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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

LAGOA - MONTE LÍBANO


Segundo um depoimento de José Feres Sauma, a independência do Líbano, em 1942, teria incentivado a comunidade a tomar iniciativas como a compra de imóvel na Rua Dona Mariana para embaixada (foto já publicada aqui no SDR), o aluguel da primeira sede do clube Monte Líbano na Av. Pasteur e a construção da Igreja Maronita de N.S. do Líbano, na Tijuca.
O clube Monte Líbano foi fundado em 12/09/1946. A sede era na Av. Pasteur nº 184. 



Projeto para a sede do Clube Monte Líbano na Lagoa, na década de 1950, autoria de João Khair e construída pela empresa do arquiteto Victor Henrique Pozas.

A atual sede está na Av. Borges de Medeiros nº 701, antigo nº 3472 da Av. Epitácio Pessoa, em terreno cedido pela Prefeitura do então Distrito Federal em 1953.

Foi inaugurada em 16/05/1957 pelo presidente Juscelino, sendo então prefeito do Distrito Federal o Sr. Negrão de Lima.


Aqui vemos, em foto dos anos 60, a posição do Monte Líbano quando ainda estavam no local as favelas da Praia do Pinto e da Ilha das Dragas. 


Imagem do "site" da Prefeitura/Patrimônio/APAC/Bens tombados


Clube Monte Líbano em 1960. Em pouco mais de quatros anos foi construída a sede do Clube Monte Líbano na Lagoa, em terreno doado pela Municipalidade carioca à colônia libanesa. Possuía, na época, quadras de tênis, basquete, vôlei, um pequeno campo de futebol, duas piscinas, playground, sauna, além do maior salão taqueado da América do Sul, em 1960.Em razão da suntuosidade de seu salão de festas, os bailes de formatura das mais importantes escolas superiores são ali realizados.

Foto Manchete.


Em foto da Manchete, dos anos 60, vemos uma das piscinas do Clube Monte Líbano.


Outro aspecto de uma das piscinas do Clube Monte Líbano.


Foto atual da fachada do Clube Monte Líbano na Lagoa.

36 comentários:

  1. O Monte Líbano abrigou, como dito acima, muitos bailes de formatura, naquela época com os homens de smoking, a maioria alugados, e grandes orquestras. Rivalizava com os salões do Fluminense, do Copacabana Palace, do hotel Glória, do Clube Naval.
    Imaginem se exigir smoking para a garotada de hoje.
    Atualmente há no Monte Líbano os bailes de carnaval, embora há alguns anos esses bailes fossem mais badalados, como o Gala Gay.
    Além disso há bailes de samba e outros ritmos por lá.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Área fora da minha jurisdição, vou acompanhar os comentários.

    Hoje é aniversário do bairro de Vila Isabel (151 anos), em decorrência da Lei do Ventre Livre aprovada um ano antes.

    Hoje também é aniversário do forte de Copacabana, segundo informação ouvida no rádio.

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  3. Bom dia Saudosistas. Entrei no Monte Líbano 2 vezes, uma foi num baile de Carnaval nos anos 76 ou 77, a outra também um pouco depois para jogar futebol socity contra o time de veteranos do Monte Líbano, que tinha um timaço, atualmente costumo passar em frente de carro.
    Quanto aos clubes e associações de colônias de imigrantes no Brasil, teria muito a dizer e a comparar, mas não acho seria conveniente.

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  4. No inícios dos anos 80, o Monte Líbano sediava - entre outros - o Baile do Champagne, que em determinado ano foi patrocinado pela DIJON, do Humberto Saade, que tinha licenciado a marca para uso em uma champanhe "meia boca". (me lembro de uma garrafa pequena da dita cuja com fechamento por tampinha de metal, idêntica às de refrigerante.)
    Nesta época eu militava no ramo de ar condicionado e estávamos trabalhando nas instalações do prédio que viria a ser a sede da DIJON, em Ipanema, na Farme de Amoedo e o irmão do Humberto, Miguel Saade, me deu uns 5 ou 6 convites para o tal baile,
    Como nunca gostei de Carnaval, distribuí entre amigos e nem passei pela porta do clube ...
    Houve uma época em que até colchão DIJON existia, o Humberto licenciou a marca para vários produtos; o que me chama a atenção é que em algum momento, de repente, ele e a marca saíram de circulação, sem deixar rastros. É a mesma sensação de "desaparecimento repentino" que tenho do Sérgio Dourado, de presença maciça para - rapidamente - nada.

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    1. Luiza Brunet, a musa do Saad, estava no seu auge e "tinindo"! Para ninguém botar defeito.

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  5. Só conheço pela fama dos bailes de carnaval. Nem quando passei em frente eu prestei atenção. Quem sabe na próxima.
    Como quase toda a orla marítima do Rio, a da Lagoa também sofreu um excesso de modificações.

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  6. A principal referência ao clube era os bailes de carnaval, especialmente na época mais "liberal".

    Coincidência ou não o clube perdeu parte da vizinhança "diferenciada". Mas não toda.

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  7. Fui muitas vezes no final dos anos 70 e início dos anos 80 nos bailes de carnaval do Monte Líbano, bailes esses inesquecíveis. Era uma outra realidade de entretenimento que seria inconcebível atualmente, pois diante de tantos avanços na Lei e novas tipificações penais, ficaria muito difícil a realização desses bailes. Além disso no final dos anos 70, o Monte Líbano foi o precursor da iniciativa de guindar para "salões nobres" os bailes voltados para homossexuais, travestis, e afins, que até então ficavam restritos a "locais restritos à classe" como o Teatro São José.

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  8. Em tempo, complementando a lista de efemérides, hoje é aniversário de B. Bardot e seria do Tim Maia.

    FF: devido aos fortes ventos, houve queda de árvore na Voluntários da Pátria.

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  9. O que aconteceu com o Líbano e sua capital Beirute, que já foi conhecida como a "Paris do Oriente Médio", é mais um daqueles monumentais absurdos que confirma a imensa e inesgotável estupidez humana.

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    1. Já ia comentar isto, Mário. Certa vez, numa excursão à Serra Gaúcha, conheci um casal de libaneses mais idosos. Ele veio com uma mão na frente e outra atrás do Líbano, começou vendendo meias de seda nas repartições públicas. Ia de andar e andar com uma mala. Era um tempo em que se trabalhando muito a vida melhorava. Ficou milionário. Nos convidou a ir a São Paulo conhecer os filhos e netos. Morava numa casa de um quarteirão inteiro. Tinha uma fábrica de tecidos e uma construtora. Eram os anos 80. Adorava Beirute. Falava maravilhas de lá. Mas, hoje em dia, ainda mais depois da explosão no porto, está um caos. É uma pena.
      PS: depois conto um episódio de nossa estada em São Paulo nesta ocasião.

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    2. A intolerância religiosa e a intransigência são fatores determinantes para a manutenção do "status quo" vigente no Líbano e nos demais países islâmicos. O fundamentalismo religioso é o principal ingrediente do atraso e da discórdia. O fundamentalista crê literalmente "apenas no que está escrito", ou seja, não admite qualquer linguagem metafórica. O evangélico ou "crente", por exemplo", acredita literalmente que "Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo", ainda que inúmeros fatores comprovem que essa a afirmação é um colossal disparate. Na fé islâmica as coisas acontecem da mesma forma, e tudo que está escrito no Alcorão é interpretado "ao pé da letra".

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    3. Existe no Brasil TB.
      O líbano ainda politizou a religião, a constituição da poderes a cada religião, PM, presidente.....uma loucura.
      Esse países montados por Franca e UK não tinha como dar certo.
      Sobre o Rio, oficializamos a barbárie. Granada, fuzil...

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  10. FF: Durante um "arrastão" na Avenida Brasil ontem em Costa Barros no qual foram incendiados pneus e roubados diversos carros e um ônibus, bandidos atiraram uma granada no interior do ônibus ferindo com gravidade três passageiros, fugindo em seguida para uma favela da região.

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    1. É o fim da picada, o pior é que esse tipo de barbaridade já não causa mais espanto.

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    2. Causar explosão ou incendiar um coletivo, ou qualquer outro veículo, com pessoas dentro ou próximas é de uma crueldade igual aos dos piores terroristas do mundo.

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    3. O fato é perfeitamente tipificado na Lei 13.260/2016, mais conhecida como "Lei antiterrorismo", cujas penas são severas. Mas falta "culhão" às autoridades policiais. Não sei se esse fato foi tipificado como terrorismo, mas acho difícil difícil. Provavelmente o R.O deve ter sido titulado como "Roubo com emprego de arma de fogo, várias tentativas de homicídio com uso de artefato explosivo, e incêndio em via pública.

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    4. Granada (ou bomba) caseira provavelmente com diversos tutoriais na internet de "como fazer" ou com a supervisão dos "especialistas bélicos" a serviço do "movimento". Talvez conhecidos (ou rivais) dos "instrutores" da Maré. Dependendo da facção envolvida.

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  11. Existe um alarmismo desnecessário. O Brasil finalmente voltou a crescer.

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  12. Por falar em crescimento, o setor de bares e restaurantes está fazendo uma pressão enorme para a volta do horário de verão, que, segundo o pessoal especializado, não faz mais diferença para a economia de energia.
    Ninguém nunca fez pesquisa junto aos trabalhadores que acordam 5 horas da madruga (e acende luz antes de sair de casa cedo) e principalmente àqueles que moram em locais de maior risco na segurança pública e viajam por mais de uma hora para chegar ao local de trabalho.
    Fazer enquete pela internet não traduz a realidade.
    Um plebiscito seria o ideal.

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    1. O horário de verão atualmente traria, segundo os estudos que foram divulgados há algum tempo, uma economia da ordem de 1% do consumo total de energia, o que não justificaria sua adoção.
      Um efeito secundário desejável, que era o deslocamento da entrada de determinadas cargas para fora do horário de pico (o que não reduz o consumo total mas faz com que as cargas entrem em horário mais conveniente para o sistema) parece ter também menos impacto em função do deslocamento que se verificou no horário de pico para mais cedo (finalzinho da tarde agora, início da noite anteriormente).

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    2. Para 2023 realmente seria praticamente irrisória a economia, mas, com El Nino se mantendo por um bom tempo, para 2024 a história já pode ser outra. Já está sendo cogitada adoção de bandeira amarela para novembro.

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  13. Na igreja dos maronitas, na rua Conde de Bonfim, um senhor de apelido Gabi patrocinava nos fins de semana um torneio de futebol com times das redondezas. Meu irmão jogava num desses times. Na parte de trás da igreja havia uma grande área de terra, que era usada como campo de futebol. Isso na década de 1960.

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    1. A Igreja é a de Nossa Senhora do Líbano, e a área mencionada por você se transformou em um colossal estacionamento.

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  14. A missa de sétimo dia de falecimento de minha mãe foi rezada nessa igreja.

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  15. O site https://www.igrejamaronita.org.br/conteudos/?eFh4fDExNQ==, sobre a Igreja Maronita, é bem interessante.

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  16. Tenho amigos árabes e frequentei bem o Clube quando jovem. Cinema, piscina, sanduiche beirute. Colonia libanesa forte no Rio. Tecidos e comida. Adoro o Baalbeck, na Galeria Menescal.
    Está acontecendo nos clubes uma mudança de gerações. Amiga nadava na raia da piscina do Joquei , na sede social da Lagoa, e não havia ninguém até 2020, antes da pandemia. Hoje, com a emissão de novos títulos, está igual a densidade de Copacabana. Vamos ver como fica o Jardim de Alá (belo nome) com a reforma anunciada, será das 1.001 Noites?

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  17. O Monte Líbano tinha na década de 60 um baile para a garotada nas tardes de domingo, as "domingueiras dançantes", era bem legal.
    Tenho quase certeza também que foi no Monte Líbano, em 1967 ou 68, que assisti a um formidável show do Sérgio Mendes e seu Brazil 66.

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  18. Fui pesquisar o show do Sérgio Mendes no Monte Líbano e acabei achando no segundo caderno da edição do Correio da manhã de quarta-feira, 21 de maio de 1969, o anúncio de dois shows dele programados para junho daquele ano no clube. (um deles pelo menos aconteceu, fui testemunha ...)
    Mas o que me chamou muito a atenção foram os espetáculos em cartaz – SIMULTÂNEAMENTE – anunciados no jornal em maio de 1969, que listo a seguir:
    No Canecão: Maisa
    No Teatro Sérgio Porto: Maria Bethania com Terra Trio
    No Teatro Copacabana: Falando de Rosas, com Tonia Carrero e Jardel Filho
    No Teatro da Lagoa: Chico Anísio Só
    No Teatro Municipal de Niterói: O Avarento, com Procópio Ferreira
    No Novo Teatro de Bolso: O Som Livre, com Gal Costa e Tom Zé
    No Teatro Ginástico: Catarina .. da Rússia naturalmente com Dulcina, Tereza Raquel, Alberto Perez e Emiliano Queiroz
    No Teatro Glaucio Gil: A Comédia dos Erros, com Oduvaldo Viana Filho e Isabel Teixeira (direção: Bárbara Heliodora)
    No Teatro Maison de France: EVA, com Eva Tudor
    No Teatro Serrador: A Viúva Recauchutada, com Dercy Gonçalves.
    Foi uma época que tudo (ainda) acontecia no Rio, era dito que se não acontecesse aqui, não existia ...

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    1. e na Sucata, Nara Leão e Martinho da Vila.

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    2. A vida cultural no Rio, desde o início da década de 60, era um espetáculo à parte.
      Teatros, cinemas, o MAM, as cinematecas, nem de longe se compara com o que há hoje.

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  19. Em 1965 e ainda no período "brando do Governo Militar, miltares da Marinha de Guerra do Brasil, proprietária do "sítio" onde estava instalada a favela da Ilhadas Dragas e vizinha do Clube Monte Líbano, procuraram os líderes da favela em questão para tratar da desocupação do terreno. Os líderes contactados não compareceram à audiência marcada. Foi marcada uma segunda audiência, que igualmente não foi honrada pelos representantes da favela. Segundo se sabe, não houver uma terceira audiência, pois os representantes da favela nunca mais foram encontrados, e a favela enfim foi removida. Grande parte desse último relato foi extraída há 20 anos do site "Favela tem memória". Curiosamente e em data posterior incerta, a referida página foi criminosamente alterada não só no trecho citado no comentário como em muitos outros pontos que continham dados e relatos de um precioso conteúdo histórico, inclusive um decreto da Prefeitura do Distrito Federal promulgado em 1948 e que não posso reproduzir aqui, muito provavelmente em nome do "politicamente correto". É lamentável como omitem dados e fatos por razões ideológicas. Ainda irei ao AGRJ para obter uma cópia do tal decreto, já que se trata de um documento público.

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  20. Os militares da Marinha sumiram com os líderes dos favelados? É isso?

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    1. Isso o site original não mencionou.

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    2. Com relação ao decreto de 1948, constava entre outras coisas a proibição de construções de alvenarias nas favelas da cidade. O argumento era que seria mais fácil a remoção em caso de erradicação. Os efeitos desse Decreto foram sentidos 18 anos depois por ocasião do temporal ocorrido em Janeiro de 1966. As mortes em razão dos desabamentos nos morros poderiam ter sido evitadas se os barracos fossem de alvenaria...

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