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sábado, 10 de fevereiro de 2018

CARNAVAL NO CENTRO



 
Hoje temos duas fotos de carnavais da primeira metade do século XX.
A primeira foto, garimpada pelo Nickolas, mostra a Av. Rio Branco, na altura da Cinelândia, com o tráfego indo em direção à Praça Mauá. Ao fundo, do centro para a direita, o prédio da Justiça Federal, no meio a Rua Pedro Lessa, e, bem no fundo, fora de foco,  estaria a Biblioteca Nacional.
Vemos Maria Lucia, Maria Alice e Ana Maria, inseparáveis amigas tijucanas, moradores da Rua Haddock Lobo. Todas tinham "it", frequentavam o Tijuca Tenis Clube e os cinemas da Praça Saenz Peña. Meninas comportadíssimas.
O automóvel em primeiro plano é um Renault Juvaquatre "berline" 4 portas (dá pra saber a versão pela "porta suicida"...). E, na frente, há outro Juvaquatre!

 
A segunda foto, do acervo do Correio da Manhã, mostra também a Av. Rio Branco, provavelmente na década de 30. Destaque para a decoração do carnaval e os ternos de linho branco usados pelos cariocas.


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

CARNAVAL EM IPANEMA


Em 1971 houve um curioso concurso de carros "fantasiados" no Castelinho.
 
Não encontrei maiores informações nos jornais da época. Mas se podia constatar que os tempos eram outros, pois o Juiz de Menores adotou providências no sentido de serem presos em flagrante os foliões que adulterassem as letras das composições carnavalescas.
 
 

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

GRAJAÚ-JACAREPAGUÁ

 
Na foto enviada pelo Joel Almeida vemos o ônibus 241, da linha Praça Mauá-Taquara, na Grajaú-Jacarepaguá em 1965. O ônibus desvia de uma queda de barreira, evento comum naquela estrada.
 
No início do século XX, para se acessar a baixada de Jacarepaguá, havia apenas duas possibilidades: por Madureira e Campinho ou pela Estrada do Joá e Estrada da Barra da Tijuca. Havia, pois, a necessidade de uma nova ligação a partir da Zona Norte.
 
A construção da Grajaú-Jacarepaguá começou na administração Henrique Dodsworth, passou por várias administrações. A primeira parte a ficar pronta foi entre o Grajaú e o restaurante Cabana da Serra, na década de 40.
 
Avançou nos anos 50 com o prefeito João Carlos Vital construindo o trecho mais perto de Jacarepaguá (Estrada dos Três Rios). Posteriormente, as pistas que eram estreitas, foram alargadas, mais para o final do século XX.
 
Mais adiante ainda, infelizmente, apareceram favelas no entorno da estrada, causando os problemas bem conhecidos.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

LARANJEIRAS


 
Hoje vemos duas fotografias de Laranjeiras, na altura das ruas Pinheiro Machado e Laranjeiras. A primeira é de 1962 e foi estupendamente colorizada pelo Nickolas Nogueira.
Vemos os tapumes da obra de abertura do Túnel Catumbi-Laranjeiras, Os veículos estão na Rua das Laranjeiras, bem perto de onde ficava o belo prédio da Embaixada da Itália, na Rua das Laranjeiras nº 154. O Dieckmann identificará o ano do Aero-Willys.
O Decourt chama a atenção para o poste da Expo de 1908 convertido para usar GE Novalux. Este tipo de poste também era usado na Senador Vergueiro, na parte baixa da Rua das Laranjeiras, na Voluntários da Pátria e na São Clemente (estas usando o gancho com luminárias pendente) além da Av. Pasteur, no trecho entre a Universidade do Brasil e a Praia de Botafogo.
À esquerda está a Maternidade Escola (UFRJ), cujo prédio fica um pouco recuado. A "estreiteza" da rua deve-se a essa esquina com o poste. Esse pedaço acabou e também houve um bom recuo ali.
A segunda fotografia é de Kurt Klagsbrunn, provavelmente de 1965, já com o túnel aberto ao tráfego ligando o bairro de Laranjeiras ao bairro do Catumbi. Este túnel, inaugurado no dia 29 de junho de 1963, quatro anos antes da inauguração do Túnel Rebouças, facilitou enormemente a ligação da Zona Sul com a Zona Norte. Antes de sua abertura o caminho habitual era pela Lapa ou pelo Centro/Praça XV.
Durante muito tempo o Túnel Santa Bárbara teve problemas com a qualidade de ar. Quando o problema da poluição interna ficou feio resolveram colocar uns ventiladores. Só que é um túnel com carros andando nos dois sentidos, ou seja, não atava, nem desatava. O problema só foi resolvido quando alguém teve a idéia de que fosse feita uma divisão no meio do túnel. Assim, a poluição segue o fluxo dos carros e os ventiladores/exaustores podem funcionar corretamente.
Na foto aparece, na esquina da Rua das Laranjeiras, o prédio da Maternidade-Escola, então pertencente à Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, hoje UFRJ. A ladeira, à esquerda, dava acesso ao Morro da Graça onde existiu o externato do colégio Sacré-Coeur de Jésus (de 1935 a 1969), onde depois funcionou a firma Internacional de Engenharia. O objetivo do Sacré-Coeur era "transformar meninas em damas com forte capacidade reflexiva", baseado nos princípios da religião católica e com grande influência francesa (praticamente todas que ali fizeram todo o curso saíam falando fluentemente o francês). O lado feminino de várias gerações da família D´ estudou lá, bem como estimada comentarista  Nalu.
Dezoito operários que faleceram num desabamento durante os trabalhos de abertura deste túnel foram homenageados com o painel “Santa Bárbara”, concebido em 1964 pela artista plástica Djanira. Este painel ficava localizado em uma capela no forro do túnel, formada pelo desabamento do final dos anos 50. O desabamento de uma grande rocha formou uma caverna na abóbada e o Governador Carlos Lacerda resolveu homenagear os operários mortos. Só que, com a poluição, a capela ficou insalubre sendo abandonada. Nos anos 90 com a reforma do túnel, que também dividiu a galeria e possibilitou a passagem de cabos da Light (que custeou a obra) pela antiga galeria de ventilação do túnel, o painel foi retirado, restaurado e ficou à espera de um lugar para ser instalado. Os moradores dos dois lados do túnel queriam a instalação do painel em suas respectivas bocas, mas isto não aconteceu. O painel acabou sendo instalado no MNBA – Museu Nacional de Belas-Artes.
 

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

TABERNA DA GLÓRIA



 
As fotos do acervo do Correio da Manhã mostram a Taberna da Glória, na Rua do Catete, Largo da Glória.
Foi neste local que Aracy de Almeida conheceu Noel Rosa, em 1932, numa “noite de samba em caixa de fósforo, regada com cerveja Cascatinha e cigarros Odalisca”.
Os jornais das décadas de 40 e 50 citam inúmeras vezes a Taberna da Glória, muitas vezes nas páginas policiais. Entretanto, a taberna era ponto obrigatório da boemia nacional e internacional. Depois das duas da manhã as mesas ficavam repletas de artistas cantando e compondo músicas famosas. Figuras como Ademar de Barros, Carlos Lacerda, Mario de Andrade, Pixinguinha, Procópio Ferreira, Manual Bandeira, Joel Silveira, Chico Alves, Grande Otelo, Nelson Gonçalves, Orlando Silva e Augusto Calheiros eram assíduos.
Nos anos 50 há a seguinte referência: “A Taberna da Glória sempre foi um bar de tradição boêmia e marota na vida noturna da cidade. Com a mudança do cardeal Dom Jaime Câmara para o Sumaré e a instalação de várias obras religiosas no Palácio São Joaquim, a Taberna ganhou uma nova freguesia no período diurno, recebendo os militantes católicos para o lanche cotidiano. Depois das dez da noite, porém, a coisa muda de figura, pois as mariposas da Lapa e adjacências não abrem mão de suas cadeiras cativas. E assim vai a Taberna em sua vidinha gostosa, servindo a Deus e ao Diabo, simultaneamente...”
Foi na Taberna, também, que Hermínio Bello de Carvalho descobriu, nos anos 60, Clementina de Jesus.
Em 1972 as obras do metrô acabaram com a tradicional Taberna da Glória neste local: “Um dos mais tradicionais pontos de encontro da boêmia carioca está com os seus dias contados. Sua morte é uma necessidade imperiosa para o progresso da cidade. Até os seus mais assíduos frequentadores compreendem e ritualizarão seu fim”.
A festa de despedida foi em dezembro de 1972.
 

domingo, 4 de fevereiro de 2018

PROGRAMA DE DOMINGO


Neste domingo um bom programa é uma visita ao Pão de Açúcar e depois um almoço na Churrascaria Roda Viva.
 
Para os que preferirem ir mais tarde, para ver o pôr-do-sol desde o alto do Pão de Açúcar, em vez de almoço pode ser um "drink" na Roda Viva, que tem música ao vivo para dançar.