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sábado, 26 de março de 2022

DO FUNDO DO BAÚ: ENVELOPES DE HOTEL

 

O “Do fundo do baú” foi enviado pelo josé paulo braida lopes a quem o “saudades do Rio” agradece. um interessante apanhado de envelopes de hotel do rio de janeiro.

Aeroporto Hotel (Av. Beira Mar, 147)

Em 1943, Othon Lynch Bezerra de Mello criava a Companhia Brasileira de Novos Hotéis. O seu primeiro hotel foi o Aeroporto Hotel, inaugurado em 1944 no centro do Rio de Janeiro, então Capital da República, localizado entre o Senado Federal e o aeroporto Santos Dumont. O hotel contava com 80 apartamentos. Atualmente o edifício onde funcionava o hotel está fechado sem nenhuma utilização.

Envelope do Aeroporto Hotel utilizado para enviar correspondência do Rio da Janeiro/RJ para Kennewick/USA. A carta foi postada no dia 26 de setembro de 1958.


Astoria Hotel (Praia do Flamengo, 70)

O Astoria Hotel, situado na Praia do Flamengo, foi inaugurado no dia 24 de março de 1931. Era uma construção nova, projetada para uso hoteleiro. Entre as modernidades para a época, os 70 quartos do hotel eram equipados com banheiro privativo e instalação de uma linha telefônica. O Astoria Hotel muda de direção nos anos de 1935 e 1942, e em 1950 fecha as portas para reforma e adaptação. Após as reformas o prédio passou a ter uso residencial, que permanece até os dias atuais.

Envelope do Astoria Hotel utilizado para correspondência da cidade do Rio de Janeiro para Porto Alegre/RS. A carta foi postada no dia 3 de julho de 1933.


Copacabana Palace  (Av. Atlântica, 1702)

Construído entre 1919 e 1923 pelo empresário Octávio Guinle, o Copacabana Palace foi inaugurado no dia 13 de agosto de 1923. O hotel empregava mais de mil funcionários e oferecia 230 apartamentos de alto padrão, algo inimaginável para o Brasil desta época. Nos anos 1970 e 1980, chegou a ser cogitada a demolição do Copacabana Palace. Em 1989 foi comprado pela rede Orient-Express Hotels, Trains & Cruises. O hotel passou por uma série de reformas, com as quais se buscava posicioná-lo novamente entre os melhores hotéis da América do Sul. Em 2018, o Copacabana Palace foi adquirido pelo grupo Belmond, proprietário de outros 25 hotéis de luxo pelo mundo. Com isso, renovou sua posição entre os hotéis mais charmosos do Brasil.

Envelope do Copacabana Palace utilizado para envio de correspondência do Rio de Janeiro para Beverly Hills, nos Estados Unidos da América. A carta foi postada no dia 9 de junho de 1944. Correspondência foi censurada no Brasil (etiqueta de censura do lado esquerdo) e nos Estados Unidos com etiqueta de censura do lado direito.

Verso do envelope com a marca do Copacabana Palace.


Hotel Avenida (Av. Central 152 a 160)

Inaugurado em 1909, o Hotel Avenida dispunha de 220 quartos, iluminados a luz elétrica, e também oferecia aos hóspedes o conforto do elevador. Na época de sua inauguração a diária mínima era de nove mil réis. O Hotel Avenida se transformou em um marco histórico do centro e cartão-postal do Rio Antigo. No térreo funcionava uma estação circular dos bondes da Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico que trafegavam pela Zona Sul da cidade, e também a famosa Galeria Cruzeiro, assim chamada devido à existência de duas passagens em cruz. Essa estação oferecia embarque coberto e confortável e acesso a diversos bares e restaurantes que também funcionavam no térreo do Hotel Avenida. Um dos mais frequentados era o da Brahma, denominado formalmente de “Ao Franzisbnaner”, nome da cerveja mais popular da época. Em 1957 o Hotel Avenida foi demolido para dar lugar ao Edifício Avenida Central.

Envelope do Hotel Avenida utilizado para envio de correspondência do Rio de Janeiro/RJ para Casa Branca/SP e depois de Casa Branca/SP para São Paulo/SP. A carta foi postada no Rio de Janeiro no dia 05 de agosto de 1911.


Hotel Central (Praia do Flamengo)

O Hotel Central, inaugurado em 1915, foi projetado pelo alemão L. Riedlinger que também projetou o Copacabana Palace. O Hotel Central tinha 124 quartos, restaurantes, salões, uma área para ginástica e terraços com bela vista para a Baía de Guanabara.  Situava-se em frente ao único espaço da Praia do Flamengo que dispunha de areia. Além dos quartos para hospedagem, oferecia, quando de sua inauguração, vestiários para os banhistas se trocarem e pacotes que incluíam as refeições, sem a necessidade de hospedagem. Em 1952 foi demolido e em seu lugar foi construído o prédio residencial Edifício Conde de Nassau.

Envelope do Hotel Central do Rio de Janeiro/RJ utilizado em São Paulo/SP para envio de correspondência para Califórnia/USA. Carta foi postada no dia 21 de novembro de 1926.

 


 

sexta-feira, 25 de março de 2022

TURISMO NO RIO

A SATURIN TURISMO começou a operar em outubro de 1951, licenciada pelo Departamento de Concessões da Prefeitura do então Distrito Federal, iniciando com uma frota de cinco ônibus de fabricação francesa, do tipo Chausson, com capacidade para 40 passageiros cada um, que seriam fiscalizados pelo Departamento de Turismo e Certames. Seu passeio inaugural ocorreu em 20/10/1951, com excursões ao Alto da Boa-Vista-Canoas e o “Rio à Noite”.

Folheto, de 1961, das Excursões Saturin. Oferece visitas ao Pão de Açúcar, Petrópolis, Rio à noite, Paquetá, Teresópolis, Corcovado, Tijuca, Cabo Frio e Jardins. E, claro, com uma propaganda da H. Stern. 

Vemos um ônibus da empresa de fretamento Saturin, do antigo Distrito Federal, em 1949. O ônibus é da indústria francesa Chausson e a foto do acervo de A. Mattera. Esses ônibus se tornaram pouco funcionais, por serem lentos e dotados de uma estrutura pesada. A Saturin tinha garagem na Rua Petrocochino, em Vila Isabel.

Eles foram criados em 1947 pela Chausson e foram os primeiros modelos com carroceria “fechada em forma de 'caixa”, à diesel, a rodarem em Paris. No entanto eles começaram a fazer sucesso na antiga Tcheco-Eslováquia fazendo parte da frota de Praga.


Nesta foto, já da década de 70, vemos um ônibus da Saturin em São Conrado.

O turismo no Rio, infelizmente, anda complicado já há algum tempo. Há cerca de 5 anos recebi um casal de espanhóis e adoraram o Rio. Entretanto, não os deixei sós e tudo deu certo. 

Visitaram os clubes em volta da Lagoa como o Piraquê, Jockey, Flamengo e Paissandu e ficaram encantados. Se deslumbraram com a ida ao Corcovado e ao Pão de Açúcar. Leblon, Ipanema e Copacabana também fizeram sucesso. Levei-os ao Maracanã para uma visita. O passeio até a Vista Chinesa foi  lindo e fiquei agradavelmente surpreso em ver lá um carro da PM garantindo a segurança. Num domingo levei-os ao Centro, mas após caminhar um pouco desisti, pois fiquei preocupado com nossa segurança. De carro passeamos pela Lapa e Santa Teresa.

Hoje em dia não sei se os convidaria novamente a vir ao Rio. A situação se degradou bastante. A cidade está mais suja, com muitos sem-teto pelas ruas, a violência aumentou.

Para um turista, nacional ou estrangeiro, vir e ficar por conta própria é uma aventura com tudo para dar errado. Explorados ao sair do aeroporto ou da rodoviária, expostos a roubos na rua, sendo mal atendidos nos bares e restaurantes, sem um transporte público adequado, acho muito complicado.

A cidade que tinha tudo para ser um bom destino turístico é, na verdade, uma arapuca.


quinta-feira, 24 de março de 2022

GUIA DE TURISMO

Vemos a capa do guia que era distribuído, pelo Departamento de Turismo do Estado da Guanabara, aos visitantes na década de 60. Bem feito, tinha diversas indicações  que poderiam ser de interesse do turista. 

Nesta página do guia vemos a indicação de alguns restaurantes. Alguns famosos, outros desconhecidos, pelo menos para mim, como o “La Cremaillère” e o “Sator”. Talvez algum dos comentaristas possa opinar sobre eles. Na época, segundo relatos, destacavam-se o “Le Bec Fin” e o “Bife de Ouro”, do Copacabana Palace. Cheguei a frequentar o “Ouro Verde” – era muito bom.

Quanto aos profissionais indicados temos o Dr. José Victor Rosa (Radiologia) e o Dr. José Kós (ORL). Acho que há um erro em identificar o Dr. Clementino Fraga Filho, famoso clínico-geral, como dentista.

Numa outra folha do guia "Rio Index vemos citados alguns bares e boates frequentados por alguns comentaristas na juventude. Além dos que aparecem no guia havia vários que deixaram saudade:

O "Le Bateau", do discotecário Ademir, ficava onde hoje é a unidade Copacabana da Clínica de Medicina Nuclear da Guanabara, na Praça Serzedelo Correia nº 15.

O "Marius´inn", no fundo da galeria onde funcionava o Cinema Riviera na Raul Pompeia.

Na Siqueira Campos nº 12 ficava o “Jirau”, do Sidney Régis, que pegou fogo e depois foi reaberto como “New Jirau”. Hoje é uma churrascaria.

O "On the rocks", no Panorama Palace Hotel, na Alberto de Campos em Ipanema, onde também ficava o “Berro d´Água” já muitas vezes citados por aqui e local onde o prezado Conde di Lido levava as “BRs” para impressioná-las.

Naqueles anos estavam em moda as cervejarias como a “Bierklause”, na Ronald de Carvalho no Lido, e a “Grinzing”, em Ipanema, na Visconde de Pirajá nº 459 onde sempre havia música ao vivo e muita alegria.

Do “Canecão” nem é bom lembrar face ao seu abandono há anos. Uma pena.

O “Zum-Zum” foi imortalizado pelo show “Vinicius e Caymmi no Zum-Zum com o Quarteto em Cy e Oscar Castro Neves”.

O “Bolero” tinha má fama e já foi objeto de um extenso “post” por aqui.

O “Black Horse” era em Ipanema, na Praça General Osório.

No “Sachinha`s”, no Leme, despontava o Monsieur Limá. A “Saint-Tropez”, na Av. Atlântica tinha como discotecário o Pedrinho Nitroglicerina.

O “Kilt Club” era o reduto do velho Rouenzão, segundo o Rouen.

Segundo o Conde nunca houve noites como a do “Hippopotamus”, do Ricardo Amaral.

O circuito de bares em Ipanema incluía o “Veloso” na Montenegro, o “Castelinho”, o “Zepelin” na Visconde, o “Jangadeiros” na Visconde e depois na Teixeira de Melo, e o simpático e efêmero “Varanda”, na Maria Quitéria. No Centro o “Bar Luiz” já fechou, reabriu e não sei se já fechou de novo na atualmente abandonada Rua da Carioca.


 Esta foto da Praça Paris nos lembra de como o Rio era bem tratado naquela época.

quarta-feira, 23 de março de 2022

AVENIDA CHILE

Voltamos a ver aspectos da Av. Chile, por volta de 1959, em fotos do acervo do Correio da Manhã. Lembramos que a demolição do Morro de Santo Antônio na primeira metade da década de 1950 transformou o centro da cidade.

O texto a seguir é uma colaboração do Andre Decourt.

Imaginada desde os anos 30, como uma via de articulação entre o Estácio e o litoral do Centro da Cidade, englobando para isso a Av. Almirante Barroso, a Rua da Relação, a Av. Henrique Valadares e a Rua Frei Caneca e traçada em definitivo nos anos 40 como parte do Plano 100, ou 1000, que previa a modificação de grande parte “dos fundos” do Centro da Cidade, com novas vias que requalificariam praticamente toda a região entre o Castelo e Lapa,  indo até a Praça Tiradentes e por fim até as encostas do Morro da Conceição. Plano este que nunca saiu do papel, deixando inúmeros prédios dos anos 50 com afastamentos enormes e pilotis “agachianos” em estreitas ruas da SAARA e legando parte da urbanização da Esplanada do Castelo, bem como o túnel Martim de Sá.

Tão logo o desmonte do Morro de Santo Antonio permitiu a ligação entre o Castelo e a Lapa, a nova avenida foi aberta sem um plano urbanístico e até mesmo um PA definitivo, pois todo o resto da região ainda era tomado por lama, abas do morro que desaparecia e decrépitos sobrados na região da Rua do Lavradio que, desde os anos 40, com o julgo da desapropriação, aguardavam seu fim sem muita dignidade.

Inaugurada por JK a avenida cortava a árida região, com um arremedo de urbanismo, como iluminação pública, árvores, meio-fios e algumas calçadas. Mas como ela ficaria ninguém sabia, bem como ela seria ocupada, visto que os terrenos ainda pertenciam ao Distrito Federal e à Igreja, o que pode indicar o destino da avenida como sede de inúmeras estatais nos anos 70.

Desse urbanismo nada mais resta, nem mesmo a quota da avenida, pois na obra do Governo Negão de Lima, onde ela ganhou seu atual contorno, ela foi “recaixada” neste ponto, ficando plana, para a passagem da Av. República do Paraguai, antiga Norte-Sul, conforme os planos dos anos 40.

PS: aguardemos a aula de obiscoitomolhado sobre os automóveis.



 

terça-feira, 22 de março de 2022

AVENIDA NIEMEYER

A história da Av. Niemeyer começou em 1891 quando a Companhia Viação Férrea Sapucaí iniciou a construção de uma estrada de ferro ligando a Zona Sul (então o bairro de  Botafogo) com Angra dos Reis.

A obra, após os primeiros metros, não foi adiante, só sendo retomada em 1911, quando ali se instalou o Colégio Anglo-Brasileiro. Para servir ao colégio, seu dono, o inglês Charles Weeksteed Armstrong, abriu o Corte do Leblon, além de construir cerca de 1 quilômetro da futura Av. Niemeyer.

Mais tarde, o coronel Conrad Niemeyer prolongou-a até a Praia da Gávea, baseado em projeto de Paulo de Frontin e, em 1916, doou-a à cidade.

No final da década de 1910, a avenida, por conta da visita do Rei Alberto, da Bélgica, foi alargada pelo Prefeito Paulo de Frontin, além de ter sido asfaltada e ter o raio de suas curvas aumentados. Os prefeitos seguintes, Carlos Sampaio e Alaor Prata fizeram melhoramentos inclusive com a construção da Gruta da Imprensa.

Esta avenida, guardadas as proporções, é tão bonita quanto a Costiera Amalfitana. No entanto, no lugar de lugares como Amalfi e Positano, temos o Vidigal degradado por uma enorme favela que não para de crescer.

Esta foto é repetida, mas é muito interessante. Certamente o casal estava se dirigindo para uns dos motéis da Barra, há muitos anos. Um flagrante e tanto. Muito provavelmente nos dias de hoje o fotógrafo teria levado um tiro...

A bela paisagem que se via a partir da avenida foi bloqueada há anos pela colocação de uma enorme tubulação e pela construção da ciclovia de triste memória. Uma pena.

O trajeto São Conrado-Leblon é infinitamente mais bonito quando feito pela Av. Niemeyer.


A Gruta da Imprensa, construída na década de 1920, em foto de Malta.

 

segunda-feira, 21 de março de 2022

HÁ CEM ANOS - CASAS DE BANHO


Há pouco mais de cem anos a praia defronte à Igreja de Santa Luzia, que hoje por conta dos aterros ficou a algumas centenas de metros do mar, recebia banhistas em profusão. Na foto vemos esta grande afluência, em seus trajes de época. A salientar as boias de cortiça amarradas na barriga de alguém que, provavelmente, não sabia nadar. Eram, em sua maioria, os frequentadores das “casas de banho”.

Era curioso o regulamento das barcas e das casas de banho:

1) Proibido entrar homens no camarote com uma senhora sem antes verificar-se sua condição de esposo, exceto sendo pessoa bem conhecida. Ainda assim, a concessão terá lugar somente nos casos em que as senhoras precisem da coadjuvação (por dar apoio ou consentir) de seus maridos;

2) Proibido entrar homens na toilette das senhoras, demorar-se sobre qualquer pretexto na galeria das mesmas, ou saírem do camarote onde estiverem suas esposas sem que estejam completamente vestidos;

3) Fumar, à exceção da tolda da barca, enquanto houver senhoras a bordo;

4) Para as senhoras que desacompanhadas dos maridos  permanecerem a bordo, será permitida a presença de uma serva, dentro do camarote, sem que esta se possa também banhar. 

Em 1917, o Decreto 1143 determinava no artigo 3 que "as pessoas que fizerem uso do banho de mar devem apresentar-se com vestuário apropriado, guardando a necessária decência e compostura de acordo com as exigências da autoridade respectiva". Somente no final dos anos 20 surgem os "maillots", abandonando-se os vestidos de praia. 

Conta Giselle B. Martins em uma tese sobre os banhos de mar de há cem anos que “os banhos de mar costumavam ser tomados antes das primeiras horas do dia para evitar o bronzeamento da pele, pois a tez branca denotava prestígio na época.

Os banhos começavam às quatro da manhã, hora em que as casas de banho abriam. Neste horário se banhavam os que não podiam pagar e se despiam mesmo na areia. A partir das cinco horas vinham as senhoras de capa e cesta com as roupas, famílias inteiras, mulheres de vida irregular, sofredores reumáticos. Depois das sete era a hora das “cocottes” e da rapaziada barulhenta que nada, rema, grita. A apoteose era entre oito e meia e nove horas, com o vai-vem febril de gente entrando e saindo dos estabelecimentos e lotando os cafés.”


Segundo o memorialista Carlos Sarthou, conta Patricia Pamplona, a casa de banho pioneira foi a de Madame Dordeau na Praia do Boqueirão. Teria começado em 1870 com cinquenta quartos e em 1904 teria quatrocentos.  Madame Dordeau teria ficado milionária e voltado para a França onde teria comprado um palácio. Iam à praia por volta da virada do século XIX para o século XX cerca e cinco a seis mil pessoas diariamente (achei este número exagerado, mas considerando que só a casa de Madame Dordeau tinha quatrocentos quartos...). Em 1891 o Almanak Laemmert divulgava 18 casas balneárias, muitas com banhos hidroterápicos e eletroterápicos. 


A procura era tanta que havia até oferta de “banho de mar em casa”, num anúncio ousado, em que uma mulher desnuda figurava em uma foto, fazendo proveito de uma banheira. Era oferta da Agência Geral Casa Clausen, da Rua dos Ourives.