Uma
estupenda postagem do prezado Achilles Pagalidis dará início a uma pequena
série sobre o aterro da Praia de Copacabana para a duplicação das pistas da
Avenida Atlântica e para a construção do interceptor submarino.
“(...)
A areia de Botafogo foi conduzida em tubulações, pelas dragas Ster, Sergipe até
a Praia de Copacabana. Os canos passaram pelo Iate Clube, atravessaram a Av.
Pasteur sob o asfalto, seguiram sob os prédios do Ministério da Saúde e Centro
Brasileiro de Pesquisas Físicas, cruzaram a Av. Lauro Sodré e, ao atingir o
canteiro central, separaram-se: cada ramo seguiu um túnel.
Mais
adiante, ligaram-se na Av. Princesa Isabel, após passar pelos retornos em
frente às ruas Barata Ribeiro e Ministro Viveiros de Castro, Av. Copacabana,
Av. Atlântica e, finalmente, atingindo a praia.
Pelas
tubulações passaram 1.200.000 m3 de areia. E através da holandesa Transmundum
II foram trazidos 2.000.000 m3.
As
imagens mostram os tubos cortando as avenidas Lauro Sodré e Princesa Isabel. O
mapa mostra a extensão da obra de alargamento conforme prévio estudo de como a
areia se espalharia com o movimento das marés e como os terminais se
distribuíram na praia nos quatros pontos equidistantes.
Espera-se
que a nova praia possua amplos estacionamentos e os pedestres possam desfrutar
de uma bela paisagem, com jardins e árvores, como em Ipanema”.
(Fonte:
Revista O Cruzeiro, 05/05/1970)
|
Foi uma obra em parte necessária, mas a "nova configuração" fez com que a "velha Copacabana" ficasse apenas na memória de muitos, mas o verdadeiro e encantador espírito da Princesinha do mar ficou nas brumas do passado. Foi uma obra que posso dizer que acompanhei a sua evolução diária e pude ver de perto essas transformações. Ontem à tarde fui de carro ontem à Copacabana e parei o carro na Avenida Atlântica próximo à Praça do Lido e não gostei do que vi. Pessoas sujas, mal educadas, e parecia que o "espírito da favela baixou no local". Logo que encostei o carro, apareceu um "cidadão caucasiano" dizendo que "é Dez Real adiantado". Me identifiquei e disse que não iria iria pagar antecipado e daria uma gorjeta na volta. Ele não gostou muito mas concordou. A cerca de vinte metros, havia uma dupla de policiais militares de bermuda e de camisa verde limão e eu disse-lhes que o cidadão fazendo cobranças indevidas e que apesar de ele ter se afastado no meu caso, acabaria abordando outras pessoas. Foram então até ele e "gentilmente" o afastaram. Mas esse fato deve ter se repetido milhares de vezes! É um absurdo que Copacabana seja refém desse tipo de frequentadores sem as devidas cautelas. Existem comentaristas "neste sítio" que devem ter presenciado esse tipo incidente. Não há uma efetiva segurança na região, pois a qualquer momento os "inocentes príncipes" que por ali perambulam podem se transformar em "horrendos sapos" a qualquer momento. É inadmissível que pessoas embriagada, seminuas, com comportamentos inadequados e por que não dizer, criminosos, sejam a tônica do local. O tal "direito de ir e vir" possui limitações em países civilizados, mas no Brasil...
ResponderExcluirQue resposta perfeitamente ignorante, elitista, preconceituosa e racista. Parabéns.
Excluir" É inadmissível que pessoas embriagada, seminuas(..)'
ExcluirO cara não gosta de pessoas seminuas...Fazer o que? Idiota completo. Junto-me a você para parabenizar o comentário calhorda do Joel.
Espetacular obra executada por firma portuguesa e feita com esmero pelo governo do estado.Perfeits até os dias de hoje
ResponderExcluirOs estudos foram feitos no LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil , lisboa, Portugal. Todas as obras foram executadas por empresas brasileiras. Eu trabalhei lá de 1965 até o final da obra em 1970.
ExcluirEsses canteiros eram perfeitos e uma verdadeira pintura que pelos traços deve tido a mão do Mestre do paisagismo no Brasil - Burle Marx - e que hoje estão totalmente descaracterizados.
ResponderExcluirGostaria de agradecer ao Docastelo e ao Observador de Correções.
ResponderExcluirLembra do Corretor Ortográfico? rs
Se vc possui um computador importado Toshiba saiba que o mesmo não possui todas as teclas. Estudei bastante na Internet pois dois técnicos contratados me informaram que teria que trocar o teclado. Pesquisei bastante e me adaptei às conversões. Para se ter uma ideia um simples ponto de interrogação exige o pressionar alt + crtl + letra w. O acento agudo e a crase estão na tecla que mostram as chaves usadas nas expressões matemáticas.
De muita utilidade o Blog do Juarez.
Como não quis colocar adesivos no teclado deixei a cargo da memória, o que considerei proveitoso, as informações aprendidas.
Mas... por vezes ... falha.
Magníficas fotos. Enorme saudade.
Quantas piadas os cariocas fizeram sobre o resultado da obra por conta de que seria realizada por portugueses. Pois quebraram a cara. Foi uma bela obra de engenharia.
ResponderExcluirAgradeço pelas fotos e texto. Não sei como explicar, mas é como se estes "tubulões" como chamavam, entrando pelo túnel nunca tivessem existido. Eu simplesmente os apaguei da memória. Estou intrigado.
ResponderExcluirPelo que já tinha lido em arquivos de jornais internéticos, os primeiros testes do bombeamento da draga Sergipe até a Praia de Copacabana começaram em 22/10/1969. Parece que houve muitos pequenos problemas antes do funcionamento pleno. Uns 20 dias depois foi a vez da draga Ster.
ResponderExcluirJá a Transmundum eu não entendi bem o que ela fazia nesse aterro pois operava na Praia de Copacabana, mas no final daquele ano de 1969 já criava risco para os banhista e até o Mário Andreazza, então ministro do governo Médici teve que suspender o seu banho de mar no trecho onde a draga operava.
Vcs pegaram estas informações aonde? Melhor seria pegarem na CBD - Companhia Brasileira de Dragagem na epoca Dirceu
Excluirera seu presidente. Meu pai era socio diretor da empresa holandesa responsavel pela maioria do aterro da praia de Copacabana a areia era tirado do Leme numa linha reta mar adentro da pedra do leme. A empresa era R.Boltje & Zonen Zwolle . Cornelius Boltje e meu pai Hendrik Ebo de Muinck eram socios. A arrebentação no projeto original ficaria bem mais adentro mas pressionados pelo governo e literalmente ameaçados q foi a minha familia para terminasse ainda para inauguração do calçadão naquele governo. Os holandeses são os maiores especialistas em aterro e dragagem do mundo. No Brasil.meu pai aterrou uma parte do porto de Belém Da capital do Ceará a lagoa dos Patos a lagoa
mirim(RS) fez o emissario submarino de Santos e obras também em Natal e Maceio e do porto de Niterói e trabalhou.em.Obras no estaleiro Verolme e outro q esqueci.
Com relação ao local da primeira foto estou aí um dia sim e o outro também. É interessante comparar a antiga configuração do canteiro central com a atual. Na verdade considero a dos dias atuais muito mais prática e utilizável. A antiga, ajardinada, devia dar muito trabalho para conservação, independente de quem a tenha planejado. Hoje temos a ciclovia, pedras portuguesas em três cores, árvores frondosas e academia ao ar livre, só lamentando a desativação das fontes e dos bancos em um determinado trecho. Por conta da operação Copacabana Presente ficam estacionadas uma viatura da PM e a do batalhão de cães da GM, melhorando a segurança local. As pessoas hoje utilizam todo esse trecho como circulação e lazer, impossível na antiga configuração. Nem sombras de árvores para proteção contra os raios solares havia. A manutenção recente era realizada por meio de um convênio entre a municipalidade e o hotel Windsor, hoje Hilton. Com a nova direção do hotel a conservação atual é de responsabilidade da Comlurb.
ResponderExcluirÉ interessante notar algumas alterações entre a antiga imagem e o atual momento. Do lado esquerdo da foto verifica-se a ausência do hotel Augusto's e do aparthotel junto ao túnel. Alguns desconhecem mas esse lado da Av. Princesa Isabel abriga quatro vilas de casas, uma delas cortada ao meio quando da abertura da r. Roberto Dias Lopes, no Leme. No lado direito é possível ver a Pr. Demétrio Ribeiro, também dividida pela pista de rolamento que leva ao início da Barata Ribeiro e ao final da Av. Prado Júnior. E na esquina o tradicional Cervantes.
A data da matéria da Revista "O Cruzeiro" representa o tempo do auge da boemia na região. Indo na direção da praia, sem mencionar as ruas próximas, existiam várias casas noturnas que fervilhavam nesse tempo. Até onde a memória alcança: Plaza Hifi, Crazy Rabbit, Frank's Bar, Scotch Bar, Lucy's Bar e Gunga Din. Do outro lado: Supentof, o famoso Drink, aberto por Djalma Ferreira e arrendado pelos irmãos Peixoto (Cauby, Moacir, Araken e Andiara), Graff Bobby, e mais tarde os bares e boates do hotel Meridien. A noite aí era uma festa.
Antes do Meridien, em cima do posto, o Fred's.
ExcluirSobre o Fred's:
Excluir"O cliente enchia o tanque do carro em baixo e a cara em cima".
Stanislaw Ponte Preta.
Na relação de casas noturnas citei as que conheci por fora e por dentro. O Fred's, de propriedade do Frederico C. Melo, só por fora. Nem tinha idade para frequentar. Mas lembro que a direção da casa anunciou que estava tentando trazer o Frank Sinatra pela primeira vez ao Brasil. O cantor americano mandou dizer que não se apresentaria em um posto de gasolina. E de fato só veio quando lhe prometeram um grande público no Maracanã. Na ocasião ganhou até um beijo daquele português maluco, o Beijoqueiro.
ExcluirA propósito quem me apresentou à vida boêmia de Copa foi o meu colega de pós graduação Jorge Loredo, o popular Zé Bonitinho.
Boa tarde a todos. Esta obra juntamente com a obra do Aterro, foram as duas obras de grande porte realizadas no Estado da Guanabara, que possibilitaram uma grande melhora tanto no paisagismo, como na melhora do tráfego da cidade. Poderia citar também a ligação da zona sul a barra, mas esta já houve interferência indevida na escolha do melhor projeto, e que resultou agora nas constantes manutenções de emergência para fazer tratamento tanto nas ferragens como na estrutura de concreto. Falar da Engenharia Civil Portuguesa e compará-la com o que temos no Brasil é brincadeira e pleno desconhecimento deste ramo da Engenharia.
ResponderExcluirLembra o Decourt que esta obra acabou com a qualidade da areia de Copacabana, pois basicamente o que foi bombeado da enseada foi lama e conchas. Só se colocou uma "cobertura" de areia fina no final da obra, retirada da ilha Pombeta na entrada da baía. No início a areia era tão grossa que "ardia" nas pernas dos banhistas na arrebentação. Só agora, passados mais de 40 anos, a areia na linha de arrebentação começa a ser erodida. Mas a declividade da praia para o padrão original talvez nunca mais volte. Já a enseada deve ter se recuperado e seu leito entupido de sedimentos novamente.
ResponderExcluirOuvi ontem numa reportagem num jornal da tv , que o nosso incompetente alcaide ordenou que o palco que foi montado para os espetáculos deprimentes de musica na noite do réveillon ,ficará fixo na areia de Copa para que sejam feitas apresentações mensais para deleite das massas .Coitada de Copacabana.
ResponderExcluirÉ fácil retirar estes palcos, basta os moradores tacarem fogo.
ExcluirCrívella "não dá uma dentro". Mantendo a tradição de "cafetão pobre", atrasou em dez dias o pagamento dos funcionários da Prefeitura. Com isso, eles farão uso de empréstimos consignados. E para isso foi autorizado a operar na Prefeitura o banco de Edir Macedo. Tudo em nome de Jesus.
ExcluirDe 1969 a 1971, a Zona Sul acompanhou uma obra que mudaria a cara de um cartão-postal da cidade: a duplicação da Avenida Atlântica. O projeto do engenheiro Raimundo de Paulo Soares foi executado no governo Negrão de Lima por sugestão do arquiteto Lúcio Costa. A ampliação também serviu para a instalação do interceptor oceânico da Zona Sul, até então a maior obra de saneamento básico da cidade. A faixa de areia ficou maior e foram construídas novas pistas para os carros. Na ocasião, o calçadão ganhou sua forma definitiva.
ResponderExcluirCoube a Roberto Burle Marx desenhar os mosaicos de pedras portuguesas, em pedro, branco e vermelho, para representar as etnias que formaram o Brasil. A ideia era que os desenhos pudessem ser vistos do alto. No calçadão à beira-mar, Burle Marx manteve as ondas projetadas no início do século XXl (copiadas da Praça do Rocio, em Lisboa), mas aumentou as curvas, criando o efeito que ficou conhecido no mundo todo.
Projetada para ser apenas uma rua de serviço, num bairro de meia dúzia de casas, a Avenida Atlântica foi inaugurada, no início do século XX, com apenas quatro metros de largura. Servia ao trânsito de pedestres - em toda a cidade, circulavam pouco mais de 150 carros. No ínicio da década de 10, com a popularização do automóvel e o modismo do banho de mar, a avenida passou por sua primeira ampliação, para 19 metros de largura. Em 1924, destruída por uma ressaca, foi alvo de nova reforma, desta vez com a construção dos primeiros postos de salvamento.
Depois da grande duplicação, a Atlântica ainda passaria por outras reformas. Em 1975, foram erguidos novos postos de salvamento. Em 1988, a areia ganhou coqueiros. Quatro anos depois, o estacionamento foi proibido e a prefeitura construiu a ciclovia. Em 2005, com o projeto Rio Orla, a avenida ganhou novos quiosques.
Leia mais: http://acervo.oglobo.globo.com/rio-de-historias/nos-anos-70-avenida-atlantica-duplicada-ganha-novo-visual-8901666#ixzz532rz153S
Com relação às casas noturnas da região, quase todas voltadas à prostituição, houve um decréscimo colossal de suas atividades fim. Seja pela crise, seja pelas "facilidades" oferecidas pela modernidade, o fato é que "a coisa tá preta". Havia um primo de minha mãe que era empresário nessa região, figura bastante conhecida. Detetive da polícia da Guanabara, ganhou notoriedade quando em 1963 denunciou todos os policiais da 12 D.P por corrupção e envolvimento com jogo do bicho. Valente, faixa preta de artes marciais, era figura conhecida nessa região. Acabou deixando a polícia e se tornou proprietário de várias casas, entre elas o "Alfredão". Deve ter 83 anos se ainda for vivo.
ResponderExcluirSó uma dúvida: será que o costume de correr ou caminhar no calçadão começou quando aqui chegou o modismo do teste de Cooper, lá pelos idos de 1972?
ResponderExcluirCertamente. Tive o prazer de assistir a uma palestra do Dr. Cooper no salão de convenções do hotel Rio Palace no Posto 6. Era muito carismático e apresentou exemplos muito bons sobre a necessidade de se exercitar.
ExcluirMuito boa postagem com informações na medida sobre Copa. Não lembrava da Princesa Isabel com a configuração da primeira foto. Era bem bonita.
ResponderExcluirBom 2018 para todos. Sobre a obra, há um fato que me parece foi esquecido. Morava em Copa e me lembro de uma bomba booster, creio que acionada por motor diesel. Estava instalada na linha 2 mais ou menos na altura do ponto de descarga 2, conforme o mapa. Era uma estrutura bem grande, acho que na areia bem junto à calçada.
ResponderExcluirAchei essa linda foto da Trasmundum II na orla de copacabana
ResponderExcluirhttps://www.dredgepoint.org/dredging-database/sites/default/files/node_images/transmundum_rio_de_janeiro.jpg
Foi Empresa Portuguesa a executar a duplicação da Av. Atlantica?
ResponderExcluirVcs pegaram estas informações aonde? Melhor seria pegarem na CBD - Companhia Brasileira de Dragagem na epoca Dirceu
ResponderExcluirera seu presidente. Meu pai era socio diretor da empresa holandesa responsavel pela maioria do aterro da praia de Copacabana a areia era tirado do Leme numa linha reta mar adentro da pedra do leme. A empresa era R.Boltje & Zonen Zwolle . Cornelius Boltje e meu pai Hendrik Ebo de Muinck eram socios. A arrebentação no projeto original ficaria bem mais adentro mas pressionados pelo governo e literalmente ameaçados q foi a minha familia para terminasse ainda para inauguração do calçadão naquele governo. Os holandeses são os maiores especialistas em aterro e dragagem do mundo. No Brasil.meu pai aterrou uma parte do porto de Belém Da capital do Ceará a lagoa dos Patos a lagoa
mirim(RS) fez o emissario submarino de Santos e obras também em Natal e Maceio e do porto de Niterói e trabalhou.em.Obras no estaleiro Verolme e outro q esqueci.
Infelizmente, um dia o Mar vai tomar essa área novamente.
ResponderExcluirDa mesma forma se fosse tudo natural, e provavelmente nem você nem eu estaremos vivos pra ver isso, porque depois de 60 anos alguns pontos continuam com a mesma largura.
Excluir