Total de visualizações de página

domingo, 19 de abril de 2020

PRAIA DE DOMINGO

 
Em foto do acervo da Escola Americana vemos a Praia de Ipanema por volta de 1970.
Estamos perto do antigo Posto 8, que ficava bem em frente da Rua Farme de Amoedo, onde na esquina havia na época o restaurante Alberico´s.
Na rede de vôlei após o Posto certamente eu estaria lá, com o Fusquinha estacionado sobre a calçada. Havia tão pouca gente que deve ter sido um domingo nublado.
A rede de vôlei chamava-se “Lagosta” e por 45 anos foi ali armada todos os fins de semana e feriados. Esta rede foi fundada por um grupo de funcionários do então BNDE, tendo à frente o "diretor-geral” Celso Juarez de Lacerda, junto com o Cesar, o Nilo, o Gonzaga, a Helô, a Diana, o Getúlio.  Pouco antes de fazer vestibular, eu e meu amigo Márcus fomos convidados a integrar o quadro de sócios desta rede, numa época em que lá já estavam o Aldyr, o Carlos, o Vicente, o Luiz Carlos, o Adalberto, a Beth, o Osvaldo, o Ivo, o Joel (do Sírio-Libanês), o Asmie, o Roberto, o Fred (Cafuringa), o Coronel Guido e tantos outros.
Pegávamos as estacas, a marcação do campo, a bola e os regadores para molhar a areia na garagem do edifício 232 e a turma, nos anos seguintes foi aos poucos recebendo novos integrantes e alguns saindo. Nesses anos todos passaram por lá, entre outros o Paulo, Luiz, Vanda, Téia, o craque Dominguinhos, Flávio, Adolfo (o “AAA”, pois seu nome e sobrenomes começavam com A), Norton, Afonso, Claudio, Renato, Miguel, Carmem, Augusto, Verinha, Otacílio, Marli, Sergio, Sandra, Alberto, Virginia, Felipe “Minhoca”, Nelson, Maria Isabel, Ana Luiza, Monica, Bee, Charles, Hélia, Tininha, Regina, Claudia, Liliane, Zé Augusto, Rogério, Lucia, Rita, Célia, Leila,  Odone e sua maravilhosa prima (como se chamava?) e tantos outros.
A rede propiciou muitas festas, muitos namoros, alguns casamentos e os consequentes divórcios.
 E a algumas amizades para a vida toda.
Anos depois, chegaram a Carminha, a Tereza, o Eduardo, a Verinha, o Leonardo, o Carlinhos, o Flavinho, a Aninha, o Sergio, o André, o Antonio Maria, o Coronel Barroso, o Bruno, o Mauro, o Arlindo, o Zé Claudio, uma infinidade de gente que teve passagem curta ou longa.
 Na época da construção do “píer” nos unimos com outra rede deslocada pelas obras. Quando estas terminaram, todos se incorporaram à “Lagosta” e novos companheiros passaram a fazer parte de nosso time, como o Walter, o Antenor, o Gabriel, o Jarbas, o João Baptista, o Dr. Rui, o Laranja, os Jaimes, o Julio, o Joaquim, o Osvaldo “Aranha”.
No final era tanta gente que chegávamos a armar uma rede auxiliar nos fins de semana. O espaço na praia era licenciado pela Prefeitura e anualmente o Paraíso se encarregava de renovar a licença.
 Até o final da década de 70 todos nos conhecíamos naquele trecho da praia em que se destacava o Bocaiúva, um antigo banhista (salva-vidas) que tivera que sair do Salvamar após ter um TCE numa briga com a Polícia do Exército. O “Boca”, mesmo com problemas, organizava diversos eventos na área, com disputas de vôlei e natação, além de aulas de surfe.
 Neste trecho havia ainda duas redes vizinhas, uma da turma da “Móveis Samurai” e outra da turma do Sergio “Tachinha”. Não pode ser esquecida, também a turma da peteca, capitaneada pelo Gabriel e pelo Célio.
 A turma do frescobol incluía quase todo mundo (sofremos muito no período em que a PM reprimia o jogo para valer, apreendendo as raquetes). Depois vieram os filhos de todos nós e a praia ficou cheia.

17 comentários:

  1. Linda foto! essas luminárias duplas do canteiro central da orla,eram muito bonitas e também compunham a iluminação das ruas nos quarteirões internos, cujos postes ostentavam uma única luminária. Eu preferia a calçada como a da foto, toda em blocos de cimento liso, e de fácil manutenção, facilitando a caminhada e a corrida, se bem que em 1970 não se viam corredores na orla, prática essa que começou timidamente, partir de 1972, após as Olimpíadas de Munique.
    Quanto ao tema redes de volei, comecei a jogar voleibol aos 15
    anos, em 1972, na Rede do Seu Orlando, um bem sucedido empresário do ramo de calçados femininos, dono da rede Bodoque, Bogest e Mini Shop, que ficava em frente à Rua General Artigas, onde nasci e me criei. Seu Orlando morava quase em frente a rede, na própria Delfim Moreira e a garagem de seu prédio servia de depósito para a guarda da rede, marcação, bolas e baldes. Nos finais de semana, nosso saudoso banhista Jair, pegava o material e armava nossa rede e outras tantas no entorno. Durante o verão, já pela manhã, o sol forte esquentava a areia de tal modo, que ficava inviável a prática do esporte e começava o revezamento de baldes. Cada uma deveria ir até o mar três vezes para encher os imensos baldes e levá-los até a rede para molhar o campo de jogo. Invariavelmente, flagrávamos uns "malandros" da rede escondidos atrás dos automóveis estacionados na orla, esperando a operação balde terminar e já jogar com a quadra devidamente encharcada, sem terem tido qualquer trabalho. Em 1990, durante muitos meses, o Leblon perdeu toda a faixa de areia, devido a sucessivas ressacas e nos mudamos para um ponto em Ipanema em frente a Rua Garcia D'Ávila, que estava vazio, devido a extinção de uma antiga rede. Quando os componentes de uma rede vão envelhecendo e parando de jogar, se os filhos não dão continuidade ao jogo de voleibol, estas redes vão aos poucos deixando de existir, liberando o espaço para novos grupos que se formam. Existe um fato curioso quanto as redes de voleibol da praia. Quem nunca praticou este saudável esporte, acha que estes espaços são abertos ao público, vez que invariavelmente, encostam dois caras na rede e perguntam: "podemos fazer a dupla de fora?" e temos que explicar sempre, que ali é um grupo fechado, que pagamos anualmente (450,00) para que o material da rede seja guardado em local seguro, pagamos para alguém armar e desarmar todos os finais se semana (tarefa do Pelé da Praia) montar a bomba elétrica para molhar a areia e tomar banho de água doce, montar o mobiliário composto de mesas e barracas e que já tem uma dupla de fora de associados, esperando a vez de jogar. As redes funcionam como pequenos clubes e seu quadro social. Podem entrar novos componentes? sim, são permitidos, desde que indicados por um sócio em dia com sua anuidade e que saibam o mínimo quanto aos fundamentos do esporte. Estes novos pretendentes a sócio, terão suas habilidades aferidas logo de manhã cedo, quando começam os primeiros confrontos, para que imediatamente seja decidida a sua aceitação ou não.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Passei pela fase dos baldes, depois regadores de plástico, bombas manuais de água (idênticas às dos filmes de faroestes), até às bombas elétricas.
      Lá atrás era imperativo que algum privilegiado que viajasse para o exterior trouxesse uma bola Mikasa.
      Na nossa rede, das 9 às 11h30 jogávamos quadras. Duplas só depois deste horário.

      Excluir
    2. É verdade, também passei por todas estas etapas de aprimoramento para molhar a areia. Quanto a nossa bomba elétrica, a fiação foi esticada por baixo da areia até o quiosque posicionado na calçada e pagamos 50% da conta de energia elétrica.
      Quanto as bolas Mikasa, nunca tivemos dificuldades, vez que em nossa rede, tinham alguns Comandantes da extinta Varig e Cruzeiro do Sul, que sempre nos abasteciam.

      Excluir
  2. Na citada esquina da Farme de Amoedo tem um imóvel comercial que, de acordo com o site da imobiliária Sergio Castro, ainda está para alugar. Não sei se é o mesmo do Alberico's.
    Ótimo local para o Pastor abrir uma filial da Igreja Bellettiana.
    Inclusive fotos mostram que já tem dutos montados para a instalação de equipamentos de refrigeração do ar, serviço que, claro, ficaria a cargo da Calango Air.

    ResponderExcluir
  3. De fato estava mais para domingo com pandemia..Recordar o nome desta galera toda não deixa de ser um grande espanto...
    Ontem revi o jogo Brasil X Uruguai pela Copa de 70.O Félix não era mau goleiro e a vitalidade do Jairzinho espantosa....

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A imprensa fez que fez pra colar essa pecha que o Félix era frangueiro, mas não colou. Pra eles, bom goleiro foi aquele que tomou 7 da Alemanha, e ainda jogaram a culpa da derrota num atacante, é mole?
      Depois negam que a imprensa esportiva não é vermelha e preta. Podem vir as pedras.....kkkkk

      Excluir
    2. Sr. Bahia,o maior culpado do 7 a 1 foi o moço de nome Felipão totalmente ultrapassado.

      Excluir
    3. O pouco que lembro é da imprensa esportiva da "Estranha Cidade do Sudeste" criticando o Félix e defendendo a escalação do Ado do Coríntians ou do Leão do Palmeiras.

      Excluir
    4. Tenho que concordar com o Wagner Bahia, bota vermelha e nisso. Por falar em Flamengo, a pandemia deve ter dado uma "esfriada na lavanderia". Quando o mundo voltar à normalidade, muita água suja vai rolar...

      Excluir
  4. Bom dia a todos. As redes de vôlei deram início aos domínios territoriais das praias da zona sul do rio, depois vieram as barracas e agora até quiosques de calçada fazem uso de parte da areia. Quanto ao jogo de vôlei, na minha época era o esporte de quem não jogava futebol. Pronto sei que vou causar polêmica, há,ha,ha, e logo com o gerente do bar....

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sou obrigado a concordar com o Lino.So partia para a rede quem era doente do pé. Craque da bola no chão era top.Depois veio o futevôlei,onde a mistura foi boa...
      Paulo Roberto,com a pandemia a igreja está mais para feira livre do que shopping center.Nao sei como vão ficar as coisas.Ate mesmo a tarja verde fica em sobressalto.O melhor e verificar até meados do segundo semestre.

      Excluir
  5. Em 1970 apesar de Ipanema "ser a minha área de jurisdição", eu frequentava a praia de Copacabana. Quando ia à Ipanema era no Castelinho. O Pierre é de 1972 e só serviu para atrair maconheiros e Hippies.

    ResponderExcluir
  6. No Posto Seis havia "rede de peteca". Eram quase exclusidade para idosos e eram "vedadas para judeus por razões óbvias". Rsrs. Também nunca gostei de vôlei, mas com as redes o "banhista" não implicava: Futebol só após as 15 horas. FF: Foi noticiado no G1 que a Milícia ordenou o fim do confinamento nas comunidades da Zona Oeste. O argumento é que o comércio não está faturando e sem faturar os "contribuintes" não tem como pagar as "taxas". Isso vale para Anil, Gardênia Azul, Terreirão, César Maia, e é claro Curicica e "cercanias"...

    ResponderExcluir
  7. No verão de 73, eu com uns colegas da turma do 3º ano do ginásio do Andrews compramos uma rede e a montamos pela primeira vez na Praia do Diabo. Foi muito difícil jogar, quando conseguíamos devolver um saque era uma vitória! Com o tempo a gente melhorou e passávamos o dia todo jogando na frente da Djalma Ulrich, num desses dias, almocei um frango a passarinho no Alcazar, estava uma delícia, mas foi a primeira e última vez quando soube que o molho é feito de sangue. Me lembro do saque “jornada as estrelas” que ninguém conseguia pegar, e do baiano com sua cesta na cabeça anuciando pé-de-muleque, quebra-queixo, cocadas, maconha, cocaina - chocante pra nós naquela época! Não sei do resto, mas o quebra-queixo estava muito bom!

    ResponderExcluir
  8. As praias e outros lugares (inclusive aqui) estavam infestadas de infectados com Bolsovid-17. Os amigos do Bolsovid fazendo transgressões surpreende alguém?

    ResponderExcluir
  9. Comento tarde da noite. Joguei vôlei na quadra do Francisco Magarinos Torres, entre Garcia e Aníbal. Um cara muito legal, que organizava campeonatos com troféus etc.Morava numa casa que depois virou a loja Company. Ali jogou de brincadeira o Bernardinho uma época. Bom divertimento.

    ResponderExcluir