Em
1959 o “Correio da Manhã” noticiava que o Sr. Sócrates Ricardo Puntel, membro
do Instituto Brasileiro de Inventores, apresentou para a Imprensa, políticos e
várias autoridades, uma máquina para votação e imediata contagem de votos,
possibilitando conhecer-se, em minutos, o resulta de um pleito.
A
máquina, construída em 18 meses, permite ao eleitor escolher seus candidatos.
Uma vez apertadas as teclas, as demais ficam automaticamente presas, não
havendo assim a possibilidade de dupla votação.
Do
lado esquerdo da máquina existe uma espécie de cancela que, ao ser empurrada na
saída, faz com que uma campainha tilinte em seu interior. À medida que a
votação continua, os contadores vão registrando o total. Finda a tarefa a
máquina é fechada, uma chave prende totalmente o painel, evitando a fraude.
O
invento já foi mostrado às autoridades do Tribunal Eleitora e recebido com
agrado, dizia a reportagem.
Mas acabou não sendo utilizado.
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Imagino que fosse inteiramente mecânica, com custo alto e poucas opções de candidatos, como se vê, 24. E mostraria o voto imediatamente, acabando com o sigilo. Mas já indicava a suspeita do eleitor com as tramanhas dos políticos.
ResponderExcluir"Boa sorte a todos".
ResponderExcluirNão tenho posição formada sobre a traquitana apresentada, mas não deixa de ser interessante. O eleitor só não podia corrigir um voto errado.
Admiro muito os inventores. Pensam fora da caixa, como dizem hoje.
ResponderExcluirQuanto às fraudes, aquela contagem manual era uma vergonha.
Parabéns ao Zé Rodrigo pelo aniversário hoje. E muitos carrinhos.
ResponderExcluirBom dia a todos. Vou começar pelos parabéns, ao mestre Gustavo transcorrido ontem e ao mestre Zé Rodrigo que ocorre hoje, desejando a ambos saúde, paz, felicidades e sucesso, e porque não comemorados com uma boa OM. Quanto a máquina de votação, na verdade mais parecia uma máquina de caça níqueis adaptada, fico imaginando como a massa de eleitores analfabetos da época se comportaria a frente de uma delas. Ao mestre Augusto digo que até hoje ainda não se consegue corrigir o voto errado imediatamente, só após 4 anos, as vezes chega a levar 16 anos para que haja uma correção.
ResponderExcluirEntendo sua posição, mas na urna eletrônica enquanto não confirma o voto dá para alterar (tecla corrige). Na época do voto manual, se rasurasse era voto nulo...
ExcluirSei Não,mas tenho impressão que vai para a lista de espantos...Também respeito muito os inventores,mas não consigo esquecer o Professor Pardal.Aqui mesmo no blog,temos o caso do Ceará,indivíduo,que tentou a patente de um ar condicionado movido a farinha de rosca...Foi considerado suspeito sob alguns aspectos.Cruz credo!!!
ResponderExcluirAs fraudes em apurações eleitorais sempre foram flagrantes. As famosas eleições a "a bico de pena" eram a marca da república velha. Eram a descoberto e eram normalmente gerados em "currais eleitorais", onde o "gado" votava" sob o tacão dos "coronéis" de então. Getúlio Vargas acabou com essa prática odiosa, onde mulheres não votavam. Não consta na legislação da "República Velha" nada referente à "gays", já que os que se apresentavam para voltar eram "enrustidos"...
ResponderExcluirSou a favor da máquina para votar se o voto for datilografado e depositado numa urna para eventual recontagem.
ResponderExcluirtem gente que inventa coisas e são desprezadas...ontem vi na tv um cara, analfabeto, que inventou uma moto movida à água...funcionou muito bem, porém foi de encontro aos interesses dos poderosos... BRASILLLLLLLL!!!!
ResponderExcluirOs "coronéis" da República Velha" nada tinham de militares. Suas parentes eram da antiga "Guarda Nacional" e eram muitas vezes compradas, embora algumas fossem honorificas. Algumas porém excepcionalmente tinham uma conotação militar embora "irregulares", como foi o caso de Virgulino Ferreira, o Lampião. O governo de Artur Bernardes em 1926 contou com a intermediação do padre Cícero Romão, na verdade um grande latifundiário, para que Lampião combatesse a Coluna Prestes que na época assolava os estados do nordeste. Lampião recebeu s patente, aceitou as armas oferecidas, mas jamais entrou em combate contra a Coluna. Um grande estelionato...
ResponderExcluirQuem é vivo sempre aparece. Salve o Conde. Agora, cá entre nós, que programa é este que ele assiste?
ResponderExcluirInvento não é criança mas também começa engatinhando, porém muitos não passam disso por vários motivos, inclusive a inutilidade. Custo e benefício é que definem o sucesso.
ResponderExcluirOficialmente os analfabetos só passaram a ter direito de votar em 1985, ano da eleição de prefeitos nas capitais dos estados e de municípios considerados áreas de segurança nacional. Aqui no RJ lembro de Angra com sua usina nuclear e Volta Redonda com a siderúrgica.
Mas existiam os que só sabiam assinar o nome e eram treinados para escrever o do candidato, o da preferência ou por imposição. Às vésperas da eleição de 1982 vi uma senhora orgulhosa de já saber escrever o nome do candidato a governador.
Nessa mesma eleição da época da abertura política, falaram na que o pessoal da contagem poderia preencher votos em branco, mas não foi provado.
Teve também o boato da caneta oferecida aos eleitores cuja escrita sumia alguns minutos depois.