Total de visualizações de página

sábado, 30 de setembro de 2023

DO FUNDO DO BAÚ: REFRIGERANTES

Lá pelos anos 50/60 o consumos de refrigerantes, na minha opinião, era relativamente pequeno. Acontecia, principalmente, em festas de aniversário e nos lanches de domingo. Nas cantinas dos colégios também havia venda de refrigerantes.

Em décadas vizinhas à mudança de século o consumo aumentou tremendamente, sendo quase diário para boa parte da população.

Curiosamente, hoje em dia, as novas gerações estão abandonando um pouco os refrigerantes, optando por bebidas como água de côco, mate, etc.

Abaixo vemos alguns dos refrigerantes em garrafas antigas.

Havia outros que eram vendidos em seu bairro?

Qual era o da sua preferência e com que frequência você bebia?








sexta-feira, 29 de setembro de 2023

ONDE É?

 Achei as fotos de hoje no Facebook. No final da tarde identificarei o Facebook e o seu autor.

FOTO 1

FOTO 2


FOTO 3

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

LAGOA - MONTE LÍBANO


Segundo um depoimento de José Feres Sauma, a independência do Líbano, em 1942, teria incentivado a comunidade a tomar iniciativas como a compra de imóvel na Rua Dona Mariana para embaixada (foto já publicada aqui no SDR), o aluguel da primeira sede do clube Monte Líbano na Av. Pasteur e a construção da Igreja Maronita de N.S. do Líbano, na Tijuca.
O clube Monte Líbano foi fundado em 12/09/1946. A sede era na Av. Pasteur nº 184. 



Projeto para a sede do Clube Monte Líbano na Lagoa, na década de 1950, autoria de João Khair e construída pela empresa do arquiteto Victor Henrique Pozas.

A atual sede está na Av. Borges de Medeiros nº 701, antigo nº 3472 da Av. Epitácio Pessoa, em terreno cedido pela Prefeitura do então Distrito Federal em 1953.

Foi inaugurada em 16/05/1957 pelo presidente Juscelino, sendo então prefeito do Distrito Federal o Sr. Negrão de Lima.


Aqui vemos, em foto dos anos 60, a posição do Monte Líbano quando ainda estavam no local as favelas da Praia do Pinto e da Ilha das Dragas. 


Imagem do "site" da Prefeitura/Patrimônio/APAC/Bens tombados


Clube Monte Líbano em 1960. Em pouco mais de quatros anos foi construída a sede do Clube Monte Líbano na Lagoa, em terreno doado pela Municipalidade carioca à colônia libanesa. Possuía, na época, quadras de tênis, basquete, vôlei, um pequeno campo de futebol, duas piscinas, playground, sauna, além do maior salão taqueado da América do Sul, em 1960.Em razão da suntuosidade de seu salão de festas, os bailes de formatura das mais importantes escolas superiores são ali realizados.

Foto Manchete.


Em foto da Manchete, dos anos 60, vemos uma das piscinas do Clube Monte Líbano.


Outro aspecto de uma das piscinas do Clube Monte Líbano.


Foto atual da fachada do Clube Monte Líbano na Lagoa.

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

1º CONCÍLIO RELIGIOSO BRASILEIRO

 

Esta foto foi publicada no “Rio de Fotos”, de nosso amigo Derani, em 2007. É do acervo do Silva e foi enviada por seu ilustre assistente Fidelino Leitão de Menezes, com o seguinte bilhete:

“Entre os acontecimentos de repercussão religiosa mais importantes do século XX no Brasil se destacou este Primeiro Concilio Religioso realizado em Julho de 1939.

Pela ocasião se reuniram na Capital da República um grande número de prelados transformando este Concilio em um belo movimento de fé religiosa sob a direção do Cardeal D. Sebastião Leme, então investido da alta função de legado do Papa. Nada menos do que 105 Bispos e Arcebispos congregaram-se no Rio de Janeiro.

Na foto acima podemos ver o altar na Esplanada do Castelo, onde foi dada a benção, por ocasião do encerramento do Concilio Episcopal.

Adeus meu Bravo Confrade. Transmita à sua esposa os meus mais "affectuosos" respeitos, além de uma farta e democrática distribuição de beijos pelos pequerruchos.

Seu,
F.L.M.”

Na foto vemos, segundo o Decourt, que o Ed. Mayapam, o famoso Bolo de Noiva, na esquina da Alm. Barroso, com Graça Aranha ainda está nos tapumes o que dá como certa a data de 1939. Ele engana muita gente, pois quase todos pensam que ele é um dos pioneiros por seu estilo arquitetônico, mas na realidade ele é o último do quarteirão, prédios como o Andorinhas, Novo Mundo, Ginástico Português são mais velhos. Ele foi concluído por volta de 1940/41 

Lembra-me o General Miranda que “O Vigário Geral expediu o seguinte aviso:

“De ordem de Sua Eminência Reverendíssima chamamos a attenção dos reverendos, vigários, reitores de egrejas, superiores religiosos e clero, em geral, para:

1º A começar de quinta-feira, 29 de junho, até domingo, todas as egrejas deverão repicar festivamente os sinos, ao meio-dia e á hora da Ave-Maria, não passando, porém, de 2 minutos.

2º No dia 16 de julho, desde o meio-dia até ás 20 horas, a não ser na zona rural, ficam prohibidas todas as funcções religiosas, reuniões de irmandades, associações, etc,. afim de que possam os fieis tomar parte na procissão do SS. Sacramento.

3º Os reverendos, sacerdotes, que acompanham seus prelados poderão obter de suas excellencias o uso completo das ordens nesta Archidiocese, durante o tempo do Concilio.”.

As funcções religiosas e as sessões solennes foram na Candelaria. Para esse fim, na Capella-Mór e no Presbiterio, foi armado o côro conciliar, com as respectivas cadeiras e genuflexórios, para os padres conciliares.

ATENÇÃO: não confundir este evento com o Congresso Eucarístico Internacional dos anos 1950.


No altar levantado na Esplanada do Castelo, para a bênção do Santissimo, o Núncio Apostólico, Dom Aloisio Mazella, eleva o Santissimo Sacramento, num dos mais empolgantes episódios do Concilio. Esta foto foi a capa de uma edição da "Revista da Semana".


Na Candelária, o Cardeal D. Sebastião Leme e outros cardeais. À época a influência da Igreja Católica era enorme no país. Milhares de pessoas, das mais simples às mais altas autoridades, participaram deste evento.


Notícia do "Correio da Manhã" dando conta do encerramento do Concílio. Nos anos seguintes, já sob o comando do Papa Pio XII, a Igreja iria enfrentar grandes problemas.

Dizem alguns que o Papa Pio XII, que liderou a Igreja Católica de 1939 a 1958, sabia do Holocausto desde o princípio e salvou pessoalmente ao menos 15 mil judeus, segundo afirmou o historiador alemão Michael Feldkamp, após reunir provas dos primeiros arquivos vaticanos, abertos em março de 2020 por ordem do Papa Francisco.

Por outro lado, o silêncio do Papa no que concerne ao nazismo leva a muitos historiadores e setores da comunidade judaica a considera-lo um cúmplice do Holocausto.

PS: considerações históricas serão admitidas, sem problema. Argumentos religiosos serão excluídos, nesta última questão.


terça-feira, 26 de setembro de 2023

MOTONETAS

Nos anos 50 e 60 eram muito comuns as motonetas Lambretta e Vespa nas ruas do Rio. Alguns sabiam as diferenças entre elas, outros não. Aí vão algumas dicas:

Tamanho da Roda: As rodas da Vespa são menores do que as rodas da Lambretta.

Tipo do Quadro: Lambretta tem um quadro de tubos, o que certamente a torna mais estável e guiável. Já a Vespa tem quadro mais flexível baseado na sua carroceria.

Posição do Motor: Vespa possui o motor lateral, posicionado de tal forma que acaba dificultando a dirigibilidade. Já a Lambretta possui o motor centralizado e dessa maneira deixa a scooter mais estável.

Garfo: Enquanto a Vespa tem um garfo monobraço, o garfo da Lambretta é convencional.

A Vespa é mais curta, tem a roda dianteira presa só por um lado, enquanto o garfo dianteiro da Lambretta prende a roda pelos 2 lados.

Uma característica que tanto Vespa quanto Lambretta tiveram era o pneu sobressalente, que no caso da Lambretta ficava geralmente em posição externa (na maioria das vezes, pendurado atrás), enquanto na Vespa o mais comum é ficar na lateral esquerda coberto por uma das carenagens laterais.

Hoje em dia há uma febre de bicicletas elétricas, ciclomotores, etc, que infernizam os pedestres e o trânsito em geral.


Anúncio da Lambretta na "Manchete Esportiva", no ano de 1958.


Renata Fronzi, artista, como garota-propaganda da Lambretta. Foto garimpada pela Conceição Araújo.


Vemos uma foto provavelmente publicitária. Na Vespa, que parece estar no Posto 6, defronte a um prédio "art-déco", o rapaz calça um elegante mocassim feito na loja Motta, em Copacabana, enquanto a acompanhante está com uma sandália havaiana, aparentemente destoando, mas essas sandálias eram um "must" na época.


Foto de G. Gafner. Enquanto os três brotos caminham em direção ao Arpoador, o cara da motoneta fica olhando um jogo de vôlei na praia. Deu mole!


No tempo em que ainda existia a Estação Radio-Telegráfica do Arpoador. Se lá no texto havia explicações sobre as diferenças entre Lambretta e Vespa, agora fica faltando citar as diferenças entre Dauphine e Gordini.


Foto garimpada pelo Nickolas. É de 1958. O garoto, todo feliz, ao lado das Lambrettas.


Vemos uma capa da revista "A Vitória Colegial", do Colégio Santo Inácio, na década de 50. A Lambretta é do inesquecível professor de Desenho Geométrico, Arthur Sette, falecido em meados dos anos 90. Em 1958, época em que foi meu professor, sofreu um grave acidente na Rua São Clemente, mas se recuperou. Foi um dos mais queridos professores de minha época no Colégio Santo Inácio e, segundo o Conde di Lido também lecionou com o mesmo sucesso no Colégio Andrews. Desconheço os alunos que estão nesta foto.

Segundo o Wilson Taranto, esta é a Lambretta modelo LD, 3 marchas, fabricada provavelmente em 1957 ou 1958. A LD foi fabricada até 1960, sendo em 1961 substituída pelo modelo LI que tinha 4 marchas. Todas até então tinham motor central de 150 cilindradas e eixo cardan. Em 1966 foi lançada a X 175, com 175 cilindradas, fabricada no Brasil em São Paulo pela Pasco Lambretta.

A Vespa também de origem italiana, fabricada pela Piaggio em Genova, no Brasil era fabricada em Santa Cruz. Aqui no Rio de Janeiro pela Panauto que tinha como seu principal distribuidor a Distribuidora Brasileira de Motonetas (DIBRAN), com matriz na Rua São José no centro da cidade e lojas em Botafogo, Copacabana e na Dias da Cruz. Seu motor realmente é na lateral direita, até 1962 eram 3 marchas, o estepe ficava atras do banco do carona e em 1963 passou para 4 marchas, o modelo M4, foi equipada com luz de freio e com isso o estepe passou para a frente, perto do pedal de freio traseiro, não tinha nem corrente e nem cardan, a transmissão direta para a roda. Foi fabriada até 1963 quando a Panalto pediu concordata com previsão de retornar em 1965 o que, lamentavelmente, não aconteceu. Tenho uma 1963 guardada, pois meu pai foi distribuidor em Muriaé-MG.


segunda-feira, 25 de setembro de 2023

AVIÕES NO RIO


Em fevereiro de 1937 chegou ao Brasil uma divisão de cruzadores ingleses, sob o comando do Almirante Mathews Best. Vieram os cruzadores Ajax, Exeter e York, o único que atracou no cais da Praça Mauá. Era comandado pelo capitão H.E. Morse.

A bordo, como vemos na foto, havia um aparelho aéreo anfíbio “Walrus”. 

Foto garimpada pelo GMA.


Esta foto foi publicada no “Voando para o Rio”, do JBAN, e foi enviada pelo Conde di Lido, acompanhada do seguinte e-mail:

"Meus amigos vejam o toque do PP-CJF na pista de JACAREPAGUÁ!!!!!! Devo dizer que tive o prazer de assistir isso "ao vivo" numa comemoração da Semana da Asa, época em que ainda trabalhava na saudosa Cruzeiro!!!!

Tocaram e arremeteram numa pista de 950 metros. Tinham o avião na mão.

Carlos A. Borchert"


O Douglas DC-3 com o Pão de Açúcar ao fundo. Foto "Última Hora".

Este avião chegou para a Varig logo depois de fazer fama na 2ª Guerra Mundial como C-47, um eficientíssimo transporte de tropas. Prestou serviços à empresa até 1969, voando para qualquer lugar que dispusesse de algo parecido com uma pista de pouso. Tem, até hoje, uma legião de fãs, que o consideram o melhor avião de todos os tempos.

Avião Samurai PP-SMJ, da Vasp. O NAMC YS-11, avião japonês, conhecido na VASP como "Samurai.

Em 23 de outubro de 1973, o NAMC YS-11 visto acima ao realizar o voo 012 na rota Rio de Janeiro - Aeroporto Santos Dumont para Belo Horizonte - Aeroporto Internacional da Pampulha, durante uma decolagem abortada a longo prazo na pista, caiu na Baía de Guanabara, onde dos 65 passageiros e tripulantes, oito passageiros morreram. O piloto teria acionado os freios, ainda na pista, ao perceber defeito nos motores. O resgate inicial foi feito pela equipe da Escola Naval, vizinha do aeroporto.


Hidroavião Clipper no Rio, em 1941, em foto de Hart Preston.


Não sei se estes automóveis, que em breve serão identificados pelos especialistas, estariam posicionados para assistir a uma “Corrida de Aviões”. Para a tradicional “Corrida de Submarinos”, que se realizava neste local, era ainda muito cedo.