Total de visualizações de página

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

SANTA TERESA





 
Há 15 anos, quando publiquei a primeira foto do “Saudades do Rio”, ainda no Multiply (alguém lembra dele?), coloquei como data limite o ano de 1970. Tanto tempo depois, com o “Saudades do Rio” ainda sobrevivendo, já apresento fotos de 1985, que já é quase passado longínquo.
As primeiras de hoje são do acervo da Tia Nalu, a quem agradeço o envio, e a última, já vista por aqui, é do acervo de Albert Kahn, de 1909.
Vemos, em destaque, o Edifício Valentim, em Santa Teresa, na Rua Almirante Alexandrino nº 1405, antigo nº 381.
Erguido em 1879, foi moradia do comendador Antônio Valentim. Projetado pelo filho, o arquiteto e cenógrafo Fernando Valentim. Na década de 1930 o castelo foi dividido em apartamentos, forma encontrada de manter a propriedade. A arquitetura é eclética e tem aspectos de fortaleza.
Localizado no alto do morro o castelo proporciona uma vista esplêndida que abrange a Serra dos Órgãos, a Baía de Guanabara, o Parque do Flamengo e a cidade de Niterói.
Imóvel tombado, durante os últimos tempos era um condomínio. Não sei exatamente como está hoje em dia.

18 comentários:

  1. Até onde eu sei, continua havendo fila para alugar os apartamentos.
    A rua em que aparecem alguns automóveis é a Aarão Reis; mostra uma visão mais estreita do castelo, mas, para mim, é a mais bonita.
    Há duas fotos quase iguais, onde aparece um Fiat 147, que foram tiradas da esquina da Rua Aprazível com Leopoldo Fróes e nela aparecem os portões da casa vizinha ao castelo, o Almirante Alexandrino 363 (antigo), com o verde do portão bem brilhante, visível na primeira foto. Ali funcionou o Jardim de Infância Corrupio - Ginásio Tomás de Aquino, entre 1955 e o começo dos anos 60. Fiz todo o primário ali até 1959 e, daquela varanda à esquerda do portão verde, eu aguardava a chegada da condução e, diariamente, via a chegada de um Jaguar Mk V, da casa vizinha e que certamente explica o porquê de eu ter um Jaguar como primeiro carro.
    Antes o colégio era na Rua Aarão Reis, 96 e depois foi para a casa do Barão de Mauá na esquina da rua Mauá (hoje Pascoal Carlos Magno) com a Fonseca Guimarães. Hoje a casa é patrimônio do Hotel Santa Teresa e receberá uma reforma digna, ao que se sabe.
    Tirando a última foto, todo o restante permanece como está hoje. Aquela superfície grande, verde, na segunda foto é o teto do supermercado, um tanto destoante de um conjunto normando de belas casas do Estado (Delegacia e Comlurb), mas pelo menos existente.

    ResponderExcluir
  2. Nos tempos atuais, os principais obstáculos para a escolha de Santa Teresa como local de moradia é a falta de imóveis que disponham de vagas para automóveis e a violência. Eu tinha uma amiga que morava nesse castelinho e guardava seu carro em uma vaga alugada muito distante. O local seria ideal para moradia se fosse situado em um país europeu. Mas como é situado em um bairro cercado de favelas, um palácio florentino erguido em Mogadíscio ou Porto Príncipe, se torna inviável como opção de moradia. Assim é para o bairro inteiro. Muita gente deixou o bairro temendo por sua segurança.

    ResponderExcluir
  3. "Boa sorte a todos".

    Comecei a acompanhar o SDR no finado Terra mas descobri que também havia alguma coisa no Flickr. Hoje acompanharei os comentários.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Complementando, também tinha alguma coisa no Fotolog.com.

      Excluir
  4. O SDR está em novo projeto,o Santa Teresa Sempre.Tia Nalu colaborando e vida que segue com boas fotos e o ano de 85 parecendo muito distante.Sem espanto...Na caixa do Biscoito,Brasilia, Fusca,Fiat e um Chevete que poderia ter placa de Vix.Na calçada não pode...

    ResponderExcluir
  5. A falta de vagas é ainda um problema. Locais extremamente pitorescos, como este Edifício Valentim, ou o bairro elevado da Vila Cecília, onde morou nosso colega WHM, são desvalorizados porque o automóvel tem que ficar na rua. Isso vai acabar com o uso do automóvel compartilhado sem motorista, que virá para ficar muito antes do que esperamos.
    Estacionar com duas rodas sobre a calçada não é civilizado e o Prefeito Nervosinho quis disciplinar Santa Teresa, multando nas vias principais quem assim estivesse. A turma aprendeu e botou o carro na rua. Resultado: em muitos locais trafega-se com 2 rodas sobre a calçada, um efeito bem pior do que o carro parado.
    Eu recomendaria um limite razoável, por exemplo, o pneu sobre o meio fio. Já tira 20 cm da largura do carro da rua e não atrapalha o pedestre. Mas o uso compartilhado também vai resolver isso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não existe 1/2 falta.Caiu na área é penalti.Não pode e tome 5 pontos na carteira uma multinha de 127,69.Art. 181.

      Excluir
  6. O Fiat 147 da foto me fez lembrar o que comprei em 1980, modelo "Europa", a álcool (um dos primeiros).
    Era muito difícil fazer o carro pegar de manhã no inverno, o carburador tinha que ser limpo mensalmente, a bóia do marcador de combustível derretia literalmente no tanque, etç, etc ...
    Enfim, duas alegrias:quando comprei e quando vendi.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Na década de 80 ainda permaneciam em grande escala estas porcarias como as que tomam conta da postagem.Só mesmo as viúvas para encontrar alguma serventia nas carroças e ainda batizam com o nome de Europa.Sou Do contra.

      Excluir
    2. Naquela época FIAT significava,Fui Iludido Agora é Tarde.

      Excluir
  7. Boa tarde a todos. Santa Teresa em alta no SDR, a vista deste Palacete da R. Aarão Reis é das mais bonitas vistas deste palacete, assim como a vista da Baía e do Aterro da Mansão da família dona da Mesbla na R. Aprazível é a mais bonita que conheço, na Aprazível tem o restaurante Aprazível de boa comida e preços além do aprazível. Deve ter uns dois anos que não vou almoçar em Sta Teresa, no final de semana, justamente pela falta de vaga para estacionar e os flanelinhas querem te cobrar uma fortuna para você estacionar na rua, que é um lugar público, da última vez me empombei com um deles e para não ter mais problemas não voltei mais a Santa Teresa. Hoje ia dizer que até eu identificava os automóveis, mas o que está na frente do Fiat 147 eu não garanto que seja um Chevette.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Na foto da Aarão Reis estão uma Brasília, um Fiat 147, um Chevette branco dos anos 80 e um Fusca branco. Na outra calçada, um Fusca 1300 vermelho.

      Excluir
  8. Eduardo Paes agravou o problema da falta de vagas proibindo o estacionamento em várias ruas e a GM aplicava milhares de multas engordando o caixa da Prefeitura. O curioso é que até hoje a GM "não enxerga" caminhões de entrega das grandes cervejarias e da Coca-Cola, que estacionam nos locais mais impróprios. Um detalhe que me chamou a atenção é p da desvalorização de carros usados cujos proprietários residem em Santa Teresa. O que "o mercado" alega é o desgaste prematuro da suspensão e dos amortecedores.

    ResponderExcluir
  9. A região de Santa Teresa, onde fica localizado esse castelo, chama-se Vista Alegre. A rua Aarão Reis, um pouco abaixo do local que aparece na 4ª foto, é de uma inclinação bastante razoável e se constituía em um ótimo teste para os motores dos automóveis de antigamente. Durante uma época, quando eu estudei no Colégio Cruzeiro, pegava carona com o pai de amigos meus, que moravam em frente ao Edifício Suísso, edifício êste que já foi objeto de uma postagem do Saudades do Rio e que já foi demolido há vários anos atrás. Vinha, de carona, até ali, com eles e o último trecho, que se resumia a 3 pontos de bonde, continuava a pé, na companhia de minha irmã mais nova que, igualmente, participava da carona. Esses meus amigos moravam no número 567 (pela numeração antiga e 1945 pela numeração nova), entrada da qual se pode ver a seguir, através do link do GSV...
    https://goo.gl/maps/PfDnqGuBoES2
    nos dias de hoje, completamente pichada. Pois bem, minha irmã e eu, costumávamos viajar no banco de trás do carro, um Plymouth 1948, se não me falha a memória e, saltávamos do dito, em frente à garagem da casa deles. Certo dia, depois de chegarmos em casa, recebemos um telefonema do pai dos nossos colegas, dizendo que minha irmã não fechara a porta do carro e que ele, sem o perceber, ao entrar na garagem, a mesma foi seriamente avariada pela batida dela contra a porta da garagem. Minha irmã disse que fechara a porta e a coisa ficou o dito pelo não dito. Tenho muito o que escrever a respeito de Santa Teresa, visto que morei no bairro por mais de 40 anos. Joel de Almeida tem razão, pois fui um dos que saiu de lá por medo da insegurança que já em 1994 graçava em uma região que já foi das melhores do Rio para se morar...

    ResponderExcluir
  10. A última foto da postagem é estupenda, como diria alguém, muito familiarizado com êste sítio...Onde será que o fotógrafo se encontrava, quando a bateu ?

    ResponderExcluir
  11. Sta. Teresa, sempre uma surpresa.
    Belas construções dos tempos que lá era o local para os que fugiam do calor da Cidade, embora em 1879 Petrópolis já tivesse o trem do Barão para abrir concorrência no quesito fuga para casa de veraneio.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Na verdade o trem só chegou à Petrópolis em 1883. O Barão de Mauá inaugurou o trecho entre Guia de Pacopaiba e Fragoso, próximo à Vila Inhomirim em 1854 mas a Empresa Príncipe do Grão Pará, nova proprietária da estrada de ferro, inaugurou o trecho até o centro de Petrópolis. Apenas em 1888 foi possível a viagem direta até Petrópolis e a estação terminal era em Triagem. Em 1907 a nova proprietária da ferrovia, a Leopoldina Railway, recebeu um terreno na Praia Formosa para servir como estação terminal. Mais tarde em 1926 foi inaugurada no local a estação Barão de Mauá.

      Excluir
  12. Parece piada, a FIAT é da Europa e o modelo 147 é praticamente o mesmo europeu modelo 127. Portanto lá, como cá, as "carroças" automotivas, que valem uma boa grana para os colecionadores, também são antepassados dos carros que temos hoje.

    ResponderExcluir