Total de visualizações de página

sábado, 12 de novembro de 2022

ONDE É?


                                                 FOTO 1


                                                  FOTO 2


                                                  FOTO 3


                                              FOTO 4

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

COUZINET NO RIO


Hoje vamos falar de René Couzinet, engenheiro e projetista de aviões francês.

A foto mostra a sua lancha RC 125 nas águas da Enseada de Botafogo em 1946.

Já em 1928, ele registrou a patente para um aparelho não pensado por seus contemporâneos, o “hydrofoil”: uma asa sob a água usada para levantar o casco do barco até que ele esteja totalmente fora da água.

Logo após a 2ª Guerra Mundial ele trouxe a RC 125 para o Brasil. Mas o projeto não foi adiante por ser muito caro, tanto para a construção, quanto para a manutenção. Além disso, as potenciais vendas para a América do Sul e África falharam porque muitos rios destas regiões não permitiriam operações seguras.


Nascido em 1904 na França, Couzinet era engenheiro aeronáutico e construtor de aviões.

Um de seus grandes feitos foi projetar um avião comercial transatlântico, um trimotor, muito adiante de sua época. Em março de 1928 o “l´Arc-en-Ciel” foi apresentado à Imprensa. Um monoplano com asas grossas, trimotor (os motores eram acessíveis e reparáveis durante o voo), com raio de ação de 10 mil quilômetros, podia voar a 260 km/h.

O terceiro desta série “Arc-en-Ciel”, de 1933, já tinha 30 metros de envergadura, três motores de 650 CV cada um, um raio de ação de 11 mil quilômetros e velocidade máxima de 285 km/h.

Junto com Mermoz planejou a primeira ligação com a América do Sul. Decolou em 07/01/1933 de Bourget em direção a Mauritânia, Senegal, para depois atravessar o Atlântico, chegando a Natal, Rio de Janeiro e Buenos Aires, com cinco membros na tripulação, percorrendo 12600 km em 56 horas, com média de 225 km/h.

O "L´Arc-en-Ciel" foi o primeiro avião a conseguir a dupla travessia do Atlântico Sul.

O “Correio da Manhã” registrou que “a chegada do “Arc-en-Ciel” na capital, depois de realizar um dos mais arrojados feitos aviatórios, saltando sobre o Atlântico da costa africada a Natal, em apenas 16h27min, é um acontecimento em torno do qual gravitam os comentários mais lisonjeiros da nossa população entusiasmada, que fez dele o assunto obrigatório de todas as palestras”.

 

Em 15 de maio retornou à França, lá chegando em 21 de maio, após alguns contratempos, sendo recebido triunfalmente por 15 mil pessoas.

Foto da chegada na França.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

AVENIDA ATLÂNTICA


 Vemos a Avenida Atlântica dos anos 60. Havia horários em que era mão-dupla e horários em que a mão de direção era única para o Leme ou para o Posto 6.

O fusca vermelho está bem em frente à "Casa do Vaticano".

Notar como os prédios ficavam perto da areia e como a calçada era estreita.


Detalhe da foto anterior. Este trecho do Posto 5 era um dos que mais sofria na temporada de ressacas. Ao fundo vemos o prédio da saudosa TV Rio.


Detalhe da primeira foto. Vemos lá no fundo o prédio do Hotel Miramar, que tinha um ótimo terraço. Ali se podia beber tranquilamente, ao som das gostosas músicas da época.

E, logo antes do hotel, o Posto Texaco que durante muitos anos resistiu à especulação imobiliária.



Nesta foto colorizada pelo Nickolas vemos o também simpaticíssimo bar na varanda do Hotel Miramar e, do outro lado da rua, o Posto Texaco.


Outra foto do Hotel Miramar e do Posto Texaco na antiga Av. Atlântica. Destaque para o Standard Vanguard  1953.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

BARCA DE AUTOMÓVEIS NA BAÍA DE GUANABARA

Na primeira metade do século XIX começou, de forma mais organizada, o transporte de barcas entre Rio e Niterói. Mais tarde, a travessia feita pela Companhia Ferry começou em 29 de junho de 1862, com três barcas norte-americanas, providas de grandes rodas, com duas proas e capacidade para 300 pessoas, podendo ainda levar carruagens e seus animais.

As barcas eram denominadas "Primeira", "Segunda" e "Terceira, sendo que a família Imperial, na viagem inaugural, tomou assento na "Segunda".



Esta é uma das fotografias que mais circulam pela Internet, geralmente sem o devido crédito. Foi publicada pela primeira vez em 07/07/2007 no "Saudades do Rio", do Terra, e é de autoria de meu amigo Don Manolo. Foi transferido pela empresa em que trabalhava para o Rio e por aqui está desde 1972. Mesmo aposentado continua a viver metade do ano por aqui, pois é apaixonado pela cidade. Era o proprietário do Corcel marron.


Antes da inauguração da Ponte Rio-Niterói, na década de 70, os carros cruzavam a Baía da Guanabara nessas barcas. Em feriados e fins-de-semana, nos horários de pico, formavam-se filas quilométricas, com algumas horas de espera. A alternativa era fazer a volta por terra, via Magé, percurso longo e desconfortável.  


Foto do acervo do "Saudades do Rio - O Clone". A travessia da barca não durava muito, mas as longas filas de espera proporcionavam a chance de uma "paquera".
O carro é um Chevrolet Impala 1959.
Fuscas funcionando como táxi, como o que se vê na foto, deram muito trabalho para mim e para os cirurgiões buco-maxilo-faciais do Souza Aguiar. Era  um absurdo terem sido autorizados a trafegar assim.


Outro dia li que até o final dos anos 50 havia barcas de automóveis para Paquetá. Alguém pode confirmar esta informação?

Helio, a placa começa com um "S" ou é ilusão?

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

TRÂNSITO NO TÚNEL DO PASMADO


O Túnel do Pasmado foi projetado em 1938 pela Comissão do Plano da Cidade, chefiada pelo Eng. José de Oliveira Ries, porém só foi concluído em 1952. Consta que foi o primeiro túnel no mundo projetado por uma mulher, a engenheira Berta Leitchick.

O trânsito pelo túnel, em muitas ocasiões em mão-dupla, às vezes era tranquilo e às vezes aconteciam graves acidentes.

Nesta foto, colorizada pelo prezado Conde di Lido vemos a boca do túnel que dá para o campo do Botafogo (à esquerda) e para a bela casa (à direita), onde funciona a Escola Eleva. O belo prédio foi projetado pelo arquiteto Francisco Joaquim Bethencourt da Silva (1831-1912). Ali, inicialmente, funcionou a Fundação do Recolhimento das Órfãs, uma instituição da Santa Casa de Misericórdia. Depois funcionou o Colégio Anglo-Americano, seguido da Casa Daros.  

Segundo o Jason, quanto aos automóveis, temos:

NAS PISTAS SENTIDO MOURISCO: (esquerda para direita)

Citroën 11 (é o mais perto do meio-fio, com as “divisas de cabo” na grade); o pequeno esportivo é um MG TD; na frente do MG, já entrando no túnel, um Chevrolet 38 (provavelmente, carro de praça); a traseira de carro que aparece dentro do túnel (canto inferior direito da foto) parece de um Chevrolet 53;

NO SENTIDO COPACABANA: (esquerda para direita)

O carro mais claro é um Ford 1949; os dois carros logo ao lado do Ford são Chevrolet (provavelmente 1946-1948).

 

Já nesta fotografia colorizada pelo Nickolas Nogueira, vemos mais um dia de trânsito tranquilo.  Segundo nosso especialista Rouen os automóveis que aparecem são: Standard Vanguard, Fiat 1100, Fiat, Citroën e Pontiac (à direita). Segundo o Andre Decourt as luminárias do túnel são da GE, quando ainda eram as originais, usadas em vários túneis.  A construção que se vê ao fundo é a antiga sede do Botafogo. É uma construção com um primeiro pavimento bem baixo, quase como um porão habitável e um segundo andar com grandes janelas ou portas, com um telhado de ardósia ou cobre no estilo dos anos 10 e 20 e quatro torretas.


Foto garimpada pelo Nickolas. Vemos o Túnel do Pasmado com sua entrada ao lado do campo do Botafogo. A favela que se vê no Morro do Pasmado foi erradicada em 1964, com seus moradores sendo removidos para a distante Vila Kennedy, perto de Bangu.   

Quanto aos automóveis podemos ver um táxi Chevrolet vindo e um Hudson indo. Havia ali uma passagem subterrânea, que não sei se, já naquela época, era segura para se passar. 

As fotos em P&B são da “Última Hora” e foram publicadas no saudoso “Saudades do Rio – O Clone”. Este ótimo fotolog que foi criado pelo A.D. – Administrador Desconhecido (que não é o Andre Decourt, mas outro conhecido comentarista dos velhos tempos) teve, inicialmente, a motivação de substituir o “Saudades do Rio” original durante meu período de férias. Fez tanto sucesso que continuou na ativa mesmo quando voltei das férias. 



Pesquisando nos exemplares da “Última Hora” na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, consegui mais informações sobre este acidente.

Nada menos que 12 automóveis se chocaram em 25/03/1953, às 23 horas, no Túnel do Pasmado. Entre os veículos estava o que servia ao Deputado Gustavo Capanema, placa 9-09-19 e o de placa CD-27, da embaixada holandesa, que serve ao Sr. Teline Schurman. Ambos ficaram bastante avariados.


Dado o número de carros envolvidos julgava-se que muitas pessoas estivessem feridas. Mas foram apenas três, sendo que só duas tiveram que ser medicadas no Hospital Miguel Couto e, felizmente, com lesões leves.

A causa, segundo o jornal, foi em razão da circulação pelo túnel de muitos veículos coletivos que são abastecidos por óleo cru. Por falta de manutenção adequada o óleo vaza e fica emplastrado no piso, constituindo perigo.

O acidente foi causado pela freada brusca de um carro com destino a Copacabana e que ficou rodopiando. Os demais veículos que vinham na sua retaguarda colidiram uns com os outros.

Os carros envolvidos e que sofreram avarias foram os de placas: 2-70-93, 16-62-40, 10-45-28, 14-52, 4-77-54, 11-99-71, 3-31-73, 3-12-46, 3-61-61, 9-09-19, 3-65-47 e CD-27.

PS: a formatação do blogger às vezes tem vontade própria e não consigo colocar todas as legendas da mesma forma.