NA MINHA CASA TINHA. E NA SUA? por Helio Ribeiro (2)
Na postagem de ontem
vimos móveis que costumavam existir nas casas antigamente. Hoje vamos nos
dedicar a utensílios e objetos. Na minha casa de infância e adolescência tinha
todos os abaixo. E na sua, o que disso existia? Confesse sem rebuços.
FILTRO
A VELA e MORINGA
Levava horas para a água passar do compartimento de cima para o de baixo do filtro. E periodicamente tinha de ser feita limpeza da vela.
MÁQUINAS
DE MOER CARNE E DE RALAR CÔCO
Lembro que ambas eram totalmente desmontáveis, para possibilitar limpeza. A de ralar servia tanto para côco como para queijo parmesão. Lá em casa a de moer carne era a mais usada. A outra, quando usada, era para ralar queijo parmesão. Raramente para ralar côco.
ROLO
DE PASTEL e FORMINHAS DE EMPADA
São incontáveis as piadas em que a esposa fica aguardando o marido retardatário com o rolo de pastel na mão, pronta para lhe dar uma cacetada ao entrar.
Quanto às forminhas,
meu irmão e eu de vez em quando as usávamos para fazer botões para nossos times
de botão. Picávamos plástico de brinquedos velhos, untávamos a forminha com
banha ou manteiga, jogávamos os pedaços dentro e derretíamos no fogo. O
resultado era um botão multicolorido. Mas a meu ver eram perebas. Eu preferia
vidrilhas (tampas de relógio de pulso).
Agora, que uma empada é
gostosa, lá isso é!
CHUVEIRO
ELÉTRICO LORENZETTI METÁLICO
Eu morria de medo de levar choque ao abrir a água, o que às vezes acontecia. De vez em quando precisava trocar a resistência, o que dava um trabalhão porque tinha de retirar todos os parafusos à volta do chuveiro, e eles eram mais ou menos doze. Mais raramente precisava ser trocado o diafragma.
DESCANSO
DE PANELA DE MADEIRA
Os lá de casa eram exatamente iguais aos da foto. Quem os teve se lembra que eram dobráveis, para facilitar guardá-los.
COMPOTEIRA
A nossa era idêntica à da foto. Mas era usada para guardar balas, e não compotas, pois lá em casa era raro usarmos esse tipo de doce, exceto quando minha mãe fazia doce de banana. De vez em quando aparecia lá em casa uma senhora bem humilde, negra, analfabeta, que não sei como conhecemos. Ela levava cartas recebidas da família, residentes fora do Rio, para minha mãe ler e escrever a resposta. Em paga, ela fazia aquelas famosas balas de côco que até hoje se podem encontrar à venda.
CORTADOR
DE MASSA
Era usado para cortar a massa de pastéis que minha tia mais velha fazia.
AMASSADOR
DE BATATA PARA PURÊ
Esse até hoje tenho aqui em casa, embora pouco o use, preferindo amassar as batatas com garfo, mesmo.
BACIA
DE ALUMÍNIO
Havia duas, de tamanhos diferentes. Minha mãe as usava para lavar as roupas dos clientes ou as nossas. Para ajudá-la, muitas vezes meu irmão e eu é que lavávamos as roupas, porém as de casa. Depois as roupas eram colocadas para quarar no chão do quintal, previamente forrado. Posteriormente meu tio fez dois suportes de madeira para as bacias, de modo que meu irmão e eu podíamos lavar a roupa com mais facilidade. Ele também fez um quarador de madeira, para evitar que as roupas tivessem de ser colocadas no chão. Para as roupas dos clientes eram usados o anl e a goma. Elas ficavam alvíssimas e engomadas. Sucesso total entre a freguesia.
FERRO
A CARVÃO
Esse tipo de ferro foi usado durante bastante tempo por minha mãe. Lembro dela chegando à janela e soprando as brasas. Saíam fagulhas pela boca do ferro. Posteriormente foi comprado um ferro elétrico.
FORMA
DE GELO
Indispensáveis dentro do congelador da geladeira.
“TRIO
MARAVILHOSO REGINA”
Esse era um trio que metia medo. Durante muito tempo meu irmão e eu, às sextas-feiras pela manhã, éramos encarregados de encerar todo o chão da casa, usando cera Cristal e depois dando lustre com dois escovões: um para ele e um para mim. Um dos escovões era exatamente igual ao da foto. O outro tinha um formato diferente. Enquanto fazíamos isso minha mãe ia à feira-livre na Praça Comandante Xavier de Brito.
A casa era composta de
três quartos, duas salas e um comprido corredor.
Mais adiante foi
comprada uma enceradeira Arno, exatamente igual à da foto, o que nos livrou dos
escovões.
-------------------- BÔNUS
-------------------
PINGUIM
DE GELADEIRA
Não, pinguim não! Isso nunca tivemos.
--------- ACABOU-SE
O QUE ERA DOCE -------
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirDos itens de hoje, além do pinguim de geladeira, não tivemos o ferro a carvão (mas vi em outras casas), a compoteira, a máquina de ralar coco e a enceradeira elétrica. Tínhamos o esfregão manual, por causa do piso de tacos. Minha mãe, por força de fazer salgadinhos para vender no bar usava a máquina de moer carne, além do rolo de pastel e do cortador de massa. Meu pai usava uma máquina para esticar a massa do pastel. Minha mãe também fazia empadas e usava as forminhas.
Tínhamos um filtro a vela em Madureira, mas não a moringa.
Ainda tenho o espremedor de batata. E a bacia de alumínio, onde minha mãe nos dava banho na infância, colocava as roupas para quarar no terreno ao lado ou usávamos para colocar os doces arrecadados no Cosme e Damião...
A forma de gelo continua firme e forte, mas nas versões de plástico e silicone. Essa de metal só vi nas outras casas.
ExcluirSobre o chuveiro, já comentei em postagem anterior, incluindo o artifício usado pelo meu pai para evitar que "esquececem da vida" no banheiro. Os descansos de madeira são mais "recentes", de pouco mais de trinta anos. Mais recentemente também usamos os de silicone.
ExcluirNão está na lista, mas acrescentaria o tostador de pão de forma para fazer misto quente (e a versão para pão francês).
ExcluirSobre a postagem de ontem, também tenho uma coleção de fitas K7 com gravações do rádio e TV, geralmente de shows, que não consigo transformar em formato digital. Nem sei a condição física das próprias fitas. Sobre o quadro com as "carinhas" só vi mesmo na casa de outras pessoas.
ResponderExcluirNem pinguim, nem chuveiro elétrico, nem ferro a carvão. O resto tivemos e/ou temos ainda, inclusive o “rapid toast” para fazer queijo quente no fogão.
ResponderExcluirO filtro e a moringa deixavam a água com gosto ruim.
E era imprescindível o mata-mosca nos velhos tempos do Rio.
Mauro Xara´: Bom Dia ! Na casa da minha Avó tinha todos. Faltou o fogareiro e o abanador para as brasas.
ResponderExcluirBom dia a todos!
ResponderExcluirSó não vi lá em casa o Ferro a carvão, o cortador de massa e a enceradeira. Os quartos e a sala eram de tacos e, às vezes, minha pedia emprestado a enceradeira da prima dela que mora na mesma rua. Os tacos foram substituídos por piso posteriormente.
As "forminhas de empada" não eram usadas para empadas e sim para queijadinhas, que minha mãe fazia e eu a ajudava a "bater" a massa. Não era usada a batedeira e sim manualmente.
Ainda em uso: os descansos de madeira para panelas e um utensílio que lembra um pouco a compoteira, atualmente usada para bombons, doces e balas.
No apartamento de Copacabana tinhamos um chuveiro elétrico no então chamado banheiro de empregada.
ResponderExcluirEra muito comum após faltar água no prédio a resistência "queimar", porque o fluxo de água ficava irregular com muitos bolsões de ar e aí com o aquecimento do chuveiro ligado e momentaneamente sem água, a temperatura da resistência tinha um pico e ela "ia para o espaço."
A solução era colocar o chuveiro na posição de aquecimento desligado, abrir a água e deixar aberta até o fluxo normalizar e só aí ligar o aquecimento (tinha 2 posições, inverno e verão)
Mário, "então chamado?" Pelo que me consta continua sendo. Muita gente o chama de "banheiro de serviço", mas a grande maioria das pessoas que eu conheço continuam a chama-lo de "banheiro da empregada". Eu tenho uma senhora que faz a faxina do apartamento uma vez por semana, e até ela se refere a ele como "banheiro da empregada.
ExcluirJoel, entendo seu comentário, mas de fato já não é mais geralmente chamado assim, principalmente pelas novas gerações, não só devido às expressões consideradas politicamente incorretas como também pelo desaparecimento da empregada doméstica como havia antigamente, que dormia no serviço (no "quarto de empregada") e utilizava o "banheiro de empregada", que eram referidos como as "dependências de empregada".
ExcluirOs apartamentos do condomínio onde minha filha mora em Niterói (novo, final de construção em 2017) sequer têm as agora chamadas dependências de serviço e no meu apartamento fiz há alguns anos atrás, quando deixamos de ter empregada doméstica que dormia de segunda á sexta-feira e passamos às diaristas, uma reforma mantendo somente o banheiro e incorporando o quarto de empregada à copa-cozinha.
Mário , o "politicamente correto" está levando a sociedade para um caminho cujo retorno (se houver) será bastante amargo. Nenhuma sociedade sobrevive sem normas e regras que norteiam seus limites, e isso pode ser visto em todos os seus segmentos. É claro que existem alguns exageros que certamente são combatidos com razão, mas em tudo no universo existe uma hierarquia, seja, no céu, no inferno, no plano espiritual, no umbral, no reino animal, ou onde quer que haja vida.
ExcluirComplementando o comentário: em linhas gerais, sem querer polemizar, e de uma forma bem ampla, "Stanislaw Ponte Preta tinha uma certa razão"...
ExcluirTirando o ferro a carvão, o resto- ou na lá em casa e/ou nas casas de meus avós conheci todos.
ResponderExcluirEsta cumbuca para fazer gelo com a alavanca era muito melhor do que as atuais de plástico. Faziam pedras maiores e era mais fácil retirá-las do que as atuais.
ResponderExcluirCom certeza, virou uma operação mais complicada tirar o gelo das forminhas atuais, se forem de silicone então, sai de baixo...
ExcluirAqui temos este cortador de massa para pastéis e um outro com diâmetro maior para cortar pizzas.
ResponderExcluirQuanto ao ferro a carvão, minha mãe conta que quando criança ia com minha avó à casa de uma senhora, que além de passadeira era "mãe de santo", e morava na Rua Leopoldo. Ela conta sobre as pilhas de roupa branca que a mulher passava com ferro a carvão e que ficavam arrumadas em uma cama de casal. No quarto fazia muito calor em razão das brasas no interior do ferro, e a mulher "suava em bicas". Ela conta que minha minha avó ficava aguardando a mulher terminar a sua labuta para então atende-la.
ResponderExcluir- Filtro de barro ainda tenho em minha casa, pequeno, além de outro direto na torneira. Moringa minha esposa comprou há um bom tempo, usou pouco e agora é enfeite na cozinha. O detalhe que a tampa é de barro também;
ResponderExcluir- Rolo de pastel também temos, pouco usado ultimamente, e formas ainda utilizadas em dias de festinhas. Foram muito úteis no tempo que minha esposa fazia salgadinhos para vender;
- Chuveiro de metal é mesmo do fundo do baú na minha vida, tanto na casa dos meus pais, quanto na dos meus avós, sendo que esse também era do jeito que o Hélio relatou, com eventuais choques elétricos;
- Descanso de panela de madeira também tinha na casa da minha avó;
- Compoteira eu chamo de "bomboniere" e tenho uma um pouco mais alta que a da foto. Herança da minha mãe;
ResponderExcluir- Esse cortador de massa não pode faltar em casa de salgadeira, tem o da pizza também;
- Amassador idem;
- Bacia de alumínio só no tempo dos meus pais;
- Esse ferro de passar conheci já desativado, também na casa da minha avó, minha mãe e minhas tias diziam que eram elas que encaravam a "fera fumegante" nos últimos tempos de sua utilização, quando ainda solteiras;
- Forma de gelo metálica também dos meus pais, acho que vieram junto com a nossa geladeira GE "quadradona" e com pedal para abrir a porta, de 1969. Antes era uma Clímax de cantos arredondados;
ResponderExcluir- Escovão tinha lá em casa, mas eu era tão pequeno que não era escalado par o serviço, sobrava para meu irmão, quase 5 anos mais velho que eu, até que apareceu a enceradeira Arno no estilo da mostrada na foto, mas cor de vinho. Aleluia!
- Cera Cristal sempre, enquanto teve taco de madeira.
- E aí está o pinguim de geladeira, um caso à parte, item também da casa dos meus avós, eleito ícone da "cafonice" no início dos anos 70, conforme citei dias atrás e o Hélio comentou algo sobre esperar que a vez dele chegaria.
ResponderExcluirPromessa realizada.
Os pinguins foram substituídos por ímãs dos mais variados. Desde os de propaganda de estabelecimentos até os vendidos para turistas. Uma das "tias" do "Saudades do Rio" é grande colecionadora.
ResponderExcluirEu tenho um grande painel de aço inox em uma parede da copa com ímãs de cidades visitadas que compramos em viagens a partir do início dos anos 2000.
Excluir(o painel já foi substituído uma vez por um maior)
Quase um vício ...
... mas na geladeira e no freezer, nada.
ExcluirMata moscas obrigatório mesmo, cabo de madeira (marca Pif Paf ?)
ResponderExcluirinteressante, mas um comentário meu sobre os pinguins de geladeira já "sumiu" duas vezes depois de publicado ... doidera.
ResponderExcluirVou repetir:
Segundo a Folhs de São Paulo:
"A tradição de colocar pinguins em cima das geladeiras surgiu nos anos 1950, quando a marca de refrigeradores Kelvinator começou a entregar estatuetas de cerâmica em formato de pinguins aos seus vendedores.
A origem dessa prática está no fato de que os refrigeradores da época eram muito diferentes dos atuais, parecendo móveis e sendo confundidos com grandes armários de louça. As estatuetas eram deixadas em cima dos eletrodomésticos para chamar a atenção dos clientes e, quando compravam uma geladeira, os clientes pediam para levar as estatuetas para casa.:"
é o mesmo comentário que já tinha feito no post de 31 de agosto.
ExcluirNão sei o que está acontecendo, pois o Helio também reclamou de comentários desaparecidos.
ResponderExcluirDeve ser culpa da CIA, como sempre dizia um amigo há anos.
Fora de foco: hoje tem às t6:00 h na Disney Plus [ESPN] o sempre interessante Real Madrid x Atlético de Madrid.
ResponderExcluir(já que estou fora de foco mesmo, no futebol, que decadência a do Manchester United, joga quase sempre mal nos últimos anos e acabou de levar um 3 x 0 em casa do Tottenham.); o elenco é bom e o técnico holandês fez sucesso anteriormente no Ajax, mas não consegue, a exemplo de seus antecessores pós era Alex Ferguson, dar um padrão mínimo de jogo à equipe (para mim sem problema, sou torcedor de carteirinha do outro Manchester, o City.)
O United realmente vem mal. Hoje ainda teve seu melhor jogador expulso no primeiro tempo.
ExcluirÉ bom ser torcedor do City.
Lembrei o nome do fogareiro que tínhamos, era a querosene e marca Primus.
ResponderExcluirNão sei direito porque tínhamos, devia ser para cozinhar na falta do gás encanado, apesar de lembrar da marca não me lembro de ter visto ele sendo usado ....
Na casa de meus avós maternos, na Usina, tinha um filtro com moringa e eu adorava aquela água fresquinha com gostinho de terra. Quando casei, em 1983, comprei uma moringa para reviver os velhos tempos e minha mulher não entendeu nada, pois ela não tinha esse histórico familiar e pedi apenas para respeitar, já que ela achava cafona. Quando me separei, em 1999, fui até a Rua do Lavradio e comprei um pinguim de geladeira numa loja que tinham uns 30 e poucos, todos diferentes entre si. O rapaz da loja me falou que era uma coleção de uma senhora que faleceu e a família botou para vender na loja, em consignação. Comprei um que era diferentão, olhando para o lado. No início deste ano, deixei cair e quebrou. Fiquei arrasado!
ResponderExcluirFF: Com profundo pesar eu anuncio o encerramento das atividades do Colégio Sarah Dawsey na Lagoa. Mais uma instituição de ensino que sucumbe diante da especulação imobiliária.
ResponderExcluirBoa tarde Saudosistas. Vamos recordar os bons tempos de infância.
ResponderExcluir1- Filtro e Moringa de barro, tínhamos na casa dos meus pais, o filtro mais tarde trocado por um de cerâmica esmaltada de cor azul.
2- Moedor de carne, não me lembro, mas lá em casa já compravamos a carne moída no açougue.
3- Rolo de Pastel e Forma de Empada, tenho ainda hoje na minha casa e também tinha na casa dos meus pais.
4- Chuveiro elétrico Lorenzete, tinha nos dois banheiros da casa dos meus Pais e na casa de praia que tive.
5- Descanso de Panela, tinha vários modelos na casa da minha mãe tanto de madeira quanto de aço, aqui em casa temos de aço inox e de fibra.
6- Compoteira tenho uma maior hoje em casa com nome modernizado para bombonier.
7 Cortador de massa, temos vários modelos para massa, pizza e sei lá mais o que, que a madame faz uso.
8- Bacia de Alumínio, havia pelo menos umas 3 ou mais de tamanhos diferentes, usadas pela minha mãe e a empregada.
9- Ferro a carvão, só me lembro dos elétricos, mais tarde de um com vapor. Certa vez na feira da Lavradio quis comprar um para decoração, mas fui barrado pela madame.
10- Espremedor de Batatas, temos um em casa, muito usado para espremer batatas quando a empregada faz caldo verde.
11- Forma de Gelo de Alumínio c/ alavanca para desmoldagem, tinha na geladeira da casa dos meus pais, era a melhor forma para fazer gelo, o tamanho das pedras eram ideais para colocar em copo de bebidas e fácil de serem retiradas da forma.
12- Cera, Esfregão e Enceradeira, nunca tivemos na casa dos meus pais e também nas casas que morei, o piso era de sinteko.
12- Pinguin de louça, na casa da minha mãe não tinha, na casa da mãe da minha esposa tinha. Mas já vi num antiquário uma exposição de pinguins com vários modelos e cores diferentes.
Fora de foco:
ResponderExcluirCom mais de 70 anos de história, o tradicional restaurante de massas Spaghettilândia, localizado na Rua Álvaro Alvim, na Cinelândia, fechou suas portas há poucos dias ..."
Fui muito nos anos 60, principalmente à Filial de Copacabana.
Muito tempo depois, anos 90, trabalhei na Schildler com o filho de um dos sócios, representante comercial.
A Spaghettilândia era um restaurante bem razoável com preços bons.
A Spaghettilândia de Copacabana ficava na N.S. de Copacabana entre Dias da Rocha e Raimundo Correia, bem em frente ao ponto do bonde que ia pela contra-mão em direção a Ipanema. Estava lá desde que eu era criança, no final dos anos 50.
ResponderExcluirNa da cidade fui poucas vezes, mas era bem razoável.
Cheguei tarde, mas ainda dá para comentar.
ResponderExcluirAcho que tinha tudo isso na minha casa, menos o esfregão e o pinguim. Lembro bem da moringa, mas não sei se era nossa. Minha mãe tinha um ferro a carvão guardado. Provavelmente muito usado quando ela se casou e foi morar no interior.
Ninguém lembrou do candeeiro,
muito usado quando faltava luz.
Ainda tem um lampião Alladim sem uso no quarto da bagunça. A "camisa" era muito sensível e se desintegrou com o tempo. Hoje temos lanternas de LED que substituem bem. Fora as luzes de emergência.
ExcluirCandeeiro não lembro, mas meu pai comprou um lampião no período de racionamento após a tragédia da Serra das Araras que atingiu a represa da Light em 1967. No mais era só a tradicional vela mesmo, como prefiro até hoje.
ExcluirLuz de celular só até pegar o fósforo e a própria vela.
Tenho uma coleção de ímãs "de geladeira" com reproduções de fotos do Rio Antigo (praticamente todas do Malta) que ficam em um armário com livros no corredor... Poucos ímãs na cozinha, na geladeira e no armário. Neste para segurar o calendário deste ano. Tenho alguns ímãs na sala.
ResponderExcluirCom o sumiço das "folhinhas" de calendário como brinde restaram alguns desses imãs para ver datas. Cheguei a imprimir uns 3 anos, mas já não tenho feito qualquer tipo de impressão.
ExcluirNas (raras) vezes em que falta luz, se for à noite, uso uma pequena lanterna de LED para pegar uma vela grande e larga, daquela que se usava para teoricamente afastar o mosquito da dengue, e acende-la.
ResponderExcluir(uma caixa de fósforos fica guardada ao lado da vela. mas se precisar ainda tem o isqueiro de minha mulher).
A luz é fraquinha porque a chama é pequena mas é o suficiente e ela fica dentro de um copo porta vela de vidro,
FF: com a vitória do Remo sobre o São Bernardo, na Série C, o Volta Redonda é o primeiro clube do RJ a disputar a Série B sem ter sido rebaixado na primeira divisão desde o Macaé, alguns anos atrás. O Remo também garantiu o acesso com uma rodada de antecipação. As outras duas vagas ainda estão em disputa. Na última rodada os dois clubes disputam a vaga para a final.
ResponderExcluirVamos torcer para um bom desempenho, que pelo menos o "Voltaço" consiga se manter na segundona.
ExcluirNo final dos anos 50/início dos 60, período em que meu pai trabalhou na construção de Álcalis em Arraial do Cabo e morávamos em uma ótima casa em Cabo Frio, aí quase todo dia faltava luz, além do que era quase obrigatório o uso de um "regulador de voltagem" para proteger a geladeira dos surtos de tensão.
ResponderExcluirAí tínhamos vários lampiões a querosene, um em cada cômodo da casa, sempre a postos.
Em Cabo Frio tínhamos uma "bomba de Flit".
ResponderExcluirLampião todo mundo precisou ter no início dos anos 60 quando havia racionamento todo dia. 40 minutos de dia e 40 minutos de noite. Cada região tinha seu horário. Lá em casa, à noite, era de 18:40 às 19:20.
ResponderExcluirNos anos 60 o racionamento de energia era por volta das 18:30 em grande parte da Tijuca. Meu avô tinha dois lampiões de querosene que mal iluminavam a sala. Nesse horário minha avó ficava na janela do apartamento para "olhar as modas", como ela costumava dizer. O vizinho que morava do outro lado da rua comprou um lampião a gás do tipo "Aladim" que era um assombro. Ela insistia para meu avô comprar um, mas ele sempre "enrolou". O racionamento durou em torno de quatro anos.
ResponderExcluirEu tinha a impressão do racionamento ter sido nos anos 1967/1968, por aí.
ResponderExcluirNão sei o horário em que acontecia lá em casa, mas como morávamos no sétimo andar, tínhamos que ficar espertos para se necessário conseguir pegar o "último elevador" ou então subir de escada (com uma lanterna ou vela se fosse à noite) ou esperar na portaria a luz voltar.
Lembro de um versinho da época que dizia:
"Rio, cidade que me seduz
de dia falta água e
de noite falta luz."
A falta de água era relativamente comum, meu pai mandou instalar uma pequena caixa d'água reserva presa ao teto da área de serviço que atendia as torneiras do tanque e da pia da cozinha.
A falta de água está voltando a ser crônica em vários lugares da região metropolitana do Rio. Quase todo dia estoura uma adutora.
ExcluirDentre os objetos antigos que existiam nas casas lembro do penico ou urinol para fazer xixi à noite sem ter que ir até o banheiro. Devia ficar um cheiro horrível no quarto.
ResponderExcluirOutro era aquela campainha de ferro que ficava na mesa de jantar, geralmente na forma de uma portuguesa com traje típico, para chamar a empregada.
O espanador foi outro objeto que nunca mais vi nas casas.
Essa campainha de ferro e a criada uniformizada pode ser vista na série da TV portuguesa exibida no canal 136 "A Promessa", e ambientada no período salazarista. Mostra uma disciplina férrea em uma grande propriedade e belas criadas "bem fornidas de carnes".
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBom dia.
ExcluirTive um colega no ginásio que por ocasião de um trabalho em grupo que ia ser feito à tarde em sua residência convidou a mim e a outros dois colegas para irmos direto do colégio e almoçarmos antes.
Ele morava em uma casa bem grande em uma rua transversal à Rua Jardim Botânico e a casa era dotada de um sistema de comunicação interna (hoje chamaríamos de interfone) com aparelhos distribuídos que atendiam à vários cômodos, inclusive sala de jantar e cozinha.
O aparelho da sala de jantar tinha um fio comprido, e estava sobre a mesa.
Fiquei muito impressionado ao ver a dona da casa se comunicar com a cozinha dando ordens à copeira - impecavelmente uniformizada - que servia à mesa.
Eu bem que gostaria de viver em épocas passadas, mas só de pensar que na maioria dos lares os hábitos higiênicos eram precários eu "pensaria duas vezes", pois a possibilidade de topar com algumas situações "de natureza íntima" me faria desistir da idéia....
ResponderExcluirFazendo uma alusão ao meu comentário das 11:53, a hierarquia e a disciplina são fundamentais para o progresso de uma sociedade. O condomínio do prédio onde reside um amigo está tendo problemas com o zelador em razão de a administração do prédio permitir o fechamento de uma área comum, ou por leniência e/ou por desconhecimento da convenção condominial e do Código Civil, para que fosse usada como "extensão da residência do referido zelador". Alguns moradores reclamaram em razão de que tal alteração foi realizada "na canetada" e sem a realização de uma assembleia geral do condomínio, o que é vedado pela convenção e pelo C.Civil. O zelador tomou a reclamação para si como "uma ofensa a seu direito pessoal", apesar de lhe ser explicado que o motivo da reclamação é de ordem legal e não pessoal", mas isso não adiantou, e foi criado um "clima estranho", pois a situação ocorreu em razão da "falta de rigidez na relação de trabalho por parte da administração do condomínio". É um exemplo clássico que mostra que embora possa haver cordialidade nas relações de trabalho, os limites dessa relação devem rígidos. Essa narrativa é mais um exemplo de que, ainda que de forma ampla, "Stanislaw Ponte Preta tinha razão"...
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirHoje é dia da secretária. A sineta ainda é vista em novelas e em mansões nos feudos de sempre. A semana promete fortes emoções.
Contava o Carlos Heitor Cony que, na visita de Craveiro Lopes ao Brasil, após os dias no Rio, foram a uma Brasília ainda em obras e que à noite houve um incidente diplomático: o General Craveiro exigia um penico embaixo da cama. JK convocou o Coronel Affonso Heliodoro, que lhe quebrava todos os galhos, para conseguir um: só foi possível em Anápolis. O penico veio de jatinho, todo de louça nobre com florões azulados. O Coronel recebeu, de Craveiro, a comenda da Ordem de Cristo...
ResponderExcluirDocumentário sobre a visita dele ao Brasil em 06 partes feito pela RTP (na parte iv está a visita às obras de Brasília) em:
Excluirhttps://arquivos.rtp.pt/conteudos/viagem-presidencial-ao-brasil-i-parte/
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/viagem-presidencial-ao-brasil-ii-parte/
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/viagem-presidencial-ao-brasil-iii-parte/
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/viagem-presidencial-ao-brasil-iv-parte/
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/viagem-presidencial-ao-brasil-v-parte/
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/viagem-presidencial-ao-brasil-vi-parte/
A qualidade das imagens é muito boa.
A (longa, mais de 20 dias) visita foi em junho de 1957.
ExcluirO Rio de Janeiro está na parte ii
ExcluirAparecem:
ExcluirCâmara do Distrito Federal
Igreja da Candelária
Hipódromo da Gávea,
Clube Ginástico Português
Cortejo em automóvel aberto na Avenida Copacabana
Hotel Copacabana Palace
Biblioteca Municipal do Rio de Janeiro
Real Gabinete Português de Leitura
Palácio do Catete
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Real Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência do Rio de Janeiro
Tribuna de Honra do Maracanã Portugal x Brasil.
Para felicidade da nação flamenguista o Tite foi demitido.
ResponderExcluirPessoal foi precavido para não correr mais riscos na Copa do Brasil. Aliás, que palhaçada da CBF mudando as datas de volta das semifinais para atender aos interesses da Globo, do Flamengo e do CAM... Vasco e Corinthians já se mobilizam, mas sem perspectivas de reversão da decisão.
ExcluirO futebol brasileiro é uma bagunça. Os principais times ficam sem seus principais jogadores nos momentos importantes por estarem servindo a seleções.
ExcluirOs campeonatos estaduais deveriam ter muito menos tempo.
Como dizia o Zózimo: E o penico do Craveiro, hein?
ResponderExcluirO racionamento de energia de 1967 começou em janeiro, mas não lembro quanto tempo durou. As turbinas da Light foram atingidas pelo grande volume d'água do Ribeirão das Lages depois do temporal que vitimou muita gente na Serra das Araras e arredores , principalmente viajantes na Dutra e o pessoal no canteiro da empresa que fez a então recente duplicação da rodovia.
ResponderExcluirRacionamento no início daquela década eu não lembro, mas o provável motivo foi a falta de ampliação do sistema de fornecimento de energia, que já não dava conta.
O racionamento é mais antigo, pois no início do Governo Lacerda ele já afligia a Guanabara e o Estado do Rio. Eu me lembro bem de que até os bondes paravam. A partir das 18:00 começava o suplício. Os jornais publicavam com alguma antecedência os locais e horários.
ExcluirForam dois racionamentos diferentes. Pelo que andei lendo o da primeira metade da década de 60 foi longo, previsível pelo atraso nas expansões do sistema, resolvido após inauguração de Furnas e provavelmente com a ajuda do início da operação da termoelétrica de Santa Cruz.
ExcluirO de 1967 foi curto, mas causou impacto porque foi literalmente "tudo por água abaixo", de maneira repentina.
Bom dia Saudosistas. Lamentável a dispensa do TT, acho que deveria ficar até o final do ano. Sempre disse que ele era um burro com sorte no futebol, assim como a grande maioria dos técnicos brasileiros.
ResponderExcluirTécnicos atualmente trabalhando no Brasil só prestam o Abel, o Artur Jorge e o o Vojvoda.
ResponderExcluirTem gente que acha pinguim de geladeira "kitsch", mas eu acho um charme. Vi no Mercado Livre e vou comprar.
ResponderExcluirO Augusto registrou que hoje é o dia da secretária.
ResponderExcluirÉ um exemplo de carreira que teve o número de profissionais drasticamente reduzido nos últimos 30 anos.
Na maioria das empresas o cargo com o nome e perfil de atuação como era até quase o final do século passado foi extinto ou reduzido a um número mínimo, atendendo apenas à alta gerência.
Isto foi possível devido ao surgimento do computador pessoal, da internet, do e-mail, do aparelho celular e também da cultura de eficiência (leia-se corte de custos ...) máxima.
Figura anteriormente imprescindível nas empresas, datilografando, estenografando, traduzindo, organizando e coordenando agendas, efetuando reservas, fazendo enfim "de tudo um pouco", foi desaparecendo, desaparecendo ... e (quase) desapareceu.
Os CEO's, presidentes, altos gerentes, têm hoje no apoio assessores pessoais que ainda executam algumas das tarefas típicas de secretariado mas vão além, auxiliando em assuntos institucionais, Imprensa, Informática, etç.
A exemplo dos bancários (do setor privado) as secretárias sofreram um processo de "extinção em massa".
Me lembrei daquela propaganda antiga: Tcha, tcha, tcha, minha secretária, tcha, tcha, tcha, minha secretária...🎶
ExcluirDemitir técnico de futebol após uma vitória não é para qualquer um.
ResponderExcluirNo próprio Fla já teve o Vanderlei, uma vez, demitido após classificar o clube na pré-Libertadores ao vencer o Real Potosi, isso há mais de dez anos. Dizem que foi por pressão do Ronaldinho Gaúcho.
Sair por não renovação de contrato não vale, caso do Dorival no próprio Flamengo. Duas vezes se não me engano.
ExcluirBoa tarde a todos!
ResponderExcluirTite perdeu e foi mantido no cargo, quando ganhou foi demitido. Não é de hoje que Fla toma atitudes equivocadas, tanto ao contratar como em demitir. Vide Dorival que foi técnico campeão duas vezes, recentemente, e foi pro olho da rua. O elenco já não é mais tido como "melhor disparado" como de 2019/2020. Acho que o que piorou a situação foi o Tite pedir para ser cobrado, que o time faria gol no Penarol, e acabou no 0x0. Quando foi confrontado com essa "promessa", ele saiu pela tangente dizendo que não havia prometido e, sim, feito uma previsão. Pegou mal essa!
Esta diretoria do Flamengo é péssima. Contrata e demite sem critério. Gasta fortunas comprando cabeças de bagre. Abandonou o lema “craque se faz em casa” e não dá chance a gente nova. Prefere semi-aposentados (só perde para o Fluminense neste quesito).
ResponderExcluirJá que o português preferido ainda não está disponível, estão especulando o português ex-Botafogo...
ResponderExcluirPra mim o esporte é uma das maiores fontes de lavagem de dinheiro no mundo. Já não bastam as BETS, temos também essas contratações milionárias de jogadores e técnicos. Principalmente destes últimos, que entram e saem dos clubes após poucas semanas. Minha teoria é a seguinte, e peço que se detenham no esquema e não nos valores que vou citar, apenas para tornar mais fácil a explicação.
ResponderExcluirSeja um time qualquer que contrata um técnico por 2 milhões de reais por mês, válido por um ano. Multa rescisória no valor do restante do contrato, caso este seja rescindido antes do prazo.
Aí o técnico fica no cargo durante dois meses e é demitido. A multa é de 20 milhões de reais. Aí entra o esquema de lavagem de dinheiro: o clube paga 12 milhões, o técnico assina como se tivesse recebido 20 e a diferença de 8 milhões vai para uma conta em Barbados. Quem vai descobrir isso?
Bom para o técnico, que no dia seguinte já estará sendo contratado por outro clube, onde o esquema se repetirá. Bom para quem ficou com os 8 milhões. Bom para todo o mundo.
Helio, funciona assim mesmo.
ExcluirParecido com a "rachadinha" dos jogadores. O salário dele valeria 200, o dirigente põe no contrato 300 e dividem os 100 de diferença. Bom negócio para todos os envolvidos.
Ninguém me convence que esses valores estratosféricos de contratações não está encobrindo lavagem de dinheiro. Da mesma forma, não sei o interesse que empresas têm em patrocinar clubes de futebol, às vezes de várzea. Colocam seu logo na camisa dos jogadores, que se tornaram outdoors ambulantes. Mas algum de vocês por acaso já comprou algo de uma dessas empresas apenas por ter visto o logo dela nas costas, na frente, na bunda ou nas partes pudendas de algum jogador? Algum de vocês abriu conta no Itaú ou na Caixa por ter visto isso? Ou comprou Nike, ou Adidas, ou o raio que o parta ao ver o logo no outdoor ambulante? Se nunca fizeram isso, qual o interesse dessas empresas em patrocinar clubes?
ResponderExcluirAí você está equivocado, Helio. A publicidade funciona.
ResponderExcluirFunciona para quem? Alguém precisa ver o logo do Itaú ou do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica ou da Nike ou da Adidas no outdoor ambulante para saber que essas empresas existem? Elas ali não estão anunciando produtos e sim tão somente seu nome. Alguém no Brasil desconhece o Itaú? Acha que é oficina de automóveis? E o Banco do Brasil é uma fábrica de bancos de pracinha? E a Caixa Econômica é fabricante de caixas de papelão? Por acaso ficaram mais conhecidas por colocarem seu logo no outdoor ambulante?
ExcluirAh, elas têm incentivos por patrocinarem esporte. Não tem nada melhor para patrocinarem? Algo de valor para o país e para a população? Que tal patrocinarem creches ou escolas ou algo mais útil? O Bradesco tinha a escola da Fundação Bradesco na rua Haddock Lobo, onde antes ficava o Instituto Lafayette. Muito mais útil do que colocar aquele símbolo enigmático na bunda de um outdoor ambulante.
ExcluirAqui no Brasil está tudo tão errado que não vemos nenhuma chance de melhora, que dirá de conserto. Tudo facilita o crime, o desvio de dinheiro, a impunidade campeia, a sem-vergonhice idem, e vamos a toque de caixa para o abismo.
ResponderExcluirUm crackudo rouba um portão de alumínio. Na remotíssima e eu diria impossivel chance de ser preso pela PM e levado para uma delegacia, no dia seguinte ele é liberado pela audiência de custódia para responder ao processo em liberdade. Em liberdade? Sabe o que ele vai fazer no mesmo dia? Roubar outro portão. Ah, mas um dia ele vai ser chamado a depor. Chamado como? Por acaso ele tem endereço fixo? Quem vai localizá-lo depois? O resultado: o processo vai dar em nada, na prática. Tudo dentro do rito da legislação em vigor, tudo feito com a maior lisura e transparência. Para dar em nada.
ResponderExcluirEu às vezes assisto à Patrulha do Consumidor, do Russomano. Aí ele vai com a vítima ao estabelecimento do malandro e acabam fazendo um acordo. Frequentemente o estabelecimento está irregular, não cumpre a legislação, não tem alvará, etc e tal. Mas feito o acordo, fica tudo por isso mesmo. Por isso mesmo? O cara vai fazer novamente com outra vítima. Não deu nada para ele. No máximo devolveu o que havia recebido. Não foi multado, não teve o alvará cassado, não foi processado por estelionato ou outro crime. Saiu barato. Incentivo para continuar agindo da mesma forma.
ResponderExcluirNão é à toa que há tantos casos de estelionatários que aplicam sucessivos golpes e ainda dizem na cara das vítimas que não vai dar em nada. Porque não vai dar em nada, mesmo.
Repito e repetirei per omnia saecula saeculorum: a legislação brasileira é feita para incentivar o crime.
ResponderExcluirGuilherme, 14:59h ==> isto é o início da letra do famoso cha-cha-cha "Las Secretarias", que começa assim: "Cha-cha-cha / de la secretaria / cha-cha-cha / de la taquimecanografa. "
ResponderExcluirE continua mais adiante: "Solicito secretaria competente / Con experiencia e buena apresentación / Requisito que sea joven e bonita / E con carta de recomendación".
E mais: "Que habla inglés / Que habla francés / Que habla italiano / Que domine l'español con perfección / Non importa que sea rubia o morena / Pero si que tenga alegre el corazón".
O ritmo de cha-cha-cha é um dos que mais gosto. Junto com tango e valsa. Calipso, também.
Boa noite, Hélio!
ExcluirNão lembro nem dessa propaganda em si, simplesmente deu um "estalo" e me veio o refrão dessa propaganda. E em seguida veio também o cha-cha-cha das Casas das Banha.😄
Minha tia mais nova foi secretária durante muitos anos. Numa época trabalhou na DSI (Divisão de Segurança e Informação) do Ministério das Minas e Energia, durante a época do regime militar. Conheceu vários graúdos do governo, inclusive um que posteriormente foi nomeado governador ou equivalente em Rondônia (que na época ainda era um território federal).
ResponderExcluirEla era também estenógrafa (ou taquígrafa, são sinônimos).
A única diferença é que na estenografia a pessoa utiliza uma pequena máquina com teclado para digitar os sinais taquigráficos.
Excluir(Atualmente, a máquina de estenotipia pode ser acoplada a um computador, que exibe os sinais taquigráficos e a tradução na tela).
Uma secretária experiente era bem paga tanto no setor público quanto no privado.
Quando trabalhei na Schindler a secretária do vice-presidente para a América Latina (cujo escritório ficava no Rio) era uma pessoa "difícil" a ser conhecida e cultivada, controlava toda a agenda e o acesso à ele passava necessariamente por ela; se não "fosse com a sua cara" era um problema ...
Já a secretária do presidente da Filial brasileira era, além de competente, uma ótima pessoa, facilitava o acesso e ajudava no possível;
Não queria entrar nesse assunto, mas vamos lá: no próximo domingo comemoraremos o Dia da Grande Farsa. Milhões de pessoas vão passar nas urnas uma Procuração de Plenos Poderes para seu bandido de estimação assumir o cargo de vereador ou prefeito e roubar à vontade, tudo dentro da mais perfeita legislação e transparência. Para isso serve o voto: para conceder esse poder ao eleito.
ResponderExcluirA midia comemora esse dia como a Festa da Democracia. Mas eleição não é sinônimo de democracia. Se for, então Venezuela e Rússia são democracias, pois lá também há eleições. A Venezuela, então, é a mais perfeita, pois além das urnas eletrônicas tem também o voto impresso, que segundo os bolsonaristas é garantia de lisura na eleição. Viva Maduro, então!
As eleições são uma grande "farra" regada a bilhões de reais "bancadas pelo eleitor", que aínda por cima é obrigado a votar, algo tão insólito que só acontece no Brasil. Apesar de muitos aqui "torcerem o nariz", temos que "tirar o chapéu" para a democracia Norte-americana, pois nela não existe financiamento público de campanha (fundo eleitoral) e apesar de as campanhas serem milionárias, todos os recursos empregados (doações de campanha) são oriundos da iniciativa privada. Lá o voto é distrital, não existe imunidade parlamentar para ninguém nem tampouco foro privilegiado, e a cadeia e a prisão são extensivas a todos os cidadãos sem qualquer exceção!
ExcluirE complementando o comentário, não há termo de comparação entre a "bananolândia" e os EUA, pois o Estado Norte-americano é uma democracia por excelência cujas principais prioridades são o bem estar e a prosperidade dos seus cidadãos, enquanto o Brasil nunca deixou de ser um feudo, cujos interesses privados de seus donos sempre tiveram prioridade.
ExcluirAgora mais light: o Acervo da Light, agora disponibilizado digitalmente, é uma coisa de louco. Vale à pena passar horas vendo as fotos de um Rio que já deixou de existir há mais de meio século. O Luiz já disponibilizou o link aqui, mas repito-o: https://acervolight.riomemorias.com.br/explore.
ResponderExcluirClicando nas fotos apresentadas elas são expandidas em altíssima resolução. Um pontinho minúsculo lá no fundo, expandido, pode se revelar por exemplo um bonde ou um carro ou uma carroça. Maravilhoso!!
Sobre a data do racionamento de energia vou dar meu testemunho, lembro muito bem, voltando do ginásio no fim da tarde e olhando pela janela do ônibus alguns bairros com todas as lojas usando lampiões. O ano era 1963, só não lembro quanto tempo durou.
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