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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

SANTA TERESA EM 1985

Segundo Gastão Cruls, Santa Teresa foi um dos morros que mais cedo tiveram as preferências da população como zona residencial e desde que se abriu a velha estrada do Aqueduto suas margens se viram bordadas de casas.

Aliás, por muitos motivos, era justo que os cariocas voltassem os olhos para o antigo Morro do Desterro. Bem exposto aos ventos da barra e à sombra de boa vegetação, nele se desfrutavam um ar mais fino e temperaturas mais suaves. No verão, entre gentes de mais recursos, quem não podia ir para Petrópolis, aí procurava uma casinha ou hospedava-se num de seus hotéis.

Hoje, com fotos do acervo da tia Nalu, vamos ver alguns aspectos de Santa Teresa no ano de 1985.

Os especialistas no bairro poderão contribuir com comentários.

RUA AARÃO REIS

RUA PINTORA DJANIRA


RUA PROGRESSO

RUA BERNARDINO DOS SANTOS (ESQ) E RUA SANTA CRISTINA (DIR)

LADEIRA SANTO ALFREDO


28 comentários:

  1. Santa Teresa é um bairro charmoso mas abandonado pelo poder público faz tempo. Os transportes deixam a desejar e a violência da parte baixa da cidade subiu e tomou conta do outrora pacato e bucólico bairro.

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  2. Olá, Dr. D'.

    Área fora da minha jurisdição. Em 1985 tinha acabado de entrar no que hoje se chama ensino médio, minha irmã começava a estudar na Rural e meu irmão era cobrador de ônibus. Nesse mesmo ano comecei as minhas incursões ao centro, incluindo uma ida ao Circo Voador, com colegas de colégio para uma atividade a pedido do professor, na volta me encontrando com meu irmão também indo para casa. Como havia sido de última hora, não teve como avisar os meus pais, que ficaram (com razão) preocupados.

    Tirando a missa de formatura da minha irmã no CPII no ano anterior na catedral, foi a primeira vez que eu lembro de ir ao centro.

    Mais um dia para acompanhar os comentários.

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  3. Santa Teresa é um bairro que tem sido gradativamente destruído pela existência de inúmeras favelas que paulatinamente vem degradando a rotina em um bairro que um dia foi nobre. Os efeitos da falta de segurança se fazem sentir em todos os segmentos da vida dos moradores. Os roubos existentes na região fazem com que motoristas de táxis e de "ubers" se recusem a subir aquelas ladeiras. A falta de água, de energia elétrica, e demais serviços delegados, tornam a vida dos moradores bem difícil. Além disso os "gatos" de TV a cabo e de energia elétrica são uma realidade.

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  4. Santa Teresa é um bairro simpático e é uma das melhores opções para se viver ao redor do Centro/ZS de forma "mais em conta".
    Curiosidade: parte da minha infância eu vivia na casa da minha madrinha, na Rua Abaçaí, em Oswaldo Cruz. Como sempre tive o hábito de pegar tudo pra ler tive uma surpresa em saber que esta rua era a primeira da relação de assinantes da Lista Telefônica. Mas lá pelos anos de 72/73 ela perdeu o primeiro posto para a Rua Aarão Reis, de Santa Teresa; algum sortudo deve ter recebido o tão sonhado telefone da CTB.

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  5. As fotos são bonitas, a vista lá do alto é belíssima mas não conheço bem o bairro embora já tenha ido a alguns restaurantes levado por amigos. Não tenho coragem de ir sozinho pois temo entrar em alguma zona perigosa. É triste constatar isso.

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  6. Bom Dia! Não faz muito tempo por força maior eu ia a Sta Thereza quase que diariamente. Um tempo difícil, foi quando conheci Zetron, Divalcon,Quet, Carbolitium. Graças a Deus o paciente teve alta e hoje continua o tratamento em casa, longe dos viciados que não é o caso dele.

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  7. Conheço pouco. Frequentei nos anos 1990/1995 pois meu filho estudou numa escola lá. Depois serviu de atalho para ir do Centro pra casa na hora do (então) rush, que parava o Aterro desde a Praia do Flamengo.Tem o Mirante do Rato Molhado, meio deserto, e uma vez em visita a parente no Hospital Silvestre ouvi tiros na Comunidade dos Prazeres. Ainda acho que o bairro bem cuidado tem potencial turistico ótimo.

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  8. Até 1966 o bairro possuía quatro ramais de linhas de bonde em pleno funcionamento. Eram trinta e cinco bondes, muitos deles com reboque. O temporal que castigou a cidade em Janeiro daquele ano suspendeu temporariamente o serviço. Ao ser restabelecido o serviço os ramais da rua Francisco Muratori e do Silvestre foram suprimidos. Além disso os reboques desapareceram e as cores da CTC estavam presentes em todos bondes, o que não acontecia em 1965, quando ainda circulavam alguns bondes ainda pintados de verde. A "diáspora nordestina" ocorrida nos anos 70 e que trouxe para o Rio de Janeiro muitos milhares de retirantes que favelizaram a cidade e a ascensão de políticos envolvidos com o crime nas eleições de 1982, foram o início do drama vivido pelo bairro e por que não dizer pelo Rio de Janeiro.

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  9. Bom dia Saudosistas. Minha querida Santa, bairro onde morei ao nascer, na R. Santa Cristina vista na foto acima, depois moramos por menos de 1 ano na rua do Oriente, enquanto a casa da Tijuca comprada pelo meu pai estava sendo reformada. Embora tenha me mudado do bairro, frequentei até a adolescente o bairro, devido aos amigos de escola e pelos times de pelada do bairro, CAPRI (o primeiro campeão do Aterro torneio do JS) e o SANTA TERESA que também jogava no Aterro. Antes da pandemia frequentava ainda os restaurantes e bares de Santa Tereza entre eles o Espírito Santa (acho que fechou, com o fique em casa), Arnaudo (com U mesmo), Aprazível (bom, mas caro), Adega do Pimenta, Sobrenatural (tinha uma roda de choro e samba espetacular as quartas-feiras), o Bar do Gomes que no meu tempo de morador era também mercearia (serve os melhores sanduiches e salgadinhos do bairro) o Goiabeira no Largo das Neves (cerveja e pinga da boa).

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  10. Caros colaboradores, acredito que todos gostem de História, estreiam esse semana dois filmes interessantes, são eles:
    "Nada de novo no front" - Netflix e "Argentina 1985" - Amazom.
    Sobre Santa Teresa , bonito mas largado como quase tudo no Rio!!!

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    1. Recomendo muito Argentina1985 com Ricardo Darín.

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    2. O da Argentina já está na minha lista no Amazon.
      O Nada de Novo no Front de 1930 assisti, se não me engano, na TV aberta há um bom tempo. Por ser uma crítica à inútil carnificina da Grande Guerra de 1914-1918 foi proibido na Alemanha durante o período nazista

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  11. Fiquei sabendo hoje, pela imprensa, que o bairro perdeu o único supermercado, atualmente, quando necessário, os moradores precisam descer até a R. Riachuelo.

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  12. Entendo que Sta. Teresa era praticamente a única opção de verão antes da primeira linha de trem do Mauá.
    Subir a serra antes disso devia ser uma aventura e tanto para quem quisesse levar a família inteira.

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  13. Faço aqui uma pergunta, se até hoje existisse o morro do Castelo, como seria?

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  14. Fui fazer o tour virtual "a pé", pretensamente igual ao da Tia Nalu e, dependendo da ordem seguida e o local exato solicitado, é totalmente irresponsável a rota escolhida pelo Maps. Saindo da Sto. Alfredo, mandaram atravessar por cima da boca do Túnel Sta. Bárbara e passar pelo Catumbi, voltando para Sta, Teresa atravessando na altura do Sambódromo, indo para a Rua Paula Matos e daí à Rua Progresso.
    Isso é mais do que um espanto, é revoltante.
    Não sei se o GPS bebe da mesma fonte e se tem rotas sem ser de carro, mas exemplos de erros também são citados a respeito desse programa.

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  15. Na verdade a Nalu fez um "street view" em 1985.
    Então, conforme o passeio virtual pela internet, podemos imaginar:
    Na primeira foto, na Rua Progresso altura do nº. 52, fotografou também a torre da Igreja N. S. das Neves ao fundo, onde assistiu missa e após, logo ao lado, clicou para mostrar a Santo Alfredo indo logo depois para a Rua Pintora Djanira, posicionando-se junto ao muro da Escola Sta. Catarina. Foi até a Aarão Reis, quase esquina com Rua Ocidental e finalmente, para o último clique, foi até a bifurcação da Rua Bernardino dos Santos, que se encontra ali com a Cândido Mendes e não com a Sta. Cristina.

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    1. Paulo Roberto não sei se a tia Nalu teria pic para fazer essa andança toda, mas pelo que me recordo, tomando como base a Igreja das Neves, a R. Santo Alfredo fica do lado direito da igreja e a Pintora Djanira, antigamente se chamava R. Fluminense começava na R. Paula Matos e terminava no Largo das Neves lado esquerdo, seguiria pela R. Progresso, R. do Oriente, R Aurea, R. Monte Alegre, R. Pascoal Carlos Magno, Largo dos Guimarães, para chegar a R. Santa Cristina, a R. Santo Amaro termina na Santa Cristina e a Bernardino dos Santos termina na Santo Amaro. Embora estas 3 últimas ruas tenham traçado totalmente divergentes, uma termina na outra em sequência.

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    2. Eu que imaginei como seria a pé. A Tia Nalu era um brotinho em 1985, mas, pelo que indica a foto da Rua Progresso

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    3. Completando, o percurso foi feito de carro.

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  16. A última vez em que fui a Santa Teresa, levando um paulista para andar no bondinho, tivemos de nos abaixar dentro do bondinho enquanto um severo tiroteio pipocava no entorno. O motorneiro parou entre dois prédios, para nos proteger, e avisou à estação da Carioca o que estava acontecendo. Por duas vezes tivemos de parar. Paguei o maior mico como guia turístico. Santa Teresa, nunca mais. Isso foi em 2009.

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  17. É muito triste, porém verdade.
    Principalmente para quem não conhece bem o bairro e seus acessos, é loucura ir à Santa Teresa a passeio.
    Morar lá, por mais barato que possa ir ficando, uma insanidade.
    Pobre Rio.

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  18. O AG morava lá e obiscoito mora lá. Poderiam opinar, um psicografando.

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  19. Creio que ser obrigado a abdicar de usufruir a beleza de Santa Teresa é o pior dos males. Não há como "passar panos quentes" na situação em que se encontra o bairro nem tampouco desqualificar as únicas soluções possíveis para que a situação retorne a um patamar aceitável. Não há como tratar um câncer em estágio avançado com "Dipirona ou Tylenol", mas apenas com "remédios bem amargos".

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    1. Joel as vistas mais bonitas do RJ você tem de Sta Teresa, algumas mansões de Santa Teresa você tem uma vista 360º da Cidade, como a da Monteiro de Carvalho, tem uma outra no Silvestre que não me lembro o nome do dono, a vista da cidade é deslumbrante, a dos antigos donos da Mesbla na R. Aprazível também é deslumbrante. A da minha casa na R. Sta Cristina tinha uma bela vista do atual aterro, com uma vista privilegiada da igreja da Glória. Infelizmente a nossa cidade foi entregue as quadrilhas de criminosos sejam do tráfico ou as milícias.

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    2. Lino, o endurecimento das leis com um radical agravamento das penas, o combate feroz à corrupção, e o fim de todo e qualquer privilégio ou imunidade para políticos, juízes, e todo e qualquer agente público e político, são medidas a serem implementadas "para ontem". Sem segurança não há desenvolvimento. Após significativa redução da criminalidade pode se passar a um segundo estágio, que seria implementar no país um forte programa educacional. Mas nunca antes de tornar o Brasil um país seguro.

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  20. Fiquei um tanto assustado com o que li por aqui. Vou repensar minha permanência no bairro.
    Antes disso, uma correção, a Rua Bernardino dos Santos não faz esquina com a Santa Cristina - uma olhada no Google Maps pode confirmar. A rua à direita na foto é a Rua Cândido Mendes.
    Muita gente as confunde, como muita gente acha que Buenos Aires é a capital do Brasil. De longe, tudo é muito parecido.
    Achei interessante a concentração de fotos no entorno do Largo das Neves, um canto bem esquecido de Santa Teresa. E perigoso, pela facilidade de entrar e sair e chegar no Catumbi.
    Na foto da Rua Progresso, está em destaque a varanda onde namorei até casar, fiquei encantado. Se a foto fosse de uns 15 anos antes, haveria um Citroën 2CV, ou quem sabe, um velho e decrépito Jaguar.

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