Com novas fotografias do acervo do FRA - Fotologs do Rio Antigo, do Rouen, do Decourt, do Tumminelli, além de algumas já publicadas no "Saudades do Rio", revisitamos as obras de duplicação da Avenida Atlântica e a construção do interceptor oceânico.
As principais fontes das fotografias foram as revistas "Manchete" e "O Cruziero", além do acervo do "Correio da Manhã" no Arquivo Nacional.
FOTO 1: Tudo tem inicio em 1970 na enseada de Botafogo com o trabalho de duas dragas, a Sergipe e a Ster (esta mesmo que executou o final do aterro em frente o Morro da viúva no inicio da década de 60).
Como vemos no desenho acima da Companhia Brasileira de Dragagem temos duas séries de encanamentos passando pelo Iate Clube, Av. Pasteur, Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Av. Lauro Sodré, canteiro central antes do túnel, dividindo-se sendo um seguindo pelo Túnel Eng° Marques Porto e o outro pelo Túnel Eng° Coelho Cintra para depois destes seguir pela Av. Princesa Isabel.
FOTO 2: Vemos a draga Sergipe em primeiro plano fazendo o seu trabalho de sucção no fundo do mar e envio do material para Copacabana.
FOTO 4: Esta fotografia publicada pelo Rouen no "Arqueologia do Rio", também me foi enviada ontem pelo Joel. Lembra até o cargueiro "San Martin" que por ali encalhou no inicio do século (fotografado pelo avô do Tumminelli e já reproduzido por aqui.
Mas é a draga de bandeira holandesa batizada de Transmundum III que veio trazer areia. Esta embarcação carregava grande quantidade de metros cúbicos de areia em cada viagem e depositava esta carga bem perto da praia colaborando desta forma com o a ampliação da Praia de Copacabana e completando o trabalho das duas dragas estacionadas na enseada de Botafogo.
FOTO 5: Um detalhe da draga Transmundum III em Copacabana.
FOTO 5: O sistema de engorda hidráulica. Uma grande tubulação vinha de Botafogo pelo subterrâneo da avenida Princesa Isabel e desembocava na praia e onde era jogada a areia proveniente da Baía da Guanabara.
Para o aterro da praia foi usado um sistema misto - sucção e recalque para o lançamento de areia na praia, entrando em funcionamento, um mês depois a draga Hopper.
No sistema de sucção e recalque serão utilizadas duas dragas - Sergipe e Ster I, dois "boosters" flutuantes e um terrestre, 1900 metros de tubulação flutuante e 7 mil de tubulação terrestre.
Técnicos da SURSAN e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil de Lisboa orientaram a descarga de material arenoso.
FOTO 8: O tamanho da máquina chamava a atenção. Na época, muitos duvidaram da competência do escritório português, mas deu tudo certo.