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terça-feira, 25 de maio de 2021

CARROS

AcervoRouen. Um Peugeot 404, um Opel, outro Peugeot 404 e um da mesma marca, porém modelo 403.

No fundo misturam-se europeus e americanos : do lado esquerdo um Karmann Ghia parece que conversível e um Chevrolet Impala 1961; na esquerda um belo Ford Victoria 1956.

Vemos ao fundo os dois galpões da Marinha e o Mosteiro de São Bento.

Acervo Rouen. Cais do Porto em 1962. Os carros importados sem documentação OK eram apreendidos logo na chegada ao cais do porto e ficavam aguardando ao relento, às vezes até anos para liberação ou leilão.

Podemos ver ao fundo os antigos guindasdes ingleses que durante anos se fizeram presentes neste local. Vemos em primeiro plano vários Chevrolet Belair 1956.

O estacionamento defronte à Casa França-Brasil. Um show de veículos.


 A Praia de Ipanema num dia concorrido poucos anos antes do "império dos fuscas".


Um grande engarrafamento defronte da loja "O Príncipe", que veste hoje o homem de amanhã, em 1961.  


17 comentários:

  1. O Porto do Rio de Janeiro já teve grande importância, já que era o destino de grande parte das importações de veículos. A "falecida" e extinta região portuária era cortada por trilhos da Central e da Leopoldina, onde seus trens levavam grande parte da produção para outros destinos. A atual Casa França-Brasil era a sede da Alfândega, que atualmente é um dos "braços" da Receita Federal, subordinada ao Ministério da Fazenda. O prédio da foto foi sede da Alfândega até o final dos anos 40. Nota-se a desordem urbana em Ipanema mostrando carros sobre as calçadas e no canteiro central. O estacionamento em frente ao prédio da Alfândega era permitido, bem como em grande parte da Presidente Vargas. Um época que apesar dos problemas o transporte público era abundante.

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  2. Eu estive na Avenida Rio Branco na semana passada na região da última foto e a visão é assustadora. Uma região com poucas lojas abertas, muitos camelôs, e muitos desocupados. As estações de embarque do VLT podem ser considerados os pontos altos da via, pois "tem-se a impressão" de estar em um país europeu tal é a presteza, a limpeza, e a regularidade do serviço. Os "caloteiros" desenvolveram um sistema de não pagar a passagem, mas os funcionários do VLT desenvolveram um interessante sistema para evitar o calote. O Rio de Janeiro "não é para amadores".

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  3. Bom Dia! Hoje será uma festa para os conhecedores de automóveis. O bonde na foto três,por certo terá um comentário do Helio.

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  4. Achei que estaria de férias até o Natal, mas me equivoquei. As fotos do Claude estão corretamente identificadas, acrescentaria ao Opel o tipo Rekord e o ano inicial daquela carroceria, 1958.
    Na foto da Alfândega, vemos, na fila do canto esquerdo, um Citroën 11 e, no final, um Ford 1941. Já o restante não devo me atrever.
    Na fila central, começamos com um Renault Frégate 1951 (quase todos são 50-51), um Singer, De Soto, Fiat 1100, Nash 46, Studebaker 47, Kaiser, Jowett Javelin, Austin, nenhuma marca repetida!
    Na fila do Fusca, começa por um carro inglês, talvez MG saloon, o Fusca, Opel Olympia 1937 com nome derivado da Olimpíada de 1936 e um Pontiac dos anos 40. Ao fundo um rebolante bonde com seu reboque.
    Na foto da praia, um Studebaker 50 e um Mopar idem. De costas, um Chevrolet 1952 e um Pontiac 50, depois um belo Chevrolet cupê teto duro, saia e blusa, muito chique e um Mopar 53. Na linha final, um Peugeot 203 preto, um Ford 46 claro e um Austin A-40 preto; quem não tem ideia do que seja um Austin, ou um Peugeot, vai continuar sem a ideia.
    No engarrafamento, ao lado do ônibus, um Chevrolet 57, um Pontiac dos anos 50, um Dodge 46 e um Ford 37. Na linha de trás, um Dodge 46, um Plymouth, Cadillac 54 e um lindo Buick Roadmaster 55, cupêzão sem coluna, o carro mais espetacular da foto. Ao fundo, um DKW data a foto como de 58 em diante. O número do ônibus com 2 dígitos limita a foto a 1961, se não estou enganado.

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  5. Bom dia a todos. Dia cheio para o Biscoito, vendo estas fotos antigas, continuo achando os carros europeus mais bonitos que os americanos desde aquela época, hoje é covardia comparar a beleza de um carro europeu, com um carro americano, em qualquer categoria, sedan, hatch, SUV em termos de qualidade então é a mesma diferença da água para o vinho.

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  6. Lembro bem desses automóveis importados, sem a chamada "quarta via legal", que ficavam retidos no porto. Seus proprietários, esperançosos na liberação, untavam com óleo as carrocerias para tentar alguma proteção contra a exposição às intempéries, particularmente a maresia. Um desses modelos, um Chevrolet Belair, sedan, 1956, de um advogado morador da Av. Beira Mar, depois de liberado foi parar no pátio interno do quarteirão e lá ficou por anos, até ser incendiado por desocupados que usavam o carro como valhacouto. Por má sorte o carro do meu pai estava estacionado ao lado e também foi atingido, ainda que superficialmente.

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    1. Em tempo: Como foi mencionada em uma das fotos desta postagem, aproveito para registrar que, na condição de assessor jurídico da FNPM - Fundação Nacional Pro-memória, participei da instalação da centro cultural conhecido como Casa França Brasil. Sua implementação decorreu desde 1984 até sua definitiva instalação em 1990. Inclusive a elaboração do competente Protocolo de Intenções que deu início às tratativas finais para a definição das obras a serem executadas foi da minha lavra.

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  7. Não sabia que o bonde passava em frente a sede da antiga Alfândega, na Rua Visconde de Itaboraí.

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    1. Seria o destino final a Praça XV?

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    2. Era a linha 26 Estrada de Ferro-Tiradentes.

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    3. Era uma linha circular. Ironicamente só em 2017 a Praça XV passou a ser ponto final de uma linha de bonde, ainda que seja um VLT.

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  8. Hoje teve hora extra para o Biscoito. Merece até uma mariola a título de bonificação.
    Os da primeira foto são os modernos da série de hoje. Talvez o último ano de grandes importações de carros, que seria quase zero por 3 décadas.
    O Impala 61 parece uma SW.
    Na foto 2, do jeito que estavam era só tirar borrachas, couro e/ou plásticos e mandar o que era de aço direto para os fornos da Cia. Siderúrgica Nacional, considerando que na época colecionar era coisa raríssima. Também seriam sonho de consumo em Cuba, até hoje.
    O Chevrolet 57 da última foto parece um "rabo de peixe" muito tímido e o Buick Roadmaster aparentemente não entraria nessa "categoria".

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  9. Esses carros no porto ficavam anos. Naquela época as jogadas e despachantes mandavam. Sempre lembrando que o Rio era capitão imaginemos como seria o resto do Brasil.

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    1. Naquela época as importações eram um bom negócio para os escritórios de despachantes. O Brasil não produzia quase nada e todos ganhavam dinheiro. No governo militar porém houve restrições e o negócio de importações começou a declinar. Além disso as montadoras europeias instaladas aqui foram um fator determinante para o fim do reinado de carros made in USA e começou o Império dos Fuscas, Gordinhos, Dauphines, e Sincas.

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  10. Os grandes edifícios do centro do Rio construídos entre as décadas de 30 e 50 possuem grandes pátios internos que servem de estacionamento descoberto. Servem de "passagem de pedestres" e a maioria é aberta ao público. Mas o número de vagas é bem inferior ao número de escritórios ou apartamentos. Outro dia eu estive em um desses pátios no Edifício São Borja e pode observar que os carros ficam "apertados" e mal se pode transitar entre eles. Fiquei imaginando como devia ser o São Borja no passado, já que ali funcionavam os mais conceituados "Rendez-vous" do passado. A imponência da construção e os bronzes da portaria sugerem que presenciaram dias bastante agitados, bem diferente dos dias de hoje.

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    1. Na verdade esses pátios internos eram para ser "jardins" no plano Agache. Esse é o motivo de terem várias entradas de pedestres. Junto com a possibilidade dos prédios avançarem até a rua deixando um vão, eram as maiores características do plano. A ideia original era que no Rio chove muito ou tem muito sol, seria para proteger os pedestres. Veio a revolução de 30 e o plano foi cancelado, apesar de ser usados em outros como o "plano 100" ainda vemos essas arquitectura na Presidente Vargas.

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  11. Olá, Dr. D'.

    Salvo engano a terceira foto é do Arquivo Nacional. Mas foi um prato cheio para o biscoito. Espero a postagem de hoje.

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