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quinta-feira, 28 de julho de 2022

RUA ARAPOGI - BRÁS DE PINA

Brás de Pina fica na Zona da Leopoldina do Rio de Janeiro e faz divisa com a Penha Circular, Vila da Penha, Cordovil, Vista Alegre e Irajá. Até a construção da Avenida Brasil, na década de 1940, suas terras alcançavam a Baía de Guanabara.

O nome do bairro é em homenagem ao antigo proprietário de suas terras, Brás de Pina, que tinha um engenho de açúcar no século XVIII, estando ligado também a pesca das baleias. A fazenda se estendia até às margens da baía da Guanabara.

Atualmente o bairro é dividido pela linha férrea, que foi inaugurada em 1886, e é cercado por muitas favelas.


Vemos a Av. Arapogi, em 26/03/65, em Brás de Pina, com o rio do mesmo nome. Esquina com a Rua Iricume. A disputa por espaço entre o lotação e ônibus se devia a uma outra ponte, então interditada.

O símbolo do IV Centenário no vidro traseiro do lotação data a foto. O cano de descarga elevado é outra característica da época. E o que dizer do olhar perplexo do pedestre vendo a próxima colisão do lotação e do ônibus?


Já este lotação ignora a proibição e utiliza a ponte que estava interditada. É bem verdade que não aparecia, pelo menos na foto, nenhuma indicação da interdição.

Em outra ocasião o Mauroxará escreveu que "o lotação é um carro agregado à V.A.L.S.A., Viação Amigos Leopoldinenses S.A. Durante um breve periodo, esse carro "recolhia", isto é, ficava guardado no Posto "Bravo". Não sei se pertencia ao Sr. Bravo, dono do posto e fundador da Caprichosa. A linha era Vigário Geral-Bonsucesso. Neste canal sempre tinha um carro com sede que ia lá em baixo se "refrescar"."


Um grupo de rapazes usa a ponte interditada para atravessar o rio.

Os pedestres não se preocupavam com a interdição da ponte.

O bairro, como nesta foto dos anos 60, tinha problemas de saneamento. Urubus no canal do rio Arapogi eram frequentes.

Aqui vemos a esquina da Rua Arapogi com a Rua Francisco Enes. Nos anos 60 a situação na região era difícil, pois havia ruas, como a Francisco Enes, em que era normal ver correr na porta das casas as valas de esgoto a céu aberto com pontes de madeira para pedestres.


Uma precária ponte de madeira também era usada para cortar caminho.

Certa vez o Lino fez um comentário que dava uma ideia bem diferente do que vemos nas fotos: "O bairro de bairro de Brás de Pina foi a urbanização de um grande engenho de açúcar, pertencente ao Sr. Brás de Pina, que após o loteamento e urbanização deste local, deu nome ao bairro, muito embora durante a fase de loteamento fosse chamado de Vila Guanabara.

A urbanização foi efetuada pela Contrutora Kosmos, era chamada de "Princesinha da Leopoldina", seguindo planejamento modelo de urbanização, com ruas calçadas e arborizadas para amenizar o calor. O canal da Av. Aragogi era bem arborizado com flamboyants.

Nos anos 60 e 70, neste bairro moraram várias famílias portuguesas, inclusive o meu tio Antonio, que morou na Rua Piriá."

Também um comentário do Andre Decourt destoa do que vemos nas fotos de hoje;

"Ao contrário de seus bairros vizinhos como Cordovil e Penha, Brás de Pina foi um completo projeto de loteamento, inspirado em bairros de Londres, com tecido urbano retorcido para privilegiar o tráfego local, dado a apenas uma via. O único problema foi que esse trecho do bairro ficou meio asfixiado pelos aterros ao longo da Av. Brasil e, nas vezes que passei por ele, apesar de agradável, achei quente. Considero o loteamento vizinho a Vila Panamericana, principalmente na região das ruas Coimbra Cintra, Av. Lusitânia, muito mais agradável termicamente, talvez por estarmos em uma colina bem arborizada. Se morasse no subúrbio da Leopoldina seria o lugar para morar, não fosse a violência do Alemão impactar a região. Tenho bons amigos lusos por aí.

As ruas nos anos 30 já eram pavimentadas e arborizadas. A empresa construtora, da família Lobo tendo como sócios a família Enes também fornecia, como em outros loteamentos, projetos de casas a serem executadas caso o comprador do lote assim desejasse, o que explica alguns imóveis repetidos na região. Havia vários estilos disponíveis em voga nos anos 30 como o neo-colonial bem simples que tanto vemos nessa região suburbana, e outros menos cotados com um art-déco bem utilitarista, já bem desfigurado em quase todas as construções.

Essa parte do bairro, além linha férrea, pelo seu urbanismo e qualidade das contruções em comparação aos bairros vizinhos, quase vazios ou muito precários, tinha o apelido de Princesinha de Leopoldina. Muita gente da Zona Sul comprou propriedades nessa região nos anos 40 e 50, crentes da sua valorização pela proximidade com as saídas para Petrópolis e São Paulo e também por ser perto do término da Linha Verde, que ligaria a Gávea à Via Dutra, que seria pela Av. Meriti na fronteira com Cordovil, além do mercado São Sebastião. A região hoje é meio morta e decadente além da linha férrea onde o comércio, o cinema e as indústrias foram embora, mas essa parte aí tem o clima do subúrbio do passado, meio pichado e sujo de poeira de diesel, mas ainda com bucolismo."

 

Imagem da Av. Arapogi obtida no Google Maps. A região parece bem mais cuidada.



47 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Não conheço a região. Fui algumas vezes na Vila da Penha visitar parentes da minha mãe, mas todos já são falecidos.

    Dizem que os lotações seriam os equivalentes atuais das vans, para o bem e para o mal. Os especialistas podem desmentir ou não.

    Os registros do Correio da Manhã, especialmente dessa coluna, não deixam saudades. Em alguns casos, a situação melhorou ou, para alguns, ficou "menos pior". Mas a realidade é que a situação ficou mesmo pior na grande maioria da cidade.

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    1. Embora eu não tenha convivido muito tempo com os lotações, eu diria que equivalem sim às vans de hoje. Naturalmente, a disposição dos assentos era completamente diferente. E não podiam transportar passageiros em pé, o que ocorre nas vans. A passagem era paga diretamente ao motorista. Quanto à quantidade de lugares, havia diversos tipos de carroceria: o Mauro Xará pode dissertar longamente quanto a isso. Ao que me lembro, havia alguns com capacidade de 10 passageiros, outros com 15 e outros com 19. Acima disso já era considerado micro-ônibus.
      A porta ficava na frente e era semelhante à dos ônibus atuais. Era aberta manualmente pelo motorista, através de um sistema de alavancas e barra de ferro.
      Havia os lotações de empresas (poucas), mas a maioria era de particulares. Por isso não havia regularidade de horário. Nos fins de semana de sol, por exemplo, minha família pretendia ir à praia de Copacabana, pegando o lotação da linha Usina x Copacabana, e era uma áfrica, porque os donos deles resolviam também ir à praia e a quantidade em circulação era muito pequena. Formavam-se filas quilométricas na Usina, esperando o próximo lotação.
      Mas posso ter cometido alguns erros neste comentário. Se o Mauro Xará voltar aqui hoje, provavelmente vai corrigi-los.

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  2. Parte dessa região é atualmente integrante do chamado "Complexo de Israel", um "curral narco-eleitoral" dominado pelo comando vermelho. Não passo por ela há bastante tempo em razão de sua periculosidade e circular por ela sem conhecê-la é temerário. Muitas vezes as estações ferroviárias entre Cordovil e Vigário Geral são fechadas e a circulação de trens é interrompida em razão de tiroteios.

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    1. Mais uma região da cidade, como tantas outras das zonas norte e oeste, sequestrada pelo onipresente "quinto poder", o dos bandidos ...

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  3. O lotação da primeira foto parece ser um Chevrolet; já o da segunda parece um Fargo.

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  4. Nos anos 40 "no tempo da Guerra" e devido à escassez, meu avô ia à Duque de Caxias comprar carne regularmente, e o caminho usado por ele era margeando a linha da Leopoldina desde Manguinhos, já que não existiam a Avenida Brasil nem a "Variante Rio-Petrópolis. Muita gente no passado realmente investiu em imóveis na região em razão da tranquilidade, de uma certa facilidade de acesso ao centro do Rio, e de duas ferrovias (E.F. Leopoldina e E.F. Rio D'Ouro). A arquitetura das casas em várias regiões do subúrbio é bem interessante, apesar do gosto duvidoso. Os conjuntos residenciais do IAPI, IAPC da Penha, Del Castilho, Irajá, Maria da Graça, e Coelho Neto, foram construídos nessa região em razão dessas facilidades conjugadas por um preço módico, mas que hoje é refém do "crime organizado".

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  5. Quando trabalhei na Diretoria de Geociências do IBGE, em 2009/10, por vezes eu ia de trem e passava na estação Brás de Pina. Mas nunca andei pelo bairro. Normalmente eu ia e vinha de ônibus, pela Viação Caprichosa, linha 639 - Saens Peña x Jardim América. Atravessava 15 bairros, um dos quais era Vista Alegre, que eu achava muito agradável, com ruas e casas bonitas.

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  6. Ao passar de carro pela Av Brasil na parte mais elevada de Lucas será possível ver a "estrela de Davi" no alto de um prédio na Cidade Alta, indicando que aquelas adjacências pertecem a esta facção.
    Quando será que teremos um governo com c* e de coragem para enfrentar e agir de forma a retomar vários locais da cidade?

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    1. Acho que nunca, muita gente consome e muita Vai vender. Tráficante virou profissão, digamos que curta mas profissão.
      Recomendo a leitura dos livros sobre a escravidão do Laurentino Gomes, explica um pouco o que vivemos.

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  7. Bom Dia ! Não lembro se da vez passada que o SDR publicou essas fotos falei a respeito. Meu saudoso Avô tinha um Irmão que morava em Braz de Pina. Certa vez a Filha dele,Prima da minha Mãe a convidou para que fosse lá, porque o Presidente Português que estava em visita ao Brasil, tinha uma parente que morava bem próximo e ela garantiu que ele iria lá visita-la. Minha Mãe não foi. Oficialmente o Presidente não foi, mas a Prima da minha Mãe e alguns vizinhos garantem que ele esteve lá.







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    1. Mauro, salvo engano, foi em 1957, durante a visita do presidente português Craveiro Lopes e a ida foi documentada em algum jornal ou revista.

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  8. Em tempo: O acontecido foi do outro lado de Braz de Pina.

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  9. Na primeira metade dos 1970 eu tinha um amigo que morava em Vila Kosmos (não confundir com Cosmos, dois bairros diferentes e muitíssimo distantes um do outro). A área onde ele morava era muito bonitinha, com casas bem cuidadas, ruas asfaltadas, etc. Vila Kosmos é vizinha de Vicente de Carvalho, pelo lado direito da linha do metrô. É um bairro praticamente só de casas.

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    1. Tive um colega de trabalho nos anos 80 que morava em uma casa muito agradável na Rua Aiera, em Vila Kosmos.
      Rua só de casas, 2 pistas calçadas com paralelepípedos e canteiro central.
      Frequentei bastante e, sinal de outros tempos, saía muitas vezes tarde da noite da casa dele e voltava para Laranjeiras sem nenhum problema, vidros do carro abertos (não tinha ar condicionado...).
      Ainda era "outra cidade"; a partir do início dos anos 90 o Rio como eu conhecia acabou.

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  10. Bom dia Saudosistas. Fui muitas vezes a este local nos anos 60, visitar com meus pais um tio irmão da minha mãe já falecido a muitos anos. Acho que hoje nem sei como chegar a este local.

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  11. Nos 52 anos durante os quais trabalhei, o local mais aprazível, bonito, charmoso em que estive alocado foi justamente na Diretoria de Geociências, no bairro de Parada de Lucas/Cordovil. Uma área verde, muito bem cuidada, com jardins, restaurante, capela e até um campo de futebol imenso. Dizem que nos fins de semana ele era franqueado à população da área, com gesto de boa vizinhança. Nunca houve problemas por causa disso.

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  12. Helio, fui usuário por anos do lotação Largo do Machado-Ipanema cuja linha tinha 20 carros. Era uma linha circular, saindo do Largo do Machado. Metade da frota era via Botafogo e a outra metade via Copacabana. Chegavam até o Jardim de Alá e trafegavam pela Epitácio Pessoa. Tinham 20 lugares e muitas vezes levavam alunos de colégio abaixadinhos no corredor central.
    Também usava o Lins-Lagoa para ir ao Maracanã. Estes tinham ponto final junto a garagem de barcos do Botafogo, perto da Curva do Calombo. Era tão pouco tráfego que no ponto final ficavam dois ou três lotações estacionados numa das pistas da Epitácio Pessoa.
    O Estrada de Ferro-Ipanema também passava pela orla da Lagoa.
    O próprio motorista cobrava a passagem e distribuía uma ficha que deveria ser depositada no receptáculo junto à porta de descida. Muitas vezes estas fichas eram roubadas para serem usadas em jogo de botão ou para colecionar.
    "Voavam", mas respeitavam mais as regras de trânsito do que as atuais vans.

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    1. Quando os lotações acabaram eu ainda era relativamente novo. A imensa maioria das vezes, eu usava bonde para ir de um lugar a outro, inclusive com minha família. Na Tijuca, ao que me lembro, não havia muitas linhas de lotação. Só me lembro da Usina x Copacabana e da Usina x Leblon. O resto eram ônibus, principalmente com ponto final na Praça Saens Peña. Algumas linhas de ônibus eram famosas: Saens Peña x Marechal Hermes (existe até hoje), a 102 - Saens Peña x Largo do Machado, a famosa 74 - Cascadura x Lapa, a 26 - Usina x Mourisco, a Muda x Copacabana (acho que era 11 ou 111), a Muda (ou Usina) x Mauá (acho que era a 29), a 67 - Praça XV x Encantado, a Fábrica de Chitas x Horto Florestal, a 109 - Praça Malvino Reis x Ipanema, a 110, que teve vários nomes, como Grajaú x Leblon.

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    2. Por incrível que pareça, onde usei mais lotações foi em Belém do Pará, quando trabalhei lá em 1967/68. Ia e vinha do trabalho usando a linha 209 - Perpétuo Socorro. Eram lotações Mercedes-Benz, cor metálico e marrom. Mas mesmo lá os lotações eram minoria. A maioria eram uns tipos de lotação grande, com duas portas, carroceria de madeira sobre chassis de caminhão. A carroceria não ficava bem acoplada e quando o veículo andava ela chacoalhava em cima do chassis, parecia até que ia desmontar tudo. Ônibus mesmo eram minoria, e normalmente provindos daqui do Rio de Janeiro, porque dava para ver o nome da empresa carioca e o número de ordem raspados na carroceria. Alguns eram da Braso Lisboa, que faz a linha Triagem x Leme e Jacaré x Jardim de Alah.
      Aí a empresa que fazia aqui no Rio a linha Carioca x Taquara, lotações verdes e amarelos, vendeu-os para Belém, onde circulavam com as mesmas cores daqui.

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    3. Com certeza respeitavam mais, os motoristas não eram funcionários de bandidos perigosos como acontece hoje em dia com a maioria do transporte dito alternativo.

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  13. Sou morador desde que nasci, há 54 anos, na região de Brás de Pina, já na divisa entre Vista Alegre e Vila da Penha, próximo ao largo do Bicão. Inclusive, se dizia que pertencia à Vila da Penha, mas o CEP atualizado de anos atrás aponta para Brás de Pina.

    Região altamente residencial, predominante de famílias portuguesas, que perdeu sua tranquilidade pelo fato de estar nas mãos das facções criminosas e das milícias que atormentam a região.

    No início dos anos 80 passava diariamente pela Rua Arapogi, no ônibus 940, em direção à Penha para estudar no Colégio Gomes Freire de Andrade.

    A sambista Teresa Cristina, o ex-jogador Romário, Wanderley Luxemburgo, o capitão Carlos Alberto Torres, o lendário Jair de Ogun, entre outros, são alguns que conheci pessoalmente e que moram ou viveram os bons tempos da região. Ouvi dizer que Dolores Duran também residiu no bairro. Inclusive existe uma rua com seu nome próximo da minha casa e que o Jair de Ogun recebia para suas "consultas".

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  14. Em 1980/81 eu me envolvi com uma moça bem interessante e de uma boa família que morava próximo à Vigário Geral. Era uma rua com boas casas e não era absolutamente perigosa. Várias vezes ficávamos conversando até tarde da noite dentro do carro sem qualquer sobressalto. Voltava pela Avenida Brasil e igualmente não tive problemas. Apesar dos detratores de plantão, é inegável que na época do Governo Militar vivíamos em segurança e íamos à qualquer lugar. Já afirmei muitas vezes aqui que um dia viveríamos em um "Soweto às avessas". Quem conhece a história de Soweto há de convir que somos prisioneiros, só que de forma inversa ao que ocorreu na África do Sul.

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    1. Não só na época do governo militar. Antes dele também era super-tranquilo. Namorava encostado num carro sem nenhum medo de ser assaltado em Copacabana, numa rua vizinha ao Bairro Peixoto. Não tinha carro na época, nem idade para dirigir, e a namorada descia do apartamento e ficávamos namorando até 22h30, hora em que o pai dela exigia que voltasse para casa.

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    2. Gostaria de acreditar que as coisas poderiam voltar a um patamar ao menos aceitável por "meios brandos e sutis". Nada aconteceu "de uma hora para outra" mas de forma contínua por mais de 35 anos. Uma reação justa e desejável da população já teve início e a tendência é que dias tensos virão.

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  15. No meu comentário das 08:40h, citei que passava por 15 bairros para ir trabalhar no IBGE. Eram eles, a partir do Engenho Novo: Méier, Todos os Santos, Engenho de Dentro, Encantado, Abolição, Piedade, Quintino Bocaiúva, Cascadura, Madureira, Turiaçu, Rocha Miranda, Colégio, Irajá, Vista Alegre e Cordovil. Os dois piores eram Turiaçu e Colégio; os dois melhores eram Irajá e Vista Alegre.

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    1. Helio, quanto tempo demorava esta travessia?

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    2. Luiz, eu pegava o ônibus em frente de casa por volta das 06:55h e chegava no IBGE lá pelas 07:50h. Portanto, 55 minutos indo. A volta era um pouco mais demorada, cerca de 1:10h.

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  16. Os telejornais diuturnamente através de seus helicópteros mostram a extensão do chamado "Complexo de Israel" cujo "frente" é um traficante de nome Álvaro Malaquias" cujo codinome é"peixão". Houve um caso rumoroso há pouco tempo sobre uma ponte construída pelo tráfico por 300.000 Reais após o Prefeito Eduardo Paes ter apresentado um orçamento de cinco milhões de Reais. Apesar de grande cobertura de jornais televisivos Polícia não destruiu a ponte e nada fez nesse sentido, apesar da região ser coberta de barricadas de todas as espécies. O apresentador Tino Júnior indignado diversas vezes em seu programa deixou escapar que o Rio de Janeiro "está vendido"... Será?

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    1. Ando muito desatualizado. Não sei quem são os citados nos jornais como artistas, cantores, jornalistas, ex-BBB, etc. Tino Junior? Nunca ouvi falar. Essas cantoras de sucesso, influencers, etc, são totais desconhecidos para mim.
      A velhice é fogo.

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    2. Luiz, o Tino Junior não é influenciador digital (essa praga moderna). Ele é o apresentador do programa diário "Balanço Geral", na TV Record, a partir de meio-dia até as 15:15h. É tipo um noticiário, mas dando preferência a cenas ao vivo e a casos em andamento. O Tino Junior é um crítico acerbo das leis de merda em vigor no Brasil, e fala abertamente isso, ao vivo e a cores. Não tem papas na língua, mas tudo em alto nível. Não é aquele lixo do Sequeira Junior.
      Vale a pena ver o programa, para se saber o que passam os moradores dos subúrbios cariocas e ter noção do que é a realidade que muita gente desconhece. Recomendo.

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  17. Conheço muito pouco o lado "de baixo" (entre a linha do trem e a Av. Brasil - Variante para o pessoal dos anos 40) da região da Leopoldina, mas assim como o lado "de cima", costuma ter boas residências fora das vias principais.
    Lembro de pelo menos uma vez quando criança de uma viagem em lotação pelo trecho mostrado, para visita à parentes, com minha mãe lamentando as "mil voltas" que o coletivo dava pelos quarteirões da região.
    Seja para qual lugar fosse, pior mesmo era quando o lotação passava com o letreiro de "lotado" aceso e tinha que ficar esperando a próxima opção de transporte.

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  18. Atualmente os comentários realizados no SDR independentemente da foto postada, sempre descambam para a situação de insegurança que a cidade infelizmente vem vivendo na última década.
    Gostaria de saber dos amigos comentaristas, se deslumbram melhorias neste cenário, quais medidas emergenciais seriam necessárias. Eu particularmente não vejo a menor possibilidade de mudança desta situação, pois até o exercito foi posto nas ruas da cidade e a violência permaneceu nos mesmos níveis ou até piorou.
    Quais amigos analisam a possibilidade de trocar a cidade por outra em face desta situação?

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    1. Prezado Lino, já expressei muitas vezes minha opinião sobre o Rio e o Brasil, mas nunca é demais repetir: não há mais solução. É como uma infecção que você tenta conter colocando merthiolate e que acaba em gangrena. O Rio está gangrenado, o Brasil vai no mesmo caminho. Atingimos o "no return point" há tempos. Poderia repetir minha catilinária contra os políticos, mas o Luiz não tem gostado muito disso, então vou me calar.
      Conheço inúmeras pessoas que foram embora para Portugal, e todas estão felicíssimas e não pensam em voltar ao Brasil nem sequer a passeio. Portugal é apenas um exemplo. Austrália é outro. Também conheço vários que foram para lá e nunca mais voltaram. Também conheço quem foi para a Irlanda, Espanha, Alemanha. Ninguém pensa em voltar.
      Só quem pensa em vir para o Brasil são criminosos de vários países, como Nigéria, Rússia, Itália, e outros.
      Já disse e repito: o futuro do Brasil é se tornar o mais importante narcopaís do mundo. Temos todas as características para isso: milhares de quilômetros de fronteiras com países produtores de drogas, milhares de quilômetros de costa oceânica com dezenas de portos, uma legislação feita sob medida para facilitar a vida dos criminosos, corrupção endêmica nas elites econômica, policial, política e judiciária.
      E mais não digo nem me foi perguntado. Senão o Luiz vai me jogar para escanteio.

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    2. Prezado Lino, quando se sabe que os PM's e os militares das FA não andam fardados no deslocamento casa x quartel por medo dos bandidos, você acha que existe esperança de melhora? Esse simples fato mostra quem realmente manda no país. O resto é marionete, embora alguns sejam pagos para isso. E bem pagos. Interpretam bem seu papel, jogam para a plateia, fazem cara de mau para as câmeras de TV, prometem jogo duro contra a criminalidade (especialmente em vésperas de eleições), mas no fim do mês recebem dos bandidos a paga pelo seu bom desempenho. E la nave va, pelo Estige, nós embarcados nela e conduzidos por inúmeros Carontes. Já estamos no Hades, mas ele é profundo e ainda há muito a descer.

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  19. Nos idos de 1962 conheci o Colégio Alcântara em Braz de Pina em função de ter amigos que moravam nesse bairro. Não sei se existe ainda essa escola e infelizmente nunca mais voltei pela região e que pelo comentários postados acima acho que não voltarei tão cedo.

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  20. Lino, é notório o mal estar generalizado face à violência. Vivemos numa cidade onde os movimentos são muito afetados pela insegurança. Outro dia havia um espetáculo no João Caetano que gostaria de ir, mas não achei prudente. O Centro está um caos.
    As raízes são profundas na cidade para, nesta idade, mudar de local. Da janela vejo com frequência assaltos em plena luz do dia. Acho que chegamos a um ponto de não retorno. Vivemos em nichos, de casa para destinos fechados, passeios de bicicleta ou caminhadas em locais menos perigosos e em determinados horários. Flanar pelas ruas é um risco.

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  21. Prezado Mário, 11:59h: acho que você pegou pesado chamando os motoristas de vans de "funcionários de bandidos". Na verdade, eles são reféns dos bandidos. Ou pagam para trabalhar ou são espancados, têm a van incendiada e são até mortos.

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    1. Você tem razão, os motoristas são - em sua maioria - reféns da situação.
      Mas observando as loucuras que fazem no trânsito do dia a dia, colocando em risco seus próprios passageiros e os outros carros, a alcunha funcionários de bandidos quase se justifica.

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  22. Essa postagem de hoje está sendo EXCELENTE para que muitos comentaristas possam expressar como era o Rio há algumas décadas. Acho que é um tapa de luva naqueles que insistem em dizer que a vida hoje é melhor do que antes, o que eu venho contestando há muitos meses aqui. Para estes, recomendo que leiam com atenção tudo o que foi e ainda será comentado aqui e retirem seus antolhos. E percebam (não é tão difícil assim) que a qualidade de vida não está associada a TV de 400 polegadas e resolução de 200 megapixels, nem a iPhone versão 55, nem a carros automáticos com alta tecnologia, nem a Alexas que fazem de tudo, nem.... nem... Qualidade de vida está intimamente associada a segurança, porque o instinto mais forte de qualquer ser vivo é o de sobrevivência, e se esta vive permanentemente ameaçada não há TV nem iPhone nem carro nem Alexa que torne a pessoa feliz. Se você teme pela sua vida, se você é na prática um prisioneiro em sua casa, não há nada que possa lhe dar felicidade. Entenderam ou preciso desenhar?

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    1. Perfeito o comentário.
      Já há um bom tempo somos prisioneiros, sob os mais diversos aspectos.

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  23. Lino, o diagnóstico do Helio Ribeiro e do Gerente é preciso: já foi atingido o ponto de não retorno, dificilmente haverá vontade política e condições de reverter (ou de manter, por pior que seja) a situação atual.
    Vai continuar piorando, nós somos passageiros desta barca.
    Tivesse eu 20/30 anos e não os setenta que tenho, ia procurar a melhor saída possível: a do aeroporto.
    Sinto por nossos filhos e netos, que enfrentarão uma situação cada vez pior.

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  24. Ontem eu estive na região da Praça Tiradentes e a situação é desanimadora. Na rua Sete de Setembro a situação é de quase abandono e grandes lojas fecharam, inclusive a Galeria Silvestre. Naquele "correr de lojas abandonadas" muitos imóveis foram invadidos e se tornaram depósitos clandestinos de camelôs e em duas delas funcionam escritórios eleitorais: um do PT e outro do PDT. Serviu de consolo ver uma incrível quantidade de VLTs cruzando a rua. Acabei entrando em um, saltei no Campo de Santana, e entrei na Igreja de São Jorge para descansar. Mas um fator chama a atenção: a quantidade de Policiais Militares do Segurança Presente na Região. De moto, a pé, em viaturas, e até em grandes tendas dos dois lados da Presidente Vargas, os PMs fazem a região mais segura para pedestres. Eu sugiro aque você dê uma volta por lá. Afinal poderá perceber que "flanar' pode ser divertido...

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  25. Então, conferindo os locais exatos fotografados da Arapogi, a foto 3 mostra a esquina com a Rua Tailândia, na foto 5 ao fundo a esquina com a Antenor Navarro e na 7 a esquina com a Rua Piriá, onde tem uma pracinha, praticamente uma continuação da Rua Iricume cuja esquina aparece nas fotos 1, 2 e 4. E o prédio desta também aparece lá do outro lado na foto 6, mas com o fotógrafo e o terreno baldio na rua informada no texto, a Francisco Enes (sem o circunflexo que o Maps colocou no segundo "e").

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  26. Apesar de muitos aqui possuírem orientações políticas diferentes, não há como discordarem de que a falta de segurança levará o país ao caos. A diminuição da violência é uma prioridade que certamente fará com que as divergências políticas sejam postas em segundo plano para que uma solução definitiva possa ser posta em prática. Para que isso possa acontecer muitos interesses espúrios serão prejudicados, e isso vai contrariar interesses poderosíssimos cujos prejudicados retaliarão de forma implacável.

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  27. Sabemos que uma das razões é o sistema judiciário ser brando em relação a crimes de "menor violência", como corrupção e estelionato. Coincidentemente (ou não) quem elabora as leis no país geralmente aparece em episódios correlacionados ao tema.

    Para crimes de maior violência, o sistema de progressão de pena é uma piada e um convite à impunidade. Fora o fato de quem tem dinheiro e/ou poder para contratar banca de advogados consegue fiança ou empurrar o processo até ele cair em prescrição de prazo.

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  28. Claro que o assunto violência que acabou dominando as postagens contribuiu para a quantidade delas, mas de qualquer modo que fique registrada a expressiva participação dos frequentadores do blog, o que para mim é sempre motivo de satisfação. O Saudades do Rio vai muito bem obrigado!

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