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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

EDIFÍCIO IPANEMA


Nesta fotografia de Milan Alram vemos a área do Jardim de Alá em 1960. Assinalada pela elipse vermelha vemos que bem na curva ainda existia uma casa com um grande terreno, que dava para a Av. Henrique Dumont (na parte paralela ao Jardim de Alá), para a Rua Barão de Jaguaripe de um lado e para a Av. Epitácio Pessoa (no trecho em frente a Caiçaras) em outro lado.

Para quem não conhece a região pode parecer confuso, mas um lado do prédio é junto da Henrique Dumont e não da Epitácio Pessoa. 

À direita, entre as ruas Redentor e Nascimento Silva, vemos Escola Municipal Henrique Dodsworth, que funciona até hoje, na Av. Epitácio Pessoa. A escola tem a frente para a Av. Epitácio Pessoa e os fundos para a Av. Henrique Dumont.

Ao fundo, a Favela da Catacumba e a pedreira da Lagoa, perto do Corte do Cantagalo.

No início da década de 60 começaram a aparecer os anúncios do “Edifício Ipanema”, que ocuparia o terreno assinalado na foto anterior.

Haveria apartamentos de três tipos.

Tipo 1: salão, 4 quartos, armários embutidos, 2 banheiros, copa-cozinha, 1 e 2 quartos de empregados, banheiro, área de serviço, garage.

Tipo 2: sala, 3 quartos, armários embutidos, 1 e 2 banheiros, cozinha, quarto e dependência de empregados, área de serviço, garage.

Tipo especial: na cobertura, com terraços de 373 ou 225 metros quadrados.

O endereço na época era Av. Epitácio Pessoa nº 260, mas no final da década de 60 a numeração da avenida foi alterada e o edifício passou a ser o de nº 604.


Incorporação e vendas: Imobiliária Civia S.A.

Construção de Pires & Santos S.A.

Projeto e fiscalização de Nilo Gallo & M. Caldas.

Nesta foto do acervo  do "Correio da Manhã" vemos o "Edifício Ipanema" em construção. A legenda informa que a foto é de 1965.

Também do acervo do "Correio da Manhã" vemos o "Edifício Ipanema" em 1969. Acredito que as obras que vemos ao fundo sejam as da construção das novas instalações do Ambulatório da Praia do Pinto. Este foi fundado em 1964 como um pequeno posto na Favela da Praia do Pinto, depois funcionou perto do Caiçaras e na década de 70 mudou-se para um endereço na Rua Jardim Botânico. Não sei se ainda está em atividade.


Em foto de minha autoria, provavelmente de 1969, vemos o "quatro-sem" do Flamengo logo após vencer uma prova. Na tripulação meu saudoso amigo Nelson Parente, grande campeão. As palafitas da favela ainda estavam lá.


Outra foto de minha autoria, com meu irmão a bordo do barco do Flamengo que venceu uma prova com final emocionante. Lá atrás, o "Edifício Ipanema" testemunhava tudo.


Imagem do Google Maps mostrando o "Edifício Ipanema" atualmente.

O edifício tem 32 apartamentos, com 8 por andar, além de duas coberturas. Na verdade são 4 colunas com 2 apartamentos por andar, com 4 elevadores sociais e 2 de serviços.

No início o prédio tinha entrada pela Lagoa e pela Barão de Jaguaripe. As pessoas passavam de um lado a outro. Mas, há muito tempo, só existe uma entrada, que é pela Barão de Jaguaripe.

O prédio tem ainda uma academia para seus moradores.

Figuras conhecidas moraram no prédio, como o jornalista Armando Nogueira e o artista Miguel Falabella.



10 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Dia de acompanhar os comentários. Estive uma vez na Henrique Dumont, mas na outra ponta, perto do obelisco.

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  2. O prédio é meio em curva, o que deve ter dificultado o projeto.
    A vista a partir dele é linda, mas a parte voltada para a lagoa deve ser um forno no verão, pois pega o sol da tarde.
    Hoje o gerente concorreu com os fotógrafos do Correio da Manhã.

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  3. Bom dia Saudosistas. Ainda ontem passei em frente a ele, mas não o conheço internamente e não tenho qq informação sobre ele.
    Quanto a Imobiliária Cívia S.A. era um grupo que atuava também no ramo financeiro e deu um calote na Praça no final ou início dos anos 60 ou 70, onde muitas pessoas perderam suas economias.

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  4. PS: ainda pode-se falar de "4 elevadores sociais e 2 de serviços"?

    O certo não seria "elevadores de carga"?

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    1. Agora são chamados de elevadores de carga.

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  5. Meu primo mora lá. Interessante a janela curva. a mãe dele foi morar logo que ficou pronto. Bela vista. Ao fundo a Favela (comunidade) da Catacumba , a pedreira e só um prédio na Curva do Calombo.

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  6. Na primeira foto vê-se também o Colégio Rio de Janeiro na nascimento Silva. Estudei nele.

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  7. A Curva do Calombo - apesar de sempre referida no singular e provavelmente nomeando a mais acentuada - para mim sempre significou o conjunto formado pelas duas curvas, uma mais "fechada", com o pequeno trecho reto de união.

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  8. Um amigo meu conta que o nome da curva (a mais fechada) vinha da existência de um "calombo" bem na tangência, que jogava o carro para fora da curva. Vai saber...

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