CARROS ESPORTIVOS NACIONAIS (1), por Helio Ribeiro
OBS: Nesta postagem
estou metendo o bedelho no que não conheço nem nunca me interessei em conhecer.
Por isso tive de me basear exclusivamente no que obtive na Internet, sem
nenhuma adição de minha autoria. Deixo a cargo dos conhecedores e interessados
acrescentarem tudo o que considerarem conveniente para ilustrar mais a postagem.
A postagem de hoje é
sobre carros esportivos genuinamente nacionais. Até a década de 1990 a
importação de veículos era problemática, por isso a indústria nacional se
esforçou em atender a uma demanda de carros esportivos. Após a liberação das
importações, nenhuma dessas indústrias sobreviveu. Por esta razão os carros
aqui mostrados são considerados peças de colecionador e alguns alcançam preços
elevados no mercado especializado nesse segmento de veículos.
Vários desses modelos
eu nunca vi, nem circulando nas ruas nem em exposições de carros antigos. Alguns
fabricantes criaram vários modelos e seria extenso postá-los ou dissertar sobre
eles aqui. Por isso apenas um ou outro modelo foi selecionado para a postagem.
Da mesma forma, a
história de cada fabricante é muito extensa e foi extremamente condensada.
1) FARUS ML 929
A Farus Indústria de Veículos Esportivos Ltda foi uma indústria de Belo Horizonte fundada em 1979 por pai e filho, Alfio e Giuseppe Russo, daí o nome Farus, resultante da fusão das palavras Família Russo. Na verdade, o projeto do primeiro carro foi iniciado em 1977, quando pai e filho eram donos da Italmecânica, fábrica de equipamentos para a indústria alimentícia.
Em junho de 1980 foi lançado o primeiro modelo, o Farus ML 929. A mecânica era do Fiat Rallye (motor 1.3 de 72 CV e caixa de quatro marchas). As lanternas traseiras eram do Ford Corcel II.
No final de 1984 foi apresentado o Farus Beta, nas versões conversível e coupé, agora com conjunto motriz do Monza 1.8 (motor de 96 CV a álcool e 83 CV a gasolina) e caixa automática ou manual de quatro ou cinco marchas.
Em 1989 a Farus lançou o Quadro, com várias novidades em relação ao modelo anterior.
Em 1990 a Farus foi vendida para a indústria paulista Tecvan – Tecnologia de Vanguarda Ltda, que não sobreviveu às importações liberadas e fechou as portas em 1991.
2) PUMA
A Puma foi a realização
do sonho de um italiano naturalizado brasileiro, Genaro “Rino” Malzoni, de
criar um veículo com proposta esportiva, usando carroceria de fibra de vidro
montada sobre a plataforma de um carro de passeio. O protótipo foi desenvolvido
na sua fazenda em Matão, interior de São Paulo, usando chassis e mecânica DKW Vemag,
motor de 3 cilindros e 981 cm³ e peso de 720kg. Os responsáveis pelo protótipo foram
Jorge Lettry (departamento de competições da Vemag), Rino Malzoni e Anísio
Campos (designer e piloto). Esse protótipo venceu cinco corridas em Interlagos
em 1964 e várias outras no ano seguinte.
O sucesso deu origem em
25 de agosto de 1963 à Sociedade de Automóveis Lumimari Ltda, nome derivado das
iniciais de seus fundadores: Luis Roberto Alves da Costa, Milton Masteguin,
Mário César de Camargo Filho e Rino Malzoni. O primeiro modelo foi batizado de
GT Malzoni e estima-se que apenas 35 unidades foram fabricadas, entre 1964 e
1966. Foto abaixo.
Em 1966, por sugestão de Jorge Lettry, a empresa foi rebatizada como Puma Veículos e Motores e o GT Malzoni relançado como Puma GT em 1967. Estima-se que foram produzidas 125 unidades.
No mesmo ano de 1967 a Vemag foi comprada pela Volkswagen e a Puma passou a usar a plataforma do Karmann Ghia 1500 no lugar do DKW Vemag. O resultado foi o lançamento do Puma GT VW em 1969. Foto abaixo.
A partir daí, foram tantos os diferentes modelos de Puma lançados que daria uma postagem só para eles. Paramos por aqui, destacando apenas o Puma GTB 1974, com mecânica do Opala 4.1.
Em 1979 morreu Rino Malzoni. Em 1986 a Puma deixou de existir na prática.
3) WILLYS INTERLAGOS
O
Willys Interlagos foi produzido de 1962 a 1966, sendo considerado por alguns o
primeiro carro esportivo nacional. Era a versão brasileira do Renault Alpine
A108. Foi produzido em três versões: berlineta, conversível e coupé. Fotos de
duas delas abaixo.
A título de comparação, abaixo o Renault Alpine A108.
4) LOBINI
A Lobini foi uma fabricante brasileira de automóveis fundada em 1999. O nome é composição de José Orlando Lobo e Fábio Birolini. Tinha sede em Cotia (SP). Em 2006 o controle da empresa foi passado para Antônio Ermírio de Moraes Filho e foi fundada a Brax Automóveis, ficando os antigos proprietários da Lobini como diretores. Seu único modelo de carro lançado foi o Lobini H1, motor de 1.8 turbo derivado do Golf GTI, à venda a partir de 2005. Era o mais veloz carro brasileiro, passando dos 220 km/h e acelerando de 0 a 100 km/h em apenas 6,3 segundos. Foto abaixo.
Estava previsto o lançamento do Lobini R porém a empresa fechou em 2012.
5) MIURA
Miura era a marca dos carros esportivos produzidos pela empresa gaúcha Besson, Gobbi & Cia. Ltda, dos empresários Aldo Besson e Itelmar Gobbi. O primeiro carro da longa série que recebeu o nome Miura foi lançado em 1976, no X Salão de Automóveis. Usava plataforma da VW Brasília. Era baseado no Lamborghini Urraco e foi projetado por Nilo Laschuk, então ainda estudante de arquitetura em Caxias do Sul. Foto abaixo.
Desde o início o Miura apresentava soluções técnicas e estéticas originais e modernas, algumas das quais só adotadas pelo mercado décadas depois.
Em 1979 foi apresentado
o protótipo do Miura MTS, com motor Passat TS e o resto da mecânica ainda da VW
Brasília.
Em novembro de 1981 foi lançado o Miura Targa, com teto rígido removível e motor dianteiro, mecânica Passat GTS. Motor 1,6 (76 CV a gasolina) ou 1,5 (65 CV a álcool).
Em 1985 for a vez do Miura Saga, o mais famoso da série. Foto abaixo.
Em 1987 foi a vez do Miura X8. Em 1990 foi lançado o último modelo da série, o X11. Na foto abaixo vemos na parte superior o X8 e na inferior o X11.
Em 1992, com a abertura do mercado para os carros importados, a produção do Miura foi encerrada.
----- AMANHÃ TEM MAIS -----
Só conheci o Puma e o Interlagos cujas compras foram sonhos nunca realizados.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirDas cinco marcas, vi "ao vivo" Puma e Miura. O Interlagos só de postagens mas não descarto a possibilidade de ter visto nas reuniões no forte de Copacabana. Os demais, prazer em conhecer. Os Pumas têm história.
Hoje é dia do dentista.
Em tempo, também dia internacional do... macarrão.
ExcluirFico com o macarrão, fácil, fácil ...
ExcluirEm parte dos casos, um leva ao outro.
ExcluirAntes do meu irmão mais velho ser fascinado pelo Puma, tendo tido dois, um fechado e o outro conversível, seu sonho de consumo era o Interlagos, que ele nunca teve.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirDos carros citados, só não conhecia/me lembro (e então provavelmente nunca vi na rua) do LOBINI.
Como já comentei aqui, o Puma foi meu sonho de consumo (e o Porsche 911 o delírio.)
A realidade na época passou mesmo por Fuscas e Passat.
A título de curiosidade, preço de alguns carros em janeiro de 1980, segundo o site:
https://educacaoautomotiva.com/2018/11/05/45-carros-classicos-preco-novos/
PUMA GTB S2 4100 Cr$ 600.981,00.
FORD LANDAU Cr$ 536.296,00
ALFA ROMEO 2300 Ti Cr$ 509.970,00.
VW PASSAT LS Cr$ 211.877,00.
CHEV CHEVETTE Cr$ 147.381,00.
FIAT 147 Cr$ 143.820,00
VW FUSCA 1300 Cr$ 110.450,00
Salário mínimo:
ExcluirMaio 1979 Decreto nº 84135, de 1979 Cr$ 2.268,00
Novembro 1979 Decreto nº 84135, de 1979 Cr$ 2.932,80
Maio 1980 Decreto nº 84674, de 1980 Cr$ 4.149,60
Bom dia Saudosistas. Nunca fui um apaixonado por carros, muito menos um profundo conhecedor do assunto, sempre tive um carro que a atendesse as minhas necessidades de momento e que não me deixe na mão andando na rua.
ResponderExcluirDos carros mostrados acima o que mais gostei foi do PUMA GTB, embora para as minhas necessidades de hoje em dia, ele só tenha 2 portas.
Em fevereiro de 1986, imediatamente antes do Plano Cruzado, eu ganhava 23 milhões de cruzeiros e um Voyage LS custava 77 milhões de cruzeiros.
ResponderExcluirO Voyage era um bom carro.
ExcluirMeu padrinho - que sempre foi fiel à Volkswagen - trocou em 1986 ou 1987, por aí, seu Gol 1.6 por um caprichado Voyage Super, com motor 1.8, e que vinha com bonitos (e na época bem famosos) bancos Recaro.
O carro era leve e a relação peso/potência boa, dirigi algumas vezes e ele "andava" muito.
Eu entrei num consórcio da Auto Modelo para compra de um Voyage 1986. Mas o Plano Cruzado provocou escassez de carros e levei 1 ano e 2 meses para receber o meu. Nesse ínterim a VW remodelou o Voyage e peguei o modelo 1987, GLS motor 1.8, vermelho Corpo de Bombeiros. A linha 1987 era única, pois era diferente da 1986 e da 1988. Foi o melhor carro que ja tive. Opinião partilhada pelos ladrões que mo levaram no dia 19/07/1990.
ExcluirHelio, a comparação do preço de um Passat LS no início de 1980: Cr$ 211.877,00 com o preço de um Voyage LS no início de 1986: Cr$ 77.000.000,00 dá bem a dimensão da loucura inflacionária das décadas de 80 e metade da de 90.
Excluir(Com o Cruzado (Cz$) substituindo o Cruzeiro na razão de mil cruzeiros para cada cruzado, o Voyage passou a custar Cz$ 77.000,00 e seu salário deixou de ser milionário, passando a meros Cz$ 23.000,00 ...)
Assim como o Lino, nunca fui apaixonado por carros, muito menos os esportivos. Tal como ele, sempre optei por um que atendesse minhas poucas necessidades automotivas. Nada de carro grande ou luxuoso. Meus carros foram espelho de mim: simples. Dois Chevettes, um Voyage e três Unos Mille.
ResponderExcluirFarus e Lobini são novidades para mim.
ResponderExcluirO texto indica que o Miúra era gaúcho mas eu achava que tinha fábrica em Três Rios, RJ.
Ou seria outra marca na cidade do interior fluminense?
O Interlagos era simpático e também sonho de consumo, mas o Puma era mais.
Em Três Rios ficava a Santa Matilde, que fabricou o SM 4.1.
ExcluirPossivelmente aparecerá na postagem de amanhã.
A fábrica era mesmo no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
ResponderExcluirOs empresários que lançaram o carro eram donos da Aldo Auto Capas, então uma conhecida e grande empresa de tapeçaria automotiva, que não existe mais.
Desses, o que era mais "honesto" era o Puma GTB S2, que utilizava a mecânica do Opala 6 cilindros, dispunha de ar condicionado já embutido, tinha um acabamento razoável (num olhar mais atento podia-se notar por exemplo parafusos à mostra e outros detalhes depreciativos) e um design bacana, que eu considero bonito até hoje. Mas custava uma fortuna. A propósito, sugiro àqueles que reclamam dos valores dos carros atuais a pegar os preços dos carros até os anos 90 e fazer uma conversão monetária. Ficará espantado e surpreso com os altos preços dos carros de antigamente, ainda mais se considerarmos que os carros atuais são obrigados a sair de fábrica com diversos itens de segurança e anti poluição, como air bags, catalizador, freios ABS, etc... E isso tudo num carrinho de motor 1000 cc "enxuto" com mais de 100 CV que faz 17 km/L.
ResponderExcluirAlguns empresários brasileiros tentavam atender um nicho de endinheirados que queriam carros exclusivos, numa época que era proibida a importação de veículos. A "zelite" na falta de um Mercedes para exibir iam mesmo de um carrinho mambembe feito de fibra de vidro (imagina numa porrada com um Skania), com um motorzinho chinfrim. Mas o que valia mesmo era inflar o ego do bem sucedido...
Prezado Bahia, concordo plenamente com seu segundo período do comentário acima.
ExcluirJá quanto ao primeiro, sou obrigado a discordar. Na época em que comprei meu Voyage, ele custava 3,5 vezes meu salário. Em 2013 não sei qual carro seria correspondente ao Voyage de 1986. Supondo que pudesse ser um Sandero 1.0, minha filha pagou por ele o equivalente a 7 vezes meu salário da época. O que mostra ou a supervalorização dos carros ou a perda de poder aquisitivo meu, embora ao longo de todos aqueles anos sempre tenha tido um bom salário dentro da minha profissão.
Tem mais: em abril de 1974, quando comprei meu primeiro Chevette, eu paguei simultaneamente o financiamento dele, em 18 meses, e o da casa onde moro, em 40 meses. A casa tem 2 salas, 4 quartos, 2 banheiros, uma boa cozinha, uma boa área interna, uma varanda e um mezanino. Casa de vila, que é mais valorizada que as de frente de rua. Tudo isso com salário de analista de sistemas junior. Você acha que alguém com essa profissão poderia hoje em dia assumir esse compromisso? Minha filha, gerente adjunta de banco, comprou um apartamento de 1 quarto, uma sala, cozinha e banheiro e está pagando em 35 anos.
ExcluirWB, me diz qual é esse carro que eu compro na hora ...
ExcluirSe for 1000 cc turbo, entrega fácil bem mais de 100 CV, mas 17 km/l, só esse que você descobriu.
A propósito: talvez o sobrenome Bahia seja mais corriqueiro do que imagino, porém no IBGE havia um analista de sistemas com esse sobrenome. Isso nas décadas de 1970/80. Por acaso é parente seu? Não me lembro do primeiro nome dele, pois não era da mesma seção que eu.
ExcluirO que constatamos é o fato de toda a população (exceto os de sempre) terem perdido enorme poder de compra ao longo das décadas. O que comprova a farsa que é o índice de inflação do IBGE, cujo valor se destina mais a satisfazer as metas do governo do que refletir a realidade do custo de vida. Prova disso é que o salário-mínimo é sempre corrigido pelo índice do IBGE e ao longo das décadas tem perdido drasticamente seu valor de compra.
ResponderExcluirTrabalhei no IBGE por dois períodos diferentes (1973-1977 e 2009-2010), o que não implica que vá defender a farsa que ocorre lá.
O índice de inflação previsto para 2024 era de 3% com tolerância para mais ou para menos de 1,5%. Portanto, o máximo seria 4,5%. Diz o IBGE que até setembro o índice estava em 4,42%. Diferença de 0,2% para o valor máximo. Você já viu alguma previsão do governo errar por menos do que 100%? Seja em prazos de obras, seja em valor delas. Só no índice de inflação é que os erros são mínimos. Dá para desconfiar, não dá?
ResponderExcluirAcho que os previsores do IBGE deveriam ser contratados para estimar o valor das obras do governo. Aí teríamos também erros de menos de 1%. Não é verdade?
ResponderExcluirUm carro "hatch pequeno 1000" minimamente equipado já esta custando hoje em torno de cem mil reais.
ResponderExcluirQuatro meses de salário bruto da ordem de R$ 35.000,00.
É bastante.
Mário, um Renault Kwid ou um Fiat Mobi, os mais baratos do mercado, custam entre R$ 72.000,00 e R$ 75.000,00.
ExcluirAgora, se você remove os embargos ...
Excluir"O salário-base de desembargador em Mato Grosso do Sul é de R$ 39.717,69 mas a composição abrange uma série de vantagens não especificadas pelo TJMS que chegam a quintuplicar o valor líquido recebido mensalmente. O desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, por exemplo, recebeu salário líquido de R$ 209.198,42 em fevereiro deste ano."
https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2024/10/25/filhos-de-desembargadores-suspeitos-de-vender-sentencas-em-ms-tinham-suposto-tratamento-privilegiado-na-compra-de-decisoes-aponta-investigacao.ghtml
Ok Joel, os dois carros "de entrada" citados por você custam então o equivalente à 3 salários brutos de R$ 35.000,00.
ExcluirErrata: no meu comentário das 15:35h, onde se lê 0,2% leia-se 2%.
ResponderExcluirDurante três anos eu tive a pachorra de anotar o preço de todas as minhas compras do mês, em planilhas Excel. Sempre as fazia nos Supermercados Guanabara de Vila Isabel. Ao fim de cada ano eu calculava a variação de preços dos produtos. Adivinhem! Nunca batia nem de perto com o índice de inflação do IBGE. E todo ano este órgão desacreditado culpa o preço dos transportes, dos serviços, da luz, pelo índice de inflação maior que o previsto. Mas naquele período eu constatei que o preço dos alimentos era várias vezes superior ao indicado pelo IBGE.
ResponderExcluirIsso me lembra a inflação do tomate (ou do alface, não tenho certeza), da época do Delfim Netto, quando ele tirou da lista de alimentos esse produto, porque o preço dele havia disparado. Segundo o Delfim Netto, com o preço alto as pessoas deixaram de comprar o produto, portanto não tinha sentido mantê-lo na lista de cálculo de inflação.
Deve ser assim com o IBGE: no início do ano cotam o quilo do arroz Tio João. No fim do ano, como o preço dele sobe acima do previsto pelo governo, cotam o quilo do arroz Compadre Severino.
E também devem entrar na lista o maxixe, o ora pro nobis, a taioba, o cará, a banana da terra, a alfafa e outros produtos muito pouco procurados e cujo preço não aumenta muito, ajudando assim a diminuir o valor do índice de inflação.
É gozação minha? Talvez, quem sabe. Mas não duvidem se for verdade.
Hélio, realmente essas análises de valores do governo, qualquer governo, tem sempre "um gato na tuba".
ResponderExcluirAnônimo, das 15:14, aluguei um Onix 1.0 turbo para fazer uma viagem a Vila Velha. Segundo as informações da central multimídia no momento que consultei o carro fazia 17,11 km/L. Diga-se que foi na estrada e não na cidade. A propósito, os carros atuais vem com selo com análises de consumo do Inmetro.
Muito bom a gente ter sonhos sobre objetos de consumo. Quando, vez por outra, o sonho se realiza, a descoberta da realidade é desesperadora. Já tive Puma e Interlagos e já andei de Puma Opala. Eu não saberia dizer o que é pior. Aliás, sei, nada é pior do que um Interlagos. Mas o Puma é horroroso.
ResponderExcluirNesses casos poderíamos aplicar aquele ditado, "Por fora bela viola, por dentro...".
ExcluirMeu sonho de carro era o Land Rover Discovery, aquele modelo do início da década de 1990. Vá ser bonito assim lá na minha garagem. kkkkk
ResponderExcluirDos três modelos de carro que já tive, o único que foi um sonho realizado foi o Voyage. Quando vi esse carro, logo após seu lançamento, apaixonei-me por ele. Só de ouvir aquele ronco delicioso do motor dele, me dava arrepios. Ao tomar posse do meu, senti-me realizado. O carro era tão bonito que chamava a atenção na rua. Cansei de ver pessoas olhando para ele ao passar. Uma vez eu estava na Mesbla da Tijuca, com o carro no estacionamento do subsolo. Ao terminar as compras e descer, havia um casal admirando-o. Era vermelho Corpo de Bombeiros, com rodas de liga leve tipo aço escovado. Como já escrevi, externamente era bem diferente do modelo 1986, pois foi uma transição entre o 1986 e o 1988. Segundo li, nos EUA o Voyage era comercializado com o nome de Fox, porém tanto externamente quanto internamente era diferente do modelo brasileiro, por causa de exigências do mercado americano, inclusive quanto a itens de segurança. Assim, o modelo Voyage 1987 (o meu) tinha a aparência externa do Fox mas manteve a interna do modelo 1986. Aí o 1988 mudou também internamente, ficando igual ao Fox. Para distinguir externamente um 1987 do 1988, a única diferença era a posição dos espelhos retrovisores externos, que no 1987 ficavam numa posição mais para o centro do carro do que o 1988. Podem conferir na Google.
ResponderExcluirComo eu era muito chato na época, na primeira revisão gratuita eu li no manual quais eram os itens a serem checados. Onde pude, coloquei fita isolante nos pontos que teriam de ser abertos, de modo que se as fitas estivessem intactas aquele item não teria sido checado. Ao pegar o carro ao fim da revisão, não deu outra: todas as fitas isolantes estavam no lugar. Reclamei com o cara que me devolveu o carro. Depois mandei uma carta irônica para a Auto Modelo e para a VW, sacaneando ambas e usando toda a minha ironia, e modéstia à parte sou bom nisso. Nunca recebi resposta. Resolvi nunca mais comprar VW. Cumpri a promessa.
ResponderExcluirNa época?????
ExcluirWhat do you mean?
ExcluirCoisas de criança. Eu olhava os anúncios daquela "Furgline", se era assim mesmo o nome.
ResponderExcluir"Furglaine", que eu nem lembrava ser Ford...
ExcluirNa verdade, não era "oficialmente" Ford, de acordo com a Wikipédia. Que não é fonte confiável.
ExcluirEm 1982 com a chegada dos carros a álcool e a propaganda você ainda vai ter um, fiquei uma noite parado na estrada aguardando o reboque, porque nenhum posto tinha álcool para abastecer. Jurei nunca mais comprar um carro com esse tipo de combustível, embora hoje a maioria dos automóveis sejam FLEX inclusive o meu, nunca mais coloquei uma gota de álcool para abastecer.
ResponderExcluirAcredito que daqui mais algum tempo, o mesmo irá acontecer com os carros elétricos, principalmente quando eles necessitarem da troca da bateria, vai ter carro encostado pelas calçadas aos montes.
Ontem peguei um BYD novinho, com apenas quatro meses de uso, no aplicativo 99. Muito bonito por dentro, parece bem acabado. Tentaram levá-lo logo no segundo dia após a compra, disse o motorista.
ExcluirO Voyage que tive era a álcool. Nunca tive problemas com ele. Também fiquei cabreiro no início, mas correu tudo bem durante o tempo em que esteve comigo.
ExcluirHélio, carro elétrico é como mulher de uma certa cidade do Norte Fluminense: "nem a prazo nem à vista". Há inúmeros inconvenientes para se comprar um carro elétrico, sendo os principais a falta de uma rede de rede de postos, a autonomia ridícula, o tempo de abastecimento, a depreciação acelerada dos veículos, e "outras cositas más"...
ExcluirVerdade. Acho que carro elétrico ainda tem uma longa estrada a percorrer antes de se tornar comum nas cidades.
ExcluirPessoas que vivem no passado não fazem atualizações.
ResponderExcluirPessoas que não dirigem, não são afeitas aos misteres automotivos, e nunca possuíram automóvel, deveriam se "atualizar" sobre os inconvenientes para manter um carro elétrico no Brasil. Às vezes "o silêncio é uma virtude".
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