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sábado, 28 de janeiro de 2017

DO FUNDO DO BAÚ: SPICA

Hoje é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”.  E de lá sai um radinho SPICA absolutamente igual a um que ganhei de presente da madrinha. Era companheiro inseparável de todas as horas, da mesa de cabeceira ao velho “Maraca”.
Ia comigo para o estádio num tempo de bom futebol, de Garrincha, Didi, Newton Santos (depois virou Nilton), Quarentinha, Zagalo, Sabará, Pinga, Almir, Delém, Paulinho, Belini, Valdo, Telê, Maurinho, Castilho, Pinheiro, Joel, Dida, Dequinha, Indio, Babá, Evaristo, Zózimo, Calazans, Alarcon, Canário e tantos outros que vi no Maracanã e pelos campos pequenos do Rio (São Januário,  Moça Bonita, Campos Sales,  Gávea, General Severiano,  Laranjeiras, Conselheiro Galvão,   Bariri,  Teixeira de Castro, em Niterói (Canto do Rio), Kosmos (Portuguesa),  Italo Del Cima,  Figueira de Melo).
Nele ouvia os comentários sobre os árbitros, ainda eram "juízes", tais como Mario Vianna, Gama Malcher, Eunápio de Queirós (o "Larápio de Queirós"), Amilcar Ferreira, Frederico Lopes. Em que a SUDERJ era ainda ADEM (Administração dos Estádios Municipais), depois virou ADEG (Administração dos Estádios da Guanabara), em que o alto-falante a toda hora anunciava "a Adeg informa, no Pacaembu, gol do Santos (e após um pausa) ...Pelé`!!!", em que o cachorro-quente da Geneal e o Chica-Bon faziam a alegria de todos.
Os comentários ouvia dentro do lotação Lins-Lagoa ou dos ônibus Grajaú-Leblon ou Barão de Drumond-Leblon.
Era o tempo de sonhar com a vitória do time, de ver quem ganharia o moto-rádio ou seria escalado na "seleção da rodada" (para ganhar um relógio Mondaine), de ler a coluna "Penalty", do Otelo Caçador. E de ver a Charanga do Jaime, do talo de mamona do Ramalho, de ver a Dulce Rosalina comandar a torcida do Vasco e o Tarzan a do Botafogo, de espirrar com o pó-de-arroz lançado pelos tricolores.  Era o tempo de milhares de vaga-lumes na arquibancada (quando os fósforos eram riscados para acender os cigarros), da bola G-18 marron, do "garoto do placar", da arquibancada de concreto áspero. Era o tempo de ouvir o Valdir Amaral, o Doalcei Camargo, o Oduvaldo Cozzi, o Jorge Curi, o Orlando Batista, o Clóvis Filho. E os comentaristas Benjamim Wright e Rui Porto.
No SPICA, que tinha também um “egoísta” numa bolsinha presa na tira que envolvia o radinho, a estação preferida era a Continental, cujas transmissões esportivas tinham uma dramaticidade tremenda e a equipe de reportagem era comandada pelo Carlos Pallut. Havia muitas trocas de locais de trabalho entre os locutores, mas na Continental lembro do Clovis Filho, Benjamim Wright, Carlos Marcondes, Teixeira Heizer, Luiz Fernando. Transmissões patrocinadas pela “MIL – a milionária do Castelo” e pelo Guaraná Princesa e Cerveja Black Princess.
Capítulo à parte eram os locutores e seus bordões: na Rádio Globo, Waldir Amaral ("você ouvinte é nossa meta. Pensando em você é que fazemos o melhor"; "está deserto e adormecido o gigante do Maracanã"), João Saldanha ("meus amigos") e Mário Vianna ("errrrou! errrrou! banheeeeiraaaa! ilegal! gol ilegal"). Na Rádio Tupi, Doalcei Camargo ("o relógio marca"), Rui Porto. E ainda Antonio Cordeiro, Orlando Baptista e seu linguajar empolado, Geraldo Romualdo da Silva.  E o “rei do rococó”, Oduvaldo Cozzi. Todos viam a bola “passar raspando”, “um perigo iminente”, “um gol impossível de perder”, tornando qualquer jogo insosso na mais dramática das partidas para angústia de todos nós, torcedores. E, além dos bordões, criavam apelidos para os heróis de nossa infância: “Enciclopédia”, “Violino”, “Leão da Copa”, “Leiteiro”, “Constellation”, “Formiguinha”, “Príncipe Etíope”, “Doutor”, “A mais alta patente do futebol brasileiro”, “Rei”, "Possesso", “Rei da folha seca”, "Queixada", e tantos outros...
Também não faltava no SPICA a Rádio-Relógio que, de minuto a minuto, dava a hora certa (eram 30 segundos de anúncios, tipo “Galeria Silvestre, a galeria da luz, depois do sol quem ilumina seu lar é a Galeria Silvestre”, e 30 segundos de informações gerais). Na Rádio Jornal do Brasil, o "Pergunte ao João" era uma espécie de Google da época, tirando as dúvidas dos mais variados assuntos, e o anunciado e nunca ouvido “Encontro Marcado”, com Dom Marcos Barbosa. Na Rádio Nacional, era imperdível o "Repórter Esso", com Heron Domingues, e o "Balança mas não cai" com seus quadros famosos: Primo Pobre (Brandão Filho) e Primo Rico (P. Gracindo) e Peladinho (Germano), o folclórico flamenguista. E o diário “No mundo da bola”, patrocinado pelas Casas Hudersfield ("difícil de pronunciar, mas fácil de encontrar"). Na Rádio Tamoio o destaque era o “Música na Passarela”, com a famosa música ciclâmen. A Mayrink Veiga também tinha um bom programa de música à tarde.
O SPICA foi uma grande companheiro!
 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

RUA FIGUEIREDO MAGALHÃES

 A foto de hoje, dos anos 50, mostra a Rua Figueiredo Magalhães, em Copacabana, em seu trecho entre a Rua Tonelero e o Túnel Velho. A primeira rua à esquerda é a Capelão Álvares da Silva e a próxima à direita a Joseph Bloch. O local onde estão as casas à direita é ocupado atualmente pelo Shopping Center Cidade de Copacabana, mais conhecido como Shopping dos Antiquários.
Aquele terreno com instalações da Light foi ocupado pelo Clube Paissandu de 1932 até 1952, antes de se mudar para as atuais instalações no Leblon. Fotos antigos mostram que o clube também ocupava a área da Rua Joseph Bloch, fazendo fronteira com as casas que existiam na Rua Ministro Alfredo Valadão (rua seguinte, à direita), que era uma continuação da Travessa Sta. Margarida, que liga a Siqueira Campos à Ladeira dos Tabajaras.
A Rua Figueiredo Magalhães, cujo nº 1 era a casa de meu tio-avô James Darcy, na esquina com Avenida Atlântica, somente em meados da década de 50 teve sua prolongamento completado até o Túnel Velho.
Impressionante como os arranha-céus já eram numerosos na Figueiredo Magalhães e na Siqueira Campos.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

ARPOADOR


 

Vemos o Arpoador nos últimos anos da Ipanema dourada. Pouco tempo depois, com a liberação do gabarito dos prédios de Ipanema, tudo isto acabou.

Em 1751, o Plan de la Baye et du Port de Rio de Janeiro já registrava a "Ponta do Arpoador". A praia do Arpoador fica entre a Ponta do Arpoador e o encontro da Rua Francisco Otaviano com a Rua Francisco Bhering, no início da Avenida Vieira Souto.

Deve o nome aos rochedos debruçados sobre o mar, que serviam para arpoar baleias quando elas se aproximavam da costa para procriar. A caça à baleia foi atividade importante no Rio de Janeiro colonial, compondo com a produção de açúcar e o comércio de madeira nativa a base da economia (esta pesca parece ter começado em 1644). Na Pedra do Arpoador funcionou a Estação Rádio-Telegráfica, inaugurada em 1922. Esta estação era subordinada ao Departamento de Correios e Telégrafos, para prestar auxílio aos navegantes. Em estilo "art-déco", encontrava-se sobre uma pequena plataforma que avançava nas areias da Praia do Diabo, vizinha da Praia do Arpoador. Informações dão conta que tinha uma antena com 200m de altura (será mesmo?), sustentada por duas torres de 35m, e ligava Ipanema a qualquer parte do mundo. Apesar de não ser a mais bem equipada entre as nove estações costeiras mantidas pelo Departamento de Correios e Telégrafos, era a mais importante em virtude da relevância do porto do Rio de Janeiro. Foi desativada em 1967.

Até a década de 1940 o local continuava a ser um areal meio vazio. As casas davam frente para a Rua Francisco Otaviano e fundos para a praia.

Só após a 2º Guerra Mundial a praia passou a ser mais frequentada. Ganhou maior popularidade nas décadas de 1950 e 1960 com a pesca submarina e o surfe que ali se praticava. A Avenida Francisco Bhering foi fechada para trânsito de veículos (exceto moradores) em 1983 durante a segunda gestão do Chagas Freitas.

Os primeiros habitantes a se fixarem no Arpoador o fizeram por volta de 1897, quando o então proprietário, o francês Leblond, loteou sua enorme propriedade.

Em 1937, o Prefeito Dodsworth teria feito uma piscina na área do Arpoador, de duração efêmera. O posto de salvamento localizado na Praia do Arpoador tinha o nº 7.

A grande curtição da minha época de adolescente (e lá vai muito tempo) era mergulhar do Saramangue (a pedra-trampolim) da Ponta do Arpoador, lugar onde eram catados os mexilhões deliciosos. E onde, de quando em quando, apreciavam-se as evoluções de arraias-jamantas (possivelmente o nome da Praia do Diabo, logo ao lado, veio daí, já que essa arraia é também chamada de peixe-diabo).

As pedras do Arpoador tinham nome: Samarangue, Piniquinho, Pontal, Piscininha. O macete era usar uma “Alparcatas Roda” onde adaptávamos um cadarço para proteger os pés dos mariscos.

O Arpoador se notabilizou também pelo desenvolvimento do surfe no Rio. As primeiras pranchas eram enormes, de bico quadrado, com dois metros de comprimento e pesavam trinta quilos - isto por volta de 1947, quando apareceram no Rio. Em 1955 apareceu a primeira prancha de fibra de vidro, o que permitiu que se parasse de surfar de peito ou de joelhos, passando-se a surfar de pé. Em 1964 apareceu uma prancha menor, de poliuretano revestido de fibra de vidro, pesando cerca de cinco quilos - foi a explosão do surfe no Rio. Antes do surfe, a moda era pegar "jacaré" de peito ou com aquelas pranchas de madeira.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

IPANEMA / LEBLON

A foto de hoje, mais uma do acervo do F. Patrício, mostra uma das fronteiras entre Ipanema e Leblon, no Jardim de Alá, estando o fotógrafo na ponte que liga a Avenida Ataulfo de Paiva com a Rua Visconde de Pirajá.  Confesso não saber a razão de uma ser “avenida” e a outra ser “rua”. Tomando por base o Dicionário Aurélio, rua é uma “via pública para circulação urbana, total ou parcialmente ladeada de casas”, por outro lado avenida é definida como uma “via urbana mais larga do que a rua, em geral com diversas pistas para circulação de veículos”. Não vejo grande diferença na largura dos dois logradouros...
Esta ponte foi construída em 1938, junto com Jardim de Alá, na gestão do Prefeito Dodsworth. Foi a segunda ligação entre Leblon e Ipanema, já que a primeira ocorrera com a ponte que ligou as avenidas Delfim Moreira e Vieira Souto, em 1918. Na década de 50, foi construída a terceira ponte entre Leblon e Ipanema, desta vez unindo as ruas General San Martin e Prudente de Morais. Na década de 60 construiu-se a ligação entre as avenidas Borges de Medeiros e Epitácio Pessoa, bem em frente ao Clube dos Caiçaras. Finalmente, há poucos anos, construiu-se a última ligação entre Ipanema e Leblon, que seria provisória, por conta das obras do metrô: liga a Rua Humberto de Campos (ao lado da Cruzada de São Sebastião) à Rua Redentor (para desespero dos moradores locais).
Bem à esquerda há um Fusca, depois uma Brasília, um táxi “Zé do Caixão” e um Corcel. Ao fundo há um caminhão das Casas da Banha. Para gáudio do Decourt duas luminárias Thompson resistiam bravamente à modernização do local naquela época.
Os três grandes prédios, com 15 andares cada e com, ao todo 420 unidades formam o “Conjunto dos Jornalistas”, na Avenida Ataulfo de Paiva nº 50, construído pelo IPASE (ou foi pelo IAPC?) na década de 50 do século passado.  À direita destes prédios fica a Cruzada São Sebastião, obra capitaneada por D. Helder Câmara, destinada a abrigar ex-favelados oriundos da Praia do Pinto.
O terreno existente antes da construção dos três prédios abrigava circos que faziam temporada no Rio e servia também de abrigo para cavalos e bodes que divertiam as crianças no Jardim de Alá. Em frente aos prédios, à esquerda, ficava o Hotel Ipanema onde se hospedou o nosso prezado Rouen ao chegar da França.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

FONTE DA SAUDADE/HUMAITÁ

Em foto do início dos anos 70, do acervo de F. Patrício, vemos o cruzamento da Rua Fonte da Saudade com a Rua Humaitá.
É curioso observar que naquele tempo não havia sinal luminoso neste atual complicado cruzamento. E o “Império dos Fuscas” data a foto.
Ali na esquina, onde na época funcionava o “Bar e Lanchonete Retiro da Saudade”, existiu durante anos um daqueles armazéns de bairro, bem antigo, que todos conheciam por "Salgueirinho". Tempos depois seria ali construído o prédio que abrigou a Delfim e, mais tarde, a Faculdade da Cidade. Hoje em dia, bem na esquina, funciona em parte dele uma seção do Consulado dos Estados Unidos, para concessão de vistos para viagem.
Seguindo pela Fonte da Saudade, ao lado do “Retiro da Saudade”, a casa bem à direita era uma casa de festas e, em seus últimos dias abrigou uma academia de ginástica. As duas construções ao lado do “Retiro da Saudade” foram demolidas e deram lugar a um prédio residencial alto e a um outro, mais baixo, onde  funciona atualmente a Academia Velox, de ginástica.
Na vila em frente à esquina da Fonte da Saudade havia o armarinho da D.Sara, muito conhecido na época e nesta vila trabalhava a Lindomar, que atendia nove entre dez senhoras que moravam no Humaitá e Jardim Botânico.  No sobrado comercial próximo à vila ficava o barbeiro do bairro.
Segundo já contou o Candeias, mais ou menos em frente a essas casas onde foi construído o prédio da Delfim existia uma oficina de automóveis (acha ele que o nome era Luso-Brasileira). Os sócios eram dois portugueses, Jorge e... Manoel, ora, pois! Manoel era um grande mecânico, Jorge era bom,  mas cuidava mais da parte administrativa. A oficina “dançou” quando alargaram a rua.
Bem à esquerda sobreviveu uma grande casa, cujo endereço é Rua Humaitá 380, onde funciona ou funcionava a “Casa do Mago” que, segundo notícias dos jornais, é frequentada por figuras muito conhecidas, em busca das previsões, trabalhos e conselhos do Mago Ubirajara Pinheiro. O restante das casas à esquerda foi substituída por arranha-céus.
Já à direita, nesta época da foto, só havia uma loja de pneus. Era uma região desprovida de comércio.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

CASA BONIFÁCIO



Esta foto do acervo da LIFE mostra um dos velhos armazéns de “secos e molhados” que existiam no Rio. Esta é a “Casa Bonifácio”, que ficava no Largo de São Francisco nº 6, nas imediações da Rua Ramalho Ortigão. O telefone era 21-3141. Ficava perto da Casa Cruz, da Casa Mattos, entre outras.
Foi fundada por José Maria Cordeiro, português, no final da década de 20 do século passado. O fundador morreu em junho de 1977, tendo o negócio continuado sob a gerência de sua viúva, Dona Naturalina,  de seu filho José Maria Soares Cordeiro, até os anos 90.
Na “Casa Bonifácio” encontrava-se artigos típicos do Norte e Nordeste como farinha d´água do Maranhão, camarão defumado, goma seca para tapioca, juçara, queijo coalho, beiju, carne de sol, castanha de caju,  sapoti, tucupi.
Para os apreciadores lá era um dos poucos lugares que se encontrava a cachaça "Um minuto de silêncio", de primeiríssima qualidade segundo os entendedores, fabricada pelo Sítio Ceará, na Estrada do Morgadinho 370, no Largo da Ilha, em Guaratiba. “Marvada” da pura: na garrafa forma o colar natural, requisito indispensável para mostrar a boa qualidade de qualquer cachaça. E quando agitada circula em repuxo. Além da Casa Bonifácio esta cachaça somente era vendida na Casa Flora (Rua da Carioca 16), na Confeitaria Imperial (Rua Voluntários da Pátria 333) e na Casa Pardelas (Rua São José, quase esquina com Largo da Carioca).
No início dos anos 80, na gestão do Prefeito Julio Coutinho, Dona Naturalina manifestou, em entrevista ao Jornal do Brasil, a preocupação de que as obras de reurbanização do Largo de São Francisco levariam mendigos para os novos bancos instalados no Largo e também receptadores de jóias que ficavam na Rua do Rosário para o novo espaço. Também a remoção dos terminais de ônibus afastaria a clientela.
Sábia Dona Naturalina...


domingo, 22 de janeiro de 2017

BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR


Postagem atrasada hoje por conta de mais uma fantástica exibição do “velhinho” Roger Federer.

 

Fim-de-semana para desfrutar de um passeio ao Pão de Açúcar. Os portugueses batizaram este morro inspirados na forma cônica utilizada para cristalizar o mel da cana, para se obter o chamado pão de açúcar produzido na Ilha da Madeira e que era exportado para a Europa. A concessão para construir e explorar o caminho aéreo entre a Praia Vermelha e o alto do Morro da Urca, com ramais para o pico do Pão de Açúcar e a chapada do Morro da Babilônia, foi outorgada em 1909. Em 1912 foi inaugurado o primeiro trecho do projeto e em 1913 o trecho final até ao pico do Pão de Açúcar, num percurso de 800 metros. As cabines do primeiro teleférico eram de madeira e comportavam 15 pessoas. Chamavam-na de "camarote carril". A viagem levava, no total, nove minutos.

 

O curioso é que esta atração mundial nunca foi visitada por muitos cariocas. Como escreveu G. Cruls, “é um belo passeio, outro excelente belvedere sobre as incomparáveis paisagens do Rio. O caminho aéreo para o Pão de Açúcar, é feito em dois lances, de seiscentos metros o primeiro, da Praia Vermelha até o Morro da Urca, e o segundo, de oitocentos metros, até o alto da mole granítica, a que os franceses de Villegaignon davam o nome de "pot à beurre", e que fica a 395 metros de altitude. Esta ascensão que se faz hoje comodamente, em vagonete suspenso a cabo-trilho de aço, em apenas dez minutos, foi por muito tempo façanha desportiva tentada por poucos. Praticavam-na às vezes, escalando pela rocha ínvia, os alunos da antiga Escola Militar, quando esta ficava situada nas vizinhanças do penhasco”.

 

O bondinho teve várias cores, sendo que, neste tipo de veículo, a vermelha foi a última cor.