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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

BONDE GÁVEA

O tema de hoje é o bonde “Gávea”, da linha 10.  Segundo o Helio, o trajeto era: Tabuleiro da Baiana – Senador Dantas - Luís de Vasconcelos - Augusto Severo – Largo da Glória - Russel – Praia do Flamengo - Machado de Assis - Catete – Marquês de Abrantes – Praia de Botafogo – São Clemente - Humaitá - Jardim Botânico - Marquês de São Vicente, até o nº 438.

FOTO 1: Vemos o projeto para a construção da “Estação da Olaria”. na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, construída em meados da década de 1870.

Segundo Dunlop, esta linha levou quinze anos para ser construída: o primeiro trecho, da Rua Gonçalves Dias (esquina de Rua do Ouvidor) ao Largo do Machado, foi inaugurado em 9 de outubro de 1868.

O segundo trecho, até ao fim da Rua Marquês de Abrantes, ficou pronto em 21 de novembro e o terceiro trecho, até o começo da Rua de São Joaquim (atual Voluntários da Pátria), ficou pronto em 19 de dezembro de 1868.

Por não estar ainda aberta e concluída esta rua, somente em janeiro de 1871 pôde ser ultimado o trecho até ao portão do Jardim Botânico.
Pouco depois a linha atingia o Largo das Três Vendas, no começo da Rua Marquês de São Vicente, e, em 17 de janeiro de 1874, chegava à estação da Olaria, no número 224 desta rua. E somente em 1883 a linha Gávea chegou a seu final, na Ponte da Rainha, no final da Marquês de São Vicente,
atual Praça Augusto de Lima.

Só em 1894, foi inaugurada uma linha elétrica para bondes na Gávea que ia do Centro, até a Estação de Bonde de Olaria, no alto da Marquês de São Vicente.

Em 1908 o “Correio da Manhã” noticiava que o Cia. Jardim Botânico efetuou à sua custa e sem obrigação contratual o calçamento desde a “Piassava” (fronteira do Humaitá com o Jardim Botânico) até Rua Marquês de São Vicente e desta à estação da “Olaria” até o final da linha.

FOTO 2:Esta fotografia mostra a antiga estação da Olaria. O prédio sobreviveu por muito tempo, tendo sido transformado em fábrica de móveis e oficina de decoração na primeira metade do século XX. Ficava em frente à PUC, na altura da Rua Duque Estrada. Em seu lugar foi construído um prédio de apartamentos.


FOTO 3:Vemos a estreita e deserta Rua Jardim Botânico no final do século XIX. Um local belíssimo. Impressionante este legado de D. João VI para a cidade. As linhas do bonde mostram a preocupação com a infraestrutura em regiões ainda por serem habitadas.

À direita o poste de um combustor, modelo inglês, do mais simples possível desaparecido na cidade nos anos 20, pois não foi convertido para luz elétrica como ocorreu com o francês, que é inclusive mais ornamentado.

Este aspecto da Rua Jardim Botânico foi obtido após as obras para a sua retificação no final do século XIX, por volta de 1880. Anteriormente a Rua Jardim Botânico ficava à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas. Anos mais tarde, outros grandes aterros seriam feitos, como o do Jockey Club, e a rua seria ampliada. Por esses trilhos passava o bonde “Gávea”.


FOTO 4:Na última década do século XIX experimentou-se nessa linha o "Expresso da Gávea", que nada mais era que um bonde comum que saía da cidade às 16 horas e, "a toda velocidade", se dirigia para a Ponte de Táboas, parando somente no Largo do Machado e na estação do Largo dos Leões para uma rápida mudança na parelha de muares.

Gritava o cocheiro: “Expresso da Gávea! Este bonde não para!”

Levava uma hora e meia para ir do Centro da Cidade até a Ponte de Táboas. Daí em diante virava "subúrbio" e ia parando à vontade dos passageiros.

Em agosto de 1900, “atendendo a solicitações de distintas famílias e cavalheiros”, trafegaram nessa linha os primeiros bondes de luxo, para levar e trazer os frequentadores do Teatro Lírico, segundo Dunlop.

Estes carros eram mais confortáveis, tendo os assentos e encostos cobertos por capas de brim branco e assoalho atapetado. Mais caros que os comuns, obedeciam, na ida, a horário certo, dependendo a volta da hora em que terminasse o espetáculo.


FOTO 5Nesta foto garimpada pelo Nickolas vemos um bonde, apinhado de gente, trafegando pela Rua Jardim Botânico na década de 50. Parece estar na altura de onde hoje funciona o restaurante Rubayat, nas dependências do Jockey Clube.

Pelo aspecto o dia deveria ser de greve dos ônibus e lotações, deixando o povo sem outra alternativa de transporte, pois habitualmente esta linha não tinha este volume de passageiros. Que o digam meus amigos de colégio (Otacilio Resende, Nelson Parente, João Botafogo, Marcio Pontes, Raymundo Bello, passageiros diários deste bonde).

A linha poderia ser a 7-Jóquei Club ou a 10-Gávea ou ainda a 11-Jardim-Leblon.

Um caso curioso ocorreu anos antes desta foto, narrado por Dunlop: em 20/03/1906 a Cia. Jardim Botânico foi notificada pela Prefeitura no sentido de reduzir para 60 minutos o tempo da viagem entre o Largo da Carioca e a Gávea.

A Cia. ponderou que era impossível fazer o percurso em tão pouco tempo, a menos que fizesse imprimir grande velocidade aos carros, do que poderiam resultar atropelos de toda ordem e reclamações dos passageiros por não poderem entrar ou saltar com a devida calma e segurança.

Além, mesmo que fosse possível reduzir a duração da viagem da Gávea, não poderiam os carros desta linha avançar, tendo à frente os de outras linhas na Praia de Botafogo e no Largo dos Leões.

A Prefeitura não aceitou a ponderação e a Cia. voltou a se justificar dizendo que conseguiu executar a viagem em 57 minutos, porém só no período entre 22 horas e 4 horas da manhã, exatamente porque nessas horas a movimentação era muito menor, não sendo perdido muito tempo nas paradas.

Não obstante, o recurso foi novamente indeferido.

Dunlop não conseguiu apurar como terminou a questão, mas ressalva que o interessante era que o tempo anterior, que justificou tanta celeuma, era de 63 minutos para cada viagem...

FOTO 6:Vemos o bonde Gávea, mas não está nítido o número de ordem, mas é algo parecido com 1964. O Ford é no máximo 1948 e o caminhão Chevrolet é de 1946. Talvez o bonde esteja na região do Passeio Público, vindo da Rua Augusto Severo.

FOTO 7Bonde 10, Gávea, nº 1897. Propaganda do cigarro Lirio, passando pelo portão do Passeio Público. Colorização do Nickolas Nogueira. 


FOTO 8Foto colorizada pelo Nickolas Nogueira. Vemos o bonde "Gávea" trafegando tranquilamente pelo bairro de Botafogo, levando os passageiros para o Centro. Parece que a vida passava mais devagar naquela época. À esquerda, um automóvel da primeira metade do século XX e, à direita, um infatigável burrico em sua faina diária. Como eram bonitos os casarões de Botafogo. Num deles podemos ver as letras "GARA.... E FI.....". Seria “Garagem e Oficina” ou "Garagem de fiacres"?


FOTO 9Esta bela colorização da Christiane Wittel sobre foto de Malta, do acervo do IMS, publicada pelo A.J. Caldas, mostra um bonde “Gávea” na Praia de Botafogo no início do século XX. 

O local exato é Praia de Botafogo na altura da Rua Marquês de Abrantes, em 1910. Se não me engano, o Helio escreveu que o modelo do bonde é o tipo Narragansett, de 13 bancos e lotação de 65 passageiros sentados.

Além de apreciar a beleza da foto fiquei curioso com o que teria acontecido com o homem de terno branco e gorro. Todos olham para ele: será que tinha pisado num cocô de cachorro? Ou teria, por acaso, sido atropelado pelo bonde? Ou teria caído ao tentar saltar do bonde andando? O puxador do burro-sem-rabo, ao lado do condutor e do fiscal, parece tentar ajudar a "vítima".

FOTO 10Bonde “Gávea”, foto do "Correio da Manhã", em frente à Gaiola de Ouro. Segundo obiscoitomolhado, o táxi é um Mercury Eight, 47-48 e o branquinho é um Vauxhall, de 54 em diante. Comprovar o Vauxhall foi difícil porque a literatura é escassa, mas aquele corte sob a porta dianteira, só os Vauxhall têm. Deve ser para botar o macaco. Quanto ao ano, apenas em 54 saíram aquelas calotas e o friso contínuo.

53 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    O ponto final era na praça perto do atual IMS (fechado temporariamente)?

    Muitos anos depois fazia esse percurso de ônibus. A linha, acho, era a 174, renumerada para 158 depois do acontecido em 2000. Pegava na Cinelândia e descia quase em frente ao IMS.

    A linha 158 foi extinta anos atrás pela prefeitura e trocada por uma dessas troncais que quase nunca rodam.

    Volto mais tarde e vou acompanhar os comentários.

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  2. Bom dia Saudosistas. Começo por elogiar as belas colorizações realizadas pelos mestres desta arte. Como havia preocupação da cidade tanto pelas autoridades públicas, quanto pelas empresas concessionárias da época. A foto 5 com as pessoas penduradas como pingentes no bonde, parece com os dias de hoje os ônibus em domingos de sol, com os favelados voltando para casa, porém com uma grande diferença, naquela época não se depredavam, nem assaltavam as pessoas nos pontos ou no interior dos bondes.

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  3. Bom dia.
    Ótimas fotos.
    (O Colaborador Anônimo vai cobrar a numeração das fotos ...)

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  4. Me imagino na foto 3 ou na foto 4 numa segunda-feira indo para o trabalho. Era uma tal tranquilidade que chegaria na cidade de bom humor disposto a trabalhar.

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  5. A linha de bonde 10 estava entre as cinco últimas linhas da zona sul que foram extintas em 21 de Maio de 1963.

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  6. A 6a. foto poderia ser no Largo da Glória?

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  7. Bonde é civilizado. mas vejo um fenômeno. Durante o dia o trafego caótico no Rio pela invasão dos Uber. Ontem, 10 da noite, o Rio deserto.

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    1. Lembrando que o medo da violência urbana contribui muito para a diminuição do número de Uber, táxis e carros particulares circulando à noite.

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  8. A FOTO 8 pode ser identificada quanto ao local de Botafogo ?

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    1. O bonde está na Praia de Botafogo, próximo à Rua Prof. Alfredo Gomes (aquela da lateral do Botafogo Praia Shopping). Segundo relatos existentes o castelinho visto à direita foi residência do cientista Oswaldo Cruz.

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  9. Mário, há dúvidas sobre o local da foto. Eu, inicialmente, achei que era na Praia de Botafogo, mas não se chegou a uma conclusão definitiva.
    Poderia ser Marquês de Abrantes ou Bambina?
    Talvez o Helio possa ajudar.

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  10. Entendo, Luiz.
    De qualquer modo, a foto ao capturar juntos um bonde, um automóvel e uma carroça é muito interessante.
    Eletricidade, Petróleo e Capim ... fontes de energia no início do século passado.

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  11. Quem como eu teve a sorte de conviver com pessoas do século XIX tem noção do quão tranquilo e centrado era aquele povo e o seu padrão de vida.

    1- Falavam baixo, pausado e utilizavam o idioma de forma correta.
    2- Cumprimentavam até mesmo aos estranhos com bom dia, boa tarde e boa noite, sempre gesticulando com a cabeça.
    3- Andavam com passos firmes, tranquilos e altivos.
    4- Sentavam com familiares no jantar para conversar e degustar lentamente a refeição, geralmente regada à água, nada de refris nem sucos, no máximo sabiamente os refrescos de suco de frutas diluídos. A groselha me remete aos 5, 6 anos de idade, bem geladinha nos dias de verão.
    5- Liam livros, jornais e revistas ao anoitecer.
    6- Recebiam no portão o pão e o leite para o café da manhã. Ah! o café da manhã! parecia que o aroma do café (o qual nunca bebi, mas adoro o cheiro) emanava das casas e aromatizava as ruas por inteiro.
    7- Os moradores costumavam varrer seus quintais e suas calçadas recolhendo o pouco lixo nos latões de zinco.
    8- O chapéu, o terno, o guarda-chuva no braço direito e a bengala dos mais idosos. As senhoras e senhoritas usavam sombrinhas para se proteger do sol. Sabiamente esse era o filtro solar da população.
    9- Comia-se mais feijão com arroz e muito ensopadinhos alimentação mais saudável impossível. Detalhe cozinhava-se com gorduras de porco ou coco e não havia tantos obesos com aparência de fofuchos mongolóides como hoje em dia. A gordura industrial transformou os obesos em mongóis.
    10- O rádio era a companhia que reunia a família na sala de estar.
    De repente explodindo nos anos 60 adotamos o estilo americano e a obesidade, as doenças cardiovasculares, os cânceres e a violência tomaram conta do país.

    POR OUTRO LADO:
    1 - As mulheres não podiam votar. Se fossem casadas, o marido teria que autorizar por escrito para que trabalhassem.
    2 - Não existia aposentadoria ou qualquer tipo de previdência social. Os idosos eram entregues à própria sorte.
    3 - Não existiam antibióticos. A mortalidade era imensa. Morria-se por doenças hoje banais. A expectativa de vida era baixa.
    4 - A taxa de pobreza era infinitamente maior. Os pobres dependiam da caridade da Igreja, que por sua vez era sustentada pelo Estado, que pagava cõngruas aos vigários com dinheiro dos contribuintes.
    5 - O racismo era não só tolerado, como abertamente praticado.
    6 - Analfabetos, mulheres e pessoas de baixa renda eram impedidos de votar. A democracia era da elite.
    7 - A taxa de analfabetismo ultrapassava os 60%.
    8 - Menos de 20% da população do país vivia em cidades.

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  12. A foto 4 parece ser um taioba, por ter parte da lateral fechada. A JB só teve carros-motor pequenos quando eram os da primeira leva, da virada do século XIX para o XX. A partir de 1911/12 começaram a ser fabricados os de porte médio e em 1924 os bataclãs. Os modelos pequenos, de diferentes origens

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  13. (Continuação) só foram adotados pela Light.

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  14. Após ver as cenas do assalto e agressões feito por um bando de criminosos no sábado em Copacabana fica fácil responder ao Observador Polêmico.

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    1. Luiz, são pobres vítimas da sociedade vingando-se do senhor branco, representante da elite escravocrata. Nada mais justo. Estão resgatando as injustiças do passado. Não os recrimine. A Justiça e os politicos já se encarregaram disso e agindo ativamente para permitir-lhes essa vingança.

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    2. Com certeza permitem.
      Senão, em um bairro pequeno, com 4 km de extensão, turístico por excelência e cheio de idosos, com poucos acessos, um policiamento ostensivo e sempre presente impediria facilmente a ação dos bandidos.
      Além disso, seria necessário que, após presos, os bandidos permanecessem presos, sem que uma juíza de plantão- sem verificar qualquer antecedente - os liberassem para os próximos crimes.
      Aí de ti, Copacabana.

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  15. Essas coisas nunca acontecem em Niterói, uma cidade diferenciada.

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  16. Eu acho que nós todos aqui do SDR, descendentes daquela elite branca escravocrata, devemos nos alegrar por viver numa época em que as pobres vítimas de nossos antepassados tomaram consciência das humilhações e sofrimentos infligidos a seus ascendentes por nossa classe e estão resgatando a honra deles, com o forte apoio dos politicos esquerdistas e dos magistrados. Enfim a Justiça chegou para eles.

    Seus antepassados viviam enjaulados e confinados em senzalas. Nós agora temos de experimentar isso, enjaulados e confinados nas nossas residências, com a vantagem de podermos usar cercas elétricas, concertinas, câmeras de vigilância, enquanto assistimos programas e NETFLIX em nossas TV's de 64K e 200", falando em nossos iPhone modelo 53, com 10 terabytes de memória.

    Nada disso ocorria antigamente. Que pena! A injustiça social campeava solta.

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  17. Tendo vista o comentário do Luiz publicado às 13:36, e considerando a gravidade dos fatos, eu prefiro me abster de comentar em razão de "melindres" que alguns poderiam sentir, mas posso afirmar que meu certamente conteria três palavras: "rêlho", "cadafalso", e "pendurado".

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    1. Concordo plenamente. Mas extensivo a muitíssimos políticos e magistrados.

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    2. Meu caro Joel, melindres só existem enquanto a trolha é com os outros. O dia em que o melindroso levar um soco na cara de uma vitima da sociedade, ou tiver o carro roubado, ou uma parente estuprada, garanto que o melindre vai para a cucuia. Pimenta só arde no cu do compadre.

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    3. Só chegamos a esse estado de barbárie porque os canalhas que fazem e os que aplicam as leis estão imunes dos ataques dessas vítimas da sociedade. O dia em que eles também virarem alvos (quanta alegria isso me dará!!) aí num instantinho vão implantar a prisão perpétua ou a pena de morte. E se precisarem alterar a Constituição para isso, fá-lo-ão com presteza. Afinal, esse livro de contos de fadas já foi tão remexido e alterado, que não serve mais nem para papel higiênico de segunda classe, aquele tipo lixa.

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    4. Sem contar que os tais canalhas recebem o apoio, incentivo e sugestões/ordens da esquerdalha e de suas teorias de merda quanto à proteção de bandidos. Entre outras bostas que inventam.

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    5. Hélio, essa estória de "opressores e oprimidos" é antiga e o próprio termo "vítimas da sociedade" é o resultado desse tipo de doutrinação ideológica. Essa clara "luta de classe" é presente em obras de supostos "mestres" e está presente há muito tempo no "universo estudantil brasileira". O resultado está aí para quem quer ver com a relativização de atos criminosos como o ocorrido em Copacabana. FF: Os EUA enviaram tropas para reforçar a defesa dos interesses da Exxon na Guiana, pois Maduro já está promovendo manobras militares na fronteira. Lamentáveis foram as declarações debochadas e irônicas de Lula sobre um patético "referendum" convocado por Maduro, demonstrando "no mínimo" uma concordância com a sanha criminosa do narco-ditador .

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  18. O "ucraniano" fake estava comemorando o aniversário da sua suposta cidade até agora...

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    1. Cidade "diferenciada", por sinal...

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    2. Diferencial em matemática pode set uma diferença muito pequena de uma variável ... infinitesimal.
      Aí, olhando por esse prisma, tenho que discordar do ucraniano: a diferença para o Rio é grande, muito grande ...

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  19. As "vítimas da sociedade" talvez estivessem em alguma senzala ou sendo perseguidos por capitães do mato. Depois, sendo devolvidos para seu legítimo senhor e recebendo a punição devida.

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  20. Eu só acredito na empatia, solidariedade, piedade dos esquerdistas caviar o dia em que o governo resolver construir um Minha Casa, Minha Vida ao lado da residência deles, a ser ocupado por favelados de Manguinhos, ou de Colégio, ou de Turiaçu, e eles vibrarem de emoção, com os olhos marejados de felicidade por finalmente verem a melhoria de vida dos seus futuros vizinhos. Enquanto isso não ocorrer, para mim não passam de boquirrotos.

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  21. Rodolfo era um amigo do meu irmão. Conheceram-se ainda adolescentes, quando Rodolfo se mudou para a esquina da rua onde morávamos. A família dele (pai e tios) possuía uma chácara nos arredores de Baependi, uma cidade colada a Caxambu. Era um terreno muito grande, subindo até por um morro que havia na parte dos fundos. Eles tinham galinhas, uma vaca, coelhos, uma horta e várias árvores frutíferas.

    A casa era muito simples, de cor verde claro, apenas com sala, cozinha, banheiro e dois quartos. O terreno era cercado com arame farpado. Da porteira até a casa havia uma aléia de altos eucaliptos, perfeitamente alinhados, com um caminho gramado entre eles. A casa ficava no fim da aléia. Um completo charme. Estive algumas vezes lá, e no feriado de Sete de Setembro de 1977 fiquei hospedado na casa.

    Um dia, lá pela década de 1990, o governo (não sei qual) resolveu construir um conjunto habitacional justamente ao lado da chácara. Foi a tragédia total. Uma vez ocupado, as vítimas da sociedade que o habitaram romperam a cerca da chácara e roubavam galinhas, ovos, frutas, coelhos. O caseiro não dava conta de coibir isso. Como se não bastasse, para dar acesso ao conjunto o governo alargou a estradinha de terra que ia até lá, o que retirou alguns metros da testada da chácara.

    Desiludida, a família de Rodolfo resolveu vender a chácara. Não encontrou comprador, pois com aquele conjunto ao lado ninguém se dispôs a comprá-la. O pai dele morreu, a propriedade entrou em inventário. Meu irmão perdeu contato com Rodolfo. Não sei a quantas anda o caso.

    Este é um exemplo de como é bom morar perto das vítimas da sociedade. Quem mora nos subúrbios sabe disso.


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  22. Aviso aos navegantes

    A CEDAE fechará a água amanhã, dia 5, às 4 horas da manhã.

    Previsão inicial de retornar na quarta-feira, se ocorrer tudo bem. Desta forma, existe a possibilidade de retornar só na quinta-feira.

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    1. Wagner, se voltar na quinta-feira já estaremos no lucro.
      O histórico da companhia é de lascar, enfim ....

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    2. Algumas regiões atendidas pela Águas do Rio já teriam o fornecimento afetado desde às 22 horas de hoje. O reparo da Cedae está previsto para terminar somente 24 horas depois do início, com o fornecimento sendo normalizado aos poucos. As regiões de fim de rede ou mais altas podem ter a normalização somente na quinta.

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  23. Acho que vivemos já há algum tempo nas cidades grandes uma realidade com dois "movimentos" sociais de sinais trocados:
    1) A ascensão de uma parcela da população que pode estudar mais e consequentemente se qualificar profissionalmente, com aumento de renda; essa parcela tem origem - sempre - em famílias humildes mas bem estruturadas.
    2) A marginalização de outra parcela da população proveniente de "não famílias", que cresce sem qualquer orientação, disciplina controle ou exemplo.

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    1. É verdade Mário, mas essa parcela citada por você "precisa ser mantida" pelo sistema como uma massa de manobra que fique "à mão" para que esse "status quo" seja mantido. É o pessoal do crack, moradores de rua, e outros tipos sociais que vagam pelas favelas e cometem crimes como o "arrastão" ocorrido ontem em Copacabana. Duvido muito que aqueles marginais desejem uma oportunidade de ascensão social. A única linguagem que compreendem é a da bala.

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    2. Tenho de concordar com você, Joel. Aqueles bandidos de ontem (e de tantas vezes mais) não são recuperáveis para a sociedade. Precisam ser segregados para sempre. Eu sou até mais radical quanto a isso. As leis precisam defender a sociedade, e não os bandidos. Acontece que graças a teorias infantis e mirabolantes da esquerda, criou-se a figura da "vítima da sociedade". Para quem não sabe quem são essas vítimas, eu explico: são os estupradores, os assassinos, os ladrões, os vândalos, que se multiplicam com rapidez impressionante, graças à impunidade que lhes é concedida pelas leis feitas por outros bandidos e aplicadas por outros tantos. Estamos caminhando celeremente para a anarquia. Sem volta, porque o ponto de estancamento já passou há décadas. Agora é aceitar que dói menos (exceto quando recebemos um murro na cara ou um tiro de uma dessas vítimas, ocasião em que dói mais).

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  24. O Brasil chegou ao fundo do poço. Mas os políticos e magistrados já compraram com superfaturamento umas escavadeiras que possibilitam escavar até o centro da Terra. Portanto, o fundo ainda está a milhares de quilômetros abaixo.

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  25. Agora o STF vai descriminalizar o porte de maconha. Mas o tráfico continua proibido. Digamos que eu seja um viciado na erva mas não tenha a planta em casa. Como conseguir a marijuana? Ela cairá do céu? Brotará da terra a meus pés? Ou terei de comprá-la de um traficante? Digamos que o tráfico seja banido efetivamente. Onde eu vou comprar minha erva?

    Agora, vamos para o outro lado. Eu sou um traficante. Tenho um depósito com duas toneladas da erva. Então abro um delivery de maconha. O freguês me faz o pedido, eu separo a erva, monto na minha moto (ou despacho meus entregadores) e vou entregar o produto. Aí a polícia me pega no meio do caminho. Mas como sou muito inteligente, estou transportando apenas a quantidade permitida pelo egrégio STF. Liberado pela polícia, entrego a erva ao comprador, pego o dinheiro, volto para minha base e fico aguardando o próximo telefonema ou zap. Viram como sou inteligente? Muito mais do que os ministros do STF, não acham? Fi-los de bobos. Ou como dizíamos antigamente: "Peguei um bobo, na casca do ovo". E ainda boto as mãos nas orelhas e as abano como se fosse um burro. Para saudar os eminentes ministros.

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  26. O tráfico de drogas já domina o México, El Salvador, Guatemala, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e com a grande ajuda do STF também vai dar um excelente passo à frente aqui.

    Na Europa, já exerce papel importante em Portugal, Espanha, Holanda, Itália, Albânia, Sérvia, Rússia, Bulgária, Romênia. Na Ásia, deita e rola no Afeganistão, Turquia, Tailândia, Mianmar, Paquistão. Na África, temos Nigéria, Guiné-Bissau, África do Sul, Somália, Eritréia e Etiópia.

    E outros mais, não citados, em todos os continentes. Mas é nas Américas Central e do Sul que a percentagem de países sob o jugo do tráfico é maior.

    Para ficar perfeito, só faltam Chile, Argentina e em breve o Brasil. As Guianas não contam. Aí teremos um continente inteiro dominado pelo tráfico.

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  27. Não sei se alguém aí é do mundo da Informática, mas quem nele trabalha sempre faz a pergunta "What if?". Em linguagem didática, corresponde a sempre perguntarmos o que acontecerá se fizermos alguma coisa. Temos de ver as consequências e as opções disponíveis. O uso do cachimbo faz a boca torta. Por haver trabalhado tantos anos em Informática, eu assimilei os WHAT IF? na minha vida diária. Aqui em casa ocorre muito o seguinte diálogo entre minha esposa e eu, quando vou à padaria:
    - Amor, quer pastel?
    - Quero.
    - De quê?
    - De queijo.
    - E se não tiver?
    - Então, de carne.
    - E se não tiver?
    - Então não traz nada.

    Notaram com cerquei todas as opções? Não sobrou nenhum caso em aberto.

    O legislador decente deveria também fazer um WHAT IF? ao propor uma lei. O STF, não duvido que propositalmente, deixou de fazer essa pergunta. Deveria tê-la feito assim:
    - E se o viciado não tiver planta em casa, onde ele vai obter a maconha?
    Se tivessem feito essa pergunta, veriam que a resposta seria: "de um traficante". Mas o tráfico é proibido.

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  28. Essa descriminalização é equivalente a você fazer uma lei que proíbe o roubo de carros mas admite o cara comprar um carro roubado.

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  29. A presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, afirmou que a criminalização da conduta é desproporcional, por atingir de forma veemente a autonomia privada. A seu ver, a mera tipificação como crime do porte para consumo pessoal potencializa o estigma que recai sobre o usuário e acaba por aniquilar os efeitos pretendidos pela lei em relação ao atendimento, ao tratamento e à reinserção econômica e social de usuários e dependentes. “Essa incongruência normativa, alinhada à ausência de objetividade para diferenciar usuário de traficante, fomenta a condenação de usuários como se traficantes fossem”, disse.

    "... atingir de forma veemente a autonomia privada ... potencializa o estigma que recai sobre o usuário ... acaba por aniquilar os efeitos pretendidos pela lei ... à reinserção econômica e social ..."
    Meu Deus.

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    1. O presidente do STF é o Barroso há alguns meses.

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    2. site do STF:
      https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=512815&ori=1
      24/08/2023 20h06
      "Autonomia
      Ao acompanhar esse entendimento, a presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, afirmou que a criminalização da conduta é desproporcional, por atingir de forma veemente a autonomia privada. A seu ver, a mera tipificação como crime do porte para consumo pessoal potencializa o estigma que recai sobre o usuário e acaba por aniquilar os efeitos pretendidos pela lei em relação ao atendimento, ao tratamento e à reinserção econômica e social de usuários e dependentes. “Essa incongruência normativa, alinhada à ausência de objetividade para diferenciar usuário de traficante, fomenta a condenação de usuários como se traficantes fossem”, disse."

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    3. Desde setembro se o site estiver correto.
      Ministros homenageiam Luís Roberto Barroso, novo presidente do STF
      29/09/2023 09h00
      https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=514835&ori=1#:~:text=%E2%80%9CO%20Ministro%20Lu%C3%ADs%20Roberto%20Barroso%20possui%20elevada%20cultura%20jur%C3%ADdica%20e,%C3%A0%20vida%20profissional%20e%20acad%C3%AAmica.

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    4. Obrigado pela correção, Augusto.

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  30. Bom Dia ! Vou continuar só acompanhando .

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  31. Bom dia! Pesquisei um pouco e não consegui achar o ano da demolição das Estação Olaria, FOTO 2, na rua Marquês de São Vicente, 224. Ocorre que tenho uma vaga memória de tê-la visto, porém, isto só pode ter acontecido na década de 60, quando morei no bairro. Como o prédio tem ocupação confirmada até a primeira metade do século XX, me pergunto se a empresa do saudoso comentarista Serqueira (acertei na grafia?) lá atuou posteriormente, ou seja, na segunda metade do séc. XX. Um excelente dia a todos!

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