Total de visualizações de página

terça-feira, 2 de abril de 2019

IPANEMA


 
A primeira foto mostra a Praça General Osório em 1969, com destaque para uma loja da Casa Mattos. Funcionava no nº 84 da Visconde de Pirajá (havia uma outra filial em Ipanema, pertinho, no nº 136).
 Ao lado vemos, parcialmente, a fachada do Restaurante Jangadeiro, visto melhor na segunda foto. Quando foi inaugurado em 1935 chamava-se Bar Rhenania e ficava na Rua Visconde de Pirajá nº 80, vizinho de quadra do antigo Cinema Ipanema, em frente ao Chafariz das Saracuras, na Praça General Osório.
Durante a 2ª Guerra Mundial foi apedrejado e teve seu nome mudado para Jangadeiro. Era a "sede" da Banda de Ipanema. Em 1971, a especulação imobiliária forçou-o a se mudar para a Rua Teixeira de Melo nº 20, onde sobreviveu até 1985. Depois ainda se mudou para o nº 53 até fechar em 1995.
Suas cadeiras de madeira, de armar, e seu chope se juntavam num ambiente fantástico. Estacionava-se na porta, sobre a calçada, como o Karman-Ghia (?) da foto.
PS: Absolutamente imperdível o novo “post” do Decourt em
http://www.rioquepassou.com.br/2019/04/01/duplicacao-do-tunel-novo-projeto-definitivo-1941/

9 comentários:

  1. O SDR acertou no Karmann-Ghia (dos primeiros fabricados no Brasil) só deixando um ene em algum outro texto. Mas não se arriscou a confirmar o Pontiac Chieftain Catalina, 1950-51, saia e blusa, ao lado de um DKW-Vemag Belcar 1001, de 1964, único ano com parachoque antigo e porta moderna. O resto é Fusca, uma espécie de Chevrolet pequenininho.
    No Jangadeiro, em comemoração da pelada de terça-feira no Piraquê, bebi além da conta uma mistura de Steinhager e cerveja, a ponto do pessoal da mesa mandar o Fernando Cunha ver se eu estava vivo no banheiro; estava e, logo depois, peguei meu Galaxie e chegamos em casa incólumes, eu e o carro.
    Não acordei incólume, entretanto.

    ResponderExcluir
  2. Eu era freguês da Casa Mattos do 136 da Visconde. Neste endereço da foto foi construído um grande edifício que englobou imóveis vizinhos também.

    ResponderExcluir
  3. Eu me lembro desse trecho da Visconde de Pirajá nessa época. O quarteirão entre Jangadeiros e Teixeira de Melo foi bastante modificado. Existem ainda ali dois ou três prédios de dois andares construídos nos anos 30. Havia a Camisaria Sol de Ipanema, cujo proprietário Antonio era casado com uma prima de meu avô, o prédio do Cine Ipanema, onde existe atualmente um grande prédio de apartamentos com lojas embaixo, e um colégio cujo nome eu não lembro. ## O avô de minha ex-mulher era alemão e morava em Copacabana quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, teve por várias vezes a casa apedrejada pela população. Teve que colocar em grande faixa na porta de sua casa com os dizeres "Aqui mora uma família brasileira". Era tempo de "Estado Novo".

    ResponderExcluir
  4. Bom dia, Dr. D'.

    Área fora da minha jurisdição. Posso comentar sobre a Casa Mattos. Era freguês da loja da Edgard Romero, no então calçadão de Madureira. Outra loja muito frequentada era a Casa Cruz.

    Havia também as Lojas Mattos para noivas.

    ResponderExcluir
  5. Bom dia a todos. Hoje é aniversário do Mestre Candeias, felicidades, saúde, paz e muita comemoração nesta data. Dia de somente ler as postagens dos comentaristas do local.

    ResponderExcluir
  6. Nos anos 70 havia o Gordon na esquina da Jangadeiros, e a boate "Privé", onde atualmente existe o restaurante Fazendola. Nos tempos em que eu frequentava a New York City, o final da noite era invariavelmente no Gordon, cujos sanduiches "Angélico" e "Beirute" eram de arrasar. Era fácil estacionar na Visconde de Pirajá ou na Jangadeiros naquele tempo e apesar da vizinhança inconveniente da favela existente no Morro do Cantagalo e da óbvia possibilidade da existência de crimes na região, estes eram ínfimos. Não nos esqueçamos que nos anos 70 não havia tráfico armado nas favelas e no máximo havia uma "boca de fumo". A região da Barão da Torre entre a Antonio Parreiras e até a Farme de Amoedo era uma espécie de "cloaca de Ipanema" com a sujeira e degradação naturais encontradas nos entornos das favelas. Por incrível que pareça, nem mesmo o "banho de loja" que o local recebeu com a construção de um elevador e de outras melhorias foram capazes melhorar o ambiente. Meu avô tinha tinha razão quando dizia que "quem nasce cachorro morre latindo"...

    ResponderExcluir
  7. O saia e blusa é show e faz a diferença.O Karmann vai levar uma notificação e perder uns pontinhos e pode ser alvo da lei seca.Já fiz uma estripulia como a relatada pelo Biscoito e tal qual,saí esfarinhado....

    ResponderExcluir
  8. E na praça, em momento bem estilo cidadezinha do interior, o guarda costas das duas senhoras sentadas a tricotar, é pego pelas lentes da máquina justamente no momento em que ele percebe a presença do fotógrafo. No momento seguinte a fera indomável partirá em perseguição ao intruso que ousou registrar a cena bucólica de suas protegidas e exatamente no pedaço que já considerava sob seu domínio territorial.

    ResponderExcluir
  9. Sempre que precisávamos de comprar material escolar, meus pais nos traziam depois da escola para essa loja. Me lembro que mesmo no final da tarde ele estacionava quase em frente à loja. Quanto a esse Jangadeiro, por uma questão de idade, nunca freqüentei. Mas fui assíduo ao primeiro endereço da Teixeira, lembro do garçom "Cabelinho" (acho), que quando servia nossa mesa deixava um copo de cachaça na quina. Toda vez que passava ali dava um gole e ia em frente. Não sei se fazia parte do salário dele, hehehe...

    ResponderExcluir