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quinta-feira, 29 de maio de 2025

"CONNIES"

A postagem de hoje conta com a colaboração do JBAN, do Rouen e de outros admirados dos "Constellations", um dos mais bonitos aviões de todos os tempos.

FOTO 1: Um Super Constellation, avião-símbolo de uma época de charme e "glamour". Estes aviões chegaram a partir dos anos 1940. Um pouco adiante foi inaugurada a linha para Nova York. Voava a 480 km/hora! O voo, que durava 16 horas, começava em Porto Alegre e incluía São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Port of Spain, Ciudad Trujillo, até chegar a Nova York.


FOTO 2: Em foto dos anos 1950 vemos o Constellation da Panair do Brasil que "representa um símbolo vivo do Brasil moderno. Honra da aviação comercial brasileira, a Frota Bandeirante liga o Brasil ao mundo, servindo quatro continentes, dezesseis países, oitenta e sete cidades. Panair do Brasil, em seus 22 anos de existência, ofereceu mais um recorde ao seu país, ao completar dois mil saltos sobre o Atlântico Sul".


FOTO 3: Um Constellation da Panair, um hidroavião, a Ilha Fiscal e uma Cantareira.

O Constellation, da Panair do Brasil, foi um dos aviões a hélice mais bonito. 

FOTO 4: Em março de 1946 a PANAIR recebeu seu primeiro Lockheed Constellation 049, sendo a primeira companhia aérea fora dos Estados Unidos a operar esta aeronave. O primeiro vôo decolou a partir de Rio de Janeiro para Recife, Dakar, Lisboa, Paris e Londres.

Vindo dos Estados Unidos o gigantesco avião “Constellation”, o mais veloz aparelho comercial em uso na época, chegou ao Rio em 29/03/1946. A bordo do grande quadrimotor veio um grupo de jornalistas especializados brasileiros e técnicos norte-americanos da empresa fabricante. Também o presidente da Panair, Paulo Sampaio e uma tripulação brasileira.

A chegada do “Constellation” foi um espetáculo para os cariocas que puderam vê-lo planando, rápido e elegante, sobre a cidade.   O voo Nova York-Rio durou 19 horas e 55 minutos e foi comandado por Paulo Lefevre e Coriolano Tenan, acompanhados por Generoso Leite de Castro (radiotelegrafista), Salomão Stur (mecânico) e Emilio Vega (comissário). Houve escala na Guiana Inglesa e foi estabelecido novo recorde de tempo de voo.

O “Constellation” tinha as seguintes características: Envergadura 37,50m; comprimento 29,8m; peso equipado 40800k; altura 7,20m; velocidade máxima 560km; velocidade de cruzeiro 498km; raio de ação 7824km; potencia total dos 4 motores Wright Cyclone 8800 HP; diâmetro de hélice 4,50m; capacidade de combustível 18170 litros. A aeronave dispunha de um sistema de comunicações telefônicas internas, assim como para contato com a terra.

O primeiro voo para os Estados Unidos decolou do Rio nos primeiros dias de abril de 1946.


FOTO 5:  O primeiro "Constellation"


FOTO 6: Nesse postal-propaganda do Hotel Novo Mundo, vemos um Constellation sobrevoando o local em baixa altitude. Não era um avião barulhento. O som de seus motores era uma sinfonia, diziam os admiradores.


FOTO 7: Publicada no “Voando para o Rio”, do JBAN, do acervo de Fernando de Souza Dantas. Vemos o Comandante Decio Vilhena no PP-PCB da Panair do Brasil.

Digno de nota é que as aeronaves desta época ainda não possuíam radar meteorológico. Voar num pais tropical em meio ao mau tempo, rachando uma frente fria, entre 12000 e 16000 pés de altitude, era para poucos. 


FOTO 8: Constellation da Panair do Brasil, prefixo PP-PCF, que pousou de barriga no Galeão em julho de 1962. Lances de emoção viveram os passageiros do Constellation da Panair no aeroporto do Galeão, devido a uma pane no sistema hidráulico do avião. Vindo de Belo Horizonte, sobrevoou a cidade por duas horas para esgotar o combustível. Viaturas dos bombeiros e ambulâncias foram mobilizadas. Felizmente não houve vítimas.


FOTO 9: Em 11/1/1959 ocorreu a queda de um Lockheed L-1049G Super Constellation durante a aproximação para o aeroporto internacional do Rio de Janeiro, com 36 mortos e 3 sobreviventes (dois comissários e o navegador).

FOTO 10: A revista "O Cruzeiro" publicou um gráfico sobre o acidente da foto anterior, acontecido com um "Constellation" da Lufthansa.


FOTO 11: Lockheed "Constellation"L-049, o “Domingos Alfonso Sertão”, voou até novembro de 1965, sendo encostado e parcialmente "canabalizado"para que seus sobressalentes fossem utilizados em outras aeronaves iguais. No início de 1969 foi desmontado e vendido como sucata.

Vendo esta foto é impossível não lembrar da famosa canção do Tom Jobim:

Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudade
Rio teu mar, praias sem fim
Rio você foi feito pra mim

Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar

Rio de Sol, de céu, de mar
Dentro de mais um minuto
Estaremos no Galeão

Este samba é só porque
Rio eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar

Aperte o cinto, vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nós
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59 comentários:

  1. De aviões nada entendo e nunca reparo ou conheço os em que viajo.
    Posso apenas dizer que viajar está cada vez mais cansativo, as poltronas mais apertadas, o serviço a bordo pior e as passagens bastante caras para o oferecido.
    Quanto à música do Tom é um clássico.

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  2. Apesar do grande número de fãs do Constellation, eu não me incluo nele. Acho muito mais bonitos os Comet, o Caravelle, o L-1011 Tristar, o DC-10 e MD-11, os Airbus A320 e o Boeing 757.

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  3. Meu primeiro voo foi justamente num Constellation, em 03/10/1966, vindo de Recife, onde fora fazer um serviço de topografia. Acho que era da VARIG, mas não tenho certeza.

    Meses depois, em fins de março de 1967, fiz o segundo, daqui para Belém. Acho que era um DC-4. Conexão em Brasília, escala em Fortaleza, Teresina e São Luís. Não lembro qual era a companhia.

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  4. Nos anos seguintes viajei, além daqueles dois, em Boeings 727, 737, 747; Airbus A300, A320, A330; Embraer 145 e 195; Electra; DC-10 e MD-11. Isso os que lembro.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Bom dia, Dr. D'.

    Vou acompanhar os comentários porque é área fora da minha jurisdição.

    O tempo já está esquisito.

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    1. Em 1937 era fundado o atual IBGE.

      Em 1953 o cume do Everest era conquistado pela primeira vez.

      Em 1959 nascia Gretchen.

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  7. Quanto a empresas: VARIG, VASP, TRANSBRASIL, Alitalia, Olympic, PanAm, American Airlines, Brannif, TWA, Aloha, Hawaiian, Gol, Azul, TAM. Isso assim de chofre.

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  8. Quanto a destinos no Brasil: Brasília, Belém, Manaus, Teresina, Fortaleza, São Luís, Imperatriz, Belo Horizonte, João Pessoa, São Paulo, Campinas, Londrina, Porto Alegre.

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  9. Nos EUA: Miami, Los Angeles, Honolulu, Kahului, Hilo, Atlanta, Nova Iorque.

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  10. Na Europa: Roma, Atenas, Paris, Frankfurt, Zurique, Porto, Madri.

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  11. Acho que o tema de hoje dá entrada para narrarmos perrengues pelos quais passamos em voos. Tenho vários a descrever. Mas hoje é faxina aqui em casa. Só estarei livre depois do almoço. Aí entrarei narrando.

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  12. Eu entrei em um Constellation uma vez quando criança. Meu avô atuava como "Fiscal do Imposto Aduaneiro" na antiga Alfândega do Brasil e me levou para conhecer o avião no Aeroporto do Galeão. Eu devia ter uns 8 ou 9 anos.

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  13. Hélio 08:53 > em 1980, voei de São Francisco a Denver pela empresa de vôos domésticos chamada Continental. Não sei se ainda existe.

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    1. Pelo que diz a Wiki, a Continental chegou a ser a quinta maior companhia aérea dos EUA, mas em 2012 se fundiu com a United, dando origem à terceira maior do mundo.

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  14. Prometi narrar alguns perrengues pelos quais passei em voos. Começarei agora.

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  15. PERRENGUE 1 ==> em fins de março de 1967 a empresa onde eu trabalhava me transferiu para Belém do Pará. Embarquei num avião, acho que DC-4, não lembro a empresa aérea. O voo fez conexão em Brasília. Por falta de dinheiro e por precaução, achei melhor não almoçar. Comprei apenas um pacote de biscoito. No início da tarde embarquei num outro voo, com várias escalas. A primeira foi em Fortaleza. Até aí tudo bem. Já no trecho para Teresina, comecei a sentir enjoo quando o avião estava se preparando para o pouso. O enjoo foi aumentando e acabei chamando Olga entusiasticamente dentro daqueles sacos destinados a isso. Dali o voo ainda vez escala em São Luís, cujo aeroporto na época se chamava Tirirical. Fui até Belém sem comer mais nada, chegando lá praticamente só com o café da manhã.

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  16. PERRENGUE 2 ==> em início de outubro de 1981 chegamos (minha ex e eu) a Paris vindo de Atenas. No dia do retorno para o Rio, saímos do hotel no Quartier Latin mais tarde do que deveríamos. Pegamos nossas malas e embarcamos num trem, em direção ao aeroporto. Minha intenção era pegar o mesmo trem que havíamos usado na nossa chegada. Mas eu não lembrava qual era a linha. Então embarcamos num deles, mas começamos a estranhar o nome das estações e achamos que estávamos no trem errado. E ele não parava de andar, acho que era semidireto. Quando ele finalmente diminuiu a velocidade para parar numa estação, ficamos na porta e saímos. Perguntamos à bilheteira como devíamos fazer para ir até o aeroporto. Ela disse que seria o trem que chegaria naquela estação às 19:55h. O voo sairia às 21:30h. Ficamos esperando. Dentro em pouco entrou um trem na plataforma. Olhamos o relógio da estação. Eram 19:53h. Ficamos na dúvida se era aquele trem. Perguntamos novamente à bilheteira. Ela quase nos deu uma bronca, dizendo que era o trem das 19:55h e não aquele. Encolhemos nosso rabo. Às 19:55h chegou o tal trem. Embarcamos e fomos até o aeroporto. Quando chegamos lá o voo já estava com check in aberto. Por sermos GC (tipo de passagem usado para funcionários de empresa aérea) deveríamos ter chegado mais cedo, já que só conseguiríamos embarcar se houvesse assentos vagos no voo, e havendo mais GC’s a prioridade era por ordem de chegada no balcão da empresa. Por sorte havia vaga e conseguimos pegar o voo. Mas foi um sufoco.

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  17. PERRENGUE 3 ==> em fins de fevereiro de 1983 resolvemos conhecer vulcões e gêiseres e por isso escolhemos Havaí e Nova Zelândia. Pegamos o voo da VARIG até Los Angeles, onde deveríamos embarcar num voo da American Airlines com saída às 10h e destino de Honolulu. Chegamos a Los Angeles no início da manhã. Mas até desembarcarmos, pegarmos as malas, mudarmos de gate, passarmos pela revista de bagagem e chegarmos até o balcão da American Airlines, o voo já estava fechado e o perdemos. O próximo sairia às 13 horas. Ficamos aguardando. Éramos GC, como citei no perrengue 2. O voo das 13 horas não tinha assentos vagos. Era uma quinta-feira, voos lotados para o Havaí. O próximo só sairia às 16 horas. Isso faria com que chegássemos a Honolulu já à noite, apesar da diferença de fuso horário em relação a Los Angeles. Fiquei apavorado com a perspectiva de também estar cheio o voo e termos de ficar em Los Angeles. Então fomos para o balcão da United e compramos a passagem do tipo full, que era a mais cara e permitia reservar lugar. Na época foram 600 dólares. Aí sim conseguimos voar e chegar a Honolulu, já no início da noite.

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  18. PERRENGUE 4 – ainda na mesma viagem ao Havaí e Nova Zelândia. Na ocasião, estávamos voltando da cidade de Hilo, na ilha do Havaí, para Honolulu, na ilha de Oahu. Nossa passagem era da Aloha Airlines, voo no meio da manhã. Chegamos ao aeroporto com bastante antecedência e fomos para o salão de embarque, após despacharmos nossa bagagem. Só havíamos nós lá. Aos poucos foram chegando mais passageiros. Quando já estava próximo do horário do nosso voo, o alto-falante anunciou alguma coisa que não consegui entender com meu inglês rasteiro da época. Os passageiros se levantaram e só ficamos nós no salão. Perguntamos a uma atendente se era nosso voo e a desgraçada disse que não. Sentamo-nos. Mas vimos que o horário do voo tinha chegado e não havia mais ninguém ali. Voltamos a perguntar a ela e a safada disse que era nosso voo. Corremos feito loucos pelo finger, só para ver nosso avião sendo rebocado para taxiar. Perdemos o voo. Desci louco de raiva e fui me queixar no balcão da Aloha. O atendente ouviu o caso. Ao lado havia o balcão da Hawaiian, a outra empresa que fazia a mesma linha. Ele falou alguma coisa com o atendente desta empresa e nos disse para irmos até lá que eles iriam endossar nossa passagem para pegarmos o voo da Hawaiian. Só havia um problema: nosso voo original faria escala na ilha de Maui, ao passo que o da Hawaiian seguiria direto para Honolulu. Isso significava que chegaríamos lá antes do nosso voo original. Não teve problema. Realmente chegamos a Honolulu e ficamos esperando nossa bagagem vinda pela Aloha.

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  19. PERRENGUE 5 – esqueci esse, vai fora de cronologia. Ocorreu em agosto de 1982, na Espanha, vindo de Zurique. Resolvemos conhecer Aranjuez, Toledo e Segóvia, de trem. No dia em que fomos a Aranjuez, estava muito quente. Andamos pela cidade e quando resolvemos almoçar descobrimos que o comércio fecha na hora do almoço. Havia umas barraquinhas vendendo frutas. Compramos uns pêssegos e comemos na rua, mesmo. Aí, continuando a andar, vimos numa loja um aviso de surto de cólera na cidade. Ficamos preocupados por havermos comido os pêssegos sem lavá-los. Um ou dois dias depois, minha ex começou a ter diarreia e um pouco de febre. Desesperamo-nos e resolvemos voltar imediatamente para o Brasil. Fomos à noite para o aeroporto. Mas o voo estava cheio e a atendente não liberou nossa viagem até que o voo fosse fechado e houvesse lugares vagos. Ficamos roendo as unhas, preocupados. Quando o voo fechou, só haviam restado três assentos. Saímos correndo porque já estava dando encerramento ao embarque. Tivemos de voar separados um do outro. No final, acho que tinha sido só uma indisposição da minha ex. Não fora cólera.

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  20. O desenho diferenciado tirou o modelo da mesmice.
    Aquelas duas ou três primeiras janelas em nível diferente das demais desperta a curiosidade sobre como era o interior com patamares diferentes.
    Será que existem fotos do interior desses aviões?
    Outra curiosidade é todo aquele sistema retrátil do muito alto trem de pouso dianteiro. O esquema de manutenção devia ser muito rigoroso pelos muitos detalhes que poderiam emperrar o equipamento.

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  21. PERRENGUE 6 ==> agosto de 1984, aeroporto de Zurique, voltando para o Brasil. Sábado à noite, voo saindo perto da meia-noite. Chegamos ao aeroporto com bastante antecedência. Não pudemos ser aceitos porque não sabiam ainda se haveria assentos vagos. Ficamos sentados no saguão principal. Aos poucos foram chegando os passageiros, que eram admitidos e ingressavam na sala de embarque. De vez em quando eu ia perguntar se já podíamos fazer o check in mas a atendente continuava dizendo que precisavam esperar o fechamento do voo. A hora prevista estava chegando, não havia mais passageiros no check in. Novamente fui perguntar à atendente e ela disse que o avião (um Jumbo) estava com problema técnico, aguardando chegada de uma peça, e o voo atrasaria. De repente ouvimos uma atendente nervosa ao telefone, dizendo que talvez o voo não saísse e eles teriam de alojar os passageiros em hotéis, e não havia vagas em Zurique, talvez só nas cidades vizinhas. Gelei. Como nós ainda não havíamos passado pelo check in, não estávamos na lista para hospedagem. De repente passaram vários carrinhos com lanches e bebidas. Entraram na sala de embarque e os passageiros começaram a comer. E nós lá fora, com fome e sem direito ao banquete. Finalmente, já com uma hora de atraso, liberaram o voo e a nós também.

    O voo fez escala em Milão. Quando parou, veio a ordem para todos desembarcarem. Fomos para o salão do aeroporto, sem saber o que estava acontecendo. Tempos depois autorizaram nosso embarque novamente. Uma aeromoça disse que o avião estava com excesso de peso. Na hora da decolagem, o bichão corria pela pista, corria, corria, corria, e nada de alçar voo. Achei que não conseguiria e morreríamos todos. Mas já no finalzinho da pista ele saiu do chão e tudo correu bem até o Rio.

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  22. QUASE PERRENGUE 7 ==> novembro de 1996, nós (minha ex, minha filha e eu) tentando ir a Atlanta. Chegamos no aeroporto do Galeão. Não sabiam se o voo estaria cheio. Entramos na lista de espera de GC. Um tempo depois, a atendente nos chamou dizendo que haveria assentos vagos e poderíamos fazer o check in. Entregamos nossos passaportes. De repente ela disse, para minha total surpresa, que meu passaporte venceria no dia seguinte, ou seja, quando eu desembarcasse em Atlanta. Gelei. Voltamos para casa e tive de providenciar novo passaporte, o que demorou uma semana. Quase entro pelo cano.

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  23. QUASE PERRENGUE 8 ==> esse aconteceu por volta de 1993, mas com minha cunhada. Ela iria com as filhas e com a minha filha para Ilhéus. Fui levá-las até o Galeão. Eram todas GC's. Entramos na fila do check in e quando chegou nossa vez falei com minha cunhada para ficar na fila enquanto eu iria me informar sobre assentos vagos no avião. Encostei no balcão e comecei a falar com a atendente. De repente vejo minha cunhada ao meu lado. Dei-lhe uma bronca por ter deixado as malas na fila, desacompanhadas. Quando me virei, dois sujeitos muito bem apessoados e vestidos haviam encostado uma mala deles coladinha na mala da minha cunhada, já prontos para levá-la embora. Fui até lá e peguei a mala. Os caras foram embora imediatamente.

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  24. PERRENGUE 9 (último) ==> setembro de 2009. Minha atual seria madrinha de batismo do sobrinho, lá em Araçatuba, interior de São Paulo, próximo da divisa com Mato Grosso do Sul. Pedi folga no serviço e pegamos um voo da Azul até Campinas. Lá aluguei um carro e fomos até Araçatuba. Quase nove horas de viagem. Na volta, nosso voo sairia de Campinas por volta da 20 horas (não lembro a hora exata). Queríamos sair logo após a cerimônia de batismo, porém insistiram para almoçarmos lá. O resultado é que pegamos a estrada já bem mais tarde do que pretendíamos. Quando chegamos a Piracicaba, eu me perdi dentro da cidade. Já era noite. Isso nos atrasou e quando consegui pegar a estrada para Campinas já estava próximo da hora do voo. Desembestei pela estrada, numa velocidade que não costumo usar. Nada de o aeroporto chegar. Quando finalmente entramos na área dele, já estava em cima da hora do voo. Não consegui vaga de estacionamento. Fiquei dando voltas. Minha esposa resolveu saltar e correr até o stand da Localiza. Em lá chegando, falou do problema com um funcionário. Ele disse que mandaria alguém pegar o carro e eu não precisaria estacioná-lo. Dito e feito. Corri para pagar o aluguel, mas a hora de fim do check in já havia passado. Fomos para a Azul e minha esposa falou o que havia ocorrido com uma atendente. Ela nos passou na frente de todos. Por imensa sorte nossa, o voo estava atrasado. Conseguimos entrar no avião com todos os passageiros já sentados. Até parecia que o voo estava nos aguardando. Final feliz.

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  25. Paulo Roberto, 13:11h ==> dizem que o Constellation era tão alto por causa do diâmetro das hélices, que era de 4,5 metros, se não me engano.

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  26. Pô, ninguém passou perrengue em voo, só eu? Tudo eu, tudo eu? Único azarado?

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  27. É dura a vida do viajante de avião...

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  28. Como só viajei três vezes, duas delas no mesmo dia, nem lembro se teve algo. No máximo uma turbulência suave... acho que nem isso.

    Minhas viagens são mais de ônibus mesmo. Seja dentro do estado ou para o estranho estado vizinho.

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  29. Já que o pessoal anda meio morto, vou desviar o tema e falar sobre mais uma preciosidade que recebi hoje sobre o modo de pensar dos americanos.

    Um leitor teve os pais migrados da Polônia para o Canadá, onde ele nasceu, em Montreal. Quando ele era adolescente, a família se mudou para o Estado da Virgínia. Um dia, na escola, a professora perguntou se era verdade que ele sabia falar três idiomas. Ele confirmou, esperando que ela ficasse surpresa e o elogiasse. Ledo engano. As palavras dela foram algo tipo "Por que você perdeu tempo com algo tão inútil, bastava você ter aprendido inglês?"

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  30. Dez dias depois do acidente de 11 de Janeiro de 1959, os três sobreviventes passavam bem. Depois do atendimento de emergência no Hospital da Aeronáutica no Galeão, foram transferidos para o Hospital dos Estrangeiros, onde a aeromoça Hilde Dehler já dava entrevista aos jornalistas. O comissário Heins Jepper e o navegador Karl Heins permaneciam isolados, mas sem já sem riscos de perderem a vida pelos ferimentos recebidos.

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  31. Bom dia.

    A coisa está pegando fogo literalmente na cidade. Incêndio em malharia na Aristides Lobo e em loja em Realengo. Fora incêndio em carro na Avenida Brasil... Em compensação a máxima de hoje não deve passar dos 23 graus. Brrrrrrr...

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    1. Dia do geólogo, do decorador e da batata...

      Dia de conscientização da esclerose múltipla.

      Em 2002 morria Mário Lago.

      Em 2003 o avião da Air France que fazia a rota Rio-Paris caía no oceano Atlântico.

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    2. Augusto, o acidente do voo 447 da Air France ocorreu em 2009.

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    3. Repassei o que eu ouvi. Obrigado pela correção.

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  32. Hélio Ribeiro, sobre seu comentário no dia 29 de maio de 2025 às 14:13, você não é o único azarado. Provavelmente muitos já passaram por estes sustos. Eu passei por alguns, mas o pior foi viajar de Paris a São Paulo, em 2005, em um MD-11 que iniciou sua decolagem com um vazamento de combustível na sua asa esquerda. Realmente foi muita tensão.

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    1. E o comandante não retornou para Paris?

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    2. Era no tempo em que a VARIG estava no "morre, não morre". O martírio começou no solo, no reabastecimento da aeronave. Percebi o vazamento do combustível que entrava por baixo da asa, e saía em pequena quantidade por cima da asa, por uma espécie de vigia. Preocupado, tentei ir á cabine de comando falar com o comandante, mas fui impedido ao chegar na classe executiva. Informei à comissária do que estava ocorrendo e ela me fez retornar ao meu lugar. Pouco tempo depois o comandante veio falar comigo e verificar o que tinha descrito. Ele confirmou que era um vazamento de combustível, mas que não havia problema, pois como aquele nível de vazamento era pequeno, dava para chegar a São Paulo. Argumentei que meu medo era de incêndio, mas ele quis me tranquilizar, afirmando que logo o nível iria baixar, e que a 30.000 pés era muito frio, sem chances de incêndio. Novamente ponderei que até chegarmos a uma altitude conveniente o risco continuava. Aí ele só pediu para eu me tranquilizar. Mas isso só ocorreu após decolarmos e chegarmos à altitude de cruzeiro.

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  33. Eu acho o Super Constellation o mais bonito avião comercial já construído, por ser um pouco mais comprido que o 049. Mas como os motores frequentemente falhavam durante o voo (por isso tinha mecânico de voo), tem uma descrição sobre ele muito famosa, creio que é: o melhor quadrimotor do mundo com 3 motores.

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    1. Concordo com você quanto à beleza impar do Super Constellation e, me parece, que o nariz dele é mais comprido ou afilado que o do Constellation. Outro avião que acho belíssimo, este dos jatos comerciais, é o Boeing 727-200.

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  34. Alias, por isso durante muitos anos só quadrimotores podiam sobrevoar os oceanos. Hoje, com a confiabilidade dos modernos motores a reação, bimotores podem e fazem isso milhares de vezes por dia. E a potência é tão grande que podem continuar a decolagem com um motor se o outro falhar, nem precisa abortar...

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  35. Este comentário foi removido pelo autor.

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  36. Meu primeiro voo foi num DC-8 da PANAIR em 1961, uma aventura para mim. Quanto aos perrengues, tive alguns...

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  37. Perrengues:
    1) Duas horas dando voltas perto de Madrid para esvaziar o tanque. Retorno ao aeroporto por "problema no trem de pouso". Stress. Duas horas esperando para conserto e abastecimento. Voo para o Rio no mesmo avião. Mais stress. Será que o trem de pouso vai funcionar?
    2) Pouso num Bandeirante em Poços de Caldas debaixo de uma chuvarada. Tanto aterrissagem quanto decolagem. Era escala entre Ribeirão Preto e Rio. A pista era pequena e tinha um morro enorme perto.
    3) Volta de Campos num teco-teco com frente fria contra.
    4) Voo para Roma com escala em Lisboa. Atrasos e perda de bagagem, que só foi entregue 3 dias depois.
    5) Greve em Roma de pessoal da TAP na Europa. Como tínhamos que estar em Lisboa para conexão para o Rio (os voos intercontinentais estavam mantidos) nos mandaram pela Swissair para Zurique. Stress porque Zurique fechou pela neblina por um tempo, mas acabamos chegando a Lisboa em cima da hora.
    6) Overbooking no Porto em voo Lisboa-Porto-Rio. Não no balcão de check-in, mas já dentro do avião. Os ônibus (não havia fingers) na escala no Porto desovaram muito mais gente do que cabia no avião, pois pouca gente desceu no Porto.
    7) Quebra de garrafas de vinho no bagageiro da cabine. Pinga-pinga molhando outras bagagens.
    8) Brincadeira de mau-gosto: amigos resolveram pregar uma peça. Um começou a dizer que estava enjoado, chamando a atenção dos passageiros vizinhos. Pouco depois diz que vai vomitar e pede aquele saco disponível. Finge vomitar. O fez dentro de um saco preparado anteriormente com uma mistura de guaraná com cream-crackers partidos. Pouco depois de vomitar diz que está melhor e que está com fome. Pega o saco com o "vômito" e come o conteúdo. Uma senhora da fila ao lado ao ver aquilo vomita no corredor do avião...
    9) Voo da Iberia para Madrid cancelado no Galeão. Conseguimos endosso na TAP para fazer Lisboa/Madrid. Já tínhamos boarding-pass Lisboa/Madrid, mas um nervosinho da TAP em Lisboa disse que não constávamos na lista de voo. Após muita discussão chamou a segurança do aeroporto nos acusando de tumulto. Felizmente apareceu uma supervisora da TAP que nos liberou.
    10) Em Luanda, um stress. Recomendaram dar 10 dólares ao guarda que carimbava o passaporte no embarque de volta antes da sala de espera do aeroporto. Fiquei com medo de entregar diretamente e então coloquei dentro do passaporte e na hora da entrega deixei cair no chão. O guarda nem se abalou. Pegou o passaporte, botou o dinheiro no bolso e carimbou. Na sala de espera um amigo me deu uma gozada dizendo que eu era um trouxa, que ele não tinha dado nada e não teve problema. Pouco tempo depois o alto-falante chama uns dez passageiros, entre eles meu amigo. Some de vista. Volta 20 minutos depois, suando e com cara de apavorado. Os dez passageiros, soube ele, não tinham dado a propina. Ficaram numa sala reservada, mandaram tirar a roupa toda, deram-lhes um belo susto. Não me disse se deu os 10 dólares lá, se aconteceu mais algumas coisa lá e eu achei melhor não perguntar...

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    1. Eu já narrei aqui, há muito tempo, que um colega ia com alguma frequência a Luanda e sempre levava na bagagem certa quantidade de sabonetes, desodorantes, giletes, e deixava tudo na alfândega, para os guardas. Era época de guerra civil lá e Luanda estava cercada por guerrilheiros. Havia falta de tudo na cidade.

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  38. Boa tarde.
    Chegando de viagem, mas com batizado e aniversário de neta caçula neste fim de semana. só volto de verdade ao batente no blog a partir do próximo doa útil.
    Quanto aos aviões de passageiros, sempre achei bonitos e elegantes o Boeing 707 e o DC-10/MD-11; o Constellation só em vôo, pousado ficava "pernalta", bem estranho.
    Quanto aos perrengues, nada que merecesse muito o nome, sempre dei muita sorte; a lembrar só a ocasião em que a TAP "esqueceu" a mala de minha mulher na escala em Lisboa na ida para São Petersburgo e só entregou 3 dias depois.
    (a burocracia no aeroporto de São Petersburgo para registro do extravio de bagagem, com uma moça que tinha um inglês para lá de sofrível, além da necessidade de preencher vários formulários foi um bom perrengue.)
    Minha mulher teve que comprar alguma roupa (principalmente de frio) e uns poucos produtos "de toucador", já que sempre levou na mala de mão umas duas mudas de roupa.
    Processamos a TAP na volta e no acordo resultante recebemos o que ela gastou mais uma quantia a título de danos morais.
    (que nunca compensa o sress)

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    1. Aliás, a TAP nos últimos dias deu um show de intolerância e desobediência no caso do labrador impedido de viajar com a criança autista. Estava prevista para hoje a ida dele, depois de vários episódios lamentáveis.

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    2. Obrigado, Augusto.
      A TAP realmente pisou na bola feio nesse caso.
      Faltou bom senso.

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    3. Finalmente seguiu viagem, mas teve que ir junto com o treinador, apesar da irmã da garota ser habilitada...

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  39. Bem-vindo!
    Batizado e aniversário + jetblag: vida dura…

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    1. Obrigado, Luiz.
      Estou bem cansado; nessas horas é que ficam evidentes as limitações que a idade traz.
      Já acompanhei minha mulher em viagens de trabalho dela ao exterior nas quais partíamos em uma sexta-feira depois do "expediente" para aproveitar o fim de semana, saíamos durante a semana à noite (e eu passeava durante o dia enquanto ela trabalhava ...) e pegávamos o avião de volta no domingo seguinte, chegando no Rio na segunda-feira cedinho, íamos em casa para deixar as malas e aí direto para o trabalho.
      Hoje em dia é inimaginável para mim um programa desses.

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  40. E falando em viagens, foi minha última para destinos múltiplos, carro alugado, estrada e "entra e sai" de hotel.
    A partir de agora, menos tempo, destino único e nada de carro.
    (Os aeroportos atualmente são quase "sucursais do inferno", os aviões cada vez piores e o preço das passagens absurdo; começo a considerar navio - afinal, aposentado, tempo não é mais um problema e pode ser um programa interessante.)

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