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sábado, 11 de janeiro de 2025

DO FUNDO DO BAÚ: DOMINGO NO PARQUE

 

 DOMINGO NO PARQUE, por Helio Ribeiro

Eu e minha esposa convidamos você a fazer uma viagem no tempo e rever alguns daqueles brinquedos existentes nos parquinhos de diversão de antanho. Não nos grandes parques como o Tivoli e sim nos pequenos, muitas vezes instalados temporariamente em terrenos baldios nos bairros, especialmente nos de subúrbio.

OBS: Algumas fotos mostram versões maiores e mais modernas dos antigos brinquedos, em virtude de não terem sido localizadas fotos da época.

 

RODA GIGANTE


Essa era quase obrigatória e diversão certa. Apresentava restrição para crianças pequenas desacompanhadas e pessoas com medo de altura.

 

BATE-BATE


Também muito comum. Os motoristas se dividiam em três tipos: os que perseguiam outros para dar trombadas propositalmente; os que tentavam fugir dessas trombadas; os que não se importavam com isso e apenas dirigiam seus carros.

 

CARROSSEL


Indispensável. Normalmente tinham um fundo musical infantil. Acessível para todas as idades, porém as criancinhas tinham de ser seguras por um responsável e os adultos só podiam ficar de pé ao lado do seu cavalinho, sem poder montar nele em virtude do peso.

 

CARRINHOS


Havia várias versões diferentes desse brinquedo, não só no formato como na quantidade de carrinhos e consequentemente no tamanho geral do brinquedo. Destinava-se a crianças pequenas.

 

BICHO DA SEDA


Brinquedo meio violento. A rotação era muito rápida e nos assentos duplos a força centrífuga jogava a pessoa na posição interna contra a da posição externa, imprensando-a e podendo machucá-la. Assisti a pessoas saindo do brinquedo queixando-se de dores por causa disso.

 

CHAPÉU MEXICANO


Brinquedo perigoso para pessoas com labirintite e outros problemas. A rotação era muito rápida e a pessoa ficava tonta e podia até desmaiar durante a função. Pelo tamanho do brinquedo, não era qualquer parquinho que podia tê-lo.

 

TREM FANTASMA


Dependendo do espaço disponível no parquinho, o trajeto era maior ou menor. Não assustava ninguém, exceto talvez crianças pequenas. Durante o percurso era intensa a gritaria das pessoas, fingindo medo.

 

BARCO VIKING


Oscilava como um pêndulo, aumentando gradativamente a velocidade e a altura atingida, até ficar quase na vertical. Gerava muito enjoo nas pessoas, havendo casos de quem vomitasse nos demais “marinheiros” durante as oscilações. Muita gente saía completamente tonta e desorientada quando o barco finalmente parava.

OBS: Tenho péssima recordação desse brinquedo. Vou narrá-la nos comentários após a publicação dessa postagem. Há até um provável efeito sobrenatural na história.

 

TIRO AO ALVO


Não era propriamente um brinquedo, porém era comum em parquinhos. Havia muita variação tanto nas armas quanto nos alvos e até mesmo no objetivo dos atiradores.

Quanto a armas, eram espingardas cujo projétil era rolha ou ar comprimido. As primeiras não permitiam mira perfeita, indo a rolha parar onde não se desejava.

Quanto aos alvos, havia os clássicos, de círculos concêntricos; havia uns que eram bichinhos que se deslocavam lentamente e deviam ser abatidos.

Quanto ao objetivo, em uns era simplesmente acertar o alvo. Em outros parquinhos havia prendas que eram levadas pelo atirador caso acertasse nelas.

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E então, gostaram de relembrar esses brinquedos? Minha esposa e eu esperamos que sim. Agora é hora de comer um cachorro-quente e beber um guaraná. Ou comer uma pipoca ou algodão doce. E ir para casa, cansados mais felizes.

 

------------- FIM  DA   POSTAGEM  -------------

O "Saudades do Rio" mais uma vez agradece a colaboração do Helio.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

DE VOLTA A 1972

FOTO 1

                                                            FOTO 2


FOTO 3


 FOTO 4

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

HOMENAGEM AO ESTAGIÁRIO

Erros de identificação, nos mais diversos setores, ocorrem com frequência. Hoje temos alguns deles.


Se o incauto acreditar na placa não vai chegar corretamente ao destino.


O que merece quem identificou este prédio como sendo o Teatro Municipal?


"Rio de Janeiro - Copacabana Beach - Brazil". Este está mais perdido que o pessoal do bonde "Closeau".


Esta imagem faz parte de um livro que o GMA me enviou. A legenda é "Área dos Ministérios".

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

RUA BARATA RIBEIRO

Este texto inicial e as fotografias são de uma publicação da prezada Conceição Araujo:

“Residência do dr. Francisco Cardoso Ribeiro, notável jurista, ministro do STF, localizada à Rua Barata Ribeiro, 189, Copacabana. Construída pelo escritório Freire & Sodré, ficava em frente à Praça Cardeal Arcoverde, conforme vemos na terceira imagem da sequência. Dali era possível avistar o Colégio Sacré-Coeur de Marie (centro da imagem/atrás da árvore), e o castelo que ficava ao final da Rua Otaviano Hudson (à direita na imagem).

O imóvel foi matéria de vários jornais de época, como o “Vida Carioca”, de 17 de maio de 1932. Na manhã do dia anterior, naquele local, o ministro tirou sua própria vida com uma navalha ao fazer a sua "toillete" no banheiro que ficava no segundo andar. Sua esposa, Dona Eponina Francisco Cardoso Ribeiro, percebendo a demora do marido, mandou um empregado checar. A porta do banheiro foi arrombada. O ministro teve morte quase instantânea. No local, estiveram o delegado do 30° distrito, da segunda delegacia auxiliar e o médico legista da polícia. O sepultamento foi realizado na cidade de Taubaté.

O ministro Cardoso Ribeiro era católico fervoroso e o mais moço do STF. Seus pares no tribunal lamentaram imensamente o ocorrido e prestaram várias homenagens ao falecido. Dentre eles, podemos citar Edmundo Lins, Arthur Ribeiro, Rodrigo Octavio e Firmino Whitaker.

O ministro Francisco Cardoso Ribeiro nasceu na cidade de Cachoeira, no interior de São Paulo, no dia 17 de maio de 1876. Em 18 de abril de 1927, foi nomeado ministro do STF pelo então presidente Washington Luiz. Era casado em segundas núpcias com Dona Eponina. Do seu primeiro matrimônio com Dona Alzira Francisco Cardoso Ribeiro, deixou um filho, o sr. Evandro Francisco Cardoso Ribeiro, comerciante em São Paulo.

Dentre as imagens do interior do imóvel, destaco as que mostram a bela biblioteca do ministro, com telefone e máquina de escrever, a que mostra o vitral que havia na sala de jantar e a que mostra o divã. Atrás da casa, podemos ver um dos morretes do Inhangá, onde hoje sobe a Rua General Barbosa Lima. Através do PAL 23326, da SMU, verificamos que o prédio que ocupou o local do imóvel foi o edifício J. K., da construtora Revil, que manteve a mesma numeração. As fotografias são da Coleção Mário Freire/IMS.”

FOTO 1

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Quando eu pesquisei no “Correio da Manhã” sobre este assunto encontrei ampla reportagem com o título “O fim tragico de um membro da nossa mais alta Côrte de Justiça: vencido pela neurasthenia, suicidou-se o ministro do Supremo Tribunal Federal, Sr. Cardoso Ribeiro.”

E aí fica a pergunta sobre este polêmico assunto: cada um, individualmente, em certas condições, não deveria poder dispor da própria vida, como fez recentemente o poeta Antonio Cícero?

Como acontece em alguns países deveríamos poder negar aos médicos o direito de nos manter vivos, prolongando nossa existência em qualquer circunstância. A morte é inevitável, mas deveríamos poder escolher morrer dignamente.

Minha cunhada já escreveu que "Nada é mais cruel e injusto do que, em nome de um princípio religioso ou de uma ética médica de outros tempos, impor a um ser humano, já fragilizado e contra sua vontade, dores atrozes, a imobilidade que aprisiona dentro do próprio corpo ou a convivência insuportável com a certeza de que sua mente e, em consequência, sua capacidade de escolha estão se apagando."

Eu tenho visto em unidades de Terapia Intensiva pacientes que prefeririam morrer suavemente ao invés de estar ali presos, sofrendo desnecessariamente. Acho que todos deveriam ter o direito de desistir.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

GUTA

Há uns quinze anos publiquei no “Saudades do Rio” uma imagem feita pelo Guta. Recebi então o seguinte comentário do Carlos Augusto Nunes Pereira, o Guta, que fazia pranchas mostrando a evolução do Rio:

"Primeiramente quero parabenizar esse site que presta um serviço inestimável à memória de nossa cidade, ainda maravilhosa, e ao qual recorro descaradamente pela riqueza do acervo e dos comentários para minhas pesquisas. 

Como autor dessa prancha de Copacabana, hoje publicada, me senti no dever de comentá-la. Toda ela é construída a partir de pesquisa. O ponto de vista é virtual e escolhido de forma objetiva.

No caso desta série de Copacabana, parti de uma imagem posterior aos anos 1970, encontrada com definição bastante sofrível na internet. Provavelmente foi feita do topo de um dos postes gigantes erguidos no limite entre o calçadão e a areia. A partir desse ponto de vista construí as quatro imagens da série de Copacabana, procurando ser o mais fiel possível à realidade histórica.

Meu objetivo maior nesse trabalho é facilitar a compreensão do processo de evolução urbana, no caso o de Copacabana. Um jeito "pop" de contar a nossa história. 

Saudações a todos, Guta".

Guta, infelizmente falecido em 2012, era irmão do Carlos Eduardo, meu colega de turma no Colégio Santo Inácio por muitos anos.

Deixou um belo trabalho sobre o Rio Antigo. Algumas de suas pranchas são exibidas abaixo.