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sexta-feira, 15 de abril de 2022

AVENIDA BEIRA-MAR


Com esta bela foto garimpada pelo Nickolas, o "Saudades do Rio" deseja a todos um bom feriadão de Páscoa.

Av. Beira Mar - c. 1950

Destaque para a Praça Paris e seus arredores. Tudo muito aprazível, conservado e sem grades. Retrato da civilidade e relativa ordem urbana que predominavam naqueles tempos.

quinta-feira, 14 de abril de 2022

HOTEL TROCADERO

HOTEL TROCADERO (Av. Atlântica) - mais um envelope da coleção do prezado Braida Lopes.

O Hotel Trocadero, localizado na orla de Copacabana (RJ), foi inaugurado em 08 de outubro de 1958 e era administrado pelo grupo Hotéis Othon. Quando de sua inauguração oferecia ar condicionado em todas as dependências do hotel, inclusive em seus 121 apartamentos, que também dispunham de televisão. Uma novidade é que todos os elevadores tinham música ambiente para amenizar a viagem vertical. Em 2007 foi vendido ao espanhol José Domingos, dono de hotéis independentes. Atualmente é o Arena Copacabana Palace.


Foto do Hotel Trocadero, da revista Manchete. Fica localizado perto da Rua Paula Freitas. A fita simbólica da inauguração foi cortada pelo Prefeito Sá Freire Alvim e a bênção ficou a cargo do Cônego Olimpio de Melo.

No discurso de inauguração o Sr. Othon Bezerra de Melo Junior mencionou nos agradecimentos a firma Pires&Santos, de Dalmo Vasconcelos e Leoni Del Debio, elogiou o decorador Antonio Fontes Garcia e os painéis de Harry Elsas. 



quarta-feira, 13 de abril de 2022

ROUEN E OS POSTOS DE GASOLINA

O acervo de fotos de postos de gasolina de nosso caro amigo Claude Fondeville (Rouen) é vasto e muito interessante. Hoje veremos algumas dessas fotos.

Estas duas fotos, separadas por mais de 60 anos mostram o posto Shell da esquina da Rua Pinheiro Machado com Travessa Pinto da Rocha, em Laranjeiras.

Vemos o posto Esso, o Posto Mengão, que existiu junto ao estádio do Flamengo, na esquina da Av. Borges de Medeiros com Rua Mario Ribeiro. Consta que, depois da demolição do posto e do uso do espaço para estacionamento, ali será construído um restaurante de luxo.

Posto Touring/Petrobras na Av. Atlântica entre os antigos postos 5 e 6, em Copacabana.

Outro posto Petrobras na Av. Atlântica. Quanto ao aproveitamento do espaço conseguido me pergunto por que não foram feitas garagens subterrâneas, algo que Copacabana tanto necessitava, em vez destes postos de gasolina? Se existe um lugar mais inadequado ao serviço de abastecimento e manutenção de veículos é o canteiro central de uma das praias mais bonitas do mundo.


Em foto de 1952 vemos o Posto Juvenal Murtinho do Touring Clube do Brasil, na Av. Lauro Sodré, no dia de sua inauguração.


Posto Ipiranga na esquina da Rua das Laranjeiras com Travessa Euricles de Matos.


Plástico de propaganda do Posto Vila Isabel, na Av. 28 de Setembro, com as inesquecíveis gotinhas Esso.

terça-feira, 12 de abril de 2022

POSTO CATACUMBA




Vemos o posto de gasolina existente na altura do atual Parque da Catacumba. Este aspecto era o da região por volta de 1970, logo após a favela ter sido removida.

Antigamente, neste terreno em que vemos o posto, ficavam os dois campos de futebol da favela, do Brasil Novo e do Sete de Setembro, sempre ocupados aos domingos. Nos dias de semana era comum vermos as lavadeiras que moravam no morro lavando as roupas das "madames" da vizinhança. 

O Posto Catacumba foi construído em 1968 a partir de projeto de Dilson Gestal Pereira, Waldyr A. Figueiredo, Paulo Roberto M. de Souza e Alfredo Lemos. Foto de meados dos anos 70.

Nesta foto do Rouen vemos o Posto  Catacumba em 2008. Havia na parte central uma galeria de arte, que fazia vernissages de artistas famosos. Na época da foto era um escritório. Esta construção foi premiada em uma universidade alemã. 

CURIOSIDADE: Em 1969, o irreverente Juca Chaves, montou o Circo SDRUWS, na Lagoa, em frente à Favela da Catacumba. O programa inaugural constou de uma tarde de coquetel para a crítica e favelados, na noite seguinte uma sessão beneficente em traje de gala e no dia subsequente funcionamento normal para o público pagante. A noite para os críticos teve entrada franca: “única maneira dos críticos assistirem o espetáculo”. Na estreia exigiu traje a rigor, “pois é um teatro”.

Conforme o próprio Juca, o nome do circo era uma sigla: S de "snob", D de "divino Dener”, R de "ralé", U de "uanderful", W de "water-closet", S de "Sdruws mesmo". Este nome, segundo o Juca foi escolhido numa lista tríplice. Os outros dois eram N.S. Aparecida e Estrela Dalva, propostos por um grupo de 14 agências de publicidade.

Juca contou que convidara para o circo políticos, empresários e também pessoal da alta-sociedade carioca. Antes da primeira apresentação resolveu reunir os líderes da favela para lhes falar com franqueza, indo direto ao assunto: "Vim aqui para saber como vai ficar o negócio do roubo!" - Uma mulher baixinha, morena (líder da favela), foi logo respondendo com firmeza: "Olha aqui seu Juca, nós entendemos a sua preocupação e lhe agradecemos pela sinceridade, mas pode o senhor ficar tranquilo, porque a nossa comunidade já se garantiu e pediu proteção à polícia!”

O “Senta que o Leão é manso” no “Gran Circo Sdruws”, tinha reservas pelo telefone 257-2603 como podemos ver no anúncio abaixo.

Dizia o Juca que “para entrar de graça, só se lavar o elefante”. Além de música de câmara e uma banda, só trabalhava o Juca. Segundo ele, montar o circo na Lagoa foi para ajudar a região tão abandonada. Foi preciso fazer obras de infraestrutura como colocar rede de esgoto e canalizações, para haver água e banheiros. O ar era “condicionado natural”: levanta-se a lona e entra aquele ventinho...

Para uma mulher que certa feita reclamou: “Está chovendo água da lona!”, Juca respondeu: “Também, pelo preço da entrada que a senhora pagou queria que chovesse uísque escocês?”

Com o sucesso do Circo Sdruws, Juca se animou a aumentar o empreendimento, projetando montar no mesmo local o JuCabaré ou Juca Bar É: seria um “misto de bar-dancing, dentro do espírito mais cafona, com luzes vermelhas, verdes e amarelas piscando sobre mesas cobertas por toalhas plásticas e um tremendo elefante vermelho reluzindo na parede. Fundo musical de cabaré, como não podia deixar de ser, seria restrito a boleros, à tragédia dos tangos e ao pranto esganiçado das guarânias”.

Não sei se o cabaré chegou a funcionar.


 

segunda-feira, 11 de abril de 2022

PAVILHÃO DA INGLATERRA - EXPO DE 1922

O presidente Epitácio Pessoa, há 100 anos, atribuiu ao prefeito do Distrito Federal, Carlos Sampaio, a organização de uma exposição, inicialmente nacional e posteriormente internacional, a ser realizada em frente ao antigo bairro da Misericórdia. A comissão de engenheiros e arquitetos incumbida de projetar e coordenar a construção da exposição foi composta por Nestor de Figueiredo, Adolfo Morales de Los Rios, Francisco Cuchet, Arquimedes Memória, Celestino Severo de San Juan e Edgard Viana.

Seu objetivo era comemorar o centenário da nação brasileira, mediante a exibição de todos os avanços que o país conhecera nos mais variados campos, definindo-se, contudo, como principais os do trabalho, da educação, saúde e higiene. Durante os seus preparativos, a ideia de expor ao mundo um Brasil moderno e equiparável aos países mais desenvolvidos foi tema de grandes debates na imprensa, em virtude dos altos custos que isso implicava.


Neste postal da coleção do Klerman W. Lopes vemos o Pavilhão da Inglaterra na Exposição de 1922. Segundo N. Drago o pavilhão da Inglaterra “foi todo feito de concreto, ferro e tijolo, com acabamentos ornamentais de argamassa de cimento branco. Uma larga faixa de ladrilhos azuis decorava toda a volta do edifício (…). O prédio sobreviveu até 1972, abrigando primeiro o Tribunal Federal de Recursos até sua transferência para Brasília e sendo depois compartilhado por várias repartições.”


O antigo Pavilhão da Inglaterra da Exposição de 1922, foi doado para a ABL. Conta o Decourt que “a ABL por muitos anos queria ficar com o terreno do pavilhão. Finalmente o terreno foi doado pelo presidente Médici. Dizem as más línguas que com esta doação se comprou de vez o silêncio da Academia em relação a barbárie da repressão, destruição do ensino público, esvaziamento do pensamento universitário, etc… (algo que até hoje assombra a ABL como outras medidas politiqueiras como a entrega de uma cadeira a Vargas).

Autochrome colorido de Marc Ferrez do acervo do IMS garimpado pelo Henrique Hübner. O Pavilhão da Inglaterra era colado com o Pavilhão da França, o Petit Trianon. Depois de demolido, deu lugar ao Palácio Austregésilo de Athayde, na Av. Presidente Wilson nº 231, na região do Centro. O edifício possui um total de 28 andares com lajes a partir de 1316 m² e conta com 12 elevadores sociais.

O Palácio Austregésilo de Athayde possui ar-condicionado Central e um total de 112 vagas de estacionamento.


Nesta foto garimpada pelo Nickolas Nogueira vemos a foto da fachada do Tribunal Federal de Recursos, que funcionou no prédio construído para ser o Pavilhão da Inglaterra na Exposição de 1922.

Inaugurado em 23 de junho de 1947, o TFR instalou-se, provisoriamente, parte no Tribunal Eleitoral do Distrito Federal e parte no Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro. Em 28 de junho de 1948 mudou-se para sede própria, no prédio conhecido como “Pavilhão Britânico”, até então ocupado pelo Conselho Federal do Comércio Exterior.

Com a Constituição da República de 1946 e a retomada da discussão sobre a necessidade de criação dos Tribunais Regionais, foi instalado no município do Rio de Janeiro o Tribunal Federal de Recursos, com a finalidade de minorar a sobrecarga que afetava o Supremo Tribunal, passando a nova Corte de Justiça a exercer a função de órgão julgador de segundo grau, em grau de recurso.

Naquela época, as causas de interesse da União eram julgadas, em primeira instância, pelos Juízes de Direito, visto que os juízes federais haviam sido postos em disponibilidade ou aposentados pelo golpe de estado de Getúlio Vargas, em 1937, que instaurou o “Estado Novo”.

Vejam a foto que recebi à tarde do GMA.


domingo, 10 de abril de 2022

TROPA


 Faz tempo que não vejo estas tropas de recrutas dos fortes de Copacabana e Leme correndo pela praia. Eram muito comuns, sempre cantando músicas com letras duvidosas. 

O que terá acontecido para terem cancelado estes exercícios?