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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

RUA OTAVIANO HUDSON

 

FOTO 1: a foto deste castelo me foi enviada pelo amigo Claudio Salles, que morava na esquina da Tonelero com a Praça Cardeal Arcoverde. Trata-se da última construção da Rua Otaviano Hudson, em Copacabana, que, na época, era calçada por paralelepípedos. 

Esta rua começa na Tonelero e acaba logo após a Rua Maracanaú. 

No final da Otaviano Hudson a ladeira se torna mais íngreme, ao final da qual havia um portão de acesso aos jardins do castelo. Na época da foto o único prédio da rua era o de nº 16.

A foto é dos anos 50/60 e, em breve, estará circulando nos grupos da Internet sem os devidos créditos, como quase sempre.

A Claudia Gaspar, autora de vários livros fantásticos sobre o Rio Antigo, como o "Orla Carioca", informou que o castelo era da família Gonçalves.

O "Saudades do Rio" agradece a colaboração do Claudio.


FOTO 2: vemos um aspecto da Rua Otaviano Hudson no início dos anos 70, de autoria do famoso Gyorgy Szendrodi.



FOTO 3: vemos o prédio que agora ocupa o local onde era o castelo, em foto recente enviada pela tia Milu, a quem o SDR agradece.


terça-feira, 16 de janeiro de 2024

TOPIARIA


FOTO 1: Topiaria é a arte de podar plantas em formas ornamentais. Trata-se da prática de jardinagem que consiste em dar formas artísticas às plantas mediante corte com tesouras de podar.

Esta foto foi colorizada pelo Nickolas. Eu acho que é na Praia de Botafogo que, na época, tinha esta mureta, tal como na Praia do Flamengo. 


FOTO 2: Vários artigos comentam que para "esculpir" uma planta são necessários, normalmente, vários anos de intervenções que consistem, entre outras técnicas, em utilizar estacas e armações para guiar o crescimento e obter as formas que de outra maneira seriam impossíveis de conseguir.

Entretanto, há relatos de trabalhos feitos no Rio somente com tesouras, sem o uso de arames que envolvessem as plantas. Burle Marx eram contrário às topiarias, assim como qualquer técnica que modificasse a forma natural das plantas.


FOTO 3: Era um tempo em que a cidade era cuidada, com carinho e competência, pela Prefeitura. O Departamento de Parques e Jardins funcionava, embora desde aquela época já houvesse reclamações sobre o serviço de poda mal feito. Problema que só piorou quando a Comlurb assumiu esta função.


FOTO 4: Os responsáveis pelo trabalho que vemos nas fotos eram artistas chamados de topiários. Eles vinham de Portugal, assim como os calceteiros e estuqueiros. Como não foram substituídos, a prática se extinguiu por aqui. Os calceteiros atuais são extremamente incompetentes se comparados aos portugueses. Basta comparar nossas calçadas com as portuguesas. 


FOTO 5Foto garimpada pelo Nickolas. Mais um exemplo do trabalho de topiaria na Praça Paris. E, à direita, o saudoso Monroe.

FOTO 6: A planta mais usada em topiaria urbana é o “Ficus”, cujo crescimento pode ser direcionado através de armações e estacas e até pouco tempo era muito usado para cercas vivas.

O problema é que a folha do “Ficus” se transformou no criadouro do inseto que infernizou os olhos dos cariocas nos anos 60 e a Prefeitura resolveu erradicar o “Ficus” da nossa cidade.

Se não me engano, pouco antes de pegar o apelido de "lacerdinha", aqueles bichinhos pretos que adoravam a cor amarela e os olhos das pessoas, eram chamados de "azucrinóis".

Este último apelido derivou da história em quadrinhos da Família Buscapé, aquela do Ferdinando, da Chulipa, do Lúcifer, da Violeta, em Brejo Seco, onde havia uns bichinhos que azucrinavam os personagens.

A foto é no Campo de Santana.


FOTO 7Notícias da época dão conta que o entomologista Fernando Pires, iria produzir uma bomba com base em hormônio juvenil que aniquilaria insetos de todos os tipos. O preparado, que ainda está sendo testado por cientistas americanos, deveria acabar com os “lacerdinhas”.

De um momento para outro a roupa era coberta por estes pequenos pulgões pretos e quando algum caía nos olhos imediatamente havia uma sensação de queimação, que gerava lágrimas.

À época concluiu-se que o uso de inseticidas era inviável, apesar de tentativa de se usar o “FLIT”.

As árvores “Ficus” eram o reservatório maior. A cor amarela exercia uma atração especial para estes insetos. Durante toda a década de 60 se discutiu como resolver o problema. Não me lembro como foi o final desta história, mas os “lacerdinhas” acabaram desaparecendo.