. Parque Fazenda do Viegas (Senador Camará)

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    1. Essa lista deve estar desatualizada porque a própria prefeitura diz que o Parque Madureira só é menor do que o Aterro do Flamengo...

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    2. Parque Madureira Mestre Monarco é um parque de 450 mil metros quadrados, inaugurado em 23 de junho de 2012 e ampliado em 2015, situado entre os bairros de Madureira e Guadalupe, na Zona Norte.

      Fonte: Google.

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    3. Copiei a lista do site da própria fundação, endereço:
      https://www.rio.rj.gov.br/web/fpj/parques-urbanos
      Sou mais o Google, o site deve estar desatualizado mesmo.

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    4. Pelo site da Fundação, com 240,91 hectares [área equivalente a 240,91 x 10.000 m2 = 2.409.100 m2 ] o Parque Municipal Urbano da Serra da Misericórdia seria formalmente o maior.

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    5. Obrigado pelo esclarecimento, Sr Mário. Então é a Comlurb responsável por cuidar das plantas dos jardins e parques? A Comlurb mal consegue manter as ruas limpas, quantos mais os parques e jardins que exigem mão de obra especializada. Além do citado parque, incluo nas listas dos mais mal conservados, que conheço, os números 1, 2, 3, 4, 6, 11, 14, 15 e 17, da sua lista, além do Parque Lage (o pior de todos), da Pça Paris (na Glória), do Jardim de Alá e a Pça Rubiacea e outra praça perto dela que fica na Av. Jambeiro, ambas em Vila Valqueire. Dos que conheço salvam-se somente o Parque Madureira (com louvor) e o Parque do Flamengo (alguns trechos).

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    6. O trabalho da COMLURB é ingrato. Aqui no bairro os edifícios colocam o lixo em sacos na rua, aguardando o caminhão a coleta. Aí vem os crackudos e estouram todos os sacos e espalham o conteúdo na calçada e na rua. Se estiver ventando, espalha tudo mais ainda. Quando o caminhão chega, os lixeiros têm de catar tudo, usando grandes sacos ou lençois e raspando o que sobra com pedaços de papelão.

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    7. Muito bem lembrado.
      E a Praça Paris, o Jardim de Alah e todas as outras praças que não têm o nome de "Parque" e não têm uma Fundação para chamar de sua?
      Órfãos ?

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    8. Na verdade a situação de nossos "Parques e Jardins" reflete e faz parte do quadro maior da degradação progressiva da cidade.

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  15. Sempre que ouço falar em jogo do bicho uma associação vem de imediato à minha cabeça, a música do Moreira da Silva "Acertei No Milhar".
    "Etelvina
    (O que é Morengueira?)
    Acertei no milhar!
    Ganhei quinhentas milhas
    Não vou mais trabalhar".
    Muito bom !

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  16. Imagino que em tempos que não tinha nem mesmo o rádio para distrair o povo, um zoológico era uma grande atração.
    Atualmente a tendência por lá é só mesmo os bichos nascidos em cativeiro, alguns até de zoos de outros países, ou que sofreram algum ferimento e filhotes órfãos que não têm condições de voltar ao habitat narural.

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  17. Os crackudos ou ladrões mais aparelhados serram seções inteiras do gradil desse Jardim Zoologico e levam. É um material grosso e cada seção deve ter 2 metros de altura por 2 de largura. Para serrar deve levar muito tempo, takvez mais de uma hora. Não duvido que os ladrões tenham maçarico portátil. Certamente pesa muito a seção, não dá para levar na mão. Aqui na área tem 4 ferros-velhos.

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  18. O maior problema de conservação de nossas praças, parques e jardins é devido a péssima gestão da secretaria de Parques e Jardins, o qual normalmente é ocupado por um afilhado de político sem qualquer conhecimento sobre o assunto.
    Se não vejamos alguns absurdos que são facilmente observados:
    No Aterro a varredura das ruas e corte de gramados são feitas por um batalhão de pessoas normalmente grupos de 6 a 10 garis, espalhados ao longo do parque, e nem sempre todos estão trabalhando, principalmente em dias de sol, formam grupos embaixo de arvores conversando e olhando o desgraçado do celular, serviço este que poderia ser substituído por 1 pessoa usando uma máquina varredeira e/ou uma máquina de cortar grama motorizada. A poda de árvores são feitas por pessoas sem a menor qualificação que usam uma serra de corte e cortam os galhos sem qualquer critério, danificando mais a árvore do que a conservando.
    Também os brinquedos instalados nas praças, nunca sofrem uma manutenção de conservação, são instalados e ficam até serem retirados por não ter mais serventia ou porque está colocando o usuário em perigo.
    Agora vocês sabem onde fica a sede do Parque e Jardins, fica no Campo de Santana no prédio ao lado do Portão de Entrada em frente a Faculdade de Direito da UFRJ. Sou capaz de apostar que o chefe deste órgão jamais percorreu o Campo de Santana para verificar o estado de conservação deste parque, deve entrar com o seu carro estacionar em frente ao prédio e sentar na sua mesa e passar o dia batendo papo e tomando cafezinho, mas isso nos dias que se digna a ir trabalhar.

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    1. Muito bem colocado, Sr. Lino. É um varrendo, outro com o saco ou carrinho de lixo recolhendo e três ou quatro dando apoio psicológico (ou fazendo a segurança, sei lá).

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    2. A Comlurb quando raramente pode as árvores aqui no bairro, deixa-as praticamente só com o tronco. Com certeza é para ficar mais tempo sem ter que podar de novo (menos trabalho).

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  19. Há uns 2 anos levaram o portão de garagem de uma escola mantida pelos padres. Todo de alumínio, de uns 3 x 2m. O padre foi a um dos ferros-velhos e o portão estava lá. Pegou de volta. Esse tipo de roubo não dá em nada. Mesmo se pego em flagrante, no dia seguinte o ladrão é solto na audiência de custódia. Por isso virou praga roubo feito pir crackudos e roubo de celulares. A impunidade é garantida por lei.

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  20. Lembram a campanha do Sujismundo? O tema era "Povo desenvolvido é povo limpo". Pois é.

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  21. O "Morro dos macacos até o final dos anos 70 e início dos 80 era uma favela sem maiores problemas, assim como quase todas no Rio. As favelas são atualmente "um câncer" que vem destruindo gradativamente tudo ao seu redor, não apenas desvalorizando os imóveis do entorno, mas também atraindo elementos perniciosos que implantam a desordem necessária e criam condições propícias para que "grupos narco-politicos" se utilizem dessa deplorável estrutura para explorar seu negócio milionário, que tem uma "blindagem jurídico/política" que as torna inexpugnáveis, sendo que em muitos casos a expansão desses "narco-redutos" chaga a ocupar bairros periféricos demarcando-os com "barricadas". A Cidade do Rio de Janeiro já perdeu cerca de 60% de seu território com essa prática.


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  22. Sou a favor do projeto de lei que diz que os animais gozam de personalidade jurídica sui generis que os tornam sujeitos de direitos fundamentais e reconhecimento a sua condição de seres sencientes.
    E que deveria ser considerado terem direitos fundamentais a alimentação, a integridade física, a liberdade, dentre outros necessários a sobrevivência digna do animal.

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  23. O Eduardo radicalizou mas manter os animais confinados é maus tratos mesmo na minha opinião.

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  24. Quando o leão passar a pastar junto com o búfalo, eu viro vegetariano.
    Quando o bezerro não tomar mais leite e o lagarto não comer mais os ovos de outras espécies, eu viro vegano.
    Até lá, um franguinho aqui, um bifinho acolá, um omelete, um café com leite ...

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  25. Lembro-me que aos 20 anos atrás eu subia a Grajaú Jacarepagua apreciando a floresta e paisagem e algumas vezes cheguei a almoçar na Cabana da Serra um restaurante lá no topo. Hoje, dependendo do horário, não subo ou desço nem que a vaca tussa. Muita coisa mudou e a favela ultrapassou os limites da estrada pulando para o lado oposto. Eita Rio de Janeiro cadê você?

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    1. Quer outro exemplo ? No início da década de 80 fui várias vezes a São Conrado pela Estrada da Gávea a partir da Marquês de São Vicente e a Rocinha já estava lá, firme e forte, mas ainda eram tempos do finalzinho de "outro" Rio, em que eu também passava tarde da noite pela antiga Avenida Suburbana sem medo ....

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    2. Nos anos 70 logo que me formei, trabalhava na Wayne Dresser no turno noturno, as sextas-feiras era comum sair um grupo da fábrica a meia noite, horário do nosso jantar 00:00 a 1;00h, irmos as vezes 5 e até 7 carros, 15 ou mais pessoas na favela da Nova Brasília, para jantar lá, já éramos conhecidos não aconteceu nada. Quero ver fazer nos dias de hoje.

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  26. Hoje em dia quando ouço "Aquele Abraço" do Gilberto Gil parece deboche ....

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  27. Nos anos 70 eu e a futura Mme. D’ dávamos aula numa escola da Rocinha, como voluntários, das 19h às 21h, duas vezes por semana. Deixava meu fusquinha estacionado perto da escola sem nenhuma preocupação. Era outro Rio.
    E antes da Linha Amarela fui muitas vezes de Bonsucesso à Barra pela Grajaú-Jacarepaguá, isto nos anos 90.
    Hoje em dia nem uma coisa, nem outra.

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  28. Bem que o Dudu poderia detalhar melhor as maluquices que os "tutores" estão impondo aos seus tutelados pets. Parece interessante.
    Manter um cão dentro de um apartamento é confinamento?
    Sobre animais silvestres, o que fazer com os nascidos em cativeiro? E os feridos e filhotes órfãos?

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  29. Sobre o Barão de Drummond, acho estranho esse nome adotado já que normalmente os títulos de nobreza se referiam a seus lugares de origem e/ou influencia. O esperado seria Barão de Itabira e não Barão seguido do seu sobrenome, soando como se Barão fosse seu prenome.

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  30. Bom dia Saudosistas. Acho que os Cariocas merecem as Favelas, os Comandos e as Milícias, somos nós que alimentamos e mantemos eles.

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  32. Bom dia a todos!

    Ótimas informações do Zoo de Vila Isabel. Só passei em frente e nunca entrei. Só posso falar mesmo do localizado na Quinta da Boa Vista.

    Na gestão do Marcello Alencar foi feita uma grande revitalização, entre 1990 e 1992. A empresa que eu trabalhava colocou muito material (areia, terra e pedra). Acho que a empreiteira Carioca Engenharia foi a responsável, não tenho certeza. Eu ia de 15 em 15 dias no Zoo para levar as notas e receber o cheque, sempre nas segundas-feiras, que era o dia que o Zoo não funcionava ao público. Chegava cedo e fazia um giro pelo local vendo as jaulas e os animais. Dava pena!

    Atualmente o Zoo modificou-se novamente e foi transformado em BioParque, um novo conceito, um pouco menos agressivo aos animais, mas ainda muito complicado em manter animais de grande porte fora de seu habitat natural. Fui lá ano passado, mas ainda estavam remodelando o atual sistema.

    Sempre bom lembrar que um dos seus animais mais famosos, o "Macaco Tião", quase foi eleito prefeito.

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    1. Macaco Tião no Rio e o rinoceronte Cacareco em São Paulo.

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  33. Com relação ao comentário do Mário (15 de agosto de 2024 às 09:37), o Parque Ari Barroso, na Penha, foi o mais visitado por mim, na infância e adolescência, por volta dos anos 1970. Era relativamente perto de casa e caminho para ir a casa de meus tios que moravam na Penha.

    Atualmente (isso já deve ter uns 10 ou 15 anos) está bem degradado, nem sombra do que já foi anteriormente. Instalaram uma UPA, uma Arena e uma UPP. Um monte de carros velhos no local, mato alto pra todo lado. Uma tristeza!!

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    1. Eu tenho uma foto de 1972 tirada junto à Igreja da Penha mostrando dezenas de fiéis "de joelhos" após a árdua subida. Um belo visual! Um detalhe que chama a atenção é a presença de soldados do Exército ao fundo, algo que dispensa comentários. "Apesar dos pesares", há quem não sinta saudades daquele tempo". Me faz lembrar da estrofe de um conhecido samba de Dorival Caymmi, O samba da minha Terra: "Quem não gosta de samba bom sujeito não é"...

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  34. Hoje cedo passando pela linha amarela e depois indo para o Fundão pela linha vermelha notei que o processo de construção de casas nas comunidades que circundam essas vias não parou. Na Maré há prédios de cinco andares.

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  35. Depois que apareceu "condomínio" com postes desviados da prefeitura no terreno pertencente ao complexo de Gericinó, acredito em qualquer coisa...

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  36. A proliferação de construções ilegais em determinadas regiões se deve à falta de fiscalização de órgãos da Prefeitura e está diretamente ligadas à expansão da milícia, tendo em vista que a questão fundiária é de competência das Prefeituras Municipais. Basta analisar o histórico dos últimos 30 anos e constatar que nesse período alguns dos "ilustres vereadores" tem seus nomes ligados à paginas policiais, e em algum momento foram apontados como "mandantes e/ou executores de crimes".

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  37. A zona oeste do Rio de Janeiro está loteada por "grupos paramilitares".

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  38. O Rio de Janeiro está infestado de bandidos componentes de quadrilhas com as mais variadas denominações e procedências, algumas complementares outras concorrentes mas o resultado é que a maioria das pessoas comuns, cidadãos de bem, são vítimas direta e indiretamente desta situação que se instalou progressivamente a partir da década de 80 do século passado.

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  39. Pela visão de um homem minimamente esclarecido, a conclusão que se chega é que não só o "Estado do Rio de Janeiro foi corrompido pelo crime organizado, mas também o "Estado brasileiro" como um todo. O que mais chama a atenção é que embora se saiba a origem do mal e as soluções para que seja eficazmente combatido, não se vê a menor possibilidade para que tal estado de coisas possa ser revertido. Há anos eu venho dizendo que viveríamos um "Soweto às avessas", mas ninguém acreditou. "E agora, Mané?"

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  40. Eduardo amanhã vou a um Churrasco de aniversário de um amigo que não tem hora para acabar, normalmente começa assim que o primeiro chega e só termina no domingo quando os chatos já não conseguem beber e beber e ainda ficam se despedindo uma dezena de vezes.
    Pretendo divulgar a sua ideia para os participantes do churrasco, caso eles estejam de acordo com você, juro que não comerei um pedaço de carne se quer.

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