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sábado, 13 de junho de 2020

CONCURSO SHERLOCK HOLMES



Há 10 anos o “Saudades do Rio” realizou o Concurso Sherlock Holmes, onde os comentaristas eram desafiados a identificar alguns locais do Rio de Janeiro. Era um tempo em que ainda não havia ferramentas de busca eficientes, como o "street view", o que tornava a brincadeira interessante.

Com a inestimável ajuda do Helio Ribeiro e outras fotos garimpadas em livros, os especialistas em Rio de Janeiro fizeram comentários e abrilhantaram o concurso. É claro que houve polêmica pelo horário de postagem das fotos, os critérios de atribuição de pontos, etc, mas foi um sucesso.

A primeira foto mostra a entrega dos prêmios em evento no Degrau, quando compareceram mais de 30 frequentadores do SDR, inclusive alguns que não se inscreveram no concurso, como a Dra. Evelyn, numa confraternização inesquecível.

A segunda foto mostra o diploma que o vencedor recebeu, diploma este uma obra de arte do Conde di Lido.

DIPLOMAS:
1º lugar: “Sherlock Holmes” = Andre Decourt – 67 pontos
2º lugar: “Columbo” = JBAN – 60 pontos
3º lugar: “Hercule Poirot” = Lino Coelho – 51,5 pontos
4º lugar: “Maigret” = Mauroxará – 41,5 pontos
5º lugar: “Adam Dalgliesh” = Menezes – 38 pontos

1º lugar entre as mulheres: “Miss Marple” = Valéria – 14 pontos

Último lugar: “Inspetor Closeau”

Demais participantes: “Menção honrosa”

PRÊMIOS:
• A Imprensa na História do Brasil – Oswaldo Munteal e Larissa Grandi
• Bastidores do Municipal – Bruno Veiga
• Flagrantes do Passado nº 2 – Rio Cidade Cosmopolita
• Rio de Janeiro – Um álbum da cidade feito por fotojornalistas
• Rio no Cinema – Antonio Rodrigues
• Rio, Capital da Beleza – Geza Heller, Bruno Lechowski e Peter Fuss

DEMAIS PARTICIPANTES:
Joel Almeida com 35 pontos
Rafael Netto com 27 pontos
Docastelo com 25,5 pontos
Francisco Amaral com 24 pontos
Marcelo Carioca com 19 pontos
Colaborador Anônimo com 18,5 pontos
Valéria com 14 pontos
Conde di Lido com 12 pontos
Wagner Bahia com 10 pontos
Afrânio e Ana com 8 pontos
Belletti, Derani e Senna com 7 pontos
Etiel, Milu, Oswaldo Mendez, Rapaz Sério e Vizinho da FAETEC com 6 pontos
Alex com 5,5 pontos
Daniel Brito com 5 pontos
Laerte, Ricardo Galeno e Sabe-Tudo com 4 pontos
Candeias, Christiano Avellar, Eliane Brandão, João Carlos, Lavra, Marcelo Almirante, Plínio e Tumminelli com 3 pontos
Antolog, Aurélio, Cristiano Marinno, Leandro, Luiz Flavio, M. Lobo, Marcio Valente e Renato com 2 pontos
Carlos Siqueira e Nalu com 1 ponto
Alcyone, Alice, André Mauricio, Bárbara Regina de Abreu, Caio, Evelyn, Francisco Carlos, Gilberto Negreiros, Gitano, GMA, Henrique Hübner, Jaime Moraes, Kátia, Leonardo, Manitu, Miguel, Milton Gomes, Paser, Pedro Cesar, Pgomes, Raposão, Roberto Nascimento, Rochacampos, Rômulo Lima, Sara, Sergio Veiga, Silvio, Waltinho e WHM não pontuaram.

Bons tempos!

sexta-feira, 12 de junho de 2020

PRAIA DO FLAMENGO

Praia do Flamengo anos 50. Vemos o bonde 2536 da linha 9 ARSENAL DE MARINHA - GENERAL POLIDORO cujo trajeto, segundo o Helio Ribeiro era, entre 1951 e 1955: Praça Mauá – São Bento – Conselheiro Saraiva – 1º de Março - Misericórdia – Santa Luzia - Luís de Vasconcelos - Augusto Severo – Largo da Glória - Russel - Praia do Flamengo - Tucumán – Senador Vergueiro - Praia de Botafogo – Rua da Passagem – General Polidoro - São João Batista (esquina de Mena Barreto).

A partir de 1955 esta linha tinha o seguinte trajeto: Arsenal de Marinha - D. Gerardo - Cortines Laxe - Conselheiro Saraiva - 1º de Março - Sete de Setembro - Constituição - Gomes Freire - Riachuelo - Mem de Sá - Largo da Lapa - Rua da Lapa - Rua da Glória - Largo da Glória - Catete - Marquês de Abrantes - Praia de Botafogo - Rua da Passagem - General Polidoro - Real Grandeza - Mena Barreto.   

Esta pista interna, em mão e contra-mão, devia ser um problema.      

Nesta foto, já publicada e colorizada pelo Nickolas, vemos a Praia do Flamengo também na década de 50, num dia de chuva. 

À direita vemos um bonde em direção ao Centro da Cidade. Na calçada, na parada de ônibus, uma senhora acompanha um menino na espera pela condução que o levará para o colégio. Estruturas de madeira protegem as árvores recém-plantadas. Os simpáticos bancos característicos da Praia do Flamengo parecem em bom estado. 

O prédio da esquina da Barão do Flamengo e Paissandu, é o Tabor Loreto, um dos primeiros, senão o primeiro, as ser construí o com um vão livre significativo.

À esquerda, no canteiro que divide as pistas, dois homens caminham e há um guarda de trânsito junto ao sinal com uma pequena proteção para o mesmo. A antiga mureta junto ao mar ainda está lá, firme e forte. O trânsito é reduzido. Difícil vai ser identificar o automóvel vermelho.


quinta-feira, 11 de junho de 2020

CENTRO - PRAÇA MARECHAL FLORIANO - ED. LAFOND

Estupenda fotografia garimpada pelo Marcos Cesar da Silva e publicada no FB Rio Antigo. Avenida Rio Branco. À esquerda, os edifícios nº 245 e nº 247. No centro da imagem, o Clube Militar, a esquina com a Rua Santa Luzia e o edifício Lafond. 
Antique photo on glass. Property of the Philadelphia Museums.

Vemos o bonde de registro 184, "Praia Vermelha", na Praça Marechal Floriano. O desvio para a direita, na foto, é para a Rua Evaristo da Veiga. À esquerda, na direção do poste com a faixa branca indicativa de "parada", a Biblioteca Nacional, concluída em 1910. O prédio do Supremo Tribunal Federal está encoberto pelo bonde. Ao fundo, as cúpulas do Clube Militar e do Edifício Lafond, que foram demolidos.

Todas as linhas de bonde que circulavam no Túnel Novo foram extintas em setembro de 1962, no Governo Lacerda, em razão do início da circulação dos ônibus elétricos.

Praça Floriano. Em sentido horário: À esquerda o "Mafuá" (terreno onde era o Convento da Ajuda, demolido em 1911), Palácio Pedro Ernesto (atual Câmara Municipal do Rio de Janeiro), Theatro Municipal, Palace Hotel, Jockey e Derby Club, Museu Nacional de Belas Artes, Biblioteca Nacional, Supremo Tribunal Federal (atual Centro Cultural da Justiça Federal), Morro do Castelo e, na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Santa Luzia, o prédios do Clube Militar e do Edifício Lafond. Magnífica fotografia de Malta por volta de 1920. 

quarta-feira, 10 de junho de 2020

AVENIDA ATLÂNTICA


O “post” de hoje é de uma estupenda pesquisa feita pelo prezado Maximiliano Zierer, um grande especialista em Avenida Atlântica.

Vemos o Palacete da família Dias de Castro, em Copacabana, na Avenida Atlântica com esquina de Rua Hilário de Gouveia, em foto de autor desconhecido, 1971.

O palacete de nº 2172 da Av. Atlântica pertencia ao engenheiro paulista Ernesto Dias de Castro, que também era proprietário do prédio de 12 andares e 23 apartamentos vizinho à sua casa, o edifício Dias de Castro. O casarão foi construído em 1922, em um projeto do professor, arquiteto e engenheiro Gastão da Cunha Bahiana, que projetou várias outras casas em Copacabana, além da Igreja Matriz Nossa Senhora da Paz em Ipanema.

Após a morte em 1978 da única herdeira, a filha Laura de Azevedo Castro Martins, a casa foi adquirida em fevereiro de 1981 pela imobiliária Sérgio Dourado por 640 milhões de cruzeiros, valor que incluiu o vizinho edifício Dias de Castro, sendo a casa finalmente demolida ainda no ano de 1981.

Até falecer, Dona Laura de Azevedo Castro Martins morava na casa com 5 empregados, mas depois de sua morte a conservação passou a ser feita por apenas um. Sem herdeiros, Dona Laura deixou a casa e o vizinho edifício Dias de Castro para três entidades filantrópicas: a Santa Casa de Misericórdia de SP, a Fundação Antônio Prudente (câncer) e a Cruzada Pró-Infância. O resultado da venda foi para elas.

Para uma cidade violenta como o Rio de Janeiro, no início dos anos 80 a casa já era bastante devassável e insegura. Da calçada era possível observar o que acontecia na grande varanda através de uma vulnerável cerca de madeira. O imóvel, que até a sua demolição estava muito bem conservado, era uma casa para o Rio de Janeiro de tempos atrás, quando a sua varanda era utilizada para saraus e bate-papos.

No lugar da casa foi construído o enorme e moderno edifício Avenida Atlântica que, com sua fachada toda em vidro fumê, possui apartamentos de 650 m2, sendo uma unidade por andar. Cada apartamento conta com uma piscina privativa, situada na varanda de frente para a Av. Atlântica.

Vale lembrar que até o início da década de 80, restavam apenas seis casas residenciais na Av. Atlântica: o palacete da família Dias de Castro, na esquina com a rua Hilário de Gouveia; a casa da família Dias Garcia (castelinho da Veplan), entre as ruas Santa Clara e Figueiredo de Magalhães; a casa da Zilda Azambuja Canavarro, mais conhecida como casa de pedras da Santa Clara; a “casa do Papa” na esquina com a rua Djalma Ulrich (ex-boate Help e atual local do inacabado Museu da Imagem e do Som), e no Posto 6 a casa rosa do Consulado da Áustria (entre as ruas Francisco Sá e Sousa Lima) e uma casa geminada que pertencia a Humberto Milano Junior, que ficava bem na esquina da rua Joaquim Nabuco.

Já no final da década de 80, restavam somente duas casas de pé na Av. Atlântica: a casa rosa do Consulado da Áustria e casa de pedras da Santa Clara. Finamente, no início do século XXI, ambas as casas foram demolidas (2013), e agora já não resta mais nada da gloriosa época dos elegantes palacetes da orla de Copacabana.

Texto e pesquisa: Maximiliano Zierer - fonte: Jornal do Brasil


Adicionei esta foto, do acervo do Tumminelli, para comentar sobre a data da foto principal. Vemos a região do Posto 6, talvez em 1971, com a pista antiga funcionando junto à pista nova perto da areia. Não sei informar por quanto tempo funcionaram juntas.

terça-feira, 9 de junho de 2020

IGREJA DE SÃO JUDAS TADEU




Vemos fotos relacionadas com a Igreja de São Judas Tadeu, no Cosme Velho.
Embora a Paróquia tivesse começado em 1945, desmembrada da Paróquia de N.S. da Glória, somente bem mais adiante foi iniciada a construção desta igreja.
O pároco, o famoso Padre Góes, que por baixo da batina sempre vestia uma camisa do Flamengo, comandava a arrecadação dos donativos para erguer o templo.
Com projeto de Benedito Calisto Netto a igreja foi construída e inaugurada em 28/12/1968.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

AVIÕES EM COPACABANA










Fotos repetidas para ilustrar o envio de um “link” para um “show” aéreo na Praia de Copacabana em 1960.

Deliciem-se com o filme garimpado pelo Tumminelli:




domingo, 7 de junho de 2020

RUA PRIMEIRO DE MARÇO



A Rua Primeiro de Março começa na Praça XV e termina na Ladeira de São Bento. Já teve os nomes de Praia de Manuel de Brito, Rua Direita, Rua Direita do Carmo para São Bento, Rua Direita de N.S. do Bonsucesso para São José e Rua Direita de São José para São Bento, Rua Direita de São José para Misericórdia.

Manuel de Brito Lacerda veio para o Brasil em 1562 e obteve várias sesmarias. Seu filho Diogo, em 1586, doou o morro e a prainha de Manuel de Brito para os padres da Ordem de São Bento.

O termo “Rua Direita”, que por três séculos vigorou, significava “rua direita em direitura a determinado ponto, caminho direto”, conforme a tradição vigente na toponímia urbana de Portugal, onde diversas cidades conservam ainda suas “ruas direitas” e, geralmente tortuosas, não existindo assim nenhuma contradição em chamar-se “direita” a uma rua torta (segundo Paulo Berger).

Com o conhecimento pelo povo do término da Guerra do Paraguai, no dia 01/03/1870, com a morte de Solano Lopes, em Cerro-Corá, começou a ser usada espontaneamente a denominação de Rua Primeiro de Março, o que foi confirmado pela Câmara Municipal em 13/05/1870, por proposta do vereador Joaquim Antonio de Araujo e Silva, depois Barão do Catete.