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sábado, 2 de dezembro de 2017

DO FUNDO DO BAÚ: QUEM SÃO?


 
Hoje é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”.
E de lá saem estas duas fotografias para os comentaristas identificarem as pessoas.
O júri do Programa Flávio Cavalcanti não me parece difícil. São todos bem conhecidos e com atuação durante muito tempo neste programa.
A outra foto mostra um grupo de atrizes/vedetes visitando a redação do Correio da Manhã.
PS: o que faria aquele painel da Loteria Esportiva ao fundo, na foto superior?

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

ESPLANADA


 
As fotos de hoje mostram a Praça do Expedicionário, criada em 1947, na Esplanada do Castelo. Anteriormente conhecida como Praça do Castelo, situa-se na Av. Presidente Antonio Carlos, em frente às avenidas Nilo Peçanha e Almirante Barros. Alguém sabe informar a razão deste avião estar aí?
Neste local foi construído o primeiro estacionamento subterrâneo do Rio.  Depois, salvo engano, virou garagem privativa dos desembargadores e seus assessores, pois a garagem antiga do Forum, no térreo da Rua Dom Manoel, não era suficiente, após a construção e ocupação do prédio do Tribunal de Alçada e do Tribunal de Justiça.
O belo prédio visto nas duas fotos era o do Ministério da Agricultura, projeto de Morales de los Rios, construído em 1922 para ser o Pavilhão das Indústrias na Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil, foi demolido nos anos 70. É de se lamentar a demolição deste prédio com estilo eclético.
A Av. Antonio Carlos é de uma grandiosidade inútil, pois termina da estreita e colonial Rua Primeiro de Março. As avenidas Almirante Barroso, Nilo Peçanha, Araujo Porto Alegre e Graça Aranha estão completamente ocupadas por carros, camelos e vans, transformando aquilo em um caos diário.
Vemos também o Monumento ao Barão do Rio Branco. Homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco, o monumento foi confeccionado em Paris, pelo escultor francês Félix Maurice Chapentier, amigo do chanceler brasileiro. O trabalho original de Charpentier, em mármore de Carrara, hoje sob a guarda do Itamaraty, reproduz o Barão do Rio Branco com extraordinária semelhança, em estátua de 4 metros de altura por 2 metros de diâmetro. O monumento tem 31 metros de altura e representa o Barão do Rio Branco em frente a um marco de fronteira, símbolo de sua obra de demarcação e caracterização dos limites do país. A estátua é cópia fiel, em bronze, do trabalho de Charpentier.
Acima da cabeça está esculpida o contorno do Brasil, no granito do marco. Nas laterais, dois altos-relevos em bronze representam a entrega dos laudos de Washington, relativos à decisão do contorno das fronteiras na região das Missões, e dos laudos de Berna, relativos à fixação das fronteiras no Amapá. Dois escudos estão reproduzidos no monumento: as armas do Brasil e as do Barão do Rio Branco. Na parte posterior da base, estão representados os rios Amazonas e Uruguai e, acima desses grupos, a figura da História (não sei citar a origem das informações sobre o monumento).

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

BLIMP NO RIO



 
No tempo dos fotologs do Terra sobre o Rio Antigo entre os que se destacavam havia o “Voando para o Rio”, do JBAN. Ali todos aprendemos muito sobre as viagens do Graf Zeppelin e do Hindenburg,, além de muitas fotos e comentários sobre aviões que passaram pelo Rio no século passado.
Pois hoje o “Saudades do Rio” aproveita estas fotos para fazer uma homenagem ao “Voando para o Rio”.
Vemos um dirigível americano, da U.S. Navy, no Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, em Santa Cruz, em novembro de 1943.
Veio sob o comando do oficial G. D. Zurmuchlen e pilotado pelo tenente J.W. Rose, tendo feito uma viagem direta de Caravelas (BA) ao Rio, onde ficou por cinco dias. O "Blimp", nome pelo qual são conhecidos os dirigíveis desse tipo, iniciou o serviço de patrulhamento do Atlântico Sul, estando perfeitamente aparelhado para esse fim.
A U.S. Navy operou no Brasil de 1943 a 1945, com dois esquadrões de Blimp em missões de patrulha anti-submarina. Os “Blimp” K-110 ficaram baseados no esquadrão ZP-42, em Santa Cruz, usando o antigo hangar do Graf Zeppelin como quartel-general operacional. Voava com um grupo de combate de 10 homens. Carregavam também cargas de profundidade, radar aerotransportado, metralhadora calibre 50, rifles, armas de mão, paraquedas e engrenagem de detecção submarina. A missão era escoltar os comboios de navios mercantes, ao longo da costa do Brasil,  o que fizeram com sucesso.
No dia seguinte à chegada ao Rio, este “Blimp” das fotos de hoje sobrevoou o Jockey Club Brasileiro onde se realizava o GP Getúlio Vargas.
Após este tempo no Rio o “Blimp”, além do patrulhamento marítimo, fez salvamentos pelo país, como o de 22/12/1943 no Amapá, onde caiu um transporte aéreo norte-americano.  Em 1944, em fevereiro, socorreu as vítimas de um avião militar que caiu perto de Igarapé-Assú.
Em julho de 1944, no Rio, atendendo ao convite do comandante Dodd, chefe da missão naval norte-americana, o presidente Getúlio Vargas aquiesceu em realizar o seu primeiro voo num "Blimp". O chefe do governo estava acompanhado do titular da Aeronáutica, do chefe do Estado Maior, do chefe da Missão Naval Americana, comandante da 3ª Zona Aérea, comandante da base e do comandante Mata, seu ajudante de ordens.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

NAUFRÁGIO DA "SÉTIMA"




 
O transporte regular aquaviário na Baía de Guanabara foi iniciado em 1853, com a criação da Companhia de Navegação de Nichteroy, empresa privada que fazia o transporte de passageiros entre Rio e Niterói utilizando três embarcações. Esta empresa foi sucedida pela companhia FERRY, criada em 1862, depois substituída pela Companhia Cantareira e Viação Fluminense, fundada em 1869, com o objetivo de transportar além de passageiros, cargas e veículos. Em 1946, a Frota Carioca assumiu o controle acionário da Cantareira e, dois anos depois, a Frota Barreto passou a controlar a Cantareira e a Frota Carioca. Em maio de 1959, um ciclo de greves, em função da disputa por maiores subsídios governamentais e aumentos de tarifas, provocou uma reação violenta da população, que depredou a Estação de Niterói, o estaleiro e até a residência dos proprietários da empresa. O então presidente da República Juscelino Kubitsckek desapropriou os bens da Frota Barreto, passando-os para o controle da União. (in A Revolta das barcas - Populismo, violência e conflito político, de Edson Nunes, editora Garamond, julho 2000).
As fotos de hoje (a primeira de uma viagem “normal” e as outras no dia do acidente e subsequentes) são sobre a barca “SÉTIMA” e sobre um dos piores acidentes da história das barcas Rio-Niterói. Em de 26 de outubro de 1915 o naufrágio da “SÉTIMA” matou 27 estudantes e 1 professor do Colégio Salesiano de Niterói, que faziam um passeio ao Rio de Janeiro. O professor salvou muitas vítimas, mas ao final ele mesmo não sobreviveu. O motivo do passeio foi uma solenidade no Palácio São Joaquim, presidida pelo Cardeal Arcoverde.
O acidente ocorreu por colisão contra uma pedra perto da ilha de Mocanguê, na viagem de volta. Havia mais de 300 pessoas a bordo. A “Sétima”, recuperada tempos depois, voltou ao serviço de tráfego entre Rio e Niterói.
Investigações, segundo jornais da época, deram conta de que Januário de Souza, o mestre que conduzia a barca, era indivíduo morigerado, que não se dava ao vício da embriaguez. Alegou o mestre em sua defesa que, seguindo pelo canal de Mocanguê, em boa rota, foi intimado pelo destroier “Rio Grande do Norte” a passar ao largo, vendo-se forçado a passar sobre a ponta do baixio, onde a barca bateu numa unha de ferro ou casco de qualquer das embarcações ali submersas.
Entretanto, até onde pude descobrir, o inquérito condenou o mestre Januário por imprudência e imperícia.
 

terça-feira, 28 de novembro de 2017

BOMBA-AUTOMÓVEL

 
A foto de hoje foi garimpada pelo Gustavo Lemos em edição da revista Fon-Fon. Mostra uma demonstração da bomba-automóvel para incêndio Knox, em Botafogo, na Avenida Beira-Mar, em 1912.
Relato do “Correio da Manhã” de 27/03/1912 dá conta que "O Sr. Humberto de Lima, representante no Rio da fábrica de automóveis Knox, fez funcionar perante a oficialidade do Corpo de Bombeiros a bomba Knox, deixando todos impressionados. Após a demonstração dos complicados mecanismos da aludida bomba, o Sr. Humberto conduziu-a para a Avenida Beira-Mar, onde, na presença dos representantes da Imprensa- fê-la funcionar. Diante do que viram, os rapazes da Imprensa ficaram deveras entusiasmados.
A bomba, apesar do vento contrário que soprava, lançou para o lado do mar, com o esguicho central, uma coluna d´água que se elevou a pouco mais ou menos 80 metros, o jato mais alto a que temos assistido. Depois, o representante da fábrica Knox fez funcionar os esguichos laterais, com ótimo resultado. Felicitado por todos pelo sucesso da experiência da bomba Knox, o Sr. Humberto de Lima ofereceu às pessoas que a ela assistiram um copo de cerveja".
Poucos dias depois, no Quartel-General dos Bombeiros, uma segunda experiência foi realizada pelo Sr. Humberto. Na presença do Coronel Souza Aguiar, comandante do Corpo, do Coronel Cunha Pires, inspetor, de oficiais e representantes da Imprensa, foi feita uma nova demonstração da bomba Knox, agora comparando-a com as do fabricante inglês Meryweather, até então utilizadas no Corpo de Bombeiros. Nesta experiência a bomba Knox lançava o jato mais alto, mais forte e mais uniforme que a concorrente. Na experiência à distância houve pouca diferença. Entretanto, as autoridades ficaram alarmadas com o preço da bomba Knox.
Contudo, face ao relato a seguir, de 1913, deduzimos que, afinal, foram compradas as bombas Knox:
"Momentos depois ouviu-se o tantanar das carroças do Corpo de Bombeiros que, precedido da sua velocíssima bomba-automóvel, passaram correndo para atender ao chamado de incêndio".
 

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

RUA REAL GRANDEZA



 
As fotos de hoje mostram a Rua Real Grandeza no seu trecho entre o Túnel Velho e as ruas General Polidoro/Pinheiro Guimarães. Curiosamente, embora sejam de décadas diferentes, a rua sempre está em obras ou precisando delas. Via importante para a ligação entre Botafogo e Copacabana, passou por diversos alargamentos em sucessivos planos viários.
Na primeira foto vemos o bonde 14, o famoso “Gosório”, com uma estranha abreviatura no título (PR. GENal. OSORIO), vindo de Copacabana em direção ao Centro da Cidade. Os passageiros que vinham de Ipanema ou Copacabana tinham acabado de pagar a "segunda seção" ao condutor. A "primeira seção" ia de Ipanema (Teixeira de Melo) até o primeiro ponto após o Túnel Velho, em frente a uma grande loja de flores (ali se faziam as coroas que ornamentavam os caixões).
Como o bonde estava vazio e pelas sombras suponho que já fosse o meio da manhã e os alunos do Santo Inácio, do Jacobina, do Anglo-Americano, do Santa Rosa de Lima, do Imaculada Conceição, do Andrews e demais colégios de Botafogo já estavam nas salas de aula.
A Real Grandeza era uma típica rua em que se colocavam os automóveis sobre os trilhos de bonde para evitar a trepidação dos paralelepípedos. O problema era nos dias de chuva, pois a chance de derrapar era grande, além do risco de rasgar o pneu em caso de irregularidade nos trilhos.
A primeira foto é do final dos anos 50, quando já tinha sido feito um alargamento da rua que, originalmente, se destinaria à duplicação do Túnel Velho em galerias paralelas (isto não se concretizou, tendo sido feito, então, um túnel sobre o outro).
Este trecho da rua atualmente abriga algumas concessionárias de automóveis, além de um antigo prédio de 7 ou 8 andares, o de nº 372, de apartamentos mínimos, na esquina da Rua Aníbal Reis. Outra rua deste trecho é a Diniz Cordeiro, onde ficava o consultório do famoso pediatra dos anos 50, o Dr. Natalício.
A segunda foto é dos anos 60 e a terceira é dos anos 70.
Dizem que uma vantagem para os moradores desta área é o fato da vizinhança ser muito silenciosa...

domingo, 26 de novembro de 2017

ESTÁTUA DO BELLINI



 
Na primeira foto vemos Bellini, Gilmar e Nilton Santos logo após a conquista do 1º campeonato mundial de futebol para o Brasil, em 1958, na Suécia.  A “caneco” é a Taça Jules Rimet.
Por volta de 1960 surgiu a ideia de homenagear os campeões do mundo com um monumento na entrada da arquibancada do Maracanã, que dá para a Avenida Maracanã.
Na segunda foto vemos o projeto do que ficaria conhecida como a “estátua do Bellini”, capitão daquela seleção e que eternizou o gesto de erguer a taça com as duas mãos.
A terceira foto mostra o dia da inauguração, aparecendo nela o jornalista Mario Filho (diretor do Jornal dos Sports), o empresário Abrahão Medina (do Rei da Voz, patrocinador do programa “Noite de Gala”) e o presidente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) João Havelange.
Há muita controvérsia se o modelo é mesmo o Bellini, mas o “povão” passou a considerar que a estátua era mesmo do Bellini.
Hoje em dia serve de ponto de encontro para a torcida e é imortalizada em fotos que os milhares de turistas fazem diariamente neste que foi “o maior do mundo”.