Alcenor Araújo, no Facebook Memória Automotiva Brasileira, criou um grupo para manter viva a história da indústria automobilística brasileira, desde os primórdios na fase de implantação no Brasil, passando pela a produção efetiva que iniciou-se em 1956 até ao ano 2005.
Ele faz um trabalho muito interessante de recuperar passagens de filmes em que aparecem carros. Hoje veremos alguns deles.
Os comentaristas poderão complementar a identificação dos carros, identificar os locais com exatidão e escolher o automóvel da preferência de cada um.
FOTO 1: Em destaque um Aero-Willys no cais do Porto do Rio.
FOTO 2: Um Aero-Wyllis mais antigo no Centro.
FOTO 3: Dois veículos da Polícia na porta do Copacabana Palace. Um camburão e uma "joaninha".
FOTO 4: Um Karman-Ghia trafega pela Avenida Brasil.
Não entendo de carros mas sempre achei o JK um carro elegante ao vê-lo passar.
ResponderExcluirEra confortável e tinha uma boa potência?
Durou pouco tempo, não?
Alguns dirão que foi cassado.
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirComo disse ontem, um vizinho de Madureira tinha um Simca. A placa era DF-5945. O padrinho da minha irmã tinha um AeroWillis. Esse não era da minha época.
Hoje minha irmã faz a segunda cirurgia de catarata e vou ficar alguns dias em sua casa.
Tem Praça Mauá em Paris?
ResponderExcluirMais um estagiário demitido.
ExcluirCaramba, que erro. Este foi meu mesmo, talvez influenciado pelas Olimpíadas. O "post" foi preparado durante o sensacional jogo EUA x França de basquete feminino.
ExcluirPara evitar o vexame vou apagar.
Na época em que ainda não tinha grana para ter um carro eu dirigia o Aero-Willys do "velho".
ExcluirAlavanca de mudança atrás do volante, sem ar-condicionado, sem cinto de segurança, banco inteiro de 3 lugares na frente, bom para namorar, mas ao fazer curvas se deslizava para o lado, calhas nas janelas para não entrar chuva, botão para farol alto no assoalho, do lado esquerdo da pedal da embreagem, cinzeiro e acendedor de cigarros no painel, maçaneta para abrir os vidros, papelão dobrado para proteger do sol ao estacionar.
Outros tempos.
Bom dia.
ResponderExcluirO JK era para os padrões nacionais vigentes na época "o fino", moderno (5 marchas, duplo comando de válvulas, por aí) e bonito.
Eu gostava muito também do Alfa Romeo 2300 que o sucedeu, um carro bem bonito.
Eu também achava o JK um carro elegante. Já o Alfa Romeo 2300 não era muito do meu agrado. Era pesadão.
ExcluirBom dia Saudosistas. Hoje o tema da postagem é um item que eu uso somente por necessidade, não sou profundo conhecedor do assunto.
ResponderExcluirO JK visto na foto 5 será o mesmo da foto 7?
Gostei do carro amarelo da foto 7, me fez lembrar de um igual, que fazia entrega de chocolates.
Morreu hoje o ex-ministro Delfim Netto.
ResponderExcluirJá morreu tarde, poderia ter morrido antes.
ExcluirFF. Vergonhosa na minha opinião a participação do Brasil nesta Olimpíada, conquistando somente 20 medalhas com 3 de Ouro, menos da metade da quantidade da Olimpíada de Tóquio.
ResponderExcluirMedalhas começam a ser ganhas nas escolas e universidades, não se ganham medalhas em quartéis.
Vergonhosa a participação da vela e do hipismo, que estão longe de serem esportes "populares", e menção nada honrosa à natação.
ExcluirTivemos quatro quartos lugares, que poderiam fazer ultrapassar o total de Tóquio.
Para ver que os EUA só ficaram na primeira posição do quadro de medalhas graças à última final olímpica, do basquete feminino. E na última bola...
ExcluirSerá que a participação brasileira foi "vergonhosa" por todas as medalhas de ouro terem sido de mulheres?
A participação do Brasil foi vergonhosa, porque um País com dimensões continentais, mais de 220 milhões de habitantes, só conseguiu ganhar 20 medalhas, para mim é uma participação vergonhosa.
ExcluirEntão proporcionalmente a da China foi mais vergonhosa, com "só" 91 no total.
ExcluirComentários desagradáveis como das 9:21 tem sido frequentes.
ResponderExcluirPaíses menores que o Brasil ficam em posições superiores porque geralmente focam em um determinado nicho, como corrida de velocidade (Jamaica) ou de resistência (países africanos). Cuba era um caso à parte. Teve uma modalidade (acho que salto triplo) que o pódio era de cubanos, mas disputando por outras nacionalidades. O cubano "legítimo" terminou em quarto...
ResponderExcluirCaem os últimos ídolos! O fim está próximo! Não se pode mais acreditar em nada!
ResponderExcluirQuer dizer que o Luiz publicou uma foto de Paris como sendo a Praça Mauá? Isto só se justificaria se a foto fosse de meados do século XX quando os prédios da avenida Rio Branco pareciam mesmo Paris.
O pai de um grande amigo meu de infância teve o Aero-Wyllis, que trocou posteriormente pelo modelo mais novo, o Wyllis Itamaraty.
ResponderExcluirAndei bastante de carona no segundo em Teresópolis, quando (ainda sem carteira de motorista) esse amigo começou a dirigir.
Lembro que a alavanca de câmbio tinha um botão que era pressionado para se engatar a ré.
Acredito que o câmbio já fosse de 4 marchas à frente, daí a necessidade do botão para a ré, que nos câmbios de 3 marchas era normalmente engatada puxando a alavanca no sentido do motorista e empurrado para cima.
ExcluirEu só dirigi por alguns momentos uma Rural Willys com câmbio no volante. Gostei. E uma vez aluguei uma Dodge Caravan cuja alavanca de câmbio era no painel. Meio estranho.
ExcluirO Camburão de que me lembro já era a Veraneio (C 14 ?), preto e branca.
ResponderExcluirNão sei se o camburão mostrado é da polícia. Parece-me de algum órgão do Estado.
ExcluirA Foto 8 deve ser na esquina com a Fernando Mendes, aparecendo o (hoje) Hotel Excelsior
ResponderExcluirQuem vai identificar os carros das fotos 1 e 2, além do furgão da foto 7?
ResponderExcluirO furgão da Foto 7: Chevrolet 1951-52 Panel Truck
ExcluirMário, é Ford e não Chevrolet. Era muito comum esse tipo de furgão antigamente.
ExcluirObrigado pela correção, Helio.
ExcluirO filme dos fotogramas é 'Furia à Bahia pour OSS 117", de 1965, com a Mylène Demongeot (alguém lembra dela ?)
ResponderExcluirNome estranho de filme. Lembro apenas de nome da Mylène Demongeot. Na década de 1960 havia muitos filmes italianos e franceses nos cinemas. Assim como dezenas de músicas. Hoje em dia.....
ExcluirE tanto filmes quanto músicas fazem falta, tinha muita coisa boa.
ExcluirSegundo o site, o título em outras línguas:
ExcluirO Agente OSS 117 (Brazil)
OSS 117 - Pulverfaß Bahia (Germany)
Agent OSS 117 - Oprør i Bahia (Denmark)
Furia en Bahía (Spain)
Agentti OSS 117 Riossa (Finland)
Praktor OSS 117, Epiheirisis Rio (Greece)
Oss 117 Furia a Bahia (Italy)
OSS 117 Furie in Bahia (Netherlands)
OSS 117: Mission for a Killer (USA)
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ResponderExcluirLembro do padrão de pintura cinza com faixa amarela dos veículos do Estado da Guanabara como visto no camburão da foto 3. Ou seria um furgão para outros serviços? Até mesmo um rabecão, por exemplo.
ResponderExcluirO ângulo não permite ver a sirene e luzes sobre o teto, nem dá certeza sobre respiradouro na lateral para os engaiolados na traseira da viatura, também um Ford, com certeza, mas fabricação menos antiga que o da foto 7.
Em tempo: padrão dos veículos do governo da GB.
ExcluirA foto 1, pátio do porto, com carros com aparência de abandonados, que não foram liberados pela alfândega.
ResponderExcluirPelo menos o Dauphine eu reconheço por eliminação, porque eu acho que Gordini era fabricado no Brasil. Ou estou enganado?
O Aero preto e o JK merecem crédito no final do filme. O primeiro parece nas fotos 1, 4, 6 e 7 e o segundo nas fotos 2, 5 e 7.
ResponderExcluirA foto 2 na Antônio Carlos e a foto 4 altura de Manguinhos entre o antigo aeroporto e Palácio Mourisco.
Sobre a foto 1 esqueci do destaque para o ônibus elétrico, ainda com faixa vermelha, que aguardava liberação.
Na foto 1, temos o trolley Fiat/Alfa Romeo, ainda esperando no porto para ser liberado.
ResponderExcluirE como já conta com a faixa vermelha, vai contra o que dizia o prezado Joel, de que esses trolleys rodaram sem essa faixa...
E todos os demais carros abandonados, por falta de a$$inatura$$.
Uma lástima.
Esses carros estão onde hoje é o Museu do Amanhã.
Arqueobusólogo, a foto 1 é "no mínimo de 1965", e quando os Trolley-buses entraram em operação em 03 de Setembro de 1962 ostentavam apenas a pintura azul sem qualquer faixa pintada, e fotos mostrando isso não faltam. Ao longo do tempo foram pintadas primeiro a faixa vermelha e em seguida a amarela. O ônibus elétrico que aparece na foto está desprovido da "lança", não estava em operação, e parece estar bem surrado. O que ele estaria fazendo estacionado no Porto do Rio é uma incógnita, mas é improvável que estivesse aguardando liberação, já que o desembarque dos 199 encomendados ocorreu ainda na época em o Rio ainda era Distrito Federal e a foto mostra uma realidade "pós 1965".
ExcluirArqueobusólogo
ExcluirEsse trolley está fora de operação, porque talvez não tenha entrado em operação. Lembrando que os trolleys chegaram ao Rio em 1959. Ou seja, ficou de 1959 até 1965 ali exposto ao tempo. E já veio pintado com a faixa.
ExcluirA minha insistência é que nenhum busólogo da época nunca citou que os trolleys chegaram sem essa faixa em vermelho.
Sempre é citado o esquema de cores igual ao da foto...
Mário, eu era fã da Mylène Demongeot. Ele esteve visitando o Rio, onde filmou com o Tom Jobim e participou de um carnaval. Foi em 1962 e era um filme franco-italiano, dirigido por Stefano Vanzina e rodado no Rio - "Copacabana Palace".
ResponderExcluirEis a sinopse: Três malandros cariocas armam um esquema para roubar as joias do cofre do famoso hotel Copacabana Palace. Enquanto isso, três aeromoças no mesmo hotel planejam aproveitar o Carnaval para conhecer os ídolos brasileiros na bossa nova. Ainda no Copacabana Palace, um príncipe pretende flagrar a infidelidade da esposa que vai passar o Carnaval do Rio. Essas três histórias tão diferentes acabam se cruzando no hotel que é um marco histórico e turístico da Cidade Maravilhosa
E ela voltou à cidade para o filme de 1965, que é ambientado no Rio, em Salvador e no Amazonas (aí com certeza a floresta da Tijuca deve ter virado cenário de selva).
ExcluirAgora entendi a referência à Bahia...
ExcluirComo não cheguei a conhecer nenhuma esquina como essa da Av. Atlântica na foto 7, eu vou chutar que é com a Constante Ramos.
ResponderExcluirPara confirmar só mesmo um grande conhecedor do bairro.
Logo hoje faltou biscoito no pote.
ResponderExcluirSó queria saber de onde saiu tanta referência à Bahia nos títulos estrangeiros...
Na postagem de sábado fiquei de dar uma palinha sobre as placas numéricas de veículos. Não sei até que ponto interessará aos visitantes, mas promessa é promessa. Vamos lá. Vou dividir em mais de um comentário, para não ficar muito longo e para compartimentar o assunto segundo alguns Estados.
ResponderExcluirHouve no Brasil seis sistemas de emplacamento. O primeiro vigorou de 1901 a 1915; o segundo, de 1915 a 1941; o terceiro, dali até 1969; o quarto vigorou até 1990; o quinto começou em 1990 (para alguns Estados esse início se estendeu até 1999) e findou em 2018; o sexto é a balbúrdia atual, esquema Mercosul.
No primeiro sistema as placas eram pretas, normalmente em formato hexagonal, com algarismos de cores variadas, porque dependia do material de que eram feitos. Embora controlada pelo município, a placa era mandada confeccionar pelo proprietário do veículo. O número não alcançava 1000, devido à frota muito pequena na época.
ResponderExcluirNo segundo sistema as placas também eram pretas, retangulares, e a composição era uma letra e um conjunto de algarismos, de 1 a 5. As letras eram P para carros particulares e A para os de aluguel (taxis, caminhões e ônibus). Um exemplo de placa de carro particular seria P 2497; de ônibus, A 285. Não havia obrigatoriedade de constar o nome do município na placa: as capitais não o faziam, assim como muitos municípios.
O terceiro sistema é aquele que detalharei nos próximos comentários.
Do quarto sistema em diante não falarei, pois são de conhecimento de todos. O quarto era o de composição LL-NNNN, o quinto era LLL-NNNN e o atual Mercosul é LLL-NLNN.
Do primeiro ao terceiro sistema as placas pertenciam ao proprietário e não ao veículo.
Vamos detalhar o terceiro sistema, em que as placas eram totalmente numéricas.
CONSIDERAÇÃO GERAL
ResponderExcluirNo terceiro sistema as placas também eram de controle municipal, não havendo repetição dentro do próprio Estado. Porém isso poderia acontecer entre Estados. As placas eram totalmente numéricas, começando em 1 e avançando sequencialmente daí em diante conforme a quantidade de veículos matriculados no Estado, segundo regras que descreverei adiante. Minas Gerais, São Paulo e Paraná tinham placas de até 7 algarismos, sendo que em MG e PR o primeiro desses 7 algarismos era no máximo 1, mas SP chegou a ter placas iniciadas com o algarismo 2.
Os algarismos eram agrupados de 2 em 2, da direita para a esquerda. Exemplo: 12-81-37. Um exemplo para MG seria 1-34-96-39. Para Rondônia, 9-25. Para vários Estados do Nordeste, seria 1-74-72.
Obviamente, placas de numeração muito baixa (até 3 algarismos) poderiam ocorrer em todos os Estados; as de numeração média (6 algarismos) só ocorriam em alguns Estados; as de 7 algarismos, só em MG, SP e PR, como escrevi acima.
As placas de sequencia baixa eram reservadas para as capitais, e dependendo da quantidade de veículos matriculados poderiam ir de 1 a 6 algarismos, embora a maioria das capitais só alcançasse até 5 algarismos, sendo as de 6 usadas apenas no DF e SP. Alguns exemplos reais: placa 26-66 de Salvador; placas 4-40-61 e 14-17-37 de São Paulo; placa 1-77 de Fortaleza; placa 1-85-56 de Brasília; placa 72-59 de Curitiba.
O nome do município vinha antes da sigla do Estado e eram gravados diretamente na placa, sem o uso de plaqueta. E só constavam da placa dianteira. A placa traseira tinha apenas a sigla do Estado e um espaço retangular horizontal para a afixação da plaqueta de emplacamento anual. Quando o veículo mudava de município, recebia nova numeração.
DISCLAIMER – Tudo o que eu escrever se refere ao padrão estabelecido inicialmente para as placas. Com o passar dos anos, as faixas de numeração designadas para alguns municípios se esgotaram e foram usadas faixas vagas em outros municípios. Virou bagunça.
CONSIDERAÇÕES PARA O ENTÃO DISTRITO FEDERAL / GUANABARA
ResponderExcluirAqui no DF/GB as placas iam até 6 algarismos, assim distribuídas:
1) As placas de número 1 até 3-99-99 eram de carros particulares.
2) As placas de 5 algarismos começadas com 4 ou 5 eram de táxis ou lotações. Exemplo: 4-76-30.
3) As começadas com 6 ou 7 eram de caminhões. Ex: 6-59-17.
4) As começadas com 8 eram normalmente de ônibus, mas podiam ser usadas por veículos oficiais, como ambulâncias. E: 8-39-63.
5) As começadas por 9 eram veículos oficiais. Ex: 9-07-37.
6) As começadas por 10 até 39 eram novamente de carros particulares.
7) As iniciadas por 40 e 41 eram táxis.
8) As iniciadas por 60 até 63 eram de caminhão.
9) As começadas por 80 até 82 eram ônibus.
10) As começadas por 83 em diante eram de veículos oficiais.
CONSIDERAÇÕES PARA O ESTADO DE MG
ResponderExcluirAs placas de 1 até 9-99-99 eram de Belo Horizonte. Daí em diante eram dos demais municípios. Estes eram classificados em ordem alfabética e recebiam números crescentes. Assim, quanto mais avançada a posição do nome do município na ordem alfabética, maior era o seu número de placa. Exemplos reais: município de Baependi, placa 19-75-62, Itajubá 55-36-06, Passa Tempo 1-12-52-92, Rio Novo 1-29-80-56, Ubá 1-55-92-64. Observem como o número aumenta de acordo com o nome do município na ordem alfabética. Observem também que o número só passa a ter 7 algarismos aproximadamente a partir dos municípios começados com letra O ou P.
A faixa de numeração estabelecida para um município era usada tanto para as placas amarelas quanto para as vermelhas.
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ResponderExcluirCONSIDERAÇÕES PARA O ESTADO DE SP
ResponderExcluirSão Paulo usava um esquema muito parecido com o de Minas Gerais, com a diferença que para um mesmo município havia uma faixa destinada às placas amarelas e outra para as vermelhas. E em termos de numeração, todas as amarelas tinham faixa iniciando por volta de 70-00-00 e indo até mais ou menos 1-92-99-99; as vermelhas iniciavam daí em diante e avançavam na faixa começada por 2 adentro. Mas não chegavam a 2-99-99-99. Dentro de suas respectivas faixas também obedeciam a uma numeração crescente quanto maior a letra inicial do nome do município, tal como acontecia em Minas Gerais.
Exemplos reais de placas amarelas: Sorocaba, 1-78-06-56; Tambaú, 1-79-76-96.
Em algum momento, as placas traseiras de SP passaram a ter junto com a sigla do Estado um número, que provavelmente indicava a região onde se situava o município, talvez o número da CIRETRAN que lhe correspondia. Exemplo: SP 12.
Placa “paulistinha”
Já quase no final do período desse sistema, o Estado de São Paulo resolveu inovar, de forma totalmente arbitrária e ilegal, criando placas com as mesmas cores das anteriores, porém começadas com a letra S, seguida ou não por outra, e com o nome do município sem a sigla do Estado. Essa segunda letra, quando existente, era em altura menor que a letra S e designava a região do Estado à qual pertencia o município, provavelmente correspondendo à CIRETRAN dele. Exemplos de placa assim: SC-332, do município de Socorro; SC-971, de Bragança Paulista. Esse “C” indicava que ambos os municípios pertenciam à região de Campinas.
CONSIDERAÇÕES SOBRE PLACAS DO NORDESTE
ResponderExcluirEm virtude do tamanho reduzido da frota, os Estados do Nordeste só tinham números até 5 algarismos, exceção feita à Bahia e a Pernambuco, que iam até 6 algarismos. Uma outra característica do Nordeste é que havia na placa dianteira um espaço retangular onde era afixada a tarjeta com o nome do município, embora a sigla do Estado já viesse estampada na própria placa. Nas capitais isso não era comum, sendo mais encontrado nos municípios do interior. Aliás, mesmo quando se passou para o quarto sistema, alfanumérico formato LL-NNNN, essas tarjetas não desapareceram de todo.
Teoricamente, as placas laranja/amarelas deveriam receber tarjetas da mesma cor, com letras pretas, e as placas vermelhas deveriam ter tarjetas também vermelhas, com letras brancas. Mas como no Brasil tudo vira bagunça, era muitíssimo comum as placas vermelhas virem com tarjeta laranja/amarela e letras pretas, destoando portanto do resto das cores da placa. Embora mais raramente, o contrário também ocorria: placa laranja/amarela com tarjeta vermelha e letras brancas.
A exceção notável era o Piauí, em que todas as tarjetas eram brancas com letras vermelhas, incluindo a própria sigla do Estado, que não era estampada na placa.
Em virtude dessa característica das placas do Nordeste, se ao longe a gente visse um caminhão se aproximando com uma tarjeta amarela/laranja ou branca na placa, já dava para saber que era caminhão do Nordeste.
CONSIDERAÇÕES SOBRE PLACAS DOS ESTADOS DO NORTE DO BRASIL
ResponderExcluirNão tive muito contato com placas do Norte, por ser difícil ver veículos de lá rodando aqui no Rio. A exceção eram algumas capitais, como Belém e Porto Velho. As demais raramente eram avistadas por aqui, sendo que Boa Vista só consegui ver numa viagem que fiz a Manaus. Por isso, não sei discorrer sobre as placas daquela região, exceto sobre as do Pará, eis que trabalhei em Belém durante quase um ano, entre março de 1967 e fevereiro de 1968.
No caso do Pará, as placas de Belém podiam ir de 1 até 9-99-99. Daí em diante eram os demais municípios. Parece que estes recebiam também numeração de acordo com a ordem alfabética, porém em dezenas separadas e com 6 algarismos. Assim, por exemplo, Bragança tinha placas amarelas iniciadas por 30 e as vermelhas por 31. Pessoalmente vi um caminhão-pipa Mercedes Benz azul circulando na rua do hotel onde eu estava hospedado, e cuja placa era de Bragança, número 31-00-46. E na avenida Assis de Vasconcelos, próxima ao hotel, vi uma caminhonete Chevrolet cor de café com leite, caçamba de lona, placa de Capanema, número 40-00-19. E vi um caminhão de Castanhal, placa iniciada por 51, mas não lembro o número completo. Já perto do Natal de 1967 vi um Aero-Willys placa de Santarém, mas não me lembro de nada do número. Eu estava dentro de um ônibus e já era noite quando vi o carro, saindo de uma rua lateral da avenida Presidente Vargas, a principal de Belém.
Placas do Norte eram tão difíceis de ver que mesmo em Belém só consegui avistar placas dos quatro municípios citados acima, embora o Estado tivesse 83 municípios na época. Mas as estradas abertas pelo regime militar ainda não existiam e o Pará era quase totalmente selva, com raríssimas estradas.
Foi também em Belém que vi estacionado na belíssima avenida Nossa Senhora de Nazaré um Aero-Willys Itamarati prata, teto de vinil preto, placa de Porto Velho, número 9-25, por sinal o primeiro que vi daquela cidade.
CONSIDERAÇÕES SOBRE PLACAS DOS ESTADOS DO SUL E DO CENTRO-OESTE
ResponderExcluirNão me detive em observá-las atentamente, por isso não sei discorrer sobre elas. O que posso dizer é que aparentemente Goiás também seguia o esquema de ordem numérica crescente de acordo com o nome do município.
Quanto ao Paraná, já citei que era um dos três Estados cujos números de placa chegavam a 7 algarismos.
Para quem entra no SDR e só lê os últimos comentários da postagem, chamo a atenção para as descrições que fiz do sistema de placas numéricas que vigorou entre 1941 e 1969 no Brasil. Começam no comentário do horário 23:23h de hoje, dia 12 de agosto.
ResponderExcluirChamar de "palinha" a explicação sobre o sistema de placas numéricas de veículos entre 1941 e 1969 no Brasil é ser bem modesto....
ExcluirDepois do padrão Mercosul, agora aparece o padrão "Globo" nos veículos das novelas, com números no lugar de letras, incluindo as placas "antigas"... Antes era só empresa de ônibus fake. Agora o "patamar" subiu...
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