COMUNICADO OFICIAL
- O "SAUDADES DO RIO" ESTÁ DE FÉRIAS -
"O PHAROL" foi um "fotolog" editado por nosso saudoso e genial amigo Derani. A maioria das edições se deram no ano de 2012. Saudades de personagens como Ariovaldo Brochado, o redator-chefe, Dona Neuza, a secretária, Soninha, a estagiária, Aparecido, o motorista, Floriano Flores, o colunista social Flô-Flô, o piloto cego Jbandeira de Mello, o Abdullah, um terrorista que tinha horror a sangue, a Perikitta Gladys, o Tonho Treispeidim, a Gabriela Portátil, a mulher-retrátil e tantos outros.
Um dos principais personagens era o Anão Duarte – o maldito em série. Numa das edições, O Pharol em mais um furo de reportagem descobre como aparecem inexplicavelmente melecas coladas em baixo de mesas, nos cantos de móveis, em postes, viadutos e até em imaculados lenços de papel Yes.
O maldito, nauseabundo, jabulanesco e gererê-açu, o famigerado, pirotécnico Anão Duarte é, exclusivamente, o único responsável...
Quem de nós, em nossa mais tenra infância querida, em um momento de relaxamento e descontração não tentou colar uma meleca debaixo da carteira da escola e com o maior nojo e horror constatou que lá já existia uma?
Sim, o responsável é ele! O micro-crápula, nojento e vil! O pulha lazarento!
Ele, o proprietário da Fábrica de Melecas Duarte Inc. é o autor da façanha.
Já denunciamos o fato às autoridades para que "estourem" a pornográfica fábrica.
Maldito, maldito e pegajoso Anão!
Isso um dia tem que acabar...
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A seguir, algumas edições de "O Pharol".
O jornalista Ariovaldo Brochado, Redator-Chefe de O Pharol, foi agraciado com o prêmio Bundão do Ano, patrocinado pelo S.J.E. (Sociedade dos Jornalistas Energúmenos).
Na foto de capa, exibe orgulhoso o troféu sobre sua mesa de trabalho e, perguntado pelos seus planos no futuro, declara:
- Não sei o que faço com o Bundão, se dou, vendo ou troco. O importante é mantê-lo sempre limpo!
MRS. PERYKEETA GLADYS
O Pharol traz nesta edição para seus refinados leitores, os que almejam serem mais refinados ainda, um manual completo de boas maneiras para acabar de vez com as dúvidas de como bem proceder em sociedade.
Tantas situações nos deparamos em nosso dia-a-dia e que nos deixam indecisos da atitude correta a tomar, são esclarecidos por nossa consultora de boas maneiras, Mrs. Gladys.
Por exemplo:
Situação no.1:
- Voce está numa condução, completamente gripado(a) e congestionado, num espirro inesperado enche as costas do distinto senhor de terno Armani sentado à sua frente de uma imensa e esverdeada catarrada, fato este que só você notou.
Qual a correta decisão a tomar?
a) Avisá-lo pedindo desculpas e tentando limpar o visgoso creme com seu lenço perfumado?
b) Ignorar a nojenta crosta ali, à sua frente, imobilizada, quase que acusando-o(a) silenciosamente?
c) Saltar no próximo ponto e assoar o nariz?
Situação no.2:
- Num elegante jantar em homenagem ao Comendador, dividindo uma mesa com não menos elegantes desconhecidos, você, inadvertidamente solta um pum.
Qual a correta decisão a tomar?
a) Pedir desculpas explicando que voce é sempre muito espontâneo(a)?
b) Ficar na moita e apontar o dedo mindinho para o vizinho do lado?
c) Gritar:
- Cáspite! mas este hors d´ouvre tá podre!
Não percam as respostas e muito mais nesta edição!
O Pharol, sempre pensando no seu bem.
MANTENHA SEU CORPO SAUDÁVEL!
"Quer ficar forte e bonitão ?"
Esse é o novo mote lançado pelo nanico meliante, aproveitador, escroque, estelionatário tarado, covarde fortinho, pitbul-pras-negas-dele, o famigerado, reles e maldito Anão Duarte para promover sua pútrida e suvaquenta academia de ginástica.
Segundo o mini-cocô-de-joaninha, lá não é preciso se aquecer nem alongar antes de começar as atividades, poupando tempo e trabalho a seus frequentadores.
É a última descoberta de Ávardi, segundo o xexelento "pum-de-pulga"...
Anabolizantes à base água sanitária, fermento royal e esterco de ostra são servidos à vontade no catinguento estabelecimento.
Cadê a Saúde Pública?
Ninguém faz nada?
Maldito! Um-dois-tres: Maldito, Maldito Anão!
COBERTURA EXCLUSIVA !
Neste último domingo, O Pharol cobriu com exclusividade a santa missa celebrada pelo santo, sacrossanto e sacal Padre Malla, um dos dez mais entre os padres da paróquia.
A seguir reproduzimos os melhores momentos da liturgia:
- Pe. Malla: Meus caros fiéis, meus caros fiéis, meus caros fiéis, meus caros fiéis,
- Coro: Cheeeeeeeeeega !
- Pe Malla: Amén, Amén, Amén, Amén
- Coro: Aaaaaamén, pô !
- Pe Malla: Meus caros fiéis, vejo que hoje temos entre os presentes duas almas russas e a elas quero dedicar essa missa, em homenagem ao que elas sofreram sob jugo da canalha comunista dos baderneiros inflitrados de plantão e que, inclusive, comiam criancinhas sem ao menos lavar as mãos antes.
Vamos, então, à missa: Почитайте бюллетень "Друзьям и Знакомым" (ДиЗ). В настоящее время, является единственным периодическим изданием на русском языке в Бразилии.
Agora, vamos ao sermão: Публикует сведения о общественных и культурных событиях из жизни местной русской колонии. Выпускается с 1965 года (к несчастью, не регулярно). Предлагаем его электронную версию. В скором будущем на этом сайте откроется лента новостей о Русской Колонии в Бразилии с еженедельным обновлением.
Находится в последней стадии разработки история двух учреждений (уже не существующих), сыгравших.
Acabou a Missa, vão com Deus!
- Coro: *&#@# !
INDECENTE!
O famigerado, nauseabundo, pulha do balacobaco, mequetrefe, vivaldino e maldito Anão Duarte apronta mais uma das suas que, com certeza nessa terra de mãe joana, vai ficar impune.
Aproveitando-se de um descuido do Seu Alfredo, que foi dar uma olhadinha na janela indiscreta (como todo velho, seu Alfredo é curioso), afogou impiedosamente o ganso do velho.
Ao voltar ao gansódromo, encontrou o corpo inerte com um bilhete:
"Consegui, afinal, afogar seu ganso, ass: Perikytta Gladys".
Chamada na xinxa, a afogueada e tremendona Perikytta, entrou em estado de choque, mas no final topou.
Maldito Anão!
ESCÂNDALO ! NESSA EDIÇÃO !...e nas outras também.
Extra ! Extra !
Nossa equipe acaba de apurar que chegou uma denúncia na MPF (Misteriosa Parte da Floresta) em que Dr. Palhares, o dentista das estrelas, acusa Abdulla, o terrorista que não pode ver sangue senão desmaia, de praticar uma odiosa malversação de fundos.
Encontra-se a referida denúncia nas mãos do Dr. Nabuco que declara que vai apurar os fatos doa a quem doer, inclusive no Abdulla.
Em sua defesa, Abdulla afirma que os fundos são dele e ele faz o que quiser com eles e que ninguém tem nada com isso.
Consultado, o eminente M.I.T. (Macaco Ilustrado da Tasmânia) responde com sua inabalável certeza absoluta, que em caso de malversação de fundos, só se resolve privatizando sejam os fundos, a frente, em cima e embaixo.
Informou O Pharol em edição extra!
Antes das viagens aéreas se consolidarem a forma de realizar grandes viagens era através dos navios. Consultando jornais antigos é possível encontrar os itinerários, horários e, algumas vezes, a lista de passageiros.
As imagens de hoje, em sua maioria, foram publicadas no ótimo "Tempore Antiquus", do M. Lobo.
FOTO 1: Imagem da Cia. de Navegação Atlantico Sul, de autoria de Albert Sebille, mostrando o navio Gallia, do ano de 1912.
FOTO 2: Detalhe da imagem anterior mostrando o Gallia no Rio de Janeiro.
FOTO 3: A linha de volta ao mundo da “Chargeurs Réunis” foi inaugurada em 2 de agosto de 1905 mas, que por ser deficitária, foi suprimida em 1911.
Esta volta no mundo durava 5 meses e seu intinerário era o seguinte:
Anvers, Dunkerque, Avonmouth, Port-Saïd, Djibouti, Colombo, Singapura, Hong-Kong, Shangai, Tsing-Tao, Taku-Bar, Moji, Kobé, Yokohama, Honolulu, San Francisco, Guyamas, Santa-Rosalia, Valparaiso, Gronel, Punta Arenas, Montevideo, RIO DE JANEIRO, Liverpool, Le Havre.
O navio representado no pôster de divulgação era um dos 4 navios irmãos construídos especialmente para a linha e todos tinham nomes de ilhas: Ceylan e Malte (construídos na Inglaterra); Corse e Ouessant (construídos na França). Transportavam 60 passageiros na primeira classe e 72 na segunda.
Imagem de 1905.
FOTO 4: O navio ancorado é o Cap Arcona, de bandeira alemã. O Rio era sua escala, pois seu porto final era Buenos Aires. Navio mais luxuoso da linha America do Sul.
Durante a guerra foi utilizado pela Marinha Alemã em apoio aos portos do Baltico. Em 1945, portanto no fim da guerra, estava lotado de refugiados de Danzig, que fugiam das tropas russas. Faltando 5 dias para o fim da guerra foi bombardeado por aviões da RAF, a força aérea inglesa, afundando com milhares de pessoas.
Como os aliados eram os vencedores, claro que isso não foi crime de guerra, mas essa é outra historia.
FOTO 5: Numa época onde os navios de passageiros vinham constantemente ao Brasil, via porta de entrada pelo Rio, então Distrito federal, podemos ver o belo navio Anna C, da italiana Linea C.
O Anna C foi o primeiro verdadeiro navio de passageiros da empresa. Construído em 1930 sob o nome de Southern Prince, foi adquirido pela Linea C em 1947 e fazia a rota Italia-América do Sul. Foi reformado varias vezes e ficou prestando serviço de passageiros até 1971 quando sofreu um grande incêndio. Foi vendido como ferro velho.
Na foto podemos ver o Anna C atracado no Rio. Foi o navio em que meus pais viajaram para uma viagem que não pôde ser realizada após o casamento, acontecido durante a 2º Grande Guerra. Tenho muitas fotos e o diário de viagem feito por meu pai. Entre outras coisas consta o relato das gozações dos uruguaios que conquistaram a Copa do Mundo de 1950 no dia da festa em que o navio cruzou o equador.
FOTO 6: SS Uruguay. Nascido como SS California em 1928, como parte de uma frota que operaria pelo Canal do Panamá pela empresa Panama Paciffic Line, aliás como seus irmãos o SS Brazil e o SS Argentina, antes batizados de SS Virginia e SS Pennsylvania respectivamente.
A linha de muito sucesso na integração entre as costas Leste e Oeste do EUA sofreu um grande baque com a Grande Depressão, passando toda a primeira metade dos anos 30 deficitária sendo o golpe final a retirada das subsídios do governo americano.
Passados para a US Maritime Commission, para entrarem na reserva de barcos do governo americano, numa época economicamente muito complicada, os navios passaram um ano aguardando seu destino, até que, numa manobra diplomática de aproximação com a “outra” América, o Presidente Roosevelt declarou o início e a extrema necessidade da criação de uma “Good Neighbor Fleet”, essencial para essa nova posição dos EUA.
Os navios foram então repassados para a Moore McCormack, sofrendo obras de modernização relativamente extensas como a ampliação do sistema de ar condicionado, criação de novos deques, troca dos motores, rearranjo das cabines da primeira classe, troca dos escaleres, modernização nas lavanderias, melhores condições de acomodação para a tripulação e uma maior resistência à invasão de água. Essas reformas se estenderam aos seus irmão criando uma padronização na frota.
Na nossa imagem vemos o SS Uruguay em 1939 no porto do Rio em uma de suas primeiras viagens, que chegaram em um ano transportar mais de 20.000 passageiros na frota toda, um número bem expressivo.
Requisitado na Guerra o SS Uruguay não fez missões tão complexas como o SS Brazil, mas escapou ileso dos torpedos dos U-Boat’s.
Desativado em 1954, o SS Uruguay foi desmontado só 10 anos depois em 1964, sendo o fim do mais luxuoso dos 3 irmãos construídos em 1928.
FOTO 10: Montei muita coisa da Revell, principalmente aviões, mas um único navio. O S.S. Brasil.
FOTO 11: Estupendamente colorizada
pelo Nickolas Nogueira, a partir de uma fotografia de jornal, vemos o
transatlântico francês “Normandie”.
Pouco antes da 2ª Guerra Mundial este navio veio ao Rio. Era decorado em
“art-déco”.
Apreendido em Nova York
para ser transformado em um navio-hospital, foi consumido por um incêndio nas
docas.
Conta o Nickolas: “Os
incêndios do Normandie e do Queen Elizabeth (são os navios que mais admiro) são
suspeitos demais. Mas creio que é mais provável o do Normandie ter sido uma
fatalidade.
Navios têm uma tendência
à flamabilidade e com o Normandie não era diferente, ainda mais naquela época,
onde os sistemas anti-incêndio não eram tão sofisticados. Mas, mesmo assim,
para o incêndio ter tomado tão grandes proporções, só havendo material
extremamente inflamável (como combustível, por exemplo) espalhado por todo o
navio.
Quanto ao combate do fogo
em si, não sou especialista, mas creio que apagar fogo num espaço confinado,
sem um sistema de ventilação que dê vazão a grande quantidade de fumaça e onde
a maior parte das superfícies conduzem calor, onde mal se pode tocar e pisar,
deve ser uma tarefa bem arriscada, no entanto, como por estar ancorado no pier,
em plena NY, deveria ter havido um esforço humano maior para salvá-lo.
Posso estar cometendo uma
injustiça com os que tentaram salvá-lo, mas é apenas uma especulação pessoal. O
que também descarto é a participação dos aliados, pois já estavam investindo
muitos recursos nele, seja para transformá-lo num navio de transporte ou
porta-aviões, e após o incêndio, assisti num vídeo, o enorme esforço (em plena
guerra) que fizeram para deixá-lo flutuando novamente, para que pudesse ser
levado para o desmanche.”
A postagem de hoje é sobre o "Gymnasio Anglo-Brazileiro", que existiu no Vidigal.
Foi a Companhia Viação Férrea Sapucaí que, em 1891, iniciou a construção da Av. Niemeyer, coleando a montanha, como um dos trechos da futura estrada de ferro a vapor, projetando uma ligação do bairro de Botafogo ao porto de Angra dos Reis, como conta P. Berger.
Com a interferência da
Companhia de Melhoramentos da Lagoa, que reclamou contra o traçado desta
ferrovia, os trechos até a praia da Gávea (São Conrado), que já tinham sido
abertos, foram abandonados com a paralisação da obra.
Em 1911 Charles W.
Armstrong construiu na “Chácara do Vidigal”, o “Gymnasio Anglo-Brasileiro”, no
Vidigal.
A Praia do Vidigal, era
assim chamada porque ali morou o major Nunes Vidigal, na época de D. João VI e
Pedro I.
Em 1912, o proprietário do colégio, o inglês Charles Weeksteed Armstrong, obteve permissão para completar a estrada abandonada aumentando-a em 400 metros, a fim de melhorar o acesso ao colégio. A obra ficou pronta em 1913, executada pelo engenheiro Ricardo Feio que não só abriu o “corte do Leblon”, como construiu cerca de 1000 metros da atual Av. Niemeyer.
Mais tarde, o coronel Conrad Niemeyer, grande proprietário de terras no local, homenageando o Primeiro Congresso de Estradas de Rodagem, prolongou-a até a Praia da Gávea.
Um pouco mais adiante, por ocasião da visita do Rei Alberto da Bélgica, em 1920, o Prefeito Paulo de Frontin alargou e calçou esta avenida.
FOTO 1: Vemos o "corte do Leblon", em fotografia de Malta, de 1920.
FOTO 2: A propaganda acima é do
Gymnasio Anglo-Brasileiro instalado em 1911 na Chácara do Vidigal. O terreno,
situado a 300 pés acima do nível do mar, tinha soberba vista sobre o oceano. O
cenário era grandioso, com floresta virgem e com o mar ao lado. A água era
abundante e a mais pura possível, suprida por inúmeras fontes e riachos que por
ali corriam.
O "Gymnasio" tinha o telefone "Ipanema 789" (nos anos trinta o número do telefone era 7-2982) e a caixa-postal 46.
O "Gymnasio Anglo-Brazileiro" no Rio de Janeiro e São Paulo e o "Collegio Anglo-Brazileiro" para meninas no Rio de Janeiro, foram “Collegios Modelos Inglezes, fundados por Mr. Charles W. Armstrong.
Um prospecto informava: "A primeira “razão de ser” destes collegios é o desenvolvimento physico dos alumnos, confiados ao nosso cuidado, ao lado do intellectual e moral.
Em São Paulo ficava na
Av. Paulista. No Rio foi escolhida a mais bella chácara á beira mar, para a
installação da primeira sucursal, onde os meninos pudessem gosar sempre das
brisas salubres do Oceano aberto, simultaneamente com ares da montanha e da
floresta. Por isto é tambem que os exercicios militares, a gymnastica sueca e
os jogos atheticos constituem partes essenciais da vida “au grand air”, dos
seus alumnos.
Os banhos de mar
completam o effeito salutar dos exercicios ao ar livre, havendo construído na propria
praia, um grande “tanque de natação”, que tem 250 metros quadrados de superficie,
enchendo-se com a propria agua do mar, por meio de uma bomba. Ahi os meninos se
banham ás horas frescas da manhan ou da tarde, tantas vezes por semana, quantas
o medico julga conveniente. Ha sempre fiscalização, se bem que todo o perigo
seja afastado, pois os meninos nunca se banham no proprio mar, onde o movimento
das ondas trazia inconvenientes.
Ao lado da educação
physica, a intellectual e a moral merecem a maior attenção. A pratica das linguas
vivas, ensinadas pelo methodo “directo” e intuitivo é uma especialidade dos
Collegios Anglo-Brazileiros. Estes idiomas são ensinados exclusivamente por
professores que vieram dos paizes onde são faladas. Desta fórma os meninos
adquirem uma pronuncia aperfeiçoada, conseguindo quasi todos “falar
correntemente” o inglez e o francez em menos de dois annos.
O Collegio
Anglo-Brazileiro para meninas funcciona sob a habil direcção de Miss M. S. Hull
e segue as mesmas normas que os collegios para o sexo masculino, com certas
modificações de regimen necessarias para as meninas.
Mr. Armstrong reside, com
sua familia, no Gymnasio Anglo-Brazileiro do Rio de Janeiro, onde dirige o
Collegio pessoalmente, visitando frequentemente os outros collegios sob a sua
direcção superior.
Prospectos de todos os
Collegios com os srs. Crashley & Cº, Rua do Ouvidor 58; com o sr. Paulo dos
Santos Jacintho, Rua do Rosario 79 ou nas Secretarias dos Collegios."
FOTO 3: Uma piscina ao ar livre foi construída. Como se vê no prospecto os jogos atléticos constituíam uma das características do colégio, que funcionava em regime de internato. Não estando ainda aberta a Av. Niemeyer chegava-se lá pelo alto, por via da antiga Estrada do Major Vidigal, aberta antes de 1814, passando pela Chácara do Céu.
FOTO 4: O ônibus do "Gymnasio Anglo-Brazileiro" transportava os alunos para o estabelecimento da Avenida Niemeyer nº 404.
FOTO 8: "A casa das machinas, onde se acham installados o motor electrico e a bomba por meio dos quaes se enche a piscina de natação com agua do mar. Junto á casa das machinas Mr. Charles W. Armstrong, Director do Gymnasio.
FOTO 9: Os exercícios de natação no ano de 1918.
FOTO 10: "Gymnasio Anglo-Brasileiro", um instituto modelar de educação intellectual, moral e physica".
Em 1899, Armstrong criou o Ginásio Anglo-Brazileiro em São Paulo e, devido ao seu sucesso, abriu uma filial em Niterói, Rio de Janeiro, em 1910. Após um assalto e um problema com impostos no ano seguinte, ele desistiu e recomeçou na Gávea, em sua propriedade recém-adquirida, a Chácara Vidigal – vendida pelos proprietários, que por sua vez a haviam comprado da família Vidigal.
Por volta de 1913 foi fundado, também, o “Collegio
Anglo-Brazileiro” para meninas (THE ANGLO-BRAZILIAN SCHOOL FOR GIRLS), tendo como
diretoras Miss Hull (Universidade Real de Irlanda) e Mlle. Maillard (Universidade
de Paris), no Alto da Gávea, na Rua Marquês de São Vicente nº 689.
Nas primeiras décadas do século XX, consoante com a Reforma Educacional de Ruy Barbosa, com base no pensamento liberal da época, buscava-se modernizar o país. Para tanto, a Educação Física voltava-se para a construção do corpo, o que era comum nos estabelecimentos educacionais, bem como objetivava-se a educação física intelectual e moral, com base no aforisma "mens sana in corpore sano".
Armstrong escreveu a obra “Contos para meus discípulos” onde e explica: “Nada pode me causar maior satisfação, como educador, do que a verificação de que noventa por cento dos meus alumnos educados por este regimen têm-se tornado perfeitos cavalheiros, dos quaes a pátria brasileira poderá bem orgulhar-se”.
O conto é proveniente do método de ensino do “Modelo Inglez”. Tanto na obra,
quanto na prática do educador estão entrelaçados os valores, virtudes e
qualidades de herói, líder e gentleman.
Tais práticas pedagógicas
consideradas inovadoras eram destaques nos periódicos da sociedade brasileira,
que exaltavam "os valores morais e as virtudes corporais na formação do homem
moderno, prático e vigoroso, daí a atenção especial à educação physica, em que
os sports modernos, a gymnastica sueca, os jogos tradicionais, as competições
esportivas eram considerados “vantagens da educação inglesa”, cujo ideal é a completa harmonia de desenvolvimento moral,
intelellectual e physico.
Os programas de ensino convergem
para a formação do homem moderno, virtuoso e prático, na figura do "sportman" e das regras do fair play (jogo justo), difundidas nas festas sportivas
e atheticas."
Para finalizar, reportamos como a Gripe Espanhola impactou o "Gymnasio Anglo-Brazileiro":
“Pela primeira vez na historia do Gymnasio foram este anno dispensados os exames finaes e de promoção, sendo adoptada esta medida de excepção em virtude de haverem sido interrompidas as aulas durante a ultima quinzena de outubro, como consequencia inevitavel da epidemia de grippe, que visitou a Capital nesse mez. As promoções serão, pois, feitas, esta vez, pela media annual dos estudos, sendo adoptado, para este fim, o seguinte criterium: a média final de 5 dará direito á promoção, comquanto não haja média inferior a 3 em qualquer materia considerada separadamente. O alumno que tiver a média inferior a 3 em uma materia, e média geral de 5, poderá della fazer exame a 7 de fevereiro p. f., trazendo declaração escripta do pae ou tutor de havel-a estudado durante as férias. Deverão repetir o anno os que tiverem a média final inferior a 5 e aquelles que a tiverem abaixo de 3 em mais de uma matéria.”
E o "Saudades do Rio" mais uma vez está de luto.
Faleceu nosso amigo Derani, companheiro de tantos chopes com o pessoal antigo dos Fotologs.
Irreverente, iconoclasta, parceiro no chope e em almoços no Centro, figura querida nas reuniões no Alto da Boa Vista.
Tinha dois blogs: "Rio de Fotos" e "O Pharol".
“Em homenagem ao Derani
(YES! YES! YES!), o “Saudades do Rio” relembra “O PHAROL” e suas histórias.
Saudades de personagens
como Ariovaldo Brochado, o redator-chefe, Dona Neuza, a secretária, Soninha, a
estagiária, Aparecido, o motorista, Floriano Flores, o Flô-Flô, o piloto cego
Jbandeira de Mello e do Abdullah o terrorista que tinha horror a sangu, o
colunista social. E da Perikitta Gladys,
do Tonho Treispeidim, da Gabriela Portátil, a mulher-retrátil. Além da famosa
C.M.I. – Clínica de Mamoterapia de Itaipava.
E os textos sobre o ANÃO
DUARTE – o maldito em série. O Pharol em mais um furo de reportagem descobre
como aparecem inexplicavelmente melecas coladas em baixo de mesas, nos cantos
de móveis, em postes, viadutos e até em imaculados lenços de papel Yes.
O maldito, nauseabundo,
jabulanesco e gererê-açu, o famigerado, pirotécnico Anão Duarte é,
exclusivamente, o único responsável...
Quem de nós, em nossa
mais tenra infância querida, em um momento de relaxamento e descontração não
tentou colar uma meleca debaixo da carteira da escola e com o maior nojo e
horror constatou que lá já existia uma?
Sim, o responsável é ele!
O micro-crápula, nojento e vil! O pulha
lazarento!
Ele, o proprietário da
Fábrica de Melecas Duarte Inc. é o autor da façanha.
Já denunciamos o fato às
autoridades para que "estourem" a pornográfica fábrica.
Maldito, maldito e
pegajoso Anão!”
Desta forma, o "Saudades do Rio" sairá do ar por alguns dias, num pequeno gesto de despedida do amigo.
PS: os comentários ficarão em aberto, mas eventualmente haverá remoções.
Com esta fotografia o saudoso amigo Richard ganhou um chope, pois havia apostado comigo que havia ônibus circulando pela Avenida Atlântica e eu não me lembrava disto.
Como era estreita a calçada da praia.
A foto mostra uma
brincadeira de futebol de praia nos anos 60. Havia um jogo em que dois
jogadores ficavam no gol e outra dupla batia tiros livres de uns 15 metros de
distância. Se houvesse rebote dos goleiros um deles ficava no gol enquanto a
dupla atacante tentava fazer o gol driblando o outro que defendia. Outro jogo era a famosa "linha de passe" que, há alguns anos, foi adaptada para ser jogada perto do mar, a tal de "Altinha".
A casa que vemos era a do
Dr. Cicero Penna, nessa época já funcionava como colégio, doada por ele à
municipalidade. Nos anos 60 foi demolida e um dos colégios modulares do Estado
da Guanabara foi construído no seu lugar na esquina da Rua República do
Peru.
O prédio que vemos em
contrução é o Golden State, construído no local de um prédio déco. Segundo o
Gustavo Lemos neste prédio morou o Walter Moreira Salles depois que saiu
daquela casa onde hoje funciona o IMS. Foi para a Av. Atlântica, quando casou
com a Lucia Curia, que foi a sua última mulher. No prédio também morou o Wilson
Lemos de Moraes, fundador da Supergasbrás, também falecido. O prédio foi uma
enorme colônia mineira e todos eram amigos. O Walther era de Poços de Caldas, o
Tancredo Neves, que também morou lá, de São João del Rei e o Wilson de São
Sebastião do Paraíso. Fechando o horizonte temos os Edifício Netuno um dos mais
antigos da praia. O posto de salvamento seria o de nº 3.
A mudança do nome deveu-se a uma lei do Estado Novo que proibiu que estrangeiros fossem proprietários de estabelecimentos de ensino no
país. Alguns fecharam, como foi o caso do Aldridge, e outros passaram a ser
controlados por brasileiros. Vargas tinha como objetivo promover o nacionalismo. Lembremos que na época da 2ª Grande Guerra houve vários ataques a estrangeiros inimigos, como os casos de diversos bares e restaurantes alemães.
Vemos uma foto mais recente do Colégio Cruzeiro. Alguns ilustres
comentaristas estudaram neste colégio, de onde sairam falando fluentemente o alemão e o inglês,
tal como na Escola Alemã Corcovado, que fica em Botafogo, na Rua São Clemente, onde era a antiga
Embaixada Americana. A EAC foi fundada em 1965 e iniciou suas atividades na
Urca. Em 1973 foi para o atual endereço.
Lembro no nosso querido
Lavra contar que foi a uma festa no Colégio Cruzeiro em 1957. Para dançar, o rapaz
devia comprar uma flor de papel e colocá-la na lapela do paletó. Um cartaz em
alemão avisava "Ohne Blume kann nicht tanzen" (Sem flor não pode
dançar), que sem a flor não podia dançar.
Nosso amigo Lino Coelho já contou que: "Durante 14 anos meu filho estudou neste colégio, onde formou as
suas maiores amizades, as quais perduram até os dias de hoje. O Colégio oferece
um ensino de alta qualidade, ensina disciplina, responsabilidade e desenvolve a personalidade de cada aluno, sempre com o sentido da amizade coletiva.
O Colégio segue regras de disciplina e organização, não tolera a quebra de suas regras em hipótese alguma, independentemente de quem o aluno seja filho. Se não se ajusta é convidado a se retirar da escola. Nos últimos anos tem se classificado nos primeiros lugares dos exames do ENEM. As instalações são muito bem conservadas e buscam manter a originalidade da sua arquitetura."