Completando
a série sobre o alargamento da Praia de Copacabana temos fotos dos trabalhos.
Para o aterro foi usado um sistema misto, sucção e recalque, para o lançamento
de areia na praia. As obras começaram pelo Leme e foram feitas por trechos.
Depois
do alargamento de um trecho da praia começou a construção de um muro de cais
assentado sobre enrocamento, por etapas: escavação de vala com 12 metros de
largura média, execução do núcleo de enrocamento em duas camadas de meio metro
de espessura – a primeira de pedras de 1 a 10 quilos e a segunda de pedras de
até 100 quilos. A seguir construção de uma muralha em concreto com 2,80m de
altura e 3,2m cúbicos de concreto por metro linear a 50 metros do cais
existente. Camada de reforço do enrocamento de 1,30m de espessura, aterro da
vala, cobrindo as camadas de enrocamento e parte do muro do cais.
Na
faixa entre o cais e a muralha projetada, duas pistas de tráfego de 10,50
metros, separadas por um canteiro central de 14 metros, estacionamento e
passeio. Nas calçadas junto aos prédios e junto à praia pavimentação em pedra
portuguesa, com desenho de ondas em preto e branco. No canteiro central, pedra
portuguesa branca. Nas áreas de estacionamento pavimentação de concreto de
0,10m de espessura, sobre base de asfalto com 0,10 de espessura.
O
custo do alargamento da Praia de Copacabana estava previsto em NCr$ 20.000.000,00,
ou seja, 5% do orçamento do Estado, mas no final o custo foi maior. A largura
média da areia seria de 90 metros e as calçadas de 41 metros de largura, no
total.
Após
o aterro foi a vez de Burle Marx fazer o acabamento das calçadas e o
ajardinamento. A iluminação implantada foi com lâmpadas de mercúrio.
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Parabéns pela produção da série!
ResponderExcluirNão sou engenheiro civil , mas acho que essa obra foi muito boa e bem feita, sendo que os acabamentos com postos de gasolina e sem as passarelas, assim como a implantação de quiosques na beira da areia
ResponderExcluiré que esculhambaram o projeto.
Se vivêssemos numa cidade civilizada poderíamos ter bares com ombrelones no canteiro central. Imaginem que delicia tomar um chope num final de tarde ou após a praia com o visual de Copacabana, sem pivetes, pedintes, músicos ambulantes tocando pagode, feirinhas, de artesanato mambembes, etc.
ResponderExcluirO que mais espanta é a banalização e a aceitação como natural dos maiores absurdos, que se praticados em países minimamente sérios, teriam consequências gravíssimas para seus autores. A maioria dessa gigantesca choldra que se espalha nas calçadas, nas favelas, crackolândias, e abrange grande parte das pessoas "alfabetizadas", não possui um requisito moral que só é adquirido através da educação formal: A "consciência abstrata", que é a capacidade de se colocar no lugar do outro antes de tomar qualquer atitude. Chama-se vulgarmente "falta de noção". Isso está destruindo a sociedade brasileira e é incentivado pelo poder público e pela mídia em níveis alarmantes, tem por objetivo minar a sociedade estabelecida. Na outra ponta da sociedade, essa falta de noção acontece deliberadamente por parte de integrantes dos poderes legislativo e do judiciário, ainda que ao arrepio da Lei, por se imaginarem acima de qualquer diploma legal. É o caso de desembargador do Rio Grande do Norte que "determinou" que os policiais de lá retornem ao trabalho "ainda que sem viaturas, fardamento, e principalmente sem salário, apesar de "Vossa Excelência" receber vantagens mensais que ultrapassam os Duzentos Mil Reais. A inversão de valores morais objetiva a desconstrução da sociedade formal e atinge em cheio a grande maioria dos brasileiros.
ExcluirEu fui testemunha "in loco" dessa transformação e vi a rotina da região se transformar. Já no primeiro semestre de 1971, as peladas aconteciam no que seria a nova pista de rolamento sentido Posto Seis, ainda de terra. A praia "ficou mais longe" e já não era mais possível para minha mãe me chamar da janela de casa. A excelência da obra dispensa comentários e já se vão quase cinquenta anos. A "Cidade Estado" da Guanabara possuía um orçamento bem menor do que o da atual Prefeitura, mas 5% do orçamento foram suficientes para a execução da obra e de muitas outras de grande porte. O que prova que naquele tempo as instituições eram sérias e eficientes e a corrupção, se havia, era em índices mínimos. Não havia "déficit" da previdência, os salários do serviço público eram regularmente pagos, e a vida corrias tranquilamente e sem sobressaltos {para pessoas honestas}. Era corrente o emprego da expressão "índices africanos" quando alguém queria se referir a péssimos indicadores sociais e morais. Hoje em dia a expressão usada quando alguém se referir aos piores índices sociais é a de "índices brasileiros". A diferença é que naquele tempo "a resposta era pronta" e as consequências para quem transgredia as leis podiam ser fatais. Mas "a ficha ainda não caiu" para a maioria e daqui a um mês teremos carnaval, muito sol para "assar couros" nas lajes das favelas, muito show de "Anitta", e "vai ter Copa do Mundo". Pode ter futuro "mais promissor?"
ResponderExcluirJoel, esqueço das "eleições" em outubro ?
ExcluirAmém, Data Venia, faço minhas as suas palavras.
ExcluirPão e circo , nada melhor. Os romanos já faziam isso muito bem.
ResponderExcluirEssa obra teve muitos "fiscais" assistindo o seu andamento. Mas nesse item povo "fiscalizando", não superou as obras do Metrô da década de 70.
ResponderExcluirDizem que o Comandante JBandeira contou que o Conde chegou a tentar alugar camelos para a travessia da nova faixa de areia, porém sofreu pronta interferência do rapa do governo.
Sobre a violência no Rio: o site G1 fez uma boa reportagem sobre a entrada de armas AR-15 e AK-47 e munições, inclusive pela Baía de Guanabara. Com a palavra os ministros da Defesa e da Justiça, que só sabem por a culpa nos outros. Mesmo com razão em parte eles também têm que tomar algumas providências, pois tudo vem do exterior.
Boa noite a todos.
ResponderExcluirA série está muito boa. Acompanho mesmo não comentando usualmente. Quem diria que mesmo naqueles dias o custo da obra tenha sido maior que o previsto...
FF: O conde deu de novo o ar da graça na página de leitores do Globo criticando a prefeitura. Publicação garantida..
Boa tarde. Cadê o fundo do baú dos sábados?
ResponderExcluirQual é a data da obra? Eu estive lá em 1967 e depois em 1971 tomei o maior susto.
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