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domingo, 9 de junho de 2019

TURFE - GP BRASIL




 
Sem o "glamour" dos velhos tempos, quando era um grande acontecimento, realiza-se hoje no Hipódromo da Gávea o GP Prêmio Brasil. O turfe, que rivalizava com o futebol e o remo até meados do século passado, hoje é mais jogo do que esporte.
 
As reuniões na Gávea têm poucos assistentes e o que mais há são pontos de jogo espalhados pela cidade em revendedores credenciados. Treinadores e jóqueis, bem como cavalos, já não estão em primeiro plano e são desconhecidos da maioria, bem diferente dos velhos tempos. Até mesmo os jornais diários não têm mais colunistas e páginas dedicadas ao turfe, como nos tempos do "Pangaré", Bolonha, Luiz Reis (o Cabeleira), Oscar Griffiths, Teófilo de Vasconcelos, Oscar Vareda ou Ernani Pires Ferreira.
 
FF: hoje é uma data importante para o "Saudades do Rio". Após um pequeno tempo hospedado no fotolog.com e no Multiply, em 09/06/2005 o SDR estreava no fotolog do Terra, onde os blogs viveram seus tempos de glória. Com a desativação do Terra foi para o UOL e, finalmente, abrigou-se no Blogger. Pelos meus alfarrábios foram 6205 fotografias publicadas sobre o Rio de Janeiro até agora.
 
Local de encontro diário de conhecidos e desconhecidos, fonte de pesquisa para estudantes, o interesse pelo Rio Antigo uniu, através de todos estes anos, muita gente boa. Brigas, diversão, gozações e bons amigos surgiram. Alguns nunca encontrei. Outros tive o prazer de conhecer e desfrutar da companhia. Os blog do Rio Antigo já foram tema de reportagens na Veja, no SBT, no Estado de São Paulo, etc.
 
Lá nos tempos antigos, sem Google Maps e disponibilização dos grandes acervos pela Internet, era um prazer pesquisar e descobrir uma foto nova. Fosse em coleções familiares, fosse na Praça XV, fosse em sebos. Tal dificuldade propiciou momentos interessantes como o primeiro concurso "Sherlock Holmes" para identificação de fotos, que culminou numa grande festa de entrega de prêmios num bar do Leblon. Ali muitos nos conhecemos.
 
Tempos depois, com o  Facebook, muitos novos admiradores do Rio Antigo, bebendo na fonte de nossos antigos blogs, publicam nossos acervos como se fossem novidade. Tudo bem, o importante é divulgar o Rio Antigo.
 
Fomos tema de uma tese de mestrado do pesquisador Alberto Goyena. Vimos surgir os "colorizadores" como o Conde di Lido e o Nickolas Nogueira, hoje com muitos seguidores. Criamos o S.E.M.P.R.E., em cuja "sede social" nos encontramos com regularidade.
 
Enfim, aprendemos muito, nos divertimos, resgatamos o Rio Antigo através da história e das nossas memórias. Quantos comentaristas, como vocês, ajudaram a registrar histórias que normalmente ninguém teria conhecimento. Tem sido uma grande aventura. 
 
 
Certamente vou cometer injustiças pela omissão de alguns, mas vale a pena lembrar do "Espaço Livre", do Candeias, do "Rio de Fotos", do Derani, da "História do Rádio", do Jaime Moraes, da "Ilha", do Alvaro Botelho, do "Rio para sempre", do Augusto, do "Rio de outros janeiros", do P. Gomes, do "Saudosismo", do Marcos Valente, do "Arqueologia do Rio", do Rouen, do "Carioca da Gema", do Tumminelli, do "Foi um Rio que passou", do Decourt, do "Voando para o Rio", do JBAN, do "Zona Norte", do Antolog, do "Antiquus", do Mauricio Lobo, do "Coisa Lúdica", da Milu, do "Clone", do AD, do "Rio Hoje", do Rafael Netto, do "Pharol", do Derani, do "Professor Pintáfona", do "Outstanding", do Conde di Lido", do "Ontem e Hoje", do Richard, do "Mapas", do Celso, do "Lanterna Mágica", do Bouhid, dos fotologs do Lavra, da Lucia, do JRO, do "Antigamente", da Lyscia, do Flavio M.
 
E dos inúmeros personagens, alguns "suicidas", que fizeram histórias como o AG, a Karina, o Professor Pintáfona, o Manitu, o Tertuliano Delacroix, o General Miranda e seu irmão Eleutério, o Frei Henrique Boaventura, o tinturista Tutu la Minelli, toda a turma d´O Pharol, do Claude Maurice, da Mme. Simmons, do Bispo Rolleiflex, do Pimpolho e do Juquinha, d´A Gerência, da Creusa, do Eusebius Sophronius, do Jô, do Ahmed, do Guilherme Portas, do périplo do Zeppelin, do Hemo-Kola, do Veedol, das Tyas, da Anta Copacabanensis, do Tijucano Empedernido,  do Lulu & Dudu, das fotos do Silva enviadas pelo Patricio e pelo Fidelino Leitão de Menezes.
 
Obrigado a todos.
 
 

17 comentários:

  1. Os tempos mudaram. Era um Rio civilizado e isso é incontestável. Mulheres vestidas com requinte e usando jóias atualmente é um convite ao crime. Do jeito que as coisas andam, onde mais de sessenta por cento da população está endividada e onde existem quatorze milhões de desempregados, esse "ambiente de lazer" se torna quase "um sacrilégio". Aquele clima de festa e de sofisticação é coisa de outros tempos.

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  2. Este segundo comentário é "meio fora de foco": algumas coisas que o Mauro Xará postou ontem em seu comentário final não ficaram bem claras. Uma delas é a razão pela qual ar condicionado não pode dar certo em coletivos. A outra é a razão pela qual os consórcios não podem dar certo. E por que as empresas forçosamente "quebraram"?

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  3. Bom Dia! Vai longe o tempo em que se o Juvenal montasse até em um cabo de vassoura era vitoria certa.Certa vez conversando com um amigo que tinha cavalos, falei da minha predileção por tordilhos e ele me recomendou. A melhor maneira de não perder dinheiro aqui é não vir,mas se vier, trazer só o do estacionamento. Para hoje já rolou suco de melancia e carne assada no pão francês.

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  4. Bom dia a todos. Lá nos anos 70 e 80 minhas idas ao jóquei, já no sábado o Joquei cheio com o grande prêmio Presidente da Republica, tudo preparado para o 5º Páreo de Domingo, onde todos se perguntavam se o Juvenal iria ganhar novamente, se o Ricardinho ganharia o seu primeiro grande prêmio. Lembrança de alguns grandes cavalos, como Fenomenal, Orpheus, JanusII, Itajara O melhor de todos), Aporé, Big Lark, Sunset, Grimaldi, da égua Fizz. Joqueis como Juvenal, creio ainda ser o que mais venceu o GPB até hoje, L. Rigoni, G.F. Almeida, P. Alves, Lavor, J. Pinto (o Rato), Jorge Ricardo. Treinadores famosos, como Nahid, E.Freitas, Feijó, Lavor. E os Haras criadores de cavalos famosos, Santa Maria de Araras, São José e Expedictus, Linneo de Paula Machado (este Presidente do Jocquei por muitos anos). Do tempo das apostas, Vencedor, Dupla, Placê, Acumulada e Dupla Exata. Curiosidades como ver o falecido jogador Mario Sergio esbravejando quando o seu cavalo ia mal em um páreo. Bons tempos e saudades de um tempo que o Jóquei não precisava de Feirinhas, nem de Torneio de Tênis para atrair pessoal.

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  5. A hipocrisia é a maior "virtude do brasileiro". O jogo corre solto em todas as mas únicas permitidas são a de "corrida de cavalos" e as loterias do governo, que já é de domínio público que são fraudadas por políticos e "seus amigos". Mas os "jogos de azar", bingos de cartela e eletrônicos, e similares, "rolam freneticamente" sob a égide de uma "suposta corrupção" (suborno) pois "criar dificuldades para vender facilidades parece ser a norma". Tanto é que os grandes caciques da "contravenção" sejam "patronos" de escolas da samba. Seria uma forma de "lavar dinheiro"? O mais irônico é que "contravenção penal" não é crime e sim um ilícito penal regido pelo Decreto-lei 3688/41 conhecido como Lei das Contravenções Penais cujas penas são ridículas, mas essa atividade gera crimes gravíssimos como homicídio, Associação Criminosa (antiga formação de quadrilha), crime contra a ordem tributária, corrupção ativa, contrabando, e muito mais. Isso no "universo operacional", ou seja no âmbito estadual, já que a repressão à maioria dos ilícitos elencados compete à policia e a justiça estaduais, embora a Polícia Federal possua também competência para reprimir e apurar alguns desses crimes, mas "isto é Brasil"...

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  6. Outros tempos...Nunca fui muito chegado ao turfe e lembro de só ter ido ao Hipódromo uma vez.O FF trouxe de volta vários personagens que pude acompanhar ainda que em espaço de tempo menor.Legal.

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  7. Lembro de alguns que até hoje não sei ao certo se eram, ou não, personagens, como o RENATO, que foi rebatizado de "nanato". Escrevi o seu nome propositalmente em caixa alta, que era a forma que ele sempre escrevia. Atualmente há alguns que me deixam em dúvida...rsrs

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  8. Parabéns e vida longa ao SDR, fonte de inesgotáveis imagens e inestimáveis histórias do nosso Rio antigo!

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  9. Vida longa ao SDR. O Jóquei seleto acabou. Acabou pelo fato de terem saído de moda a educação, polidez, cultura e trabalho. Então as pessoas que ganhavam a vida assim se divertiam de forma mais contida, polida, elegante. Além do mais o esporte é elitista e basicamente dependente de apostas. Mas ainda acho que o Rio tem jeito. Novos teatros , Rock in Rio, e a perspectiva de parcerias para Jardim de Alah, concertos ao ar livre, eventos públicos. Em São Paulo Heliópolis foi saneada com técnicos de futebol nas praças , iluminacao noturna, controle de presença em aulas. É difícil, mas como não posso, nem quero ir para Portugal...

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    1. Concordo em gênero, número, e grau, mas falta o principal: Vontade política! Concertos ao ar livre sem traficantes, assaltantes, e maconheiros no Rio é uma visão surreal, vide o tumulto ocorrido no "Bloco da Ludmila". O Brasil não está preparado para promover eventos públicos com a segurança devida. Enquanto não existir educação, não só em casa como nas escolas, enquanto a lei penal for ridícula como a atual, enquanto todos não forem iguais perante a Lei, sem foro privilegiado ou qualquer imunidade, e enquanto a cadeia não for o destino da maioria dos políticos, seremos sempre o "país do amanhã". Ir à um evento público de grandes proporções é como se sentir como um negro americano que vive no Alabama, Geórgia, ou Carolina do Sul: Tensão total.

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  10. Ninguém mencionou Jorge o ucraniano.

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  11. Boa tarde, Luiz,pessoal,
    De turfe quase nada entendo, mas lembro de ouvir tias e outros parentes de gerações anteriores exaltarem o GP Brasil, que contava com a presença de políticos, inclusive Getúlio e JK, empresários e a chamada nata da sociedade.
    Fico satisfeito em fazer parte destes 14 anos de atuação contínua do Saudades do Rio, em suas diversas "encarnações".Parabéns ao Luiz e saudade de certos personagens...

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  12. Boa noite, Dr. D', e feliz aniversário para o SDR!!!

    Obrigado pela lembrança do falecido "Rio para Sempre". O SDR foi, junto com o "Alma Carioca" e o "Rio que Passou", a inspiração para o meu modesto "cantinho".

    Sobre o tema de hoje, ocasião para as madames retirarem seus chapéus carnavalescos do armário.

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  13. Parabéns ao SDR! Vida longa! Eu, com meus 44 anos, gosto muito de ler as histórias e causos daqui. Viajo em um passado que não tive oportunidade de conhecer.

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  14. Boa noite a todos!
    Nestas rondas noturnas já não há muitas cadeiras a arruma, depois de voarem em alguma discussão mais acalorada.

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