O tema da postagem de hoje veio a partir do envio desta foto acima pelo GMA, com a sugestão de incluí-la em um "Onde é?"
Como eu pouco sabia sobre o "Beco da Música", que aparece na foto, resolvi dar uma pesquisada.
Agradeço ao GMA a oportunidade.
Segundo Paulo Berger, fonte maior desta pesquisa, o “Beco da Música” começava no Largo de Moura e terminava na Rua da Misericórdia. É dado como desaparecido com a urbanização da Esplanada do Castelo, absorvido pelas instalações do Tribunal de Justiça. Em imagem abaixo publicada, do Google, temos ideia de sua localização.
Anteriormente este beco
era conhecido como “Travessa do Administrador”. O nome “Travessa do
Administrador” se deve a ali ter residido o prelado eclesiástico ou
administrador Mateus da Costa Alboim, que também foi provedor da Misericórdia.
Conta Brasil Gerson, a
partir de Felisbelo Freire, que, aquartelados nas vizinhanças, os músicos do
Regimento de Moura ensaiavam no local que fora sede da administração do
monopólio do sal.
Estas duas últimas imagens garimpadas pelo Decourt mostram a localização do Beco da Música.
Havia muitos becos nesta região da cidade, a maioria desaparecida com a construção da Avenida Perimetral e, depois, pelas instalações do Tribunal de Justiça.
Entre eles o "Beco do Guindaste", alusão a um misto de plano inclinado e guindaste para o transporte entre a praia e o convento dos jesuítas no Morro do Castelo. Começava na Travessa Costa Velho e não tinha saída. A seu lado ficava o "Beco Pequeno".
O "Beco dos Ferreiros", onde trabalhavam os ferreiros da cidade e moravam chineses e havia casas para se fumar ópio. Começava na Rua D. Manuel e terminava na Rua Vieira Fazenda.
O "Beco dos Madeireiros", depois "Travessa do Paço", foi aberto nos terrenos resultantes do recuo do mar. Foi obra dos jesuítas no século XVIII. Ali se instalaram os madeireiros e seus armazéns. A madeira era desembarcada na antiga Praia de D. Manuel.
O "Beco da Fidalga", cuja denominação origina-se de um grande casarão de dois andares conhecido como "Casa da Fidalga". Especula-se ser D. Maria Antonia de Alencar ou D. Ana Isabel de Mascarenhas.
O "Beco do Cotovelo", que começava na Rua Clapp e se prolongava até a esquina da Rua do Carmo com São José. Foi aberto antes de 1690 e era tortuosa, fazendo um cotovelo em seu trajeto. Teve vários nomes como "Beco do Açougue Grande", "Beco do Padre Vicente", "Rua do Cotovelo", "Rua Bispo D. Vital", até se denominar Rua Vieira Fazenda.
O "Beco da Boa Morte", assim chamado pela proximidade da Forca, depois chamado de "Beco D. Manuel". Ali existiu um oratório dedicado à N.S. da Boa Morte.
O "Beco do Teatro", que começava na Rua Clapp e terminava na Rua D. Manuel. Foi aberto nos fundos do velho Teatro de São Januário, em honra da irmã de D. Pedro II. Deu lugar ao antigo edifício do Ministério da Viação e Obras Públicas inaugurado em 1874.
O "Beco da Natividade", que foi conhecido como da Igreja ou da Torre por achar-se ao lado da torre da Igreja de São José. Não foi possível descobrir quando e porque passou a se chamar "Beco da Natividade".
A gente puxa um fio , o Luiz traz o novelo. Craque! Um prazer colaborar com o SDR. Ate hoje o endereço de um prédio do TJ é Beco da Música. Casa de ópio !!!! Quantas mudanças !!! Afinal era o Porto .
ResponderExcluirO Gustavo tem razão. Parabéns pela pesquisa, Luiz!
ExcluirUma aula sobre os becos do Rio.
ResponderExcluirHá alguns que ainda sobrevivem pelo Centro como o dos Barbeiros, de Bragança e o famoso Beco das Sardinhas, sempre bem movimentado.
Se não se preocupar muito com as cozinhas e minúsculos banheiros da maioria dos bares é um bom programa ir lá comer sardinhas.
Mas atualmente o maior problema do Rio é o Beco Sem Saída.
Mas esse tem saída: Aeroporto Tom Jobim.
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirPostei há muito tempo uma série de fotos da década de 40 dos becos dessa região. Não lembro se do Arquivo Nacional ou do AGCRJ. Como a região sofreu inúmeras intervenções no decorrer dos anos, quase não havia pontos de referência.
No espírito das últimas postagens de fim de semana, há exatos 50 anos morria Heron Domingues.
Galeão é porta de saída para quem pode, isso quando não está sem luz. Como, aliás, boa parte da Ilha.
Ontem de noite teve show de horrores.
A Tupi resgatou o registro do Repórter Esso da morte da Carmen Miranda na voz do Heron.
ExcluirHá pouco, mais uma medalha de prata na canoagem, com o Isaquias.
ResponderExcluirAlém da prata conquistada agora em Paris, Isaquias foi ouro no C1 1000m em Tóquio, prata no C1 1000m e no C2 1000m no Rio, quando também levou o bronze no C1 200m.
ExcluirNo total, 05 medalhas.
Fora de série.
Quem conhece o que sobrou dos becos ainda existentes na cidade pode avaliar a realidade de antanho no Rio de Janeiro: uma cidade sem qualquer planejamento onde sólidas construções erguidas umas às outras em vias exíguas criaram um ambiente fétido e insalubre. Não é de admirar que a mortalidade infantil era alta, quantidade de óbitos decorrentes de doenças infecciosas era alarmante, e a expectativa de vida média era de menos de 50 anos. A segunda foto mostra varandas usadas como "varal", em uma mostra de evidente promiscuidade. Eram tempos do "arreda ioiô"...
ResponderExcluirTodos aqui sabem do imenso amor que sinto pelo Rio e pelo Brasil, mas acho que a bagunça urbanística da cidade não era privilégio carioca. Mesmo em cidades europeias isso era assim. Os tempos eram outros.
ExcluirA Foto do Malta de 1941 dá a impressão de um lugar já bastante degradado.
ResponderExcluirSalvo engano, a foto de 1941 é de um dos filhos do Malta, disponível na Brasiliana Fotográfica.
ExcluirGrande pesquisa. Becos são lugares meio sinistros. Em alguns paises europeus ainda existem. Nos de lingua alemã se chamam Gasse. Já Strasse é rua. No costume deles, o nome é tudo junto. Exemplos hipotéticos: Schustergasse é Beco dos Sapateiros; Schusterstrasse é Rua dos Sapateiros.
ResponderExcluirImpasse e cul de sac na França
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Ótima postagem hoje, fantástica a pesquisa de detalhamento destes becos. Continuo com a opinião de que esta região que deu origem a cidade deveria ter sido preservada. A final o que é a cidade de Roma? A área histórica de Roma é toda de ruas estreitas, becos e casario antigo preservado.
ResponderExcluirNo Brasil algumas cidades históricas de Minas estão preservadas a séculos e não se transformaram em favelas e hoje tem a sua principal fonte de renda o turismo.
Lino Coelho, as favelas destruíram o Rio de Janeiro, e a consequência disso é que ele se transformou em uma das mais perigosas cidades do mundo. Só um louco terá o Rio como destino turístico. Uma cidade onde os criminosos dominam e "dão as cartas".
ExcluirUma cidade onde existem 1700 favelas controladas pelo crime organizado cujas possibilidades de expansão são infinitas, já que nelas as mulheres desde tenra idade "engravidam por osmose" e as possibilidades de darem à luz após uma flatulência são enormes.
ExcluirÉ bom frequentar o SDR mas alguns comentários sempre repetidos são cansativos.
ResponderExcluirVocê tem duas opções: ou não frequenta mais ou frequenta sem reclamar.
ExcluirNão concordo com esse comentário do Joel, escondido sob a alcunha de Anônimo (12:35h), e concordo com o Anônimo das 12:30h. E tem mais: vou continuar frequentando o SDR e acho que o Anônimo das 12:30h deve fazer o mesmo.
ExcluirNão tem cabimento um comentário que afugenta ou inibe visitantes, quando o Luiz faz de tudo para manter o SDR no ar. Coisas desse tipo acabam desestimulando tanto o gerente de continuar no seu esforço diário quanto as pessoas de darem sua opinião.
O Anônimo das 12:35h esqueceu de dar mais uma opção: "cague e ande para o que eu escrevo". Isso sim é uma boa opção para todos.
ExcluirJoel, 14:27h ==> o texto é bem típico de você, por isso presumi que o fosse. Não conheço ninguém aqui no SDR que tenha aquele tipo de opinião a não ser você. A menos que haja alguém dentro do armário.
ExcluirAqui no SDR o que não falta é gente "dentro do armário". Mas o se o comentário das 12:35 fosse de minha lavra eu o assinaria com prazer, pois costumo sustentar minhas opiniões.
ExcluirPois se fosse de sua lavra eu responderia da mesma maneira que o fiz às 14:15h. Você bem sabe que pensamos da mesma forma em vários aspectos, e já trocamos incontáveis zaps concordando com certos assuntos, mas não posso apoiar alguém expulsando ou inibindo comentaristas. Mesmo que esse alguém fosse você. A seu crédito existe o fato de você sempre se identificar, o que não aconteceu com o dito cujo das 12:35h. Mas sempre tem uma primeira vez para tudo. Se não foi você, desculpe minha dedução. Sendo ou não, mantenho tudo o que escrevi. Tenho dito.
ExcluirO enredo dos jogos da Espanha contra o Brasil e agora contra a Alemanha na disputa pelo bronze foi cruel com a goleira espanhola Cata Coll.
ResponderExcluirEla entregou não só o ouro e prata, mas também o bronze ... cometeu pênalti bisonho desta vez.
E a melhor jogadora do mundo na temporada passada e estrela da Copa do Mundo, a espanhola Alexia Putellas perdeu o pênalti que empataria o jogo e forçaria a prorrogação aos 98 minutos .......
Cata & Putellas, que dupla !
Tendo em vista o comentário das 14:15: "Hélio, muito me admira seu comentário. Sempre fui radicalmente contra anônimos comentando no SDR!
ResponderExcluirTem razão. Mas chamou-me a atenção a defesa contundente dos seus argumentos feita pelo Anônimo. Soou-me como batom na cueca.
ExcluirE não adianta ele ou qualquer outro dizer que não tenho autoridade para escrever o que escrevi. Tenho 17 anos de vivência no SDR e já contribuí com dezenas de postagens, como todos sabem. Acho que isso por si só me dá autoridade para defender o SDR desses comentários sem cabimento. Ao invés de o Anônimo sugerir que quem não concordasse com ele deixasse o SDR, seria melhor que ele procurasse sua turma em outro blog. Aqui ele está do lado perdedor.
Não é a primeira nem a segunda vez que comentários de autoria desconhecida causam confusão no SDR. Mais de uma vez sugeri ao Luiz que eliminasse a possibilidade de comentários anônimos no blog. De novo fica a sugestão.
ExcluirE no futebol masculino a Espanha fez merecidamente 3 x 1 no primeiro tempo e aí no segundo tempo resolveu só se defender, parar de jogar; agora a França diminuiu e vai ser sufoco.
ResponderExcluirVamos ver.
A Espanha levou o empate, o jogo foi para a prorrogação, a Espanha voltou a jogar, conseguiu mais um gol.
ExcluirAgora vamos ver a postura dos times no segundo tempo da prorrogação.
Ótimo jogo de se assistir.
No futebol masculino 3x3 no tempo normal. Gol da Espanha na prorrogação. Por enquanto 4x3.
ResponderExcluirEstá muito interessante este final de Olimpíada.
Estados Unidos erram na passagem de bastão no revezamento masculino do 4x100 e são desclassificados.
E a Espanha de novo só se defende.
ResponderExcluirSei não, uma hora a casa cai...
E a casa caiu ...a da França.
ResponderExcluirPerder a final em casa é dureza ...
Mas, cá entre nós, ver o técnico da seleção olímpica francesa derrotado me dá um certo prazer.
Esta é a minha primeira Olimpíada depois da aposentadoria e é muito bom poder assistir o que eu quiser e a qualquer hora.
ResponderExcluirAgora, bem que os locutores de um modo geral poderiam diminuir a gritaria. (se bem que aí é só abaixar o volume)
Assistindo agora aos 10.000 metros para mulheres.
ResponderExcluirÉ impressionante o ritmo. já estão correndo há quase 20 minutos no que para mim é uma desabalada carreira !...
Os locutores pensam que não vemos as imagens e que somos surdos. São raros os que se salvam.
ResponderExcluirNo dia que for possível ficar só com o som ambiente (o que às vezes já é possível no streaming) nunca mais me terão como ouvinte.
Imagino que atualmente a qualidade dos locutores esportivos é medida por decibéis. Quanto mais alto, mais estão fazendo sucesso. Pelo menos entre os jovens.
ExcluirMas na TV começou com o Luciano do Vale, não só nos tons mais altos como no excesso de descrição do que já estamos vendo.
O Galvão Bueno copiou e acrescentou exagero nos palpites técnicos / táticos só restanto aos comentaristas esportivos confirmar o que o chefe dizia.
A nossa velha Cidade era beco de montão.
ResponderExcluirLembro de foto de um portal como o citado no texto, postado nos tempos do fotolog do Terra. Se não foi no SDR original pode ter sido no seu Clone, o do administrador desconhecido (de quase todos).
Se a Duda não fizer milagre agora e a Ana melhorar um pouquinho, já era.
ResponderExcluirA DUDA é demais.
ResponderExcluirAcabou com o jogo, jogadora monstruosa !
ResponderExcluirA qualidade técnica da Duda é muito superior. Defende, constrói, ataca, acalma.
ResponderExcluirA Ana Patricia não defendeu nem um “reco”.
Pura verdade; nas duas últimas partidas a Duda jogou pelas duas.
ExcluirE o ouro é das mulheres, de novo.
ResponderExcluirSó dá elas.
Tinha certeza que ganharíamos a medalha de ouro, quando vi que o Luiz Roberto não faria a transmissão da partida.
ExcluirPé Frio e chato igual a ele só o GB.
O Luiz Roberto é um digno sucessor do Galvão Bueno, insuportavelmente chato e meloso.
ExcluirSe a Globo mantiver a "tradição", amanhã a final do futebol será com o trio feminino. Temos chance. Agora, se de última hora escalarem o Luiz Roberto...
ExcluirHoje foram medalhas de todos os tipos.
Lino, o GB estava na canoagem... Talvez botem o Luiz Roberto no vôlei feminino. Se perder, sabemos o motivo.
ExcluirA virada no primeiro set e a capacidade de mudar o jogo no último set (muito graças à calma da Duda) foram impressionantes.
ResponderExcluirÓtima conquista. O vôlei de praia já é tradição nas Olimpíadas. Podia acrescentar um com 4 de para cada lado.
ExcluirGostei da n°. 1 do Canadá, a Melissa. Logo percebi que a silhueta não é de anglo-canadense e pensei que fosse franco-canadense, mas não, é filha de chilenos. Bem do jeito que brasileiro admira, além de aparentemente simpática.
Pelo que comentaram sobre a final do futebol masculino a Espanha recuou após o terceiro gol, faltando um tempo inteiro.
ResponderExcluirNão é só time brasileiro que faz essas coisas.
Voltando ao assunto do Beco da Música e a foto enviada pelo GMA: num "Onde É?" até teria possibilidade de identificar o Mercado Municipal ao fundo, mas o nome do logradouro em primeiro plano nem ampliando onde tem a placa na parede.
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