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quinta-feira, 14 de março de 2024

O RIO DE 1978

O fotógrafo americano Blake Smith, tal como outros estrangeiros que nos visitaram, como Gyorgy Szendrodi, Piotr Ilowiecki e Mark Ackley, que já tiveram fotos publicadas aqui, fez um belo registro do Rio de Janeiro no ano de 1978.

Aí vão algumas fotos dele:

Segundo os alfarrábios sobre Ipanema, a idéia da "feira hippie" foi de Hugo Bidet, em 1969, que pretendia que na Praça General Osório existisse uma galeria de arte a céu aberto, num evento chamado "Arte na Praça". 

Entretanto, logo após os primeiros domingos, chegaram os "hippies" com seu artesanato e também ali se instalaram. Com o passar do tempo tudo se desvirtuou, vindo gente de todo tipo para vender produtos industrializados com o rótulo de "artesanato". Hoje existe um mafuá que, há tempos, extrapolou os limites da Praça.

Junto a Bidet também participaram do início da feira José Carlos Nogueira da Gama, Roberto de Souza, Guilherme Bueno, Guima, Holmes Neves e Carlos Martins.


Conta Mario Peixoto que "logo após o início da feira, chamada de Feirarte, os hippies se instalaram na praça, onde o comportamento deles incomodou os costumes da época. Em plena ditadura militar, certo domingo a polícia chegou armada de metralhadora, helicóptero e tudo que tinha direito, baixando porrada e levando todo mundo em cana. A obtenção de licença para a Feirarte funcionar veio depois de um longo processo de negociação com as autoridades e muita burocracia."


Como fizeram sucesso esses "puffs" nos anos 1970.



A foto sendo de 1978 deveria aparecer com destaque o Tivoli Park, inaugurado uns cinco anos antes. Na parte de baixo está o Piraquê.



À esquerda, o saudoso "drive-in", onde poucas vezes se assistia ao filme. Alguns carros chegavam a ficar de costas para a tela...


Quase no centro da foto aparece aquele horroroso arranha-céu que ultrapassa em muito a altura do morro. Muita grana deve ter rolado para liberá-lo.

E lá no fundo, usando uma lupa, é possível me ver na janela fotografando as obras de urbanização em frente ao Corte do Cantagalo.


quarta-feira, 13 de março de 2024

segunda-feira, 11 de março de 2024

CAMELÔS

Vendedores de rua e camelôs há décadas atravancam as ruas do Rio. 
Devem ser combatidos por concorrerem com o comércio regularizado e/ou por venderem produtos de procedência duvidosa?
Devem ser tolerados porque é a forma de muitos conseguirem sobreviver fora do mercado formal?
A atuação do "rapa" é desejável e eficiente?
O que fazer com as "máfias" que dominam a cidade?


FOTO 1: A vendedora com camisa rubro-negra sugere "dê milho aos pombos". Os pombos se tornaram uma praga urbana?

FOTO 2: Aparentemente são funcionários de uma loja de frutas no Centro, que expôem mercadoria invadinho parcialmente a calçada. Nesta foto de 1960 já observamos a precariedade do calçamento de pedras portuguesas.

FOTO 3: O que atrai tantos curiosos? Algum produto contrabandeado ou uma daquelas "armações" para tirar dinheiro de tolos? Seria o jogo de "onde está a bolinha?"

FOTO 4: Outros tempos. Um elegante vendedor de canetas, de paletó, joga sua conversa e atrai compradores.


FOTO 5:  Em 1971 vendedores de panos de chão e flanelas abordam motoristas. Na época não eram agressivos como os que, atualmente, constrangem os motoristas ao lavar o parabrisa.


FOTO 6: Ação do "rapa" em 1962. Funcionários públicos apreendem guarda-chuvas. Qual é o destino dessas apreensões?

domingo, 10 de março de 2024

DOMINGO EM IPANEMA


Até os anos 60 a Praia de Ipanema era um caos mais ou menos organizado. Embora os pedestres não tivessem vez na calçada junto à praia, com o Rebouças por construir havia muito menos gente indo para Ipanema. E os prédios eram baixos, sem os arranha-céus atuais.


Aqui o canteiro central já havia sido tomado pelos carros e começavam a surgir os arranha-céus.


Meados dos anos 70 já temos uma enorme dificuldade em estacionar. Era uma época em que se estacionava sobre todas as calçadas da cidade.


Durante a semana, mesmo com alguns prédios altos, eram tempos mais tranquilos.


Aparecem os primeiros sinais de trânsito na praia.