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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

RUA VISCONDE DE RIO BRANCO

 A Rua Visconde de Rio Branco começa na Praça Tiradentes e termina na Praça da República. Homenageia José Maria da Silva Paranhos, um dos mais notáveis estadistas do Império.

É a antiga Rua do Conde, primitiva Rua do Conde da Cunha e Rua Conde d´Eu (esta parte se transformou na Rua Frei Caneca).


Este prédio serviu para socorrer vítimas da gripe espanhola em 1918. Era o Posto de Socorros da “Assistência à Infância”.  O grande responsável por criar o “Instituto de Proteção e Assistência à Infância - IPAI” foi o médico Moncorvo Filho, que incluía a assistência à infância, incluindo exame e atestação de amas-de-leite mercenárias, fornecimento de leite aos recém-nascidos pobres e a assistência em domicílio às mulheres grávidas pobres.


Foto de Malta, do início do século XX, mostrando o quarteirão da Praça da República onde fica o Quartel Central do Corpo de Bombeiros. O bonde "Barcas", com seu reboque, passa tranquilamente pela Rua Visconde de Rio Branco em direção à Praça XV. Renovado, melhorado e ampliad, o quartel foi inaugurado pelo Presidente da República, Dr. Afonso Augusto Moreira Pena, que foi recebido pelo Coronel-Comandante Feliciano Benjamin de Souza Aguiar.


Nesta foto vemos a esquina da Rua Visconde de Rio Branco com a Praça Tiradentes em 1924. O prédio de dois andares, à esquerda, que foi sede da polícia, depois foi ocupado pelo batalhão da PM. À direita, o palacete do Visconde de Rio Seco, construído no tempo do Império. A maioria dos passageiros veste terno e a vida parece passar devagar. O motorneiro tranquilamente conduz o bonde "Barcas", nº de ordem 359. A plaqueta com o itinerário diz: Gomes Freire - Tiradentes - 7 de Setembro.


Casa de Pianos. Segundo a legenda desta foto de Malta da década de 20, a rua é a Visconde de Rio Branco.

22 comentários:

  1. A Visconde do Rio Branco escapou parcialmente do processo de degradação sofrido pelo centro do Rio, ao contrário da Rua da Constituição, o outro eixo viário que da acesso à Praça Tiradentes. A Rua do Lavradio com com seus restaurantes, o "Rio Scenarium, e a Deam Centro, contribuiram para isso.

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  2. Gostava de passar pela Visconde do Rio Branco e adjacências nos anos 80 pelos ótimos sebos que havia. Com a Internet tudo isso mudou. Os sebos praticamente desapareceram.

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  3. Olá, Dr. D'.

    Passei muito por esse trecho do centro a pé ou de ônibus. Ia em alguns sebos da região e na feira do Lavradio. Era caminho para o trabalho no Rio Comprido ou na volta para casa, antes de mudarem o itinerário deste ônibus, que passou a ir pela Presidente Vargas.

    Vou acompanhar os comentários.

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  4. Bom dia.
    Há muito tempo (décadas) que não passo por esta rua.
    Bom saber que não está (muito) degradada como boa parte do centro.

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  5. Bom Dia ! Faz tempo que não vou ao centro. Preciso arranjar tempo e dar um "rolé" por lá para me atualizar.

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  6. A Praça Tiradentes não é "nem sombra" do que foi um dia. Grande parte de seus imóveis foi invadido ou depredadado. Para crackudos, desocupados, e marginais de toda espécie, tornaram essa região completamente inapropriada para qualquer atividade econômica. Um legislação ridícula favorece esse estado de coisas. Há países islâmicos em que as penas corporais são amplamente utilizadas com ótimos resultados. No Brasil seria a solução para coibir alguns crimes. Para crackudos e autores de crimes contra o patrimônio que tanto tem destruído o o mobiliário urbano público e privado, vinte chibatadas no "lombo" seriam o suficiente para que o criminoso não voltasse a praticar crimes. Mas duvido que a turma dos "direitos humanos" fosse concordar...

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  7. Tinha um sebo na Regente Feijó muito bom que frequentava toda semana. Ali havia uma gata preta e branca chamada Tieta que quando o cliente entrava ela "cumprimentava" com seus miados e implorando carinho. Outros tempos. Rua Regente Feijó. Constituição, Rua do Teatro, Largo de São Francisco parecem mais ruas fantamas atualmente.

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  8. É uma rua curta, com apenas três quarteirões pequenos.

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  9. Aquele palacete do Visconde do Rio Seco é magnífico. Um mistério que me assombra (e até há alguns anos me consultaram sobre isso) é sobre aquele prédio na esquina da Visconde do Rio Branco com Praça da República. Estava em ruínas até recentemente. Havia um boato de que pertencera ao antigo intendente-geral Paulo Fernandes Viana (1757-1821), mas ao que parece ele residia na rua Frei Caneca. Porém a Wikipedia diz que ele instalou no Campo de Santana a sede da Secretaria de Polícia. Seria esta o origem do referido prédio?

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  10. Quanto a sebos, eu ia de vez em quando aos da área: Praça Tiradentes, rua da Carioca, Constituição, Luis de Camões, etc. Agora só compro livros usados pelo site www.estantevirtual.com.br.

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  11. Minha biblioteca (ô, pretensão!) tem cerca de 280 livros, os quais já li de cabo a rabo. Como dou preferência à realidade, li muito poucos clássicos brasileiros. Assim de memória, lembro apenas de "Dom Casmurro", "Os Sertões" e atualmente estou lendo "Triste Fim de Policarpo Quaresma". Durante o período escolar, tive de ler "Iracema" e "Memórias de um Sargento de Milícias".

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  12. Por sinal, "Triste Fim de Policarpo Quaresma" tem muitas palavras que não são mais usadas e aí a gente fica imaginando o que significariam no passado. Em alguns casos, a palavra existe atualmente porém o significado não tem nada a ver com o que está escrito no livro. Um exemplo é a palavra "favoritos", que o Lima Barreto usa muitas vezes mas que na época significava outra coisa completamente diferente. Um trecho do livro diz, se referindo à vestimenta de um contra-almirante: "As âncoras reluziam como metais de bordo em hora de revista e os seus favoritos, muito penteados, alargavam a sua face e pareciam desejar com ardor os grandes ventos do oceano sem fim". Dá a impressão que "favoritos" seriam, talvez, os bigodes pontudos, em uso na época.

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    1. Sim, muitas palavras que para muitos são desconhecidas, como "enxovia" e "Amanuense", bem como nomes próprios como "Ismênia". Mas nomes à parte, o livro possui uma descrição bem detalhada região de São Cristóvão, Caju, e cercanias, em 1893.

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  13. Depois de muitas semanas e muita perseverança, consegui acabar de ler o livro "O Rio de Janeiro Setecentista", de Nireu Cavalcanti. O autor fez um levantamento tão extenso, completo e minucioso da vida na cidade do Rio, que chega a impressionar. Porém, no livro ele desce a detalhes que, se num trabalho acadêmico seriam fundamentais e necessários, num livro para o grande público acabam sendo enfadonhos. Confesso que pulei várias páginas, ao me deparar com tais detalhes.

    Durante minha vida, só me lembro de ter jogado fora entusiasticamente dois livros, por tê-los considerados ruins demais. Não lembro o nome deles. Não estive perto de fazer isso com "O Rio de Janeiro Setecentista", porém respirei aliviado quando terminei a leitura do mesmo.

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  14. Hoje terei um dia agitado. Só mais para o fim da tarde poderei voltar a entrar no SDR. Talvez não tenha mais nada a comentar além do que já fiz.

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  15. Bom dia Saudosistas. Conheço esta rua como a palma da minha mão, a final estudei na Escola Tiradentes de 1962 a 1966, no Colégio Souza Aguiar de 67 a 72. Na foto 1- O prédio onde funcionou a APAI, ficava na esquina das ruas Visc. do Rio Branco c/ Regente Feijó, não confundam com o prédio da esquina da Visc. do Rio Branco c/ `Pça Tiradentes, visto na foto 3, não cheguei a conhecer este prédio ainda de pé, no local atualmente e desde que passei a conhecer o local funciona um prédio público, que já foi uma Secretaria de Finanças do Estado, não sei se ainda é. Ainda na foto 1, vejo a fachada da Escola Tiradentes, na esquina com Av. Gomes Freire e mais à frente o prédio da Faculdade de Telecomunicações, cujo o prédio hoje se encontra abandonado e em péssimo estado de conservação.
    Na foto 2- Podemos observar no centro da foto o prédio da antiga Beneficência Italiana, que ainda permanece de pé, ao lado existia um prédio em estilo colonial, muito bonito que foi demolido no início dos anos 60 (61 ou 62), onde hoje funciona um estacionamento do CBERJ. Foto 3- Conheci os prédios vistos na foto como quartel da polícia e como a sede do Detran. Foto 4- Acho que o prédio com a fachada parecendo um oratório existiu até o início dos anos 60, ficava quase ao lado da casa da Bidu Saião.

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  16. Até recentemente a E.M. Tiradentes, na esquina da rua que é tópico do SdR de hoje com a Av. Gomes Freire, era tida como o local do patíbulo erigido para o suplício de Joaquim José. Estamos a dois dias do bicentenário da Independência; agora que este é celebrado na Av. Atlântica, não seria ocasião para algum comentário?

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    1. Da série "Parece que foi ontem":
      Sesquicentenário em 1972, Taça Independência com 20 países (!), final Brasil e Portugal, 1 X 0 para o Brasil, gol de Jairzinho.
      Eu com 19 anos, estudante do primeiro ano de engenharia no Fundão, era feliz e ... sabia!
      Lá se foram 50 anos.

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    2. Eram tempos de "Pra frente Brasil"! Não era só você que era feliz e não sabia: Todos eram felizes e não sabiam!

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  17. Até gostaria de comentar sobre o assunto, já que é o "assunto do dia", pois o país vive uma situação atípica na qual estão ocorrendo "usurpação dos Poderes da República" e um "ativismo judicial" absolutamente inconstitucionais e que podem provocar uma situação "mais grave do que já é" e arrebentar uma corda esticada em demasia". Mas considerando que a maioria dos comentaristas aqui tem uma opinião diferente da minha, eu prefiro não comentar, já que a máxima de Voltaire, "Posso não concordar com o que você diz mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo, não é comungada com a maioria aqui "neste sítio" e assim provocaria um clima bastante desagradável.

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  18. Boa tarde a todos. O prédio ao fundo da foto 3 já foi o quartel da Guarda Civil, do 13o batalhão da PMERJ e, atualmente, já é (ou será) sede do batalhão turístico da referida Corporação.

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  19. Prezado Anônimo, 14:03 h ==> no livro "O Rio de Janeiro Setecentista", que citei mais acima, existe justamente um comentário sobre a localização da forca do Tiradentes. Essa teoria de ter sido onde hoje é a Escola Turadentes é refutada e o aceito é ter sido na atual avenida Passos, esquina da rua Senhor dos Passos.

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