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sábado, 7 de agosto de 2021

POSTO 6


 Em colorização acho que do Conde di Lido vemos o antigo Posto 6 em Copacabana em seu modelo clássico. O pequeno bar no térreo onde se vendia cachorro-quente e o guaraná caçula da Antarctica. 

O relógio que era fundamental na época que poucos iam com um para a praia  No alto ficavam hasteadas as bandeiras do Corpo de Salvamento  

Até os anos 70 cada posto servia como referência. Hoje, com a mudança de localização deles, isto se perdeu parcialmente. E o próprio Posto 6 desapareceu.

Este da foto ficava perto do campo do Lá Vai Bola  



quinta-feira, 5 de agosto de 2021

VOANDO PARA O RIO

Relembrando o "Voando para o Rio" do JBAN: Foto de Ferreira Júnior, enviada por seu afilhado Sidney Paredes, vemos o momento de desembarque dos passageiros do dirigível Graf Zeppelin. O destaque da imagem é a grande multidão que se aproxima do enorme dirigível (cerca de 200 metros de comprimento) para receber passageiros, mas a grande parte estava mesmo movida pela curiosidade de observar a grande nave, que horas antes havia sobrevoado toda a cidade. Acervo Decourt.

Vemos o Graf Zeppelin - LZ127 sobrevoando o centro da cidade. A foto é da edição da revista "Careta" de 31 de maio de 1930 e mostra o Zeppelin sobre a cidade em 25 de maio de 1930. Foi a primeira viagem entre a Alemanha, de onde decolou de Friedrichafen no dia 18 de maio, e a América do Sul. Após pousar em Recife no dia 21, chegou ao Rio no dia 25, onde pousou no Campo dos Afonsos. 

O primeiro pouso foi no Campos dos Afonsos, que funcionou como como Zeppelinódromo até a inauguração do Aeródromo Bartolomeu de Gusmão, em Santa Cruz. 


Os alemães construíram o campo de pouso de 80 mil metros quadrados em Santa Cruz, onde edificaram um hangar de 270 metros de comprimento, cinquenta de altura e outros cinquenta de largura. Recebeu o nome de aeroporto Bartolomeu de Gusmão, atual Base Aérea de Santa Cruz. No local instalaram-se, ainda, uma fábrica de hidrogênio para abastecer os dirigíveis e uma linha ferroviária, ligando-o à estação D. Pedro II. Colorização de Reinaldo Elias.

O Graf Zeppelim operou durante 10 anos sem registro de acidentes. A foto mostra o interior de um deles.


 A viagem devia ser um espetáculo. O sobrevoo a baixa altura das diversas cidades do trajeto, o luxo e conforto do aparelho tornavam o voo uma experiência única. 

ESCOLA AMERICANA

A Escola Americana do Rio de Janeiro foi criada em 1937 por indivíduos, corporações e pela Câmara de Comércio Americana. Funcionou inicialmente numa pequena casa em Ipanema, na Av. Vieira Souto nº 552, mudando-se para o Leblon em 1940, indo aumentando aos poucos neste local com novas construções no terreno. Em 1966 mudou-se para a Estrada da Gávea. O campus da Gávea, como conhecido atualmente, foi aberto em 1971. É considerada uma escola de elite e uma das mais caras do Rio.

As duas primeiras fotos são da segunda sede. Este terreno ficava na Rua General Urquiza nº 223. Podemos ver que algumas ruas já estão urbanizadas, como a própria Gal. Urquiza, que já conta inclusive com iluminação pública e a Rua Dias Ferreira, com seus trilhos de bonde. mas a rua Gal. Venâncio Flores, no topo da imagem aparentemente não possui nem rede elétrica. A rua à direita seria a Desembargador Alfredo Russel.

Vemos como na década de 40 a cidade ainda não tinha chegado ao fim da Zona Sul. E esta é uma das áreas mais antigas do Leblon, sendo a Rua Dias Ferreira parte da Travessa do Pau, continuação da Rua do Sapé, que ligava o Largo das Três Vendas na Gávea às encostas do Morro Dois Irmãos nos séculos passados, e por onde chácaras, comércio, e os bondes foram se espalhando nos séculos XIX e XX.

A Escola Americana abriu uma sede também na Barra da Tijuca. E a sede da Gávea tem sofrido com o ambiente de risco causado pelo aumento da área da Rocinha que vem descendo pelo morro na parte da Gávea.


Todos os anos é publicado um livro de final de ano da Escola Americana, com fotos dos alunos, professores, diretores, etc.  Esta bela foto consta da contracapa do livro de 1951.


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

PROJETOS

Projetos delirantes foram feitos e felizmente não executados para Copacabana e Leme. Nesta foto do acervo de Monsieur Rouen vemos um deles, dos anos 70. Para o Rio de Janeiro grandes projetos, grandes obras e viadutos. Temos aqui um estudo do arquiteto Pedro Rossi Neto para o centro turístico do Leme. Pode-se observar correndo pelo lado esquerdo uma série de viadutos indo em direção à Praia Vermelha e ao centro da cidade. Esta foi mais uma tentativa de aumentar o turismo e efetuar grandes projetos para o Rio de Janeiro. A ideia fazia parte de um estudo para construção de centros turísticos nas áreas dos fortes São João, do Leme e de Copacabana. 

Foto do acervo do Tumminelli. Este projeto do Governo Negrão de Lima seria uma continuação da duplicação das pistas da Avenida Atlântica terminada no início da década de 70. O trajeto viria desde o Recreio dos Bandeirantes, passando pela Barra, Leblon, Ipanema e Copacabana. Esse túnel iria entrar pela Pedra do Leme e terminaria na Praça General Tibúrcio, na Praia Vermelha. O objetivo principal era desafogar o trânsito oriundo de Leblon e Ipanema e também desafogar o Túnel Novo. Provavelmente foi vetado pelo Exército. 


Nesta foto-montagem mostrada no livro "Le Corbusier", editado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, vemos um projeto ("auto-estrada habitada") de Le Corbusier (cujo nome era Charles Édouard Jeanneret). Este projeto, apresentado na década de 30, criaria o "Viaduto Habitável", interposto na cidade existente. Na foto-montagem vemos o edifício-viaduto / auto-estrada no trecho Copacabana-Botafogo. À direita o Copacabana Palace e, a seu lado, a pedreira do Inhangá chegando até a Avenida Atlântica. Como teria ficado o Rio caso este projeto tivesse sido realizado?


Foto do acervo do Decourt vemos o túnel Leme-Praia Vermelha, como seria o viaduto que contornaria o Morro da Babilônia, bem como a boca do túnel. Foram diversos projetos, sendo o definitivo, com o urbanismo de Burle Max, com o projeto de Lúcio Costa. Os cruzamentos seriam eliminados e a orla ganharia diversas passarelas. Os cruzamentos se dariam por mergulhões, haveria “oásis” que seriam centros de recreação, com bares, playgrounds, banheiros e vegetação, avançando pela areia da praia. 

O tempo e dinheiro desperdiçados em projetos mirabolantes, privilegiando na verdade o transporte individual de uma elite, poderia ter sido aplicado no transporte de massa. Isso sim tornaria o Rio mais inteligente, mais seguro e mais humano. Infelizmente o projeto "automobilístico" do presidente JK inviabilizou qualquer tentativa voltada ao transporte de massa.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

URCA

A Urca começou a existir depois da Guerra do Paraguai quando o "Voluntário da Pátria" Domingos Fernandes Pinto, tentou urbanizá-la, para isso dando começo à abertura de uma avenida costeira entre o Hospício (onde está hoje o prédio da Reitoria, na Av. Pasteur) e a Fortaleza de São João, mas o projeto não foi adiante. 

Perto dos anos 20 do século passado o Comendador Oscar Gama, apoiado pelo Prefeito Carlos Sampaio, fundou a Sociedade Anônima Empresa Urca e deu forma concreta ao que Domingos Pinto imaginara, com a construção da Avenida Portugal e a sua Igreja N.S. do Brasil, e as ruas próximas que lhe fazem companhia, e mais as muralhas ao longo de suas praias e as suas pontes, tudo isso que é a Urca moderna, e mais seu Hotel-Balneário, convertido em cassino famoso por Joaquim Rolla, depois sede da TV Tupi e, mais recentemente, o Istituto Europeo di Design do Rio de Janeiro. No momento não sei o que funciona lá.

O plano geral de arruamento e loteamento da Urca foi aprovado em 1922, mas somente em 1923 é que foram descritos e definitivamente aceitos os PA de ruas no bairro. O primeiro PA da Urca dá como limites a Av. Pasteur, Av. Portugal e a Rua Ramon Franco, denominando essa área de primeira seção. A segunda seção é o trapézio limitado, no mar, pela Av. João Luís Alves e, no morro, pela Av. São Sebastião.


 A data exata é incerta, mas ouvi dizer que a Associação dos Moradores da Urca está preparando a comemoração dos 100 anos do bairro para o próximo ano.


segunda-feira, 2 de agosto de 2021

IPANEMA / LEBLON

Com fotos de Dmitri Kessel vemos as praias de Ipanema e Leblon nos anos 50.  Lá no Morro do Vidigal se destaca, como em todas as fotos deste local desde os anos 30, o Edifício Cordeiro na Av. Niemeyer.


Os comportados maiôs da época, os calções "samba-canção", as barracas multicoloridas, nada de ambulantes com barracas pela praia, todos sentados no chão.


 Sem querer atrapalhar o namoro do casal em primeiro plano, pergunto qual o panorama mais bonito da Zona Sul? Esta vista de Ipanema/Leblon para os Dois Irmãos, a vista da Urca para o Corcovado, a da Praia de Copacabana, a do Pão de Açúcar visto desde o Morro da Viúva ou uma bela panorâmica da Lagoa?