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sábado, 9 de maio de 2020

MERCADO DA CANDELÁRIA






O Mercado da Candelária foi construído em 1841 e durou até 1908. Ficava perto do Cais Pharoux, entre a Praia do Peixe, a Praça XV e a Rua do Ouvidor.

O projeto inicial foi de Grandjean de Montigny, mas sofreu modificações. Inicialmente tinha um só andar, mas depois foi feito o segundo andar.

Vendia-se peixe, legumes, cereais, frutas, hortaliças, aves e louças. Segundo P. Pamplona e I. Mota, embora proibido eram vendidos cabritos, porcos, veados, saguis, cutias e jacarés, além de passarinhos.

No início do século XX uma série de incêndios e reclamações com relação às condições insalubres, a Prefeitura decidiu pela construção de um novo mercado, o Mercado Municipal e o Mercado da Candelária foi demolido.

No local do antigo Mercado da Candelária ficam hoje o centro de convenções da Bolsa do Rio e o centro administrativo do Tribunal de Justiça.

Fontes: Gorberg&Fridman (Mercados do Rio) e Pamplona&Mota (Vestígios do Rio).

sexta-feira, 8 de maio de 2020

MERCADO MUNICIPAL





O Mercado Municipal substituiu o Mercado da Candelária como principal centro de abastecimento de gêneros alimentícios do Rio.  O local escolhido foi a Praia de D. Manuel, onde fora construído o novo cais, desde o Cais Pharoux até a Ponta do Calabouço.

As obras foram iniciadas em 1903 e o mercado foi inaugurado no final de 1907. Mas só foi aberto ao público em 1908.

Na década de 1950 resolveu-se demolir o mercado, o que aconteceu na década seguinte, sendo o que ali funcionava transferido para CADEG - Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara, no governo Carlos Lacerda.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

IGREJA DE SÃO JOSÉ


A igreja de São José teve origem numa pequena ermida erguida em 1608 e reconstruída em 1633, 1658 e 1725. Em 1807 foi decidido construir uma nova igreja, que foi terminada em 1842.

Ao lado dela está o Palácio Tiradentes inaugurado em 1926, no local onde se erguia a Cadeia Velha, demolida em 1922. Da Cadeia Velha saiu Tiradentes, em 1792, para morrer na forca. Esta é a razão pela qual o edifício construído para servir de sede da Câmara dos Deputados recebeu o nome do mártir da Independência. O projeto deste palácio é dos arquitetos Archimedes Memória e Francisco Couchet.


Em 1930, Getúlio Vargas ordenou o fechamento do Congresso Nacional, das assembleias estaduais e das câmara municipais. Em 1933 o Palácio Tiradentes foi reaberto e ali se instalou a Assembléia Nacional Constituinte. Em 1939 o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) passou a funcionar no Palácio Tiradentes, desocupado após o fechamento da Câmara. Em 1946 o palácio abrigou a Assembléia Nacional Constituinte. Em 1960, por motivo da transferência da Câmara de Deputados para Brasília, realizou-se a última sessão no Palácio Tiradentes. Neste ano instalou-se ali a Assembléia Legislativa do Estado da Guanabara, que se transferiu em 1963 para a antiga sede da Câmara Municipal, na Cinelândia. Quando da fusão, em 1975, o Palácio Tiradentes passou a abrigar a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. À direita a Igreja de São José, limite norte do falecido Morro do Castelo. O limite sul era a Igreja de Santa Luzia (foto do acervo de FFL). 




Vista da Praça XV em 1922. Em primeiro plano o antigo Paço Imperial, a antiga Cadeia Velha, a Igreja de São José e a Igreja dos Jesuítas ainda intacta no Morro do Castelo. Ao fundo aparecem a estação das barcas e, em construção, o Pavilhão das Indústrias, depois Ministério da Agricultura (foto do livro Belle Époque, de A. Bueno).


Foto do Acervo do Correio da Manhã mostrando uma procissão em frente à igreja de São José. Ao lado o antigo terminal rodoviário, que deu lugar ao Terminal Menezes Côrtes.


Mais uma foto do Acervo do Correio da Manhã.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

IGREJA SANTO ANTONIO DE LISBOA



A igreja de Santo Antonio de Lisboa fica em Vila Isabel, no alto do morro no final da Rua Teodoro da Silva.

Foi inaugurada no início do século XX. Acho que o nome completo é igreja de Santo Antonio e Bom Jesus do Monte.

Talvez os comentaristas que a conheçam possam dar mais informações.



terça-feira, 5 de maio de 2020

HOTEL DA LIGHT










 
A LIGHT construiu nos anos 20 do século passado um hotel para instalar funcionários solteiros. Era conhecido como Hotel dos Conductores e Motorneiros.
Ficava na Rua do Bispo nº 27, numeração da época, tendo sido inaugurado em 17/07/1927.
Suas instalações foram construídas em platôs acompanhando a elevação do morro situado na parte de trás do terreno (Morro do Turano).
Ele possuía, além dos dormitórios, banheiros e vestiários, refeitório, tinturaria, alfaiataria, oficina mecânica e elétrica, barbearia, enfermaria, etc. Os preços eram cobrados em função do posto do hóspede. O preço mais barato era para aprendizes.
Fotos da Revista da Light entre os anos de 1928 e 1932.
Texto e fotos de pesquisa feita pelo prezado José Alberto C. Maia, que gentilmente autorizou a publicação.
PS1: este hotel seria onde hoje em dia está instalada a Faculdade Estácio de Sá.
PS2: O “Correio da Manhã”, em 1929, noticiava que “Joaquim Vieira Pinto, de cor branca, 23 annos de edade, solteiro, portuguez, conductor da Light, de nº 1.534, residente no Hotel da Light, á Rua do Bispo, quando fazia a cobrança no carro em que viajava, no Largo do Pedregulho, caiu, recebendo ferida contusa no ante braço direito. A Assistencia soccorreu-o, tendo a victima, depois de medicada, se retirado para sua residencia.”

segunda-feira, 4 de maio de 2020

TÚNEL NOVO 7

Este é um antigo postal colorizado da coleção do Klerman Lopes, meu amigo e colega de turma cardiologista. Tem uma das maiores coleções de cartões postais do Rio. Provavelmente dos anos 50.

Olha o "mata-paulista" saindo do Túnel Novo. À direita, o Hospital São Zacharias e, à esquerda, a igreja de Santa Teresinha.


Uma vista aérea do lado de Botafogo do Túnel Novo, com a igreja, o Solar da Fossa e parte do posto de gasolina, à esquerda. Do outro lado o Hospital São Zacharias, o prédio onde funcionou o DASP e, acho, o Hospital dos Estrangeiros à direita, onde seria construída a Morada do Sol.

Foto do famoso húngaro Gyorgy Szendrodi, em 1970/1971.

E com nova foto do Szendrodi encerramos esta pequena série sobre o Túnel Novo, com as pistas já alargadas após a construção do Túnel do Pasmado, facilitando bastante a ligação entre Botafogo e Copacabana.
 
Agradecimentos ao Carlos P. L. de Paiva pelas fotos que geraram esta série, ao Andre Decourt por alguns textos, ao Nickolas e ao Conde de Lido pelas colorizações, aos comentaristas pela colaboração.

domingo, 3 de maio de 2020

TÚNEL NOVO 6

 
Vemos o lado de Botafogo do Túnel Novo, no final da década de 60. Anos depois o Rio-Sul veio substituir o Posto Esso (era de propriedade do Sr. Frederico C. Melo, proprietário de outros postos, inclusive do que abrigava a boate Fred's) e o Solar da Fossa. Por ali ficavam também as instalações da ASCB – Associação dos Servidores Civis do Brasil, perto do Canecão.
À direita, vemos ainda casas onde hoje estão os arranha-céus da "Morada do Sol". Ainda à direita podem ser vistos o prédio do DASP e, logo depois da Ladeira do Leme, o Hospital São Zacarias.

Ao fundo vemos a fonte Adriano Ramos Pinto no túnel do lado de Botafogo.
 
O fotógrafo está diante da igreja de Santa Teresinha.


 
Este é um dos anúncios da Morada do Sol, que ocupou o local onde funcionou o Hospital dos Estrangeiros até os anos 60. Considero que é um conjunto de prédios feio.

 
Outra foto da fonte Adriano Ramos Pinto, esta garimpada pelo Nickolas e já publicada. A fonte  foi inaugurada na Glória (mais precisamente no Largo Visconde do Rio Branco) em 1905 na presença do Presidente Rodrigues Alves.

A Casa Ramos Pinto, de propriedade do Sr. Adriano Ramos Pinto era uma pequena empresa em Portugal de vinho do Porto. Todavia no Brasil foi a pioneira na comercialização deste vinho fermentado com aguardente e, também, durante muitos anos a única que tinha representação no Brasil. O sucesso comercial foi extraordinário, sendo a expressão “Ramos Pinto” sinónimo de Vinho do Porto, inclusive este ultimo termo era quase desconhecido – se pedia um “Ramos Pinto”.
 
Acho que obiscoitomolhado já identificou os automóveis: "temos um Chevrolet 51-52, um Mercedes da mesma faixa e um Fusca. A mim, o óculo traseiro do fusca parece bem maior que o oval tradicional, o que jogaria o ano da foto acima de 57. não deu para distinguir o modelo exato do Mercedes, pode ser um 170S, ou uma 220. A Mercedes-Benz é uma 170S, a gasolina, produzida entre 1949 e 1951. Deu para ver as dobradiças da mala, externas e cromadas, que identificam o modelo, que não saiu a Diesel e nem com o motor 220. O Chevrolet, saia e blusa, é 1951 e o Fusca, de 57 em diante, com aqueles para-choques reforçados que foram lançados aqui."