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quinta-feira, 6 de abril de 2023

TRABALHADORES (3)

Hoje vamos dar uma "geral" nos trabalhadores de rua do Rio, que suavam para dar conta de seu trabalho. Muitas profissões não aparecerão por aqui, pois para mostrar todas teríamos uma série maior que a interminável sobre os "Zeppelins" do JBAN.

Este é um empreendedor que se adaptou aos novos tempos. Além de consertar panelas faz trabalhos informáticos. Foto do Rouen.

Serviço de limpeza das ruas. Onde seria? Em Ipanema poderia ser a Visconde de Pirajá. Em Copa, a própria N.S. de Copacabana. Na Zona Norte quais seriam as opções?


A baiana vendedora de acarajé, em colorização do Nickolas. Na lateral do MNBA.


Homenagem aos leiteiros, que cedinho deixavam a garrafa de leite na porta das casas.


O Café Pucará, vendido no Maracanã. Depois foi substituído pelo Café Palheta. Era dura a vida desses vendedores, espremidos pela multidão de torcedores na arquibancada.

Vendedores de laranjada com suas carrocinhas com aquela taça de alumínio na qual se colocava o copo descartável. 

Mate Gel seria "mate gelado" ou seria uma marca de mate?


Os antigamente sempre presentes sorveteiros. O desta carrocinha foi logo ali e deixou o menino tomando conta. Rua Canning esquina com Rainha Elisabeth, em Ipanema.

Os meninos dos carrinhos de entrega de rolimãs, estes até com volantes de direção, na feira da Praça General Osório, em Ipanema.


Sob sol escaldante, areia pegando fogo, dois botijões pesadíssimos, os vendedores de limão e mate se matavam nas praias, este em Copacabana.

Os pescadores de arrastão no Posto 5 de Copacabana na sua faina diária.


Um antigo lambe-lambe, cuja tarefa era mais suave do que a dos que aparecem hoje por aqui.


Os desaparecidos "mata-mosquitos" que colocavam aquela bandeirinha amarela na porta das casas e entravam para fumigar. Não usavam EPI...

Os garis e o vendedor de Coca-Cola. E um carro para obiscoitomolhado identificar.

O baleiro, figura mais que desaparecida das ruas.

Os vendedores de amendoim desapareceram dos sinais dos cruzamentos e também dos bares com mesas nas calçadas.


As barraquinhas de venda de frutas. Também são poucas atualmente.






60 comentários:

  1. Temos mesmo uma geral dos trabalhadores de rua.
    Achei que iria aparecer aquele vendedor de rosas que entrava em bares e restaurantes e depositava uma rosa na meda dos casais. Pegava mal mão comprar.
    Mas o mundo mudou. Quem iria contratar um desses meninos para levar as compras da feira para casa?
    Não há mais cinemas de rua para os baleiros.
    Faltaram os pipoqueiros e as vendedoras de maçãs caramelizadas.
    E as lavadeiras com suas trouxas na cabeça.
    Os malabaristas dos sinais permanecem.
    Sumiram também os vendedores de bilhetes de loteria.
    A lista é interminável.

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    1. Ainda vejo pipoqueiro perto de escolas ou perto da praça quando tem movimento de crianças. Também via, antes da pandemia, perto do Odeon.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Várias atividades mostradas conheci só por fotos mesmo. Algumas, raras, ainda são vistas, dependendo da localidade.

    Via muitos vendedores de amendoim nos trens, com seus cones de papel. Depois passaram a vender em pacotes industrializados.

    Lambe-lambe eu lembro de um na Praça do Patriarca.

    O consertador de panelas agora passa em um carro com serviço de som.

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  3. Não sou especialista em baianas, mas naquele fogareiro não tem acarajé.
    Levei anos para aprender a separar o Chevrolet 49 do 50. Aquele alquebrado conversível é de 1950.

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  4. Bom Dia ! A maioria das atividades mostradas ainda se pode ver na zona Norte ou nos trens.

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  5. Hoje em dia grande parte desses vendedores ambulantes seriam proibidos de atuar por uma série de questões, e entre elas a sanitária. Mas por outro lado alguns desses vendedores possuem atualmente permissão para montar bancas e quiosques na via do pública.

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  6. Bom dia Saudosistas. Realmente são muitas as atividades de rua que ficaram no passado ou ainda sobrevivem em alguns bairros da cidade. Hoje temos algumas que são encontradas em todos os bairros da cidade, que são barraquinhas de venda de cachorro quente, hamburguer, churrasquinho, vendedores de água mineral e refrigerantes, nos sinais são comuns vendedores de amendoim e sacos de balas, vendedores de acessórios para computador, suportes para celulares em automóveis e camelódromos que vendem de tudo que se pode imaginar. Enfim existem várias opções de se ganhar um dinheirinho para sobreviver o dia a dia, basta ter disposição e vontade de trabalhar.

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  7. Quem faz postagens sabe que dependendo do assunto a quantidade de espécimes é muito grande e não dá para colocar todos na postagem. E sempre haverá quem lembre outros exemplos. No caso dessa série de trabalhadores, já citaram vários. E eu dou minha contribuição lembrando os empalhadores de cadeiras.

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  8. Uma simples atividade laboral e fornecia sustento para muitas famílias se tornou um grande problema para as autoridades em razão das consequências geradas que muitas vezes constituem crime.

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  9. O César lembrou dos vendedores de bilhetes da loteria federal.
    Quando trabalhei no centro, eram muitos, normalmente homens já com uma certa idade.
    Os engraxates também quase desapareceram, tanto os que tinham as cadeiras como os garotos com as caixinhas de madeira.

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    1. Bom, não dá para engraxar tênis nem havaianas ...
      O público consumidor do serviço diminuiu um bocado nas últimas décadas.
      Eu tenho e ainda uso regularmente um conjunto de latas de graxa e escovas de sapato (estas herdadas de meu pai, com certas duras, médias e macias).
      Me sinto um "dinossauro" quando me sento na copa daqui de casa e engraxo meus (poucos) sapatos de couro ...

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    2. Eu não uso tênis, só sapatos de couro.

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    3. Nunca gostei de tênis para uso no "dia a dia"; feios em sua maioria e quentes para nosso clima.
      Nada como meias de puro algodão e sapatos de couro.
      Com a idade, passei a usar os "sapatos de tênis" para caminhadas maiores na rua e em viagens.
      (me lembro de quando garoto usar meias de "fio de escócia", que não paravam no lugar, sendo "engolidas" pelos sapatos.)

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  10. Em relação à foto 9 vemos o famosos Antônio. Começou vendendo apenas mate na praia de Copacabana e se abastecia em uma loja na Santa Clara que se utilizava do Mate Leão, feito com uma água, provavelmente, da torneira. Era uma pessoa muito querida. No posto 4 , antigo, era seu local mais profícuo. Depois, anexou outro tonel com limonada. O Luiz deve se lembrar dele.
    Ainda sinto falta de uma foto de um vendedor de peixes que, segundo o JBAN era seu parente.

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  11. A registrar a ótima colorização do Nickolas, um craque.

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  12. A baiana está assando tapioca.

    Por essas paragens de Campo Grande o que domina atualmente são os carros do ovo, dos pães e bolos e os "vendedores" das Testemunhas de Jeová...rsrs

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  13. Falei do lambe-lambe ontem e ele deu as caras hoje.

    E ainda havia o vendedor de enciclopédias, principalmente da Barsa. Tive a do Conhecer, adquirida em capítulos na banca de jornal. Depois enviava os capítulos para voltarem encadernados.

    Hoje o que mais tem é vendedores de doces e bolos no copo. E uma variedade de trufas.

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    1. Os vendedores de enciclopédia, ótima lembrança.
      Também tive a Conhecer comprando os fascículos nas bancas e mandando encadernar depois.
      Tive, comprada por meus pais de um vendedor, a Delta Larousse, não tão popular quanto à Barsa.

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    2. A Barsa era o sonho de consumo de várias famílias, mas ficou mesmo como sonho. A realidade era o Conhecer, que teve várias edições. A colecionada em casa é do final dos anos 70, já depois da fusão. Quando estava quase acabando uma coleção, lançavam outra "mais atualizada".

      Nos anos 80 comecei a colecionar a Enciclopédia do Estudante, mas não terminei. Nos anos 90, teve a Larrousse, que vinha com a Folha ou O Globo. A Folha também lançou outras publicações.

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    3. Também tive essa do Estudante, eram 18 livros, se não me engano. Cada um de uma cor. A do Conhecer eram todos azuis. Ainda estão na estante da sala da minha mãe, juntos de outra enciclopédia sobre Medicina.

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    4. Deve ser a mesma versão do Conhecer que eu tenho, mas existe uma outra, ainda mais antiga, menor e com capa marrom ou vermelha. Vi uma vez na casa de um conhecido.

      Outra enciclopédia era o Saber em Cores, dividida por temas.

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  14. Área do mercadão de Madureira em caos. Os bandidos tomaram a chave de muitos ônibus e com isso bloquearam o trânsito. Depois foram embora. Há vários carros da PM na área, mas não podem fazer nada. São muitos bandidos. Os PM's estão com cara de tacho, olhando tudo acontecendo e inertes.

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  15. O Balanco Geral da Record está ao vivo transmitindo.

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  16. Rio de Janeiro totalmente dominado pelos bandidos. Exceto o circuito Elizabeth Arden. Mas vai chegar lá..

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    1. Já está chegando, Helio.
      O avanço é inexorável e inevitável.

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    2. Mas parece que muitos estão vivendo a "Era do Esplendor", da Boite Vogue, das festas do Jorginho Guinle no Copacabana Palace, e da "República do Galeão".

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  17. Pois é Hélio, é aquilo que eu te disse: "contra imagens não existe argumento". Tinha razão o Stanislaw Ponte Preta. Mas os tempos são outros.

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  18. Alguns antigos comentaristas do SDR como o Eduardo, já "cantavam essa bola" há muito tempo. É um verdadeiro "Soweto às avessas".

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  19. Tudo tem seu tempo. O de combater a bandidagem já passou. Agora há milhares de criminosos atuantes. Efetivo maior, mais bem armado e com mais apoio da mídia, da política e do Judiciário do que a polícia. Nem as FA conseguiriam dar jeito agora. É como um doente de COVID agonizando ligado a aparelhos. A morte está apenas sendo adiada, mas ela é inevitável.

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  20. Hélio e Joel não resolve por falta de macho no governo estadual e federal, isso se resolve em poucas semanas. As policias federal, estadual, PM's estaduais, sabem quem são todos os chefes de tráfico das favelas, todos os chefes que estão nas penitenciarias, a maioria do tubarões que moram nos condomínios de luxo da Barra, Leblon, Ipanema, Jardins, Alpha Viles, no Congresso e Assembleias Legislativas. Então o que falta para resolver a situação?

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    1. Lino, as Polícias sabem, "o Papa sabe", e "a torcida do Flamengo sabe". Mas o que se pode fazer se aqueles que tem "o poder da caneta" e podem resolver a situação "são a parte principal do problema?"

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    2. Joel é o que eu falei, falta um macho para peitar essa situação.

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    3. Até a metade do século passado, no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo,
      uma situação como a que agora se verifica em nosso país quase certamente provocaria uma ruptura institucional, com intervenção das Forças Armadas apoiadas pela maior parte de sociedade civil.
      Atualmente, para o bem (?) ou para o mal, isso parece impossível.
      Então temos que assistir à inação criminosa dos que têm o "poder da caneta" nos conduzir ao abismo, ainda por cima aguentando o discurso hipócrita dos "donos da verdade e senhores do bem."

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    4. Acontece que os detentores do poder da caneta também são criminosos ou foram eleitos por eles ou são cúmplices por ação ou omissão. Junte a isso uma mídia e uma parte influente da sociedade que considera os bandidos como "vítimas", acrescente o enorme poder do dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de armas, misture tudo num caldeirão e o prato resultante é a falência dos órgãos de controle da criminalidade. Prato este que nos é servido diariamente.

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    5. "Acontece que os detentores do poder da caneta também são criminosos ou foram eleitos por eles ou são cúmplices por ação ou omissão"
      Diagnóstico Irretocável.

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    6. Mário, qual foi o resultado final da intervenção das FFAA no Rio? Generais, coronéis, secretário de segurança, PRF, PM, etc e “está tudo como d’antes no quartel d’Abrantes”.

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    7. Verdade, Paulo. A GLO não resultou em nada. A situação agora está pior do que naquela época. Infelizmente, devemos ter coragem de reconhecer que a criminalidade está sem controle no Rio e em outros pontos do país. E não há solução à vista nem a prazo. Virou metástase. Os policiais fora de serviço não portam documentos por medo; os militares das FA não andam fardados no trajeto casa-trabalho e vice-versa. Antes era comum a gente ver soldados do Exército e oficiais da Marinha e Aeronáutica fardados pelas ruas, indo e voltando dos quarteis. Hoje eles são proibidos de usar a farda nesse trajeto. Todos eles, que deveriam ser temidos pelos bandidos, agora temem os bandidos.

      Hoje, em Madureira, os bandidos deram olé na PM. É apenas o início do caos. Mostraram quem manda na cidade.

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  21. Vi muitas dessas profissões quando morei em Inhaúma.

    Aqui no centro ainda existem barracas de frutas.

    Uma que já já vai sumir do mapa também é o jornaleiro.

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    1. Só quando morrerem todos os italianos e espanhóis rsr..

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  22. Essa garotinha de 9 anos, a Ester, que morreu num tiroteio entre bandidos em Madureira, estava voltando da escola para casa. Era amiga da afilhada da minha esposa. As duas sentavam na mesma carteira, faziam trabalhos em dupla e em grupo. Quando a afilhada viu a foto da amiga no noticiário, levou um susto e começou a chorar. E perguntou à avó:
    - Vó, se eu for à escola eu também vou morrer? Não quero mais ir.

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  23. Ontem o patife do Arthur Lira postou uma mensagem a respeito do acontecido na creche, dizendo que o autor deve receber o rigor da lei e que não pode haver atenuantes para crimes hediondos. Esqueceu de dizer que as leis favoráveis aos criminosos são feitas justamente por patifes como ele. Ato contínuo à postagem, deve ter se reunido com seus asseclas para discutir o recebimento de verbas públicas para distribuir para amigos e parentes. Depois, foram discutir a criação de novos benefícios para a quadrilha do qual todos fazem parte.

    Se naquela creche houvesse netos dele, do Rodrigo Pacheco e de outros canalhas como eles, certamente no mesmo dia eles alterariam o Código Penal a toque de caixa e num regime urgente urgentíssimo, varando noite a dentro para aprovar tudo.

    Mas como eles moram em mansões em condomínios de luxo, com segurança 24 x 7, andam em carros blindados pelas largas avenidas de Brasília, não veem mendigos, moradores de rua, crackudos, arrastões de carros, etc, etc, para eles notícias a respeito disso não passam de fake news.

    A preocupação deles, além de verbas e benefícios, é onde comprar lagostas, vinhos de safras nobres, caviar. Quanto ao povo em si, que se dane.

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  24. Este comentário foi removido pelo autor.

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  25. Para quem assistiu ao "Balanço Geral", a comparação com o filme "Falcão Negro em Perigo" torna-se inevitável, principalmente pela semelhança dos "atores"...

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  26. Acho que a maioria absoluta dos comentaristas tem razão. Mas um dos pontos principais é o citado pelo Hélio, já passou do tempo de reverter.
    Talvez, como lembrado acima pelo Paulo Almeida, nem as FFAA deram certo no Rio há poucos anos.
    Apelar para quem agora?

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  27. Em resposta aos (corretos) comentários de Paulo Almeida (16:22) e Helio Ribeiro (16:52):
    - a parte "militar" das operações: expulsão dos bandidos/ocupação funcionou a contento.
    - agora, a necessária e imprescindível etapa seguinte, a "ocupação do bem" pelo poder civil, com a presença do estado se fazendo sentir através de: identificação dos moradores com a regularização da situação das habitações, melhoria da precária infraestrutura existente, implantação de +creches/escolas de ensino fundamental e profissionalizante próximas a/nas favelas, construção intensiva de moradias populares para diminuir a pressão de crescimento das favelas existentes, apoio e treinamento aos policiais destacados para lá trabalhar, esta foi incipiente/inexistente.
    - o secretário de segurança da época chamou a atenção para isso inúmeras vezes, deixou claro que o trabalho inicial se perderia, até que desistiu, pediu o chapéu e foi trabalhar em outras paragens.
    Foi, no meu entender, uma ótima oportunidade perdida para começarmos a reverter a situação.
    Mas, aí, estou com o Joel: não interessava aos "donos da caneta".

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    1. Em entrevista recente, o general Etchegoyen, que participou da GLO, disse que a PM colocava bandidos nas viaturas e os tirava da área cercada pelas FA. Os bandidos que fugiram como ratos, segundo ele, foram os que a PM não quis retirar da área. Eu me admiro muito que as FA, sabendo dessas fugas realizadas pela PM, não parou e revistou as viaturas dela. De certa forma, as FA foram cúmplices, porque certamente a PM retirou da cena os chefões, e não os peões.
      Permita o Luiz que eu coloque aqui o link dessa entrevista, dada ao Estadão no dia 20 de março próximo passado. https://www.estadao.com.br/politica/marcelo-godoy/generais-acusam-pms-do-rio-de-transportar-traficantes-em-viaturas-para-escapar-do-exercito/

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    2. Mário, mesmo que o governo tivesse a intenção, o dinheiro e pessoal para fazer o que você e muita gente preconiza, nada disso garantiria o fim da bandidagem. Se eles dominam bairros como Madureira, Vila Kosmos, Praça Seca e outros em que moram pessoas da classe média, em suas residências, por que você acha que não fariam o mesmo ainda que o governo fizesse tudo o que é preconizado? Isso só daria certo se além dessas medidas houvesse um combate implacável os bandidos, com matança geral. Não adianta prender, porque logo em seguida são soltos. E de dentro dos presídios os chefões continuam a dar as ordens. São dezenas de milhares de bandidos, bem armados e decididos. Mais poderosos que a PM e as FA, mais resilientes e mais corajosos.

      Vamos que o Estado consiga a impossível proeza de fazer o que se preconiza. Os jovens conseguiriam um emprego tão rendoso quanto o roubo de carro, por exemplo? Ou se sentiriam mais poderosos e invejados sendo serventes de pedreiro do que sendo o cara fortemente armado que desfila pelas vielas da comunidade, admirado pelas garotas?

      Resumindo: na prática, a bandidagem tomou as rédeas do Estado e não há nada que se possa fazer a respeito. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

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  28. Eu sou inscrito no Quora, um site (ou que nome tenha) no qual você pode fazer uma pergunta e alguém responde. Por acaso, acabei de ler uma boa pergunta e uma ótima resposta, que colo abaixo:

    Por que quase nenhuma lei funciona no Brasil?

    A realidade do arcabouço legal brasileiro é de uma crueldade brutal. Para você que é pobre, LGBT, prostituta, índio, negro, cigano, asiático ou mestiço, absolutamente todas as leis funcionam perfeitamente e são aplicadas por vezes com um rigor
    Então começa uma escalada negativa na medida em que a sua posição sobe na pirâmide social.
    Se você faz parte da elite branca, já aí será tratado com civilidade por policiais, escrivães, delegados, promotores, advogados e juízes.
    Se além de ser da elite branca você tiver posses significativas, entra em cena o apelativo "doutor" e palavras bonitas como "por favor, com licença, queira ter a bondade, obrigado.'
    Se você estiver no topo da pirâmide social, começa a se formar um quadro assaz interessante. A polícia e os oficiais de justiça nunca te encontram. Os promotores são ostensivamente condescendentes para com a sua pessoa e o juiz tenderá a lhe absolver ou no máximo lhe condenar a pagar cesta básica de alimentos ou realizar serviços sociais em voluntariado.
    E quando você é um banqueiro, multimilionário ou coisa que valha, quem atende a polícia, a justiça e conversa com os juízes são os seus advogados. Ninguém tem a coragem de lhe perturbar. Doutor.
    PS.- Estava relendo aqui e me lembrei de casos emblemáticos, quando nossos fiéis juizes "sentaram" em cima dos volumes e simplesmente deixaram prescrever processos contra Edir Macedo, José Serra e outros figurões da delinquência nacional.

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  29. Um dia, um amigo meu infiltrado na política , isso ha 15 anos, me disse que, quando o morro descesse ao asfalto, ninguém segurava, pois a galera dos morros eram apenas paus mandados dos grandes que estavam em Brasília. O resultado está aí. Não vejo como resolver esse problema, uma vez que quem poderia resolver, são os mesmos que dão as ordens. É foda!

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  30. Mário, no seu comentário das 17:42 no qual menciona os comentários do Paulo Almeida e do Hélio, percebo que todos se enganaram redondamente quando acreditaram que "houve uma expulsão dos bandidos e uma ocupação militar". O projeto da UPP foi uma farsa político/eleitoreira arquitetada por José Mariano Beltrame no governo Sérgio Cabral na qual os traficantes seriam "expulsos das favelas e as comunidades teriam tudo aquilo que os políticos sempre prometem e nunca entregam". Em verdade o tráfico continuou nas favelas, os contingentes policiais ocuparam as comunidades, os criminosos nunca saíram de lá, e apenas não ostentavam armas. Mas para que armas se a Polícia estava lá para garantir o bom andamento dos negócios? O importante era garantir segurança para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Os traficantes conviviam pacificamente com os contingentes policiais para "o bom andamento dos negócios". Naquela época eu ainda estava "na ativa" e presenciei casos absurdos de envolvimento de setores governamentais com o tráfico de drogas.

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    1. Joel, na época e até agora, de fato minha percepção foi/é outra, mas ao mesmo tempo não tenho porque duvidar do depoimento de alguém que esteve lá.
      Enfim, sob qualquer perspectiva, vivemos uma situação horrorosa, com pouca ou nenhuma esperança de melhora.

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    2. Naquele tempo não havia disputas entre facções porque "todas lucravam". As "grandes obras" como a do Estádio do Maracanã, a da Linha 4 do Metrô, e todas as outras previstas para os Jogos Olímpicos de 2016, estavam em andamento e eram parte "do grande negócio" que estava em andamento. Todo o ambiente (leia- o Estado do Rio de Janeiro) deveria estar "em paz" para a conclusão das obras e para a realização dos "grandes eventos". Mas ocorreram alguns problemas, e o "caso Amarildo" foi um deles. Mas "tudo foi resolvido", o comandante da UPP da Rocinha e mais alguns Policiais Militares foram condenados, os familiares de Amarildo (ficou provado posteriormente que ele era envolvido com o tráfico, bem como alguns de seus parentes) receberam em tempo recorde milionárias indenizações do Estado, e foram defendidos por um dos mais famosos escritórios de advocacia e que era ligado ao PSOL. Também às vésperas do início dos Jogos Olímpicos, um "pagamento aditivo" referente à conclusão da Linha 4 do Metrô foi realizado "a toque de caixa" pelo Governo Federal para que a Linha 4 do Metrô estivesse funcionando no início dos Jogos. Não custa lembrar que somente a construção da Linha 4 custou 10 bilhões de Reais. Como se pode perceber, tudo faz parte de um "grande negócio"...

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    4. Contra o Amarildo nunca foi comprovado envolvimento com o tráfico. E se assim fosse deveria ser preso e encaminhado a Delegacia.

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    5. Bartolomeu Guimarães7 de abril de 2023 às 10:29

      Quem é Amarildo?

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  32. Nessas fotos vemos o uso de menores em trabalhos no mínimo muito ruins ou que não somam nada nas suas já difíceis vidas. Décadas depois vemos menores largados nas ruas, muitos cometendo pequenos delitos. Alguém dúvida qual será seu destino? Coisa boa com certeza não.

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