DOMINGO NO PARQUE, por Helio Ribeiro
Eu e minha esposa
convidamos você a fazer uma viagem no tempo e rever alguns daqueles brinquedos
existentes nos parquinhos de diversão de antanho. Não nos grandes parques como
o Tivoli e sim nos pequenos, muitas vezes instalados temporariamente em
terrenos baldios nos bairros, especialmente nos de subúrbio.
OBS: Algumas fotos
mostram versões maiores e mais modernas dos antigos brinquedos, em virtude de
não terem sido localizadas fotos da época.
RODA
GIGANTE
Essa era quase obrigatória e diversão certa. Apresentava restrição para crianças pequenas desacompanhadas e pessoas com medo de altura.
BATE-BATE
Também muito comum. Os motoristas se dividiam em três tipos: os que perseguiam outros para dar trombadas propositalmente; os que tentavam fugir dessas trombadas; os que não se importavam com isso e apenas dirigiam seus carros.
CARROSSEL
Indispensável. Normalmente tinham um fundo musical infantil. Acessível para todas as idades, porém as criancinhas tinham de ser seguras por um responsável e os adultos só podiam ficar de pé ao lado do seu cavalinho, sem poder montar nele em virtude do peso.
CARRINHOS
Havia várias versões diferentes desse brinquedo, não só no formato como na quantidade de carrinhos e consequentemente no tamanho geral do brinquedo. Destinava-se a crianças pequenas.
BICHO
DA SEDA
Brinquedo meio violento. A rotação era muito rápida e nos assentos duplos a força centrífuga jogava a pessoa na posição interna contra a da posição externa, imprensando-a e podendo machucá-la. Assisti a pessoas saindo do brinquedo queixando-se de dores por causa disso.
CHAPÉU
MEXICANO
Brinquedo perigoso para pessoas com labirintite e outros problemas. A rotação era muito rápida e a pessoa ficava tonta e podia até desmaiar durante a função. Pelo tamanho do brinquedo, não era qualquer parquinho que podia tê-lo.
TREM
FANTASMA
Dependendo do espaço disponível no parquinho, o trajeto era maior ou menor. Não assustava ninguém, exceto talvez crianças pequenas. Durante o percurso era intensa a gritaria das pessoas, fingindo medo.
BARCO
VIKING
Oscilava como um pêndulo, aumentando gradativamente a velocidade e a altura atingida, até ficar quase na vertical. Gerava muito enjoo nas pessoas, havendo casos de quem vomitasse nos demais “marinheiros” durante as oscilações. Muita gente saía completamente tonta e desorientada quando o barco finalmente parava.
OBS: Tenho péssima
recordação desse brinquedo. Vou narrá-la nos comentários após a publicação
dessa postagem.
TIRO
AO ALVO
Não era propriamente um brinquedo, porém era comum em parquinhos. Havia muita variação tanto nas armas quanto nos alvos e até mesmo no objetivo dos atiradores.
Quanto a armas, eram
espingardas cujo projétil era rolha ou ar comprimido. As primeiras não
permitiam mira perfeita, indo a rolha parar onde não se desejava.
Quanto aos alvos, havia
os clássicos, de círculos concêntricos; havia uns que eram bichinhos que se
deslocavam lentamente e deviam ser abatidos.
Quanto ao objetivo, em
uns era simplesmente acertar o alvo. Em outros parquinhos havia prendas que
eram levadas pelo atirador caso acertasse nelas.
E então, gostaram de
relembrar esses brinquedos? Minha esposa e eu esperamos que sim. Agora é hora
de comer um cachorro-quente e beber um guaraná. Ou comer uma pipoca ou algodão
doce. E ir para casa, cansados mais felizes.
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FIM DA
POSTAGEM -------------
O "Saudades do Rio" mais uma vez agradece a colaboração do Helio.