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sábado, 11 de abril de 2020

MALHAÇÃO DE JUDAS




 
Embora esteja quase desaparecida a "Malhação de Judas" sobrevive aqui e ali pelo Rio de Janeiro no Sábado de Aleluia.
É um costume trazido pelos portugueses. Judas, o traidor de Cristo, era feito de palha ou pano e pendurado em postes de iluminação pública e galhos de árvore.
Com o tempo, Judas passou a personificar todos os políticos e figuras públicas considerados pelo povo como "traidores".
Nos dias atuais não faltam candidatos.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

IGREJA DE SÃO PEDRO



A Igreja de São Pedro dos Cléricos foi demolida em 1944 para a construção da Avenida Presidente Vargas.
Era uma das mais importantes igrejas da cidade, sendo a maior jóia do Barroco carioca e a única na cidade a externar suas características na sua fachada.
Seu interior foi totalmente decorado por Mestre Valentim, apresentando uma talha em estilo Rococó.
A Igreja de São Pedro, ou Igreja de São Pedro dos Clérigos, ou Igreja do Príncipe dos Apóstolos São Pedro, esquina da Rua São Pedro com a Rua Miguel Couto (antiga dos Ourives), edificada no correr dos anos de 1732 a 1740, pelo bispo D. Fr. Antônio Guadalupe, para firmar a irmandade dos clérigos em casa própria.
Ornado o interior do templo por três altares, no da parte da Epístola colocou o bispo fundador a imagem de S. Gonçalo de Amarante, pretendendo excitar no povo a devoção e culto do santo. (ornamento e padroeiro da sua pátria).
Em 1792, já aparece como Igreja de São Pedro dos Clérigos. Em princípio do século XIX, havia na igreja um coro, onde se recitavam diariamente as horas canônicas ("apud" Cau Barata).
 


IGREJA DE SÃO DANIEL


 
Eu acho que já publiquei estas fotos e penso ter lido comentários talvez do Joel ou do Wagner sobre ela. Mas não consta nos meus alfarrábios como publicada. Então aí vão as fotos.
Esta pequena e original Igreja foi concebida em forma circular, para umas 300, ou no máximo 400 pessoas, tendo 15m de diâmetro, sem colunas interiores, e foi inspirada no modelo canônico de uma hóstia. Fica no Parque São José em Manguinhos.
Como símbolo da capela, parte da paramentação interna observa este modelo - assim, por exemplo, a porta do sacrário. Sua decoração, extremamente simples também, conta com uma obra de Guignard, a Via Sacra do pintor fluminense Alberto da Veiga, e uma reprodução do Profeta Daniel, de autoria do Aleijadinho, em tamanho natural, oferecida pelos srs. Sylvio Vasconcellos e Rodrigo Mello Franco, que mandaram moldar em Belo Horizonte a estátua. Heitor Coutinho desenhou os bancos e o altar, e Paulo Athaíde projetou os jardins externos.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

COCA-COLA





 
Os pontos de venda de Coca-Cola nas calçadas das praias eram um oásis. Durante muito tempo não houve venda de bebidas na areia.
 
A partir dos anos 70, aproximadamente, começaram a aparecer os ambulantes vendendo bebidas e, anos depois, começaram a ser instalados pontos fixos como vemos hoje em dia, a cada dez metros, vendendo não só refrigerantes, mas também todo tipo de bebidas alcoólicas.
 
Não tenho dados concretos, mas me parece que o consumo de Coca-Cola diminuiu na nova geração. Muitas crianças preferem tomar mate e sucos. Um movimento para um consumo mais saudável, tal como o hábito de deixar de fumar.
 
As fotos relembram as carrocinhas de Coca-Cola que fizeram tanto sucesso.
 
 

quarta-feira, 8 de abril de 2020

CASTELINHO


 
Por um descuido não anotei quem publicou a primeira, talvez publicada no Facebook, mas é de autoria de Douglas Garcia e foi postada por um sobrinho dele.
A foto foi tirada num dos passeios que havia há alguns anos, feito em aviões de pequeno porte que decolavam do Aeroporto Santos Dumont. Aproveitando esse passeio, Douglas, que sempre foi um fotógrafo por hobby, fez imagens aéreas de várias partes do Rio.
Na foto acima destacamos a bela casa que havia na esquina da Rua Joaquim Nabuco com Av. Vieira Souto. Foi demolida em fins dos anos 90 e em seu lugar subiu o Hotel Fasano. A obra de construção ficou embargada durante algum tempo.
No entanto a Justiça liberou e foi construído neste terreno o luxuoso Hotel Fasano, projeto de Philippe Starck e inaugurado em 2007. Quem saiu perdendo foram os moradores do prédio do terreno atrás. A bela vista para a praia foi trocada por um paredão.
Ali onde estão estacionados os automóveis ficava a famosa "corrida de submarinos" do Castelinho.
A segunda foto, aproveitada de uma arte feita pelo Rouen, mostra a exata localização da casa, assinalada por uma flecha preta. O bar Castelinho ficava ao lado do prédio onde funcionou o Barril 1800, onde hoje funciona o Astor.
A região “Castelinho” deixou de ter significado para as novas gerações, pois desapareceram o Castelinho propriamente dito e o bar famoso que ali existia. Na Zona Sul desapareceram inúmeros outros pontos de referência como "perto da Sloper", "em frente à Sears", "ao lado do Metro", "ali onde ficava a Carreta", "na Montenegro", "no Postinho", "chope no RA", "colado na TV Rio", "sorvete como o do Morais", "noitada no Black" e tantos outros.

terça-feira, 7 de abril de 2020

METRÔ




 
A primeira tentativa de se estabelecer o metrô no Rio de Janeiro foi a do engenheiro Alvaro José de Oliveira que, em abril de 1911, requereu junto ao Conselho Municipal e ao Ministério de Viação e Obras Públicas, a autorização para construir uma linha férrea subterrânea por onde trafegariam locomotivas elétricas, ligando a Avenida Central (Av. Rio Branco) a Cascadura, com pontos de parada em todas as estações dos subúrbios da Central do Brasil. O projeto foi rejeitado no Conselho e também pelo Clube de Engenharia.
A Light, anos depois, propôs a construção de linha subterrânea de Botafogo até a Tijuca, denominada "transporte rápido", apresentada ao Prefeito Prado Junior, incluindo o projeto do "mergulho" dos bondes no Centro, visando ao descongestionamento daquela área.
Em 1947 houve estudo para tráfego mútuo do metrô com trens suburbanos da Central, mas foi vetado por Mendes de Morais.
Em 1968 o Senado autorizou o Governador Negrão de Lima a contrair empréstimo de 10 milhões de marcos na Alemanha para a construção do metrô carioca.
Em 1969 foram iniciadas as obras da primeira linha do metrô, inaugurada em 05/03/1979, no trecho entre a Praça Onze e a Glória, oferecendo cinco estações ao público, na Linha 1. (segundo Reis e Mendonça).
Resumindo: considerando que Buenos Aires teve sua primeira linha de metrô instalada em 1913, o Rio de Janeiro sempre esteve muito atrás neste quesito. E hoje temos praticamente uma “tripa” que só atende parcialmente às necessidades.

Pelas fotos podemos ver o que foi planejado e o que foi realizado no Rio. Os italianos têm um ditado “Dal dire al fare c'è di mezzo il mare”.


segunda-feira, 6 de abril de 2020

AEROBARCOS



 
Em notícia de primeira página o “Correio da Manhã”, em outubro de 1964, noticiava que a ISHIBRÁS lançou um protótipo de aerobarco ou barco hidrofólio, que permitiria a uma lancha velocidade de 70km/h já que o casco ficava acima das ondas. É o que aparece na primeira foto.
Naquela época já havia o funcionamento de outros aerobarcos pela Europa. Aqui demorou para a novidade se concretizar.
Em 1969 os jornais noticiaram que em março daquele ano estariam funcionando as ligações entre Rio-Niterói, Mangaratiba-Ibicuí-Ilha Grande, Angra dos Reis-Parati, além de circuitos da Baía de Guanabara-Ilha Grande-Sepetiba.
Estimava-se que a linha Rio-Niterói funcionaria nos dias de semana, num período de 12 horas. O primeiro aerobarco viria da Itália, com capacidade para 72 passageiros. Seria o Freccia di Rio (Flecha do Rio).
O período de experiência, de dois meses, começou em meados de maio, com o aerobarco partindo de Niterói para o Rio, levando 5 minutos para completar o percurso.
A partir daí tivemos idas e vindas no funcionamento de aerobarcos pela Baia de Guanabara, ora funcionando bem, ora com problemas.
Muito se falou em transporte aquaviário por aqui, como ligações também por mar aberto entre a Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Copacabana e Centro, mas por isso ou por aquilo não emplacou.
O nosso prezado comentarista GMA também já sugeriu que aqui no Rio fosse criado na Lagoa Rodrigo de Freitas um serviço como o dos “mouettes” em Genebra. Lá, quando você chega num hotel, você ganha gratuitamente o Geneva Transport Card (Cartão de Transporte de Genebra) e pode usar o táxi aquático “Mouettes Genevoises” para atravessar o Lago Leman. Os barcos partem a cada dez minutos, facilitando a viagem de um lado ao outro do lago.