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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

SANTA TERESA EM 1985

Segundo Gastão Cruls, Santa Teresa foi um dos morros que mais cedo tiveram as preferências da população como zona residencial e desde que se abriu a velha estrada do Aqueduto suas margens se viram bordadas de casas.

Aliás, por muitos motivos, era justo que os cariocas voltassem os olhos para o antigo Morro do Desterro. Bem exposto aos ventos da barra e à sombra de boa vegetação, nele se desfrutavam um ar mais fino e temperaturas mais suaves. No verão, entre gentes de mais recursos, quem não podia ir para Petrópolis, aí procurava uma casinha ou hospedava-se num de seus hotéis.

Hoje, com fotos do acervo da tia Nalu, vamos ver alguns aspectos de Santa Teresa no ano de 1985.

Os especialistas no bairro poderão contribuir com comentários.

RUA AARÃO REIS

RUA PINTORA DJANIRA


RUA PROGRESSO

RUA BERNARDINO DOS SANTOS (ESQ) E RUA SANTA CRISTINA (DIR)

LADEIRA SANTO ALFREDO


quarta-feira, 26 de outubro de 2022

RUA PAISSANDU (2)


Continuamos hoje com fotos da Rua Paissandu. Nesta foto, do National Geographic, vemos o final da Rua Paissandu, tendo ao fundo o Palácio Guanabara, anteriormente Palácio Isabel. Foi construído em meados do século XIX e adquirido para acomodar os recém-casados (1864) Princesa Isabel e Conde D'Eu. O acesso, à época, era pela Rua Paissandu, que foi ornada com as lindas palmeiras imperiais. Notem o piso da rua.

Este palácio foi confiscado após a Proclamação da República, em 1889, sendo incorporado ao Patrimônio da União. Hoje abriga a sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro.


Foto datada de 1911 vendo-se a Rua Paissandu com suas palmeiras imperiais e, à direita, o "ground" de "cricket" do Paissandu Atlético Clube.  Este clube foi fundado em 1872, com o nome de Rio Cricket Club. Estabeleceu-se na Rua Berquó, hoje Rua General Polidoro, esquina de 19 de Fevereiro, em Botafogo.

O Rio Cricket Club foi a primeira agremiação destinada à prática de esportes terrestres no Rio de Janeiro. Hoje é, também, o terceiro mais antigo clube social em atividade nesta cidade, superado apenas pela Sociedade Germânia, fundada em 1821, e pelo Real Sociedade Clube Ginástico Português, fundado em 1868. Só em 1880 o Rio Cricket Club saiu de Botafogo, indo para o terreno alugado da Rua Paissandu. Este terreno era propriedade do Conde D´Eu e ficava em frente ao Paço Isabel, residência da herdeira do trono do Brasil, a Princesa Isabel.


Vemos um desfile militar na Rua Paissandu na década de 40, em foto de Rembrandt. O Palácio Guanabara foi utilizado como residência oficial de Getúlio Vargas durante o Estado Novo.

O atual Palácio Guanabara foi originalmente construído com características neoclássicas tendo sido utilizado como residência particular de 1853 a 1860. Comprado pela família imperial foi reformado por José Maria Jacinto Rebelo e tornou-se residência da Princesa Isabel. Foi confiscado após a Proclamação da República.

Nesta foto, de Malta, vemos as obras feitas no início do século XX.



Outra foto de Malta mostrando a reforma feita por Francisco Marcelino de Souza Aguiar, que deu características ecléticas ao palácio.



Postal da Ed. N. Viggiani, da Coleção de Klerman Wanderley Lopes. Vemos o Palácio Guanabara na década de 1920, já com as características que tem hoje em dia.


terça-feira, 25 de outubro de 2022

RUA PAISSANDU (1)

Hoje a amanhã veremos aspectos da Rua Paissandu, que começa na Praia do Flamengo e termina na Rua Pinheiro Machado, em frente ao Palácio Guanabara. É famosa por suas palmeiras imperiais. Ligava a residência da Princesa Isabel ao mar. Foi endereço chique da elite carioca. 


Este belo postal mostra a Rua Paissandu ainda repleta de belos casarões. É a antiga Rua Santa Teresa do Catete e Rua Santa Teresa da Glória. Foi aberta em 1853 através dos terrenos de José Guedes Pinto e herdeiros de Manuel Guedes Pinto, segundo o Paulo Berger.

Postal da Edição Malta, da Coleção de Klerman Wanderley Lopes, ilustre cardiologista carioca. A rua começava na Rua Marquês de Abrantes e terminava na chácara de Domingos Francisco de Oliveira Rozo. Mais tarde foi prolongada até a Praia do Flamento e teve durante certo tempo o nome de Rua Santa Teresa da Glória. 

Em  1865 teve o nome alterado para Rua Paissandu em memória da tomada de Paissandu pelas tropas brasileiras e orientias, sob o comando dos generais João Propício Mena Barreto e Venâncio Flores, auxiliados pela esquadra brasileira do Almirante Tamandaré, contra o governo de Montevidéo.


Em frente à Rua Paissandu se localizava a foz do Rio Carioca. E em 1929, nesta rua, foi fundada a Estudantina, que, nos anos 40, se mudou para o Centro.

Originado do Clube Brasileiro de Cricket, vizinho da Rua Paissandu, onde se praticava, segundo Brasil Gerson, o multissecular esporte inglês, baseado numa bola do tamanho de uma laranja e um bastão, que depois nasceu o futebol no Brasil.

Foto de Hans Mann.

Vemos a confluência das ruas Barão do Flamengo e Paissandu com a Praia do Flamengo.  

Foto de Franz Grasser.


segunda-feira, 24 de outubro de 2022

PROJETO PARA O RIO

O “post” de hoje não é sobre o Rio Antigo, mas sobre um projeto proposto para as Olimpíadas de 2016 no Rio.

A origem é um “post” do Conde di Lido no fotolog “Outro Mundo”, que ele mantinha tempos atrás no provedor Terra. Tomei a liberdade de republicá-lo no “Saudades do Rio”, com agradecimentos ao prezado Conde.

Seria a “SOLAR CITY TOWER”.

O desafio passou por conceber uma estrutura vertical localizada na ilha de Cotunduba que, além de ter a função de torre de observação, se torne num símbolo de boas-vindas para quem chegar ao Rio de Janeiro por via aérea ou marítima, uma vez que esta será a cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos de 2016.

A ilha de Cotunduba fica entre a Praia Vermelha e a Praia do Leme. Quem quase todo dia passa por ela é o JBAN, numa canoa havaiana. A ilha faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) do Morro do Leme, Urubu e Ilha de Cotunduba, desde 1995 sendo classificada como Zona de Vida Silvestre de uso restrito.

Projetada pelo gabinete RAFAA, sediado em Zurique, na Suíça, e denominada «Solar City Tower», esta estrutura foi escolhida como a resposta adequada à proposta inicial e tem a potencialidade de gerar energia suficiente não só para a aldeia olímpica, como para parte da cidade do Rio.

A sua concepção permite-lhe aproveitar a energia solar diurna através de painéis localizados ao nível do solo, ao mesmo tempo que a energia excessiva produzida é canalizada para bombear água do mar pelo interior da torre, produzindo um efeito de queda de água no exterior. Esta água é simultaneamente reaproveitada através de turbinas com o objetivo de produzir energia durante o período noturno. 


Estas características permitem atribuir o epíteto de torre sustentável a este projeto, dando continuidade a alguns dos pressupostos do «United Nation´s Earth Summit» de 1992, que ocorreu igualmente no Rio de Janeiro, contribuindo para fomentar junto dos habitantes da cidade a utilização dos recursos naturais para a produção de energia.


A Solar City Tower engloba ainda outras funcionalidades. Anfiteatro, auditório, cafeteria e lojas são acessíveis no piso térreo, a partir do qual se acede igualmente ao elevador público que conduzirá os visitantes a vários observatórios, assim como a uma plataforma retrátil para a prática de “bungee jumping”.

No cimo da torre é possível apreciar toda a paisagem que circunda a ilha onde estará implementada, bem como a queda de água gerada por todo o sistema que integra a Solar City Tower, tornando-a num ponto de referência dos Jogos Olímpicos de 2016 e da cidade do Rio de Janeiro.

 



 Como todos sabemos o projeto não foi adiante. Mas qual seria a opinião dos comentaristas do "Saudades do Rio"?