Total de visualizações de página

quinta-feira, 26 de abril de 2018

AV. PRESIDENTE VARGAS



A  Avenida Presidente Vargas, em determinada época, era um grande estacionamento.
 
Com as férias do Biscoito Molhado o time de especialistas está desfalcado.
 
Porém, vale a pena notar o Nash verde metálico e o Jaguar prateado.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

HOSPITAL SOUZA AGUIAR




 
Foto 1 e 2: o Hospital do Pronto-Socorro na Praça da República, inaugurado em 1925, foi a primeira instituição pública do Brasil destinada às emergências clínico-cirúrgicas e acidentados. No começo do século XX, tanto a União quanto o Município apenas tratavam dos doentes infecto-contagiosos, dos mutilados e da assistência aos alienados, nada fazendo em favor dos necessitados.
Na época, os hospitais eram: Geral da Santa Casa, N. S. das Dores, da Gamboa, N.S. do Socorro, Hospício Nacional, da Beneficência Portuguesa, das Ordens do Carmo, São Francisco de Paula e da Penitência, além da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, do Central da Marinha, do Exército e do Corpo de Bombeiros, o da Polícia Militar e a Policlínica de Botafogo.
Das antigas Casas de Saúde que funcionavam nesta época, citam-se a Dr. Eiras e São Sebastião.
A administração municipal só foi inaugurar o Hospital de Pronto-Socorro em 1925, substituindo o Posto de Assistência da Rua Camerino, contra a vontade dos médicos particulares que consideravam haver concorrência desleal.
A assistência médica de urgência era prestada apenas na zona central da cidade, chegando sua área de ação até a estação do Rocha. Os doentes eram transportados pelos trens da Central até uma estação onde pudesse chegar uma ambulância.
Em 1955, este Hospital de Pronto-Socorro da Praça da República recebeu o nome de Hospital Souza Aguiar. Em 1965, no mesmo local, foi inaugurado o novo Hospital Souza Aguiar, que teve sua construção iniciada em 1962 no Governo Carlos Lacerda. Neste período de obras o atendimento foi transferido para o anexo do Hospital Barata Ribeiro, na Mangueira.
FOTOS  3 e 4: estas fotografias nos mostram as obras do novo prédio do Hospital Geral Souza Aguiar, na década de 60, Governo Carlos Lacerda. Vemos a fachada antiga, em frente à Praça da República e, atrás dela, as obras do edifício atual.  Considerado a maior emergência da América Latina, o Hospital Souza Aguiar foi fundado em novembro de 1907, quando a cidade tinha apenas 800 mil habitantes, e recebeu este nome em 02 de junho de 1955, data do centenário natalício do Marechal Francisco Marcelino de Souza Aguiar, antigo prefeito do Distrito Federal. A atual denominação, Hospital Municipal Souza Aguiar, foi adotada em 1975, após a fusão do Estado da Guanabara ao Estado do Rio de Janeiro.
 

terça-feira, 24 de abril de 2018

HOSPITAL SOUZA AGUIAR






 
“Dr. NN, saída de ambulância!”, anunciava o alto-falante do 2º andar do Hospital Souza Aguiar. Havia uma lista, em cada plantão, dos que saíam numa ambulância como as da primeira foto. Era descer ao térreo, ir na cabine da telefonista e pegar a ficha de atendimento. Fora um “atropelamento” ou uma “colisão”, na maioria das vezes um simples “P. mal” (Passando mal), o que gerava uma incerteza do que ia se encontrar. No trajeto, com sirene ligada e muitos avanços de sinal, o antigo rádio pipocava com outros chamados.
A tripulação era composta por um motorista, um auxiliar de enfermagem veterano (como o Santana ou o Pelé) e um médico. Ainda era uma época em que se podia entrar nas favelas da região sem maiores problemas. Embora as ordens fossem deixar o corpo no local caso fosse encontrado “em óbito”, era mais prudente levar para o hospital para evitar pressões.
Na foto dois vemos o corredor do 2º andar, com o fotógrafo em frente à sala da Ortopedia, a nº 1. No outro extremo, lá no fundo, ficava a sala nº 7, da Pediatria. A sala nº 2, à esquerda, era dividida entre ORL, Oftalmo e Odontologia. Depois a sala nº 3, que era a “grande emergência”, hoje chamada de “sala vermelha”. A seguir, a sala nº 4, de atendimento dos homens e a sala nº 5, de atendimento das mulheres. A nº 6 era uma sala de repouso de pacientes. Do lado direito, além do corredor dos elevadores, ficavam as salas de enfermagem e a sala dos médicos de plantão.
A terceira foto mostra a fila na porta da sala nº 7, da Pediatria, e a seta indicando o setor de RX, que ficava em corredor paralelo ao que vemos na foto acima.
A quarta foto mostra a entrada principal e também entrada do estacionamento dos médicos. A rua em frente ao hospital, que tinha mão da Lapa para a Presidente Vargas, havia uma faixa demarcando um trajeto para as ambulâncias virem pela contramão, desde a Faculdade de Direito até a entrada dos pacientes, que ficava do lado oposto do prédio.
A quinta foto é do térreo, na triagem dos pacientes clínicos menos graves. Os mais graves subiam direto para o 2º andar. Pode parecer absurdo, mas os funcionários, por experiência, raramente erravam em dirigir um paciente direto para o 2º andar.
A foto nº 6 mostra os boxes de atendimento das salas de homens (iguais aos da sala de mulheres), numa época em que os profissionais se vestiam de branco e usavam jalecos. Depois passaram a usar camisas brancas e hoje a maioria atende com roupa de rua, tipo calça jeans e tênis, com um guarda-pó branco. São os “novos tempos”.
O setor de Emergência do Hospital Souza Aguiar tem 7 equipes, que se revezam em plantões noturnos de 12 horas e dois outros plantões de 6 horas pela manhã e pela tarde. Cada equipe tem um nome: Daniel de Almeida, Chapôt-Prévost, Álvaro Ramos, Benjamim Batista, Domingos de Goes, Samuel Pereira e Catta-Preta.

 

segunda-feira, 23 de abril de 2018

DIA DE SÃO JORGE





 
Hoje é feriado no Rio de Janeiro por conta do dia de São Jorge. Mais um feriado absurdo em meio a tantos feriados existentes.
A Igreja São Gonçalo Garcia e São Jorge, no Centro, festeja São Jorge este ano com tríduo e bênção de 19 a 21 de abril. No dia 21 de abril, houve missa comunitária a São Jorge, no dia 22 de abril, ocorrerão missas às 8h, 10h e 12h. Hoje, 23 de abril, houve Alvorada, às 5h. Ocorrerão missas campais na Avenida Presidente Vargas, às 8h, 9h, 10h, 11h, 12h, 14h, 15h e 16h. No interior da igreja haverá missa solene presidida pelo Cardeal Dom Orani João Tempesta, às 18h, e a missa de encerramento, às 20h. No dia 29 de abril, terá missa às 9h, seguida de procissão pelas ruas do bairro. A igreja fica na Rua da Alfândega nº 382.
As fotos de hoje mostram a igreja e a famosa procissão.
Em 1954, o Correio da Manhã noticiava que “a Irmandade de São Jorge e São Gonçalo Garcia, comemorando o 1º centenário da fusão das duas Confrarias, por decreto imperial de Pedro II, elaborou um amplo programa de comemoração, onde ressalta a realização de imponente procissão saindo do templo da Praça da República, com a participação das Forças Armadas, das irmandades e associações religiosas, de acordo com a decisão do cardeal D. Jaime Câmara, que deverão comparecer às 14 horas para a formação do grande préstito de fé cristã”.
Na ocasião, Monsenhor Pizarro, ao descrever a origem da fundação dos primeiros templos levantados na terra carioca, inclui o de São Jorge como o sétimo, pela provisão de 07/09/1747. O templo de São Gonçalo Garcia figura como o nono, erigido com a provisão de 14/12/1758, em chão de 5 braças de testada e 18 de fundo, doado pelo cônego Antonio Lopes Xavier.
Segundo esta edição do Correio da Manhã, “reina São Jorge sem competidor no Brasil, tão avassaladora é a sua força de santo sobre os espíritos fortes de fé cristã. O mundo de hoje vive horas ameaçadoras, o que exige muitas preces ao Altíssimo, para salvação de nossos sofrimentos, livrando-nos das desgraças e da destruição da civilização. Só Deus nos conduzirá ao caminho da verdade e da salvação, e preparemos os corações e a mente para rezarmos durante a passagem da procissão de São Jorge e São Gonçalo Garcia, implorando que eles intercedam perante o poder divino de Deus, pelos pecadores que vivem na Terra, ameaçando extinguir os seus sublimes ensinamentos.”
 


domingo, 22 de abril de 2018

EXPO 1908




 
Com estas fotos terminamos a pequena série sobre a Expo de 1908 na Praia Vermelha. Mostram o que seria um domingo há 110 anos.
Era imperioso visitar toda a área compreendida entre o fim da Rua General Severiano e o antigo edifício da Escola Militar, passear entre o Hospício Nacional de Alienados e a Praia da Saudade, naquela região que se transformou, por encanto, numa cidade, verdadeira fantasia de mil e umas noites.
"Au grand complet", com seus melhores trajes, os cariocas dirigiram-se para a Avenida Pasteur, a fim de passar o dia na Expo. Visitaram o prédio da Escola Militar, desocupada desde a revolução de 1904, totalmente remodelada para servir de Palácio das Indústrias. Todos ficaram espantados com a quantidade de gente que as barcas da Cantareira, os bondes, carros e automóveis ali despejavam, de instante em instante. Os restaurantes, bares, diversões de toda ordem estavam repletos.
No momento das fotos ainda aguardavam que a iluminação fosse acesa. Os amigos que já tinham ido à Expo tinham ficado impressionados e contavam que havia mais luz e mais fulgor do que se fosse dia. Ansiavam também por chegar as 10 horas da noite, hora em que se iniciava a queima de fogos, por cerca de uma hora.
Tinham chegado pela Avenida dos Estados e já tinham passeado no trenzinho da Exposição.
Haviam assistido a uma peça no teatro sob a organização de Artur de Azevedo. E todos tinham se deslumbrado com o cinema do pioneiro Paschoal Segreto, que apresentou o primeiro documentário digno desse nome sobre o Rio, tirado do Pão de Açúcar, por Emílio Guimarães.
Um domingo inesquecível.