Total de visualizações de página

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

GREVE




 
O final dos anos 50 e início dos anos 60 foi conturbado pela situação política. Inúmeras categorias entraram em greve no Rio, causando muitos transtornos aos cariocas.
As fotos de hoje mostram aspectos da greve que os práticos e arrais do Serviço de Barcas que faziam o transporte na Baía de Guanabara fizeram por motivo do problema da hierarquia salarial e funcional das categorias no ano de 1960.
Na foto 1 impressiona a organização das filas esperando transporte para cruzar a baía (e ninguém de bermuda, chinelo e camiseta regata).
A foto 2 mostra o batalhão de cavalaria da PM, ainda com o antigo uniforme cáqui, pronto para entrar em ação em caso de necessidade.
Na foto 3 vemos as lanchas Lagoa, Itaipu e Maracanan paradas e um grupo indo para Niterói a bordo de um pequeno barco.
A última foto mostra a ajuda que a Marinha deu para amenizar os efeitos da greve.

17 comentários:

  1. Foram tempos agitados principalmente a partir da renúncia do Jânio. Desabastecimentos, greves, reivindicações, participação ativa de vários segmentos da sociedade, inclusive dos estudantes.
    As barcas me lembram idas a Niterói e Paquetá ainda acompanhado pelo velho.
    As filas tão organizadas são um espanto, como diz o Pastor.

    ResponderExcluir
  2. Lembro vagamente das inúmeras greves e da bagunça do país o que parece ter facilitado o surgimento da redentora.O problema é que os "homi" tomaram o gostinho pelo poder e deu no que deu.

    ResponderExcluir
  3. Greve no transporte público é de desanimar. Tem que ter um motivo muito convincente par fazer uma paralisação dessas e assim mesmo cumprindo o percentual da lei.
    Dessa época comenta-se muito a manifestação de estudantes contra o aumento no preço da passagem do bonde.
    Atualmente, além de um número bem maior de mulheres nas filas, teríamos nas mãos do pessoal celulares e os jornais praticamente seriam só os tabloides.
    Interessante na primeira foto, o pessoal fora da cobertura, que estava lá justamente para a fila do ônibus. Lembro desse modelo de cobertura, mas só os que tinham na Pç. Tiradentes. Talvez eles tenham durado mais tempo.

    ResponderExcluir
  4. "Boa sorte a todos".

    Na década de 90 também tinha greve das barcas. A solução era despejar vários ônibus, principalmente da CTC, para fazer o caminho via ponte.

    ResponderExcluir
  5. As greves de transportes eram comuns, barcas, bondes. Em Santa Teresa, nos anos 50 e 60, só havia bondes e quando entravam em greve, alguns lotações da pior categoria eram deslocados para atender o povo. Devia dar um lucro razoável porque andavam lotados o dia inteiro.
    Na foto 1, a dos lotações, não identifiquei o local. Na foto 2, um pedaço de Ford F-100, a gente chamava de rádio-patrulha.

    ResponderExcluir
  6. Eram "outros tempos". Na verdade as fotos se referem à chamada "revolta das barcas" e ocorreu em 1959, quando os tumultos e depredações ocorreram em Niterói devido à chantagem política praticada pelo sr José Carreteiro, dono da empresa Cantareira que detinha o monopólio do serviço. A mansão dos Carreteiro, que ficava no local chamado "ponto Cem Réis", foi saqueada pelos populares. Juscelino agiu com firmeza mas o exército teve que ser chamado para controlar os distúrbios, pois a P.M do antigo Estado do Rio não foi capaz para tal....

    ResponderExcluir
  7. A última foto mostra um Aviso da Marinha fazendo o serviço, com óbvio prejuízo dos populares, apesar do custo zero.

    ResponderExcluir
  8. Naquele tempo havia uma certa "coerência" na existência das relações entre o poder público e o ente privado, já que o serviço concedido (as barcas) obedecias as regras vigentes nos contratos, sem a existência de "aportes", mensalões, e mensalinhos. Esse tipo de promiscuidade arruinou o Brasil. Vejam o exemplo do Rio de Janeiro. Na noite de ontem um procurador de justiça, chefe do Ministério Público Estadual na gestão Sérgio Cabral, teve sua prisão preventiva decretada por razões que todos sabem. O MP como "fiscal da lei" tem o dever de fiscalizar todos os contratos, instituições, relações de consumo, leis, enfim praticamente tudo. O caos em que transformou o Rio da Janeiro mostra com exatidão a "excelência" da atuação do Ministério Público Estadual...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. De fato um espanto esta do procurador que foi comandante do MP.A que ponto chegamos....

      Excluir
  9. Bom dia a todos. Na última foto vemos uma senhora com um dos primeiros pares de sandálias havaianas, que na época eram chamados de chinelos japoneses. Outra observação importante, mesmo nestas aglomerações não se vê pessoas da terceira idade, a população era jovem e a expectativa de vida não chegava a 60 anos. Naquela época mesmo a cidade sendo infinitamente menos violenta, se observava o policiamento ostensivo da PM em maior número que nos dias de hoje, fica uma dúvida, diminuiu o efetivo ou eles também tem medo da violência. Mesmo com a grande aglomeração de pessoas, não se vê lixo jogado pelas calçadas, nos dias de hoje estariam cheias de lixo. Já as greves são uma forma legítima de protesto do trabalhador, porém nos últimos anos se transformaram em manifestações políticas de interesses muitas vezes diferentes do objeto principal e controlada ocultamente por aqueles que se benefeciarão dos seus resultados em detrimento da sociedade e da classe trabalhadora, vide o caso da greve dos caminhoneiros, cujos os grandes beneficiados foram as transportadoras.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Brasil era menos violento e quanto a isso não há dúvida. Naquele tempo a Polícia Militar atuava de forma diferente. As patrulhas ou radio-patrulhas eram da Polícia Civil, que também fazia rondas. A P.M atuava em alguns locais de maior afluência, praças, etc, além de controlar distúrbios, mas não como hoje. De acordo com a C. Federal de 1988, a atribuição de "policiamento ostensivo" ficou a cargo da Polícia Militar e à Polícia Civil ou Judiciária ficaram como atribuição as investigações, embora ocasionalmente atue ostensivamente. No filme Rio 40 graus de 1955, existe uma cena em que um guarda civil leva um "moleque" pelo braço até o alto de uma das favelas do Lins para entrega-lo à mãe e desce a favela tranquilamente. Faça isso hoje em dia...Além disso no passado, a violência era quase inexistente, pois "cada um conhecia o seu lugar". Hoje não conhecem mais e o resultado "salta a olhos vistos". Como diria um conhecido "operador da fé", "um espanto!"

      Excluir
  10. Acreditem ou não.... A barca "Lagoa", vista na foto, até pouco tempo atrás ainda fazia a linha da Ilha do Governador. Foi fabricada nos estaleiros Higgins em 1950.

    ResponderExcluir
  11. Peralta, o implicante9 de novembro de 2018 às 10:59

    Tia Nalu mantém greve de fome.La em Curitiba.

    ResponderExcluir
  12. Boa tarde a todos.
    A primeira fotografia parece ser na Pça XV.
    Lembro bem dessas coberturas de ônibus, muito comum na Pça Tiradentes.

    ResponderExcluir
  13. FF. Um princípio de incêndio na estação do BRT de Curicica causou um certo pânico agora à tarde mas ninguém se feriu. Hoje não teve tiroteio na Praça Seca e o BRT funciona normalmente. Ainda bem...

    ResponderExcluir
  14. Em ordem cronológica....

    BRT Rio
    13 h ·
    O BRT Rio informa que a estação Curicica, do corredor Transcarioca, está temporariamente fechada, sentido Alvorada, para embarques e desembarques. O fechamento deve-se a um problema mecânico em um dos articulados.

    BRT Rio
    12 h ·
    O BRT Rio informa que a estação Curicica, do corredor Transcarioca, já está liberada no sentido Alvorada, para embarques e desembarques, após remoção do articulado da via.

    ResponderExcluir