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segunda-feira, 14 de agosto de 2023

PALÁCIO DOS ESTADOS - MINISTÉRIO DA AGRICULTURA


Este anúncio, do acervo do Rouen, mostra o Palácio dos Estados, em 1921, em construção para a Exposição Interncaional de 1922, que comemoraria o centenário da Independência do Brasil.  

Neste cartão-postal da coleção do Klerman Lopes vemos o “Pavilhão dos Estados”, inaugurado em 1922 para a Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil. Ficava na Praça XV, ao lado do Museu Histórico Nacional, entre o Largo da Misericórdia e a Ladeira da Misericórdia. 



O objetivo da Expo foi comemorar o centenário da nação brasileira, mediante a exibição de todos os avanços que o país conhecera nos mais variados campos, definindo-se, contudo, como principais os do Trabalho, da Educação, Saúde e Higiene. Durante os seus preparativos, a ideia de expor ao mundo um Brasil moderno e equiparável aos países mais desenvolvidos foi tema de grandes debates na Imprensa, em virtude dos altos custos que isso implicava.


Vemos o Palácio dos Estados em bela fotografia noturna de Bippus.

Autochrome de Marc Ferrez, do acervo do IMS, mostra o Palácio dos Estados ladeado pelos pavilhões da Administração e Distrito Federal.


De traço eclético, o estilo do edifício foi inspirado na Renascença Francesa e seu projeto foi do escritório do arquiteto Hippolyto Pujol Júnior (1880–1952). Tinha cinco andares, uma área aproveitável de 6.192 metros quadrados para os expositores dos estados e uma torre de 45 metros, onde aconteceu uma exposição de jóias. Apesar de se chamar Pavilhão dos Estados, a maior parte dos produtos exibidos era procedente de São Paulo. 



A foto é dos anos 60. Um ano após a realização da exposição, o prédio foi cedido ao Ministério de Agricultura. Com a transferência, no início da década de 1960, da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília, o edifício ficou cerca de 15 anos esquecido.

 

Esta e as demais fotos abaixo foram tiradas pelo prezado FlavioM, antigo comentarista do "Saudades do Rio", em 1978, quando o prédio começou a ser demolido.

Arquitetos modernistas, dentre eles Lucio Costa, se engajaram, na década de 1970, em uma campanha para a demolição de diversas edificações do Rio Antigo e o edifício do Ministério da Agricultura foi um dos alvos, bem como o Palácio Monroe.

Segundo um parecer de Lúcio Costa, de 1972, "a demolição daquela almanjarra de concreto lhe seria do maior agrado. Em outro parecer, de 1978, afirmava que "por sua falta de estilo, por sua desproporção, por sua feiúra congênita, já nasceu bastardo." 

Finalmente, em julho de 1978, o prédio começou a ser demolido. O "Jornal do Brasil" de 19/06/1978 noticiava que: "Ao custo de Cr$ 3 milhões e 300 mil, o prédio dará lugar a uma área livre de 3 mil metros quadrados, valorizando o conjunto arquitetônico colonial da Igreja N.S. de Bonsucesso, do Museu Histórico Nacional e da escada remanescente do antigo Morro do Castelo. 

O Conselho Estadual de Cultura chegou a formalizar um tombamento prévio do prédio a ser demolido, mas voltou atrás, por se tratar de imóvel da União. Só o IPHAN poderia tombá-lo, mas não se interessou."

E o assunto deixou de ter importância para o Ministério da Agricultura porque, na época, estava envolvido numa gravíssima epidemia de peste suína.


39 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Mais uma vítima da onda devastadora da década de 70. O processo, na verdade, começou na década anterior.

    Algumas fotos garimpadas na Praça XV tinham o prédio como pano de fundo.

    A década de 70 também foi marcada por desinformação acerca de epidemias, como a de meningite. Peste suína era "pinto"...

    Ontem, segundo o Fantástico, foi comemorado o centenário do Copacabana Palace...

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  2. Bom dia.
    Essa epidemia de peste suína (me lembro que diziam ter vindo da Africa) deu o que falar; foram abatidos milhares de porcos, o consumo de carne de porco e derivados despencou mas acho que não atacava/causava mal a seres humanos.

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    1. Provavelmente deve ter afetado as exportações, além do consumo interno.

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    2. Sim, com certeza, não tinha como passar incólume.

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    3. Mário, várias epidemias tiveram origem no continente africano, inclusive a AIDS. A África é o berço de inúmeros flagelos, inclusive espirituais.

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  3. Bom dia Saudosistas. Quando comecei a trabalhar no INAMPS ainda estava de pé este belo prédio, porém logo depois começou a sua demolição a qual acompanhei integralmente. Infeliz é o País que destrói as suas raízes históricas.

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  4. Depois do “bota-abaixo” de Pereira Passos no início do século XX veio o “bota-abaixo” dos modernistas como Lucio Costa (este das fotos é exemplo) o dos militares (o Monroe e a faculdade de Medicina), o dos especuladores imobiliários (por toda orla da zona sul) e por aí vai.
    E a cidade foi perdendo sua história.

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  5. Na segunda foto de estacionamento, onde há Brasílias, um Ford americano se destaca da monotonia, é um Ford LTD de 1969.
    Uma vez fui ver um Ford americano desses, trazido por um diplomata. As diferenças para o Galaxie nacional são bem evidentes, especialmente na mecânica. Por que razão escolheram um automóvel meio parecido com o Galaxie nacional, com todas as complicações de um carro importado? Creio que má fonte de informação.

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    1. Sempre ouvi falar que é bem mais fácil a compra de importados efetuada por diplomatas

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    2. Biscoito, a revista cara show do RS, fez a alguns anos a história do tucker que veio para o Brasil. Muito legal.

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  6. Fotos de uma época em que as calçadas eram grandes estacionamentos.

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  7. Há uma foto famosa da editora Bloch, geralmente publicada na revista Manchete, mostrando o prédio do antigo ministério rodeado por carros estacionados em uma variedade cromática há muito não vista nos modelos atuais. De negativo, se é que pode ser dito, a quase onipresença dos veículos da VW, característica da época.

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    1. O inverso dos aparelhos de TV: bons tempos aqueles em que os estacionamentos eram "à cores".

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  8. Conforme observou o Mário, as calçadas eram imensos estacionamentos. Era fácil estacionar no Rio. Mas atualmente os tempos mudaram, a quantidade de carros aumentou de forma absurda, e a legislação passou a atuar na repressão de estacionamento irregular, muito em função da promulgação do C.N.T em 1997. "É muito carro pra pouca rua". Atualmente para ir "a cidade", à zona sul, e até mesmo à Praça Saens Pena, a opção é o Metrô, Táxi, ou Uber.

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    1. Além disso, os estacionamentos fechados pagos são tão caros que, dependendo da distância entre os pontos e do tempo de permanência, o táxi/uber fica em valor próximo ao que será pago pelo estacionamento. Aí, não se tem o desgaste de dirigir (normalmente em trânsito ruim), e é mais seguro (obs.: só utilizo o Táxi Rio).
      Utilizo cada vez menos o carro.

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    2. Acho contraproducente pagar estacionamento no shopping, ao invés de ir a vários, vou em um só, pois cobram um valor fixo (e alto) para várias horas.

      O pior é o estacionamento da Leroy Merlin, que tem 15 minutos gratuitos. Vou correndo e sarto fora se não achar logo o que eu quero, não da tempo de olhar outros produtos que talvez me interessasem, senão tem que entrar na fila e ficar esperando pra pagar o estacionamento.

      O estacionamento no Jardim Zoológico é R$35, um roubo!

      No Santos Dumont na última vez que estacionei foi por menos de 10 minutos e não me lembro quanto paguei, mas foi uma fortuna. É tal mãos ao alto não que encontro mais com os passageiros no desembarque, agora só pego na rua. O resultado é que fico parado gastando gasolina onde não deveria e contribuindo pro congestionamento.

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    3. Os chineses estão invadindo o Leblon. HELP!

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  9. Existem fotos internas do Palácio aqui no Blog? De alguma exposição?

    Quanto aos carros... quanto menos, melhor!

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  10. Tudo bem que a arquitetura não era nenhuma brastemp, mas bem melhor do que os caixotões dos tempos atuais.
    Em viagens pelo interior, naquele ano de 1978, vi algo parecido com piscinas bem rasas com produto líquido em entradas de fazendas que criavam porcos, para desinfetar as rodas de qualquer veículo que estravam no local.
    A África foi explorada, estuprada, bagunçada e sugada o máximo possível pelos colonizadores europeus. Não tem como se recuperar e se proteger em um século ou até mais. Para bem ou para o mal a China parece que entendeu essa situação e os chineses estão concorrendo, economicamente falando, contra os ocidentais naquele continente.

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    1. A China é uma civilização milenar com uma longa história em sua mar há para o desenvolvimento. Já no tempo de Kublai, o grande Kan, o império chinês era próspero e poderoso. No limiar do Século XX a China está dívida em seus "Protetorados" sob o jugo de nações européias. O livro "Momento em Pekin", de Lin Yutang, retrata com fidelidade aquele período da História chinesa. Durante os 30 a China passou por momentos tenebrosos em razão da invasão japonesa a partir de 1931. Em 1949 após a revolução comunista a China entrou em um processo revolucionário cujo mérito não vou comentar e que custou a vida de dezenas de milhões de pessoas. No Século XXI a China emergiu como uma das grandes potências mundiais, tanto no campo econômico como no campo militar. E o que se pode depreender de sua História? Uma admirável evolução na acepção do termo. A China possui relações comerciais com o mundo inteiro estais relações geram dívidas para muitas nações, inclusive o Brasil? E nesse tempo qual foi o nível de evolução da África, em especial a África subsaariana? A resposta todos sabem. O grande problema da África subsaariana é a sua "incapacidade endêmica" de se desenvolver. Colocar a culpa nos outros e atestar a própria incompetência.

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    2. Os chineses estão invadindo o Leblon. HELP

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    3. Joel, na China tem muito comunista.

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    4. Eu sei disso! Mas o povo chinês é inteligente e soube sair daquele comunismo arcaico e miserável à moda cubana ou venezuelana. Atualmente impera na China o chamado "capitalismo de Estado", no qual ninguém é proibido de sair do país e a população tem acesso a bens de consumo. É um regime autoritário que entendeu que não há desenvolvimento a não ser com "liberdade de mercado". Até nisso a China evoluiu. Entretanto a África é a "prova viva" de que a evolução "foi para as calendas gregas"...

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  11. A África foi explorada, estuprada, bagunçada e sugada o máximo possível pelos colonizadores europeus. Disse muito bem, Paulo Roberto.
    Outro dia assisti no Prime Video o filme "King Leopold´s Ghost", sobre o Congo. Lamentável a atuação dos belgas.
    E o mesmo ocorreu em vários outros países.

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    1. É como eu disse no comentário anterior: é a incapacidade de se desenvolver. Há muitos outros fatores que corroboram isso, mas deixo isso para sua percepção...

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  12. A China era conhecida como Katai e fazia parte do Império Mongol, que naquela época se estendia dos Cárpatos aos estreitos da Coréia. As aventuras de Marco Polo descrevem a viagem dos irmãos Nicolo e Mafeo Polo e seu filho Março através do Oriente até a China. Kublai era o grande Kan, o Imperador de todo aquele território, cujo limite foi fixado em razão de um fato curioso. O Japão era conhecido como Cipango e não possuía um poderio bélico que pudesse se opor às centenas de navios da esquadra de Kublai, e fatalmente seria dominado pelas forças chinesas se em 1281 um furacão não tivesse se abatido sobre a armada chinesa, inviabilizando a invasão. Os japoneses atribuíram esse fato a um "vento divino", cuja tradução é "Kamikaze", e que seria "ressuscitado" quase 700 anos depois. Mas isso é uma outra história...

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  13. O senhor Joel Almeida demonstra possuir um nível de cultura que não é típico de direitistas e muito menos de bolsonaristas, que são muito toscos, a ponto de acreditar em Terra plana e no Bolsonaro como sendo um enviado de Deus.

    Acho que o dito senhor é um esquerdista disfarçado, um agente provocador. Talvez até mesmo um professor universitário marxista se fazendo passar por inimigo da esquerda progressista. Joga verde para colher maduro.

    Com certeza ele pertence às nossas hostes progressistas.

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    1. Senhor Ching ling, o agradeço pela deferência, mas tenho que admitir que o Sr. é um "pândego da melhor cepa". Entretanto a afirmação de que os conservadores são "indivíduos toscos" é tão consistente como a crença de que as vaginas das chinesas e japonesas são "horizontais"...

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  14. Camarada Jinping, você denunciou o disfarce de nosso camarada russo Joel, cujo nome real é Dimitri Ivanov Medvedev. Nosso camarada Putin não vai gostar nada disso.

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  15. Que palhaçada é essa, camaradas? O Dimitri estava fazendo um ótimo trabalho, levantando os esquerdistas que visitam o SDR, e vocês botam tudo a perder? Ela já descobriu que são progressistas o Wagner Bahia, o Lino Coelho, o José Rodrigo e gerente do SDR. E estava trabalhando em dupla com o Dieckman para descobrir outros progressistas. E vocês estragam tudo!! Ah, se nosso paizinho Stalin estivesse vivo, vocês iriam se entender com ele e com o Beria.

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  16. O Lino está no time errado. Ele é um excelente meia-direita com atuações históricas nos campos do Aterro.

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  17. A minha Tcheká apurou que o serviço secreto do Putin está mal informado. Ele pode ter razão sobre o Wagner Bahia, mas sobre o Lino Coelho e sobre o Luiz errou profundamente, embora o Luiz às vezes mostre tons rosados. As opiniões do Alencar se devem à uma eventual decrepitude.

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    1. O Dimitri esqueceu de me incluir no time dos progressistas.

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    2. Esse aí de 20:33 é mais fake do que nota de 3 reais...

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  18. Camarada Dimitri, agora que seu disfarce foi descoberto, autorizo seu retorno a sua cidade natal, Novosibirsk, onde lhe aguarda uma recepção calorosa, com entrega da Medalha de Herói da União Soviética.
    Quanto ao Jiping e ao Maduro, já enviei dois camaradas portando injeções de polônio 210 para cuidar deles.

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  19. Camarada Dimitri, a vagina das chinesas é tubular. O que é horizontal é a vulva. Sua narrativa indica que o senhor nunca teve o prazer de desfrutar de uma de minhas conterrâneas.

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  20. O prédio em questão foi apelidado à época de "bolo de noiva". Foi no terceiro andar desse prédio, que o General Ernesto Geisel manteve junto aos seus assessores, uma espécie de gabinete para reuniões e consultas, nos meses prévios a sua posse como Presidente da República, ocorrida em março de 1974.

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