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sábado, 17 de junho de 2023

DO FUNDO DO BAÚ - A TAÇA JULES RIMET

 


A seleção brasileira havia conquistado anteriormente os títulos das copas da Suécia (1958) e Chile (1962), assim, com a conquista no México, o Brasil teve o direito de permanecer em definitivo com Taça Jules Rimet.

Havia uma regra a respeito da aquisição da taça: o primeiro país que conquistasse três edições de Copas do Mundo teria o direito de adquirir em definitivo a taça Jules Rimet. Fato era que o então presidente da FIFA Jules Rimet não acreditava que algum país pudesse ganhar três edições da Copa. Atualmente as regras são outras, o país campeão leva uma réplica da Taça FIFA e a original fica guardada na Suíça.

A taça Jules Rimet, que tinha 30 centímetros de altura, aproximadamente dois quilos de ouro e quase quatro quilos no total, foi roubada em dezembro de 1983.

Segundo reportagens dos jornais “O roubo causou comoção nacional, mas tanto a Confederação Brasileira de Futebol quanto os assaltantes e a polícia deram provas inequívocas de incompetência em situações que beiraram o tragicômico.


A começar pela inexplicável decisão da CBF de deixar a Taça Jules Rimet original exposta em uma vitrine à prova de balas na sede da entidade, enquanto uma réplica do troféu era guardada dentro de um cofre. 


Não demorou para que essa informação chegasse a Sérgio Pereira Ayres, conhecido como Sérgio Peralta, na época representante do clube Atlético Mineiro. Ele traçou um plano do roubo e recrutou dois comparsas para executá-lo: Francisco José Rocha Rivera, o Barbudo, e José Luiz Vieira da Silva, o Bigode. Eles invadiram o prédio, renderam o vigia noturno, arrombaram a moldura e roubaram a Julio Rimet, além de outras três taças.

 

O depoimento de Antônio Setta, o Broa, considerado pela polícia um dos melhores arrombadores de cofres do Rio de Janeiro, acabou sendo a chave para que os ladrões da Jules Rimet fossem encontrados. Ele havia sido convidado por Sérgio Peralta para o assalto, mas recusou. Quando a polícia pôs as mãos nos culpados, a Jules Rimet já havia sido comprada e derretida pelo comerciante de ouro Juan Carlos Hernandez. O ouro, resultado do derretimento da taça, foi apreendido. Mas acabou sendo roubado no decorrer do processo.

O crime foi julgado em 1988. Sérgio Peralta, Barbudo e Bigode foram condenados a nove anos de prisão. 


Aquele domingo 29 de junho de 1958 nasceu nublado. Para mim, menino ainda, não era um bom presságio. A final da Copa do Mundo só iria começar lá pela hora do almoço e, de manhã, fui com meu pai lá para o subúrbio assistir a um jogo do time juvenil do Flamengo contra o Anchieta. Era comum o juvenil jogar contra times amadores do Departamento Autônomo. Os campos eram de grama, meio carecas, com uma cerquinha em volta e sempre havia uma banquinha vendendo laranjas. Ficávamos sempre atrás do gol, junto do banco dos reservas. Muitas vezes íamos no lotação que levava o time, lotação dirigido pelo Russo. 

Mas neste domingo a preocupação era com o jogo do Brasil. Meu pai estava nervosíssimo, pois vinha das decepções das copas de 50 e 54. Lembro-me como se fosse hoje um amigo dele dizendo que nem iria ouvir o jogo: iria para uma estrada deserta, lá pela Barra da Tijuca, e ficaria andando de carro para lá e para cá até terminar a partida.

Voltamos para almoçar em casa e ouvir o jogo. Subi para o 3º andar para ficar com meu avô, pois meu pai queria torcer sozinho. Começa a partida, a qual acompanhamos pela Rádio Continental, e logo a Suécia faz 1 x 0. "De novo, não, de novo, não!", resmungou meu avô.

Mas logo o Brasil virava o jogo e acabaria por golear por 5 x 2. Festa, muita festa. Campeão do mundo pela primeira vez!

Na foto, da revista Manchete, vemos Bellini, Gilmar e Nilton Santos, três grandes daquele time. Foram sempre titulares, embora o time tenha tido muitas mudanças durante a Copa. No último jogo jogaram Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos. Zito e Didi. Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo. Mas antes já tinham jogado De Sordi, Dino, Joel, Mazzola e Dida.

No dia seguinte, comprei todos os jornais e, através de escuras radiofotos, vi as imagens da grande conquista. A chegada da delegação vitoriosa no Rio, dias depois, transmitida ao vivo pela TV Tupi, foi inesquecível. Recentemente consegui comprar a gravação de todo o jogo desta final - uma preciosidade para quem gosta de futebol. 

Como dizia Drumond:

"Bem-aventurados os que não entendem nem aspiram a entender de futebol, pois deles é o reino da tranquilidade.

Bem-aventurados os que, por não entenderem, não se expõem ao risco de assistirem às partidas, pois não voltam com decepção ou enfarte. Bem-aventurados os que não têm paixão clubista, pois não sofrem de janeiro a janeiro, com apenas uma colherinha de alegria a título de bálsamo, ou nem isso.

(...)

Bem-aventurados os surdos, pois não os atinge o estrondar das bombas da vitória, que fabricam outros surdos, nem o matraquear dos locutores, carentes de exorcismo.

(...)

Bem-aventurados os que, na hora da partida, conseguem ouvir a sonata de Albinoni, pois deste é o reino do céu.

Bem-aventurados os que, depois de ler este sermão, aplicarem todo o ardor infantil no peito maduro para desejar a vitória do selecionado brasileiro nesta e em todas as futuras Copas do Mundo, como faz o velho sermoneiro desencantado, mas torcedor assim mesmo, pois para o diabo vá a razão quando o futebol invade o coração".




50 comentários:

  1. Bom dia Senhores. Um belo "Fundo do Bau" uma vez que também tenho minhas recordações: Recém chegado do Ceará, no dia do Jogo final, meu pai não quis ouvir pois segundo dizia, o Brasil não iria ganhar pois perdemos em 50 e em 54 fizemos um papelão. Sai então para ouvir o jogo em algum lugar até que em um Botequim perto de casa havia um rádio na prateleira sintonizado na Rádio Nacional e o Jorge Curi narrava aquele jogo que em certos momentos era inadiável com muitos chiados e estáticas etc, uma vez que a peleja era do outro lado do mundo. Esses detalhes e mais as comemorações do povo ao final da partida eram coisas que nunca tinha visto. O Bonde 66 - Tijuca passava pela Haddock Lobo cheio e todos gritando Brasil Campeão! Estava lavada a alma e passávamos a pertencer ao time de "vacas premiadas" do Nelson Rodrigues. A musica de "A taça do mundo é nossa" não me sai da cabeça até hoje.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Atualmente só podemos fazer amistosos contra asiáticos, africanos (hoje e terça) ou do nosso próprio continente. Europeus, só em ocasiões extraordinárias, como em março de 2024, contra a Espanha (provavelmente folga nas eliminatórias européias).

    Estou em dúvida entre o treino da F1 e o amistoso.

    A taça foi roubada "duas vezes". Por algum tempo houve uma versão de que a taça estaria em alguma "coleção particular".

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  3. Mais uma vergonha descomunal.
    Quanto ao fanatismo pelo futebol é muito difícil explicar.
    Não resiste a uma racionalização. É puramente emocional.
    Vc vê pessoas consideradas equilibradas e racionais que sucumbem inteiramente à paixão.
    Seria por tentarem compensar as próprias frustrações?
    Seria como uma religião?
    Seria para terem uma sensação de pertencimento?
    Mas o curioso é que bilhões amam este esporte mundo afora. Gente de todas as classes sociais, de todos os níveis de instrução, de todas as raças.
    É sentir e pronto. Quem não sente não entende, quem sente não sabe explicar.
    A beleza de um jogo, o fascínio pela habilidade de alguns jogadores, o espetáculo em si, a luta pela vitória, a superação, de um lado explicaria?
    De outro lado a parte negativa, com muitos exemplos e argumentos.
    Todos têm razão e não têm.
    Por isso é muito difícil explicar.

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    1. Nos últimos dias foi promulgado o marco geral do esporte (ou algo parecido) que unificou todas legislações acerca do tema, como "Lei Pelé" e "Estatuto do Torcedor", por exemplo.

      Algo inexplicável era a diferença de tratamento entre fatos análogos dentro e fora do "ambiente esportivo". Um homicídio em briga dentro de um estádio tinha tratamento diferente de outro do lado de fora. Afinal "era coisa do futebol"...

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  4. Minha primeira lembrança de copa é da de 1978. Não vi 58 nem 70. Mas sempre comparam ambas, com uma predileção pela segunda. Eu já sou partidário da primeira por vários motivos, já expostos. Mas não custa repetir: única seleção fora da Europa a ganhar uma copa lá e simplesmente Pelé e Garrincha juntos. Não desde o começo, mas o tempo suficiente para assombrar a todos.

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  5. Na verdade a Taça Jules Rimet foi objeto de "furto qualificado" e não de roubo. No Brasil fatos como esse quase sempre tem um desfecho bizarro e a razão é simples: corrupção! A direção da CBD, mais tarde CBF, nunca primou pela lisura de suas administrações, uma realidade que se mantém até hoje. Usando um termo bastante utilizado por meu avô, lá não trabalhavam "irmãs de caridade".

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  6. Dado meu total desinteresse por esportes, o futebol incluso, a única lembrança que tenho da Copa de 1958 é a gritaria eufórica da vizinhança com a vitória do Brasil e a conquista da copa. Na época, os únicos seres do sexo masculino que estavam em casa eram meu irmão e eu, ele com 9 anos e eu com 11. Meu pai já havia morrido, meu padrasto ainda não morava conosco e meu tio estava trabalhando na construção da rodovia Rio - Teresópolis. Estavam em casa minha avó, minha mãe e uma das minhas tias.

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  7. Da Copa de 1962, só me restou a lembrança de uma tarde eu ir à Cinelândia e ver um telão onde estava sendo mostrado um jogo ao vivo. Não lembro qual.
    Da Copa de 1966, só lembro de estar voltando para casa num ônibus, na altura da rua de Santana, e ficar sabendo da derrota do Brasil perante a Inglaterra. Foi isso, não?
    Já da Copa de 1970, lembro da partida final, que lá em casa acompanhamos pela TV. Com a conquista da taça, parecia um Carnaval: dezenas ou centenas de pessoas passavam pela nossa rua, como se fosse um bloco carnavalesco, gritando em comemoração ao fato. E no dia em que a Seleção retornou ao Brasil, fui à noite para o curso preparatório para Escrivão de Polícia, na Praça XV, a bordo de um ônibus Mercedes-Benz de motor traseiro, da linha 219 - Usina x Praça XV, substituto da CTC ao bonde da linha 66 - Tijuca, então extinto.

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    1. Jogo ao vivo de Copa do Mundo só em 1970. Em 1962 e 1966 só VT.

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    2. Prezado Paulo Roberto: pela sua correção ao meu texto, dá para ver qual era meu interesse por futebol. Sequer me dava conta de que era VT. Grato.

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    3. Observador Esportivo17 de junho de 2023 às 08:51

      Na Copa de 1962 o video-tape chegava 48 horas depois da partida. Na de 1966 o Brasil não jogou com a Inglaterra.

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    4. Perfeito, Observador Esportivo: o Brasil foi eliminado por Portugal, vi agora na Internet. A Copa é que foi realizada na Inglaterra. Mais uma confirmação do meu desinteresse pelo assunto.

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  8. Das demais Copas, não tenho nenhuma recordação. Exceto da de 1982, não exatamente do certame em si, mas porque logo após o fim dele eu fiz uma viagem à Europa e estava atravessando o Túnel do Monte Branco, da França para a Itália, e quando cheguei na fronteira italiana um policial me pediu o passaporte. Ao ver que eu era brasileiro, sacaneou dizendo "Paolo Rossi". Deu um sorriso condescendente e fui em frente. Dessa mesma Copa e nessa mesma viagem, acampei em Dettwang, perto de Rothenburg ob der Tauber, na Alemanha, e quando um campista puxou papo e viu que eu era brasileiro, começou a comentar sobre a Copa. Escutei educadamente, mas eu não tinha nada a acrescentar.

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  9. Já de algumas músicas comemorativas de conquista de Copa pelo Brasil, tenho recordações. Em 1958:

    "A taça do mundo é nossa
    Com brasileiro não há quem possa
    Ê, êta esquadrão de ouro
    É bom no samba, é bom no couro!

    O brasileiro lá no estrangeiro
    Mostrou o futebol como é que é
    Ganhou a taça do mundo
    Sambando com a bola no pé
    Gol!"


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  10. E da famosíssima comemorativa do tricampeonato, em 1970:

    "Noventa milhões em ação
    Pra frente Brasil, no meu coração
    Todos juntos, vamos pra frente, Brasil
    Salve a Seleção!

    De repente é aquela corrente pra frente,
    Parece que todo o Brasil deu a mão!
    Todos ligados na mesma emoção,
    Tudo é um só coração

    Todos juntos, vamos
    Pra frente Brasil, Brasil!
    Salve a seleção!"

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  11. Lembro também um fragmento de música referente a alguma Copa antiga. Não consegui localizar na Internet a letra inteira. O que recordo é (com falhas em trechos):

    "Gilmar, De Sordi e Bellini
    E Nilton Santos pra salvar o time
    ..........
    Pelé, Zagallo esse é o time nacional".

    Se alguém se lembrar da letra inteira, seria interessante.

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  12. Lembro de Copa a partir da transmissão pelo rádio.
    Estava na casa de minha tia e recordo das lamentações dos adultos.
    Eu, com meus primos, todos crianças, só queríamos aproveitar o encontro para brincar.
    Nos jogos anteriores tivemos aula normalmente.
    No tri foi festa geral.
    Sobre furtos, impressionte a quantidade de ocorrências desse tipo que contam com informações de pessoas de dentro do local onde acontecem.

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    1. Esqueci de dizer que a Copa da transmissão pelo rádio foi a de 1966, jogo contra Portugal.

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    2. Verdade. E não só em furtos mas também nas negociatas em bolsas de valores, onde pessoas com informações internas de empresas compram ou vendem a rodo ações, de acordo com a informação que recebem.

      Dizem que no episódio mal explicado de 9 de setembro nos EUA, dias antes houve maciça venda de ações de empresas aéreas envolvidas nos ataques ao World Trade Center. Não sei até que ponto é verdade. Na época, as fake news ainda não constituíam a maior parte do cabedal de informações divulgadas, e a Internet ainda estava na infância ou adolescência. Mas quando havia interesse de governos em mascarar a verdade, aí a mentira campeava.

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  13. Com relação ao comentário das 08:00, trata-se na verdade de apuração de crimes previstos na lei penal brasileira no contexto da Lei Geral do Esporte. As condutas criminosas quando ocorrem sob certas condições podem ter um maior rigor durante sua apuração. É algo meio complicado para explicar aqui mas vou tentar simplificar. Tendo como exemplo a Lei 11.340/06, mais conhecida como "Lei Maria da Penha" e que trata de crimes ocorridos sob o contexto da violência doméstica e familar, é possível por exemplo a decretação de uma prisão preventiva por ameaça ou lesão corporal, algo impossível de acontecer quando tais condutas criminosas ocorrem isoladamente e "fora do contexto" da "Lei Maria da Penha". Assim também ocorre quando as condutas criminosas ocorrem no contexto da Lei Geral do Esporte.

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  14. Tal como o Candeias posso descrever com detalhes cada jogok das copas de 1958 a 1970. Memórias da juventude...

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    1. Meu irmão tinha um amigo, chamado Antero Luis, que conseguia narrar gols como se estivesse no rádio, descrevendo passo a passo as jogadas. Incrível a memória dele. Não lembro se era torcedor do Fluminense ou do Botafogo. Meu irmão não conseguia narrar, mas se lembrava de quem havia feito os gols e do placar dos jogos do Botafogo, do qual era torcedor semi-doente. Ia ao estádio do Maracanã, em grupo, com uma bandeira do Botafogo presa a um cabo de vassoura.

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  15. Coisas de torcedor: minha mãe era flamenguista doente e meu padrasto era vascaíno. Quando o Vasco vencia o Flamengo, se meu padrasto passasse por minha mãe e olhasse para ela, mesmo sem falar nada, ela estourava:

    "Tá me olhando por que?"

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  16. Era engraçada a diferença entre a locução de jogos pelo rádio e pela TV. Se você visse o jogo pela TV com um rádio ligado ao lado, a bola ainda estava na intermediária e a narração pelo rádio parecia que ela já estava na pequena área, pronta para ser chutada a gol. Ou o jogador estava parado com a pelota, vendo para quem passá-la, e no rádio parecia que ele estava em desabalada carreira para a meta adversária.

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  17. A Jules Rimet foi roubada e logo recuperada (se bem me lembro, achada por um cachorro) na Inglaterra antes da Copa de 66.

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    1. Corre uma versão (nunca comprovada) de que o roubo (ou furto) fora combinado por causa do pouco apelo que o torneio estaria despertando na população local. Afinal, a taça teria sido encontrada pelo cachorro em um monte de lixo.

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    2. Considerando a proverbial "cara de pau" dos ingleses, é bem possível.

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  18. A Copa com 16 seleções (até1970) era dureza, é só lembrar os grupo do Brasil, sempre difíceis.
    A última copa que acompanhei muito de perto, ainda solteiro (tirei até férias no período) foi a de 1982.

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  19. Bom dia Saudosistas. A minha primeira grande lembrança de Copa do Mundo, foi na Copa de 1962 o jogo Brasil X Espanha, me lembro de toda a garotada estarmos ouvindo o jogo num radio e todos tristes até o gol de empate do Amarildo e depois com a virada a festa que fizemos na rua até bem tarde da noite.
    Tive o prazer de assistir a copa de 70 pela TV e ver o maior espetáculo de futebol que uma Seleção de Futebol apresentou em uma Copa do Mundo.
    Tive a decepção da Copa de 1982, de ver o Brasil perder para a Itália por 3x2, com uma Seleção jamais igualada em grande jogadores de lá para cá.
    As demais Copas, mesmo aquelas em que nossa Seleção saiu vitoriosa, não me causaram nenhuma grande alegria ou mesmo uma grande lembrança.
    E nos dias de hoje já não tenho aquela paixão por futebol, do que na minha época de adolescente e na juventude, até porque o futebol de hoje no Brasil é de baixíssima qualidade, com jogadores medíocres sendo considerados craques, os quais muitos deles não jogariam em bons times que disputavam o D.A., aliás gostaria que alguém me dissesse se acham o Neymar craque, para mim ele é um jogador de médio para baixo, mas que a mídia o elevou as alturas. Um jogador de 1 jogo só em toda a sua carreira.

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    1. Lino, esta Copa de 62 foi um escândalo, com o Brasil muito favorecido. O penalty que o Nilton Santos fez no espanhol mais de um metro dentro da área e o juiz marcando fora da área foi vergonhoso.
      Depois o Garrincha foi expulso na semifinal e a suspensão automática foi cancelada na súmula pelo juiz peruano mediante uns $$$$.

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  20. Sobre a copa de 70, além de ter sido a primeira transmitida ao vivo para o Brasil, graças ao satélite, há a polêmica dos jogos em cores. Alguns juram ter visto em casa, quando na verdade as primeiras transmissões experimentais no Brasil só aconteceram em 1972, em PAL-M.

    Alguns poucos privilegiados conseguiram assistir, em circuito fechado na Embratel, aos jogos em cores no padrão americano, o NTSC.

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    1. O pessoal que acha que viu a cores tem na verdade a lembrança de quando assistiu novamente os jogos ou trechos depois de 1972/73, aí sim colorido.
      Tenho um amigo que conta ter assistido a um dos jogos a cores nas dependências da Embratel, levado pelo avô, alto funcionário da empresa.
      A primeira copa com transmissão a cores para o Brasil foi a de 1974.

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  21. Esse PAL-M foi outra invenção brasileira.
    A Copa de 70 certamente foi em P&B.

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    1. Na época do desenvolvimento do sistema de TV em cores do Brasil, o NTSC era muito instável, com cores fora do padrão (Never Twice Same Color). O sistema PAL, alemão, era bem mais estável, mas era usado em outras condições.

      O Brasil, assim como os EUA, usa canal de 6MHz com frequência de 60Hz. A Europa geralmente usa canal de 8MHz com frequência de 60Hz. Assim o sistema brasileiro misturou características tanto americanas quanto europeias. Outros países sul americanos adotaram o PAL, mas adaptado para 50Hz, o PAL-N.

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    2. A título de curiosidade, a França usava um sistema próprio, o SECAM. Hoje é tudo digital, mas também com diferenças. ATSC, ISDB ou DVB...

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  22. a Jules Rimet não foi derretida. Está muito bem guardada em certo apartamento na rua Prudente de Moraes em Ipanema...

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  23. Sobre a atual seleção brasileira estou cada vez mais parecido com o Hélio Ribeiro. O interesse por ela está diminuindo a cada ano.
    Desconfiava que tinha jogo hoje (para mim confirmado pelo comentário do Augusto). Agora vou procurar ver contra quem.
    E para mim o futebol profissional é quase todo corrompido. Da CBF aos clubes de até 4ª. (ou 5ª.) divisão dos campeonatos estaduais, passando pelas federações de cada estado. Só diminui o volume de dinheiro nas negociatas conforme desce para os patamares inferiores.
    É impressionante como dirigentes e representantes de jogadores fazem negociações quase sempre com prejuízo para as agremiações.
    Muitos atletas nem se encaixam no perfil do time, do técnico e dos demais colegas, criando até revolta, o que muitas vezes os leva a literalmente cair pelas tabelas.
    Com certeza muitos cartolas levam o seu na contratação e depois na venda do passe.
    Por isso costumo dizer que campeonato brasileiro só começa a se definir depois da tal "janela de transferências" do meio do ano.
    Basta uma contratação ou dispensa equivocada para desmontar um bom time.
    Em tempo: há muito tempo que não quero nada em matéria de comprar os produtos da CBF suspeita de muitas mutretas. E mais recentemente piorou em relação a camisa titular e seu uso político. Acho que nem de graça.

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    1. Paulo, o jogo é contra a Guiné, time fantástico, com estrelas internacionais... Jogam melhor do que a seleção alemã. Só que não.. Estes amistosos contra a Guiné e o Senegal só servem para por dinheiro nos bolsos dos dirigentes da CBF.

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    2. Infelizmente, dificilmente teremos amistosos contra seleções europeias de nível mais alto, por causa dessa "Liga das Nações", com várias divisões, que ocupa o calendário de quase todas elas, sobrando seleções asiáticas ou africanas para fazer os amistosos.

      E Senegal é o atual campeão africano, mesmo que isso signifique quase nada.

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  24. E tinha música para preparada para a conquista da Copa de 74: "todo mundo de bandeira na mão / Esperando a seleção descer no Galeão.
    E a versão depois da derrota para a Holanda e a Polônia: "todo mundo de porrete na mão / Esperando o Zagalo descer no Galeão.

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  25. Na inauguração do ginásio do Colégio Santo Inácio, em 1973, creio. A Taça Jules Rimet ficou exposta num simples pedestal onde qualquer um podia pegar e tirar fotos. Quando achar o álbum de casa tragos prova documental . No mais, se o Museu Nacional pegou fogo, fato anunciado com 6 meses de antecedencia ....

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  26. Uma coisa que não me convence é o seguinte: antigamente havia quatro grandes times cariocas, e eles eram sempre grandes e sempreestavam nas primeiras colocações a cada campeonato. De uns tempos para cá, num ano o time X é campeão brasileiro e no ano seguinte cai para uma divisão abaixo. Não dá para entender.

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  27. Atualmente tem aparecido uma profusão de sites de aposta. Mesmo que eu me interessasse por futebol, jamais cairia na esparrela de gastar dinheiro com eles. O recente escândalo de manipulação de jogos é prova de que esses sites não são confiáveis. Ou melhor: de que o resultado dos jogos não é confiável, o que se reflete nos sites. O que não elimina a hipótese de haver mutretas entre eles e os resultados.

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  28. Observador Esportivo17 de junho de 2023 às 12:21

    É muita gente mamando. O jogador vale 200 mil, o dirigente oferece 300 mil e fica com 50 mil. Todos ganham…

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  29. Antigamente (ou nem tanto assim) reclamavam quando havia jogo do brasileiro nas datas FIFA. Agora que o campeonato é interrompido, aparece até crise de abstinência...

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  30. Observador Esportivo17 de junho de 2023 às 17:23

    Acabou o primeiro tempo. 2x1 duro de se ver. Vou fazer algo mais interessante.

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  31. Fim de jogo. Brasil 4 x 1 Senegal, parecia um jogo entre casados contra solteiros no fim do ano, antes do churrasco ou feijoada de confraternização. Já eu teimei em tentar assistir o jogo, o resultado foi eu pesquei 5 lambaris, duas cochiladas e perdi para a TV, que mostrou tanto o primeiro, quanto o terceiro gol da seleção e eu estava dormindo.
    De novidade e o melhor que assisti, quando não estava cochilando foi o lateral do Flamengo que estreou bem na Seleção, parece ser uma grande promessa.
    Já o protagonista principal da partida o Vini Jr, me pareceu que está querendo incorporar o Neymar, prendendo a bola em demasia e atrapalhando mais do que ajudando.

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    1. Concordo com você: o rapaz do Flamengo promete e o Vinicius parece querer trilhar o caminho do "estrelato" do Neymar.(tomara que não, seria mais um a se perder).

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  32. Acabou que vi mais o treino da F1, mesmo com duas bandeiras vermelhas...

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  33. Bom dia.

    Não é que aprontaram antes do jogo de ontem? Um segurança (ou comissário) do estádio sacou uma banana para um amigo do Vini Jr dizendo que "aquela era a arma dele". Tudo flagrado pelo repórter da Globo. E, talvez, pelas câmeras de segurança do estádio...

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