Total de visualizações de página

sábado, 19 de outubro de 2024

DO FUNDO DO BAÚ: DRINKS

 

 QUEM É O DRINKWISER? (1), por Helio Ribeiro

Nas postagens deste fim de semana vamos descobrir quem é o drinkwiser, anglicismo que inventei para indicar o maior conhecedor de drinks. Para tal, serão apresentados vários drinks, cada qual valendo pontos para quem os conhecer. Só conta pontos quem já experimentou o drink várias vezes. Quem apenas o provou por curiosidade ou em raríssimas ocasiões não pontua. Confio na honestidade de todos.

Na noite de domingo saberemos quem é o drinkwiser. Este terá direito a experimentar o drink Moscow Mule ou o Sazerac, no bar de sua preferência, pago com seu próprio dinheiro. Bom incentivo, não?

1)      POIRE

Vale 4 pontos.

É um destilado francês de pera, já que o nome deste fruto naquele idioma é justamente poire. A Suíça também é um grande produtor dessa bebida.

O ideal é servi-la em pequenas taças, entre 6 e 8 graus centígrados. Dizem que é um ótimo digestivo, ingerido após as refeições, mas muitos a bebem sem esse objetivo.

Um dos maiores divulgadores do poire no Brasil foi Ulysses Guimarães, que costumava servir a bebida durante reuniões políticas, daí sendo originada a expressão Turma do Poire para o grupo. Reuniões de bêbados. Isso explica muitas coisas, não é? Agora entendi tudo.

 

2)      DAIQUIRI

Vale 2 pontos.

Bebida de origem cubana feita com rum, suco de lima e açúcar (ou xarope). Tem uma longa história. O nome deriva de uma mina de ferro e uma praia situadas perto de Santiago de Cuba.

Consta que a bebida surgiu em 1905 quando um engenheiro da referida mina, ao entreter convidados, percebeu que o gin servido havia acabado. Usou então rum, que era apreciado pelos trabalhadores da mina. Daí em diante é uma longa história.

Quem estiver interessado nela, consulte  https://pt.wikipedia.org/wiki/Daiquiri.

A composição varia muito, porém originalmente era feita colocando-se bastante gelo picado num copo alto, depois uma colher de açúcar, sumo de um limão espremido e completando-se com rum, mexendo bem para misturar tudo.

 

3)  NEGRONI

Vale 5 pontos.

É considerado o drink mais vendido no mundo. A origem deste drink é o Milano-Torino, conhecido como Mi-To, feito com Campari e vermute doce. Esse drink era o favorito do Conde Camillo Negroni, que após uma viagem às Américas pediu que o bartender acrescentasse gin à mistura.

O Negroni é assim composto por uma dose de gin, uma de Campari, uma de vermute tinto e uma rodela de laranja. Junte gelo e sirva.

 

4)  CUBA-LIBRE

 Vale 1 ponto.

Um dos mais famosos drinks do mundo. Em alguns países possui outro nome, como Cubata na Espanha e Roncola no Chile. Fulanos dizem que Cubata é um drink diferente, usando gin no lugar de rum; beltranos dizem que a diferença é o uso de rum escuro na Cubata. O que dizem os sicranos?

Reza a lenda que o Cuba-Libre foi criado no ano de 1898, quando Cuba lutava para se livrar da Espanha com a ajuda dos EUA. Dizem que um tal capitão Russel, das tropas americanas que ocuparam Cuba na época, resolveu misturar Ron Bacardi Carta Oro com refrigerante Coca-Cola no The American Bar e fez uma saudação gritando “Por una Cuba libre”. Mas não se sabe se isso é verdade, pois alguns dizem que a Coca-Cola só chegou a Cuba em 1900, dois anos depois do regresso de Russel aos EUA.

A composição varia de lugar para lugar. O refrigerante pode ser Coca-Cola ou Pepsi. A proporção entre rum e cola também varia. Geralmente são 50 ml de rum claro com 100 ml de cola, num copo longo com gelo e decorado com uma rodela de limão dentro ou fora, ou com sumo de limão.

 

5)      SAMBA EM BERLIM

Vale 1 ponto.

É a versão brasileira da Cuba-Libre, substituindo-se o rum por cachaça. Consta que durante a II Guerra Mundial os pracinhas recebiam Coca-Cola enviada para as tropas aliadas, que a ingeriam na temperatura ambiente. Os pracinhas achavam a bebida amarga, pois a Coca-Cola ainda não era muito conhecida por aqui. Então resolveram misturar cachaça com o refrigerante. Posteriormente se adicionaram gelo e uma rodela de limão, fazendo com que a bebida ficasse muito parecida com a Cuba-Libre, sendo batizada de Samba em Berlim. Acaso ou não, houve em 1943 um filme com esse mesmo nome.

Não sei se a origem do drink é essa mesmo, porque os pracinhas não combateram na Alemanha e sim apenas na Itália.

 

6)       MARGARITA

Vale 4 pontos.

De origem mexicana (embora alguns o considerem americano). Há mais de uma versão sobre o nome da bebida.

A composição é 45 ml de tequila, 22,5 ml de sumo de limão, igual quantidade de xarope de agave (um tipo de cactus azul) e sal na borda (opcional).

Outra composição é 60 ml de tequila, 30 ml de suco de limão, 15 ml de licor de laranja triple sec. Rodela de limão e sal na borda (opcional).

 

7)       MARTINI

Vale 1 ponto.

Bebida composta por gin e vermute seco, mexido com gelo, coado e servido numa taça com azeitona decorando.

Há muitas variações de Martini, sendo a mais comum a chamada dry Martini. A composição pode ser: 75 ml de gin seco e 15 ml de vermute branco seco.

 

8)       MOJITO

Vale 5 pontos.

Drink cubano, composto por rum branco, açúcar, hortelã, limão e água gaseificada.

 

----  CONTINUA  AMANHà   ----

P.S.: Vendo as fotos, eu me pergunto se ao me manter abstêmio eu não acabei perdendo boas coisas.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

PELO FLAMENGO

FOTO 1: Este é o trecho na altura da Praça Paris. Pelos modelos deve ser por volta de 1964/1965. Na pista em direção à Zona Sul são automóveis de três origens diferentes. Um americano (Impala coupê 1963), um nacional (Aero Willys 64/65) e um francês (Citroen). Na outra pista o indefectível Fusca e o que parece ser uma Rural Willys.

No final de 1963 as pistas do aterro já estavam prontas e em 1964 as passarelas vistas na foto já eram utilizadas.

Consta que na construção das pistas a intenção era dar a sensação de amplitude e limitar a velocidade e por isto as curvas não foram compensadas. Isto teria acarretado muitos acidentes.


FOTO 2: Estamos no ano de 1974. Nesta foto aparece o famoso "Volkswagen Zé do Caixão". As linhas retas e as maçanetas na porta lembram um caixão. 


FOTO 3: publicada pelo "O Clone"  e comentada pelo Rouen.

Conta o Rouen: “Ao fundo os dois primeiros prédios da Av. Rui Barbosa, à direita o Ed. Barão da Laguna com os n° 20, 40, 60, 80 e 100. À esquerda, o Ed. Hilton Santos de nº 170. No espaço vago atrás do ônibus ficava o Posto Texaco, na curva da Amendoeira, mais precisamente Av. Oswaldo Cruz nº 61 (Em cima do posto havia a boate Nazaré, tel. 245-5023 - quando adolescente entrar lá era meu sonho).

Quanto aos carros temos um Fiat e um Peugeot 203, um mero Cadillac (o luminoso redondo Texaco do posto aí aparece atrás do Dodge e antes do lotação e uma sombra quadrada branca era um luminoso da Pirelli, um Anglia com alguma autorização especial no para-brisa.”

Esta postagem seria a de amanhã. Mas saiu publicada hoje por engano. Fica assim mesmo.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

RUA MIGUEL LEMOS


Na década de 1950 eram famosas as "turmas de rua" do Rio - as tipo "juventude transviada" como as da Barão da Torre, da Barão de Ipanema, do "Camões", a da "República" (do Peru, Copacabana), a da Urca e as do "bem", como a da Miguel Lemos (Copacabana). Esta era liderada por Cristiano Lacorte e se reunia no bar do "Fernando Vascaíno", na esquina da Miguel Lemos com N.S.de Copacabana.

Na foto vemos o Lacorte em sua cadeira de rodas, na esquina da Miguel Lemos com Aires Saldanha. Ele foi o representante oficial da torcida brasileira em 1958, acompanhando a conquista do 1º campeonato mundial de futebol, na Suécia.

Esta turma, por esta época, fechava a Rua Miguel Lemos (uma das únicas na Zona Sul a fechar) para seus bailes. Faziam halterofilismo na academia da esquina de Djalma Urich com N.S.de Copacabana (onde havia, no 4º andar, um anúncio luminoso de um atleta exercitando os bíceps).

Torciam pelo Lá Vai Bola, Pracinha, Maravilha ou Dínamo, no futebol de praia. Na TV Rio, aos domingos, assistiam ao boxe do TV Rio Ringue e, às 6as.feiras, ao "Noites Cariocas", com as vedetes da época.

Foi esta turma que flagrou o faquir Príncipe Igor fraudando o público, tomando laranjada durante seu período de jejum (antes comuns, desapareceram os faquires). Estudavam no Melo e Souza ou no Mallet Soares (alguns fizeram o primário na Escola Pública Cócio Barcelos).

Discutiam o supersupercampeonato de 1958 entre Vasco, Flamengo e Botafogo. Torciam por Adalgisa Colombo. Tomavam gemada em pó da Kibon e usaram Alpargatas 7 Vidas, de lona com sola de borracha. Só podiam tirar a camisa quando pisavam na areia e levavam para a praia boias feitas com câmaras de ar de pneus.

 Dançavam, de "smoking", nos bailes do Fluminense, do Caiçaras, do Clube Naval, ao som de Steve Bernard, Ed Lincoln, Waldir Calmon. Assistiam às lutas de Helio (ou Carlson?) Gracie com Waldemar Santana.

No Bob´s da Domingos Ferreira, comiam sanduíche de salada de atum e tomavam suco de laranja, sundaes ou Ovomaltine, pois ali ainda não se vendiam refrigerantes. Assistiam ao Noite de Gala (com Ilka Soares) e aos Espetáculos Tonelux (com Neide Aparecida). Tomavam Hi-fi (Crush com vodka) ou Cuba-libre (rum com Coca-Cola). Iam até São Conrado para um chope no Bar Bem. Ouviam a Rádio Mayrink Veiga e a Tamoio (e a Continental, na transmissão do futebol).

Acompanhavam, com o Brasil inteiro, o episódio da curra de Aida Curi, jogada (?) do edifício Rio Nobre (Av. Atlântica 3388), quando fugia de Ronaldo Castro e Cássio Murilo.

Viam a garotada colecionar álbuns de figurinhas, se contorcer nos bambolês e assistir ao Falcão Negro e sua amada Lady Bela.

Cristiano Lacorte deu seu nome à Travessa que une as ruas Miguel Lemos e Djalma Urich, ali onde ficava o teatro da Brigitte Blair.

O poste tipo "respiradouro" eram para das câmaras subterrâneas de transformadores da Light, que existiam por toda a cidade onde a rede de média tensão já era embutida e normalmente funcionavam da seguinte maneira: a grade de baixo sugava o ar fresco e a de cima expulsava o ar quente depois de passar por dentro da câmara. Quando eram muito grandes havia dois, um colocando ar fresco e o outro retirando ar quente.

 Nos anos 70 eles começaram a sumir pois foi criado um sistema em que os exaustores eram colocados em bueiros no chão (aqueles que saem vento quente.

 Hoje eles só existem onde as câmaras subterrâneas ainda não foram modernizadas ou em locais em que as inundações são muito fortes (aqui em Ipanema ainda há um, com certeza).



Nesta foto, de 1958, na esquina da Rua Miguel Lemos com Avenida Atlântica, podemos ver o poste de iluminação (lâmpada única) na calçada da Av. Atlântica, dois rapazes em pé sobre o que imagino ser um "traffic control" (o guarda de trânsito abria a caixa e podia alterar o tempo dos sinais), o poste do próprio sinal de trânsito e o poste fino com a indicação das ruas (além da placa presa na parede do edifício da esquina). 

Era um tempo de falta d´água, da construção de prédios em Copacabana com os chamados de "paraíbas" usando o "emplastro de sabiá" - aquele esparadrapo cheio de furinhos - para curar "espinhela caída". Me fascinava ver como descarregavam o caminhão de tijolos - punham-se vários operários em fila indiana e os tijolos eram jogados, dois a dois, de mão em mão. Num instante acabavam. O serviço nas obras começavam às 7h com o tocar do sino, interrompiam-se para almoço das 11h às 12h, e recomeçavam até as 16h. 

Era o tempo das "macacas de auditório" (o atual "politicamente correto" não permitiria nomeá-las assim) gritando pelo Cauby, Emilinha e Marlene, da Caracu com ovo. 

O sonho da rapaziada era uma lambreta, a camisa de nylon, o cigarro com Continental, Mistura Fina, Colúmbia ou Hollywood. Era moda dar uma volta na manga curta da camisa para mostrar o muque e, também, na barra da perna da calça Lee (jeans). Todos tinham que saber saltar do bonde andando. E usavam pente Flamengo (inquebrável). 

As casas eram regularmente visitadas pelos "mata-mosquito", que deixavam uma bandeirinha amarela presa na porta da casa  durante a visita. A missa era na Igreja de São Paulo Apóstolo, ali na Rua Barão de Ipanema, onde o vigário era o Padre Zelindo e a missa mais concorrida era a do Padre Colombo (todos Barnabitas). 

As mulheres usavam anáguas, combinações, cintas, sutiãs com enchimento. Neste ano de 1958, foram "certinhas do Lalau": Aida Campos, Célia Coutinho, Eloísa, Ilka Soares, Jussara Ney, La Rana, Liana Duval, Marly Tavares, Pochi Quatrocchi e Tereza Costelo. 

E, inesquecível, era ouvir as aventuras de Jerônimo, o herói do Sertão, na Rádio Nacional, com Aninha e o Moleque Saci: 
"Quem passar pelo sertão vai ouvir falar 
Do herói desta canção que eu venho aqui cantar 
Se é por bem vai encontrar o Jerônimo protetor 
Se é por mal vai enfrentar o Jerônimo lutador 
Filho de Maria Homem nasceu 
Serro Bravo foi seu berço natal entre tiros de tocaia cresceu 
Hoje luta pelo bem contra o mal 
Galopando vai em todo lugar 
Pelo pobre a lutar sem temer 
O Moleque Saci pra ajudar 
Ele faz qualquer valente tremer"


Nesta fotografia vemos Cristiano Lacorte, na Suécia, junto a jogadores da seleção brasileira. Da esquerda para a direita vemos Pelé, Mauro, talvez o Oreco, Moacir, Dida e, sentado, Djalma Santos.

Cristiano, vítima de poliomielite, com a ajuda do pai resolveu acompanhar a seleção brasileira na Copa do Mundo da Suécia. O chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, acolheu Cristiano junto ao grupo. Ao embarque no Galeão compareceram muitos amigos para as despedidas e desejos de boa sorte. Cristiano viajou com a seleção, mas consta que pagou todas as próprias despesas.


A turma da Miguel Lemos foi ao Galeão receber Cristiano Lacorte na volta da Suécia como campeão do mundo. Houve festa em Copacabana neste dia.

Foi eleito vereador pelo Rio. Morreu poucos anos depois em acidente rodoviário.


domingo, 13 de outubro de 2024

DO FUNDO DO BAÚ: FERRAMENTAS (2)

  CONHECE ESSAS FERRAMENTAS?  (2), por Helio Ribeiro

A postagem de hoje é uma continuação daquela de ontem.

 1)      ENXÓ

Deve ser uma ferramenta muito pouco conhecida pelos visitantes. Serve para desbastar madeira. O nome provém do latin asciola, significando pequena enxada de carpinteiro. Também me desfiz de uma recentemente. Era parecida com a da foto.

 

2)      MÁQUINA DE FURAR

Até poucas semanas eu tinha guardado uma dessas da foto, porém me desfiz dela. Não sei se foi uma boa medida. Há muitos anos possuo duas máquinas elétricas, sendo uma com opção de martelete. A outra não tem essa opção, porém sua rotação é controlável de zero até o máximo, dependendo de quanto se aperta o gatilho dela. Esta última comprei na Sears, em fins da década de 1970 ou início da de 1980.

 

3)      TRENA DE LONA

Essa mostrada até poderia ser foto da que tenho em casa. Exatamente igual. Comprimento de 20 metros. Como topógrafo eu usava uma trena de aço, de 50 metros de comprimento. Hoje em dia as trenas são de metal flexível, porém só de 2 metros de comprimento. Há também as de raio laser.

 

4)      PLAINAS

Meu padrasto tinha esses dois tipos, sendo que a plaina da parte superior da foto não era exatamente igual à dele, mas parecida. Quanto à da parte inferior, da famosa marca Stanley, era precisamente igual à da foto. Meu padrasto trabalhava numa firma chamada Mercantil Mineira Importadora, na rua do Lavradio 144, que importava ferramentas. Assim ele conseguiu essa Stanley, que ainda conservo na caixa original. Da outra me desfiz.

 

5)      SARGENTO

É uma ferramenta destinada a prender com firmeza uma peça de madeira, metal, plástico, etc, para que se trabalhe nela, seja limando, serrando ou outra atividade qualquer. Normalmente o sargento exige uma bancada ou mesa como lugar onde ele pode ser fixado. Há vários tipos de sargento, tanto no formato quanto no tamanho

 

6)       FORMÃO e GOIVA

Formão dispensa explicações. A goiva é um formão cuja lâmina é em forma de meia-lua ou de V. É usada para fazer entalhes em madeira. Tanto os formões quanto as goivas se apresentam em diversas larguras de lâmina, formato de cabo, etc.

 

7)       ARCOS DE SERRA

Há muitos tipos diferentes desses arcos. Dependendo do tipo, podem ser usados para cortar madeira, metal, plástico, etc. Na foto, o da parte superior é exatamente igual a um dos que tenho, herdado do meu tio. O da parte inferior, em forma de U, era meu terror na escola primária e no Colégio Pedro II, onde era usado para fazermos trabalhos manuais em madeira compensada. Eu detestava esses trabalhos. A serra usada por esse tipo de arco é muito fina e empena com facilidade.

 

 8)       NÍVEL DE BOLHA D’ÁGUA

Acho que dispensa explicações. Há alguns tipos diferentes. O do topo da foto é bem antigo. Herdei um assim do meu padrasto. O segundo é um Stanley que comprei numa loja na Central do Brasil, por volta de 1984. Deixei de herança para minha ex. O terceiro é um Guepar que comprei há pouco tempo.

Hoje em dia se usam aparelhos a laser para indicar nível. Eventualmente pode ser usado nível feito com mangueira transparente de jardim, cheia d’água, se possível com anilina para dar contraste. Também é um tipo de nível bem preciso. Usei muito isso durante as obras do meu sítio, ajudado por minha ex.

Nível de mangueira é excelente para distâncias maiores, só sendo superado pelo de laser. Porém este último pode se tornar inviável dependendo da distância e da claridade do local, que pode impossibilitar a visão do feixe de laser. O nível de mangueira exige duas pessoas, uma em cada extremidade dela. Não há limite de distância para seu uso, porém é preciso evitar a formação de bolhas na água, pois isso provocará erro na medida.

 

9)       TARRAXAS

Usadas para abrir rosca em tubos de PVC ou de ferro, dependendo do tipo de tarraxa. Na foto, a da parte superior é para PVC e a da inferior é para ferro. Eu tinha dois jogos de tarraxas para PVC, da Tigre, para diâmetros diferentes. O jogo para diâmetros maiores o ladrão roubou do meu sítio. Não levou o menor. Acho que ao me separar deixei o menor para minha ex.

Meu tio possuía um jogo para tubos de ferro. Era muito pesado. Os braços eram roscáveis no corpo da tarraxa e tinham um comprimento de cerca de 50cm cada. Chegamos a usá-lo para abrir rosca em tubos de ferro para água quente na minha antiga casa no Engenho Novo. Anos depois me desfiz dele.

Hoje em dia os tubos de água são soldáveis, dispensando rosca. Há ainda umas tarraxas extremamente vagabundas à venda, individuais, ou seja, não fazem parte de um jogo. Você compra especificamente para um diâmetro de tubo. Mas é preciso fazer muita força para abrir a rosca, pois o braço delas não é em forma de T e é muito curto.

Abaixo um exemplo dessa porcaria.


 

10)   MARRETA

Dispensa explicações. Há marretas de vários tamanhos de cabo e peso. Muito usada por pedreiros para quebrar paredes, juntamente com talhadeiras. As marretas de grande porte são usadas para quebrar pedra em obras civis ou em pedreiras.


11)       LIMA e GROSA

Limas e grosas são ferramentas bem parecidas e são usadas para desbastar materiais: as grosas se destinam a desbaste em madeira e as limas em metais ou plásticos. Todas se apresentam em várias formas de seção transversal: chata em ambos os lados, chata de um lado e meia cana do outro, totalmente redondas, triangulares, quadradas.

A foto abaixo mostra um conjunto de grosas com três tipos diferentes de seções transversais: meia cana, redonda e chata.

A principal diferença entre lima e grosa é o tipo de superfície de desbaste: nas limas as ranhuras são de espaçamento pequeno e nas grosas são mais espaçadas. Por sua vez, mesmo nas limas há dois tipos de espaçamento: quando bem pequeno ela é chamada de murça; quando maior, de bastarda. As murças dão um acabamento mais fino, as bastardas mais grosseiro

A foto abaixo mostra uma grosa na parte superior e uma lima na inferior.

 

---  FIM  DA  POSTAGEM  ----