Esta foto do acervo da LIFE mostra um dos
velhos armazéns de “secos e molhados” que existiam no Rio. Esta é a “Casa Bonifácio”,
que ficava no Largo de São Francisco nº 6, nas imediações da Rua Ramalho Ortigão.
O telefone era 21-3141. Ficava perto da Casa Cruz, da Casa Mattos, entre
outras.
Foi fundada por José Maria Cordeiro, português, no final da década de
20 do século passado. O fundador morreu em junho de 1977, tendo o negócio
continuado sob a gerência de sua viúva, Dona Naturalina, de seu filho José Maria Soares Cordeiro, até os
anos 90.
Na “Casa Bonifácio” encontrava-se artigos típicos do Norte e Nordeste
como farinha d´água do Maranhão, camarão defumado, goma seca para tapioca,
juçara, queijo coalho, beiju, carne de sol, castanha de caju, sapoti, tucupi.
Para os apreciadores lá era um dos poucos lugares que se encontrava a
cachaça "Um minuto de silêncio", de primeiríssima qualidade segundo
os entendedores, fabricada pelo Sítio Ceará, na Estrada do Morgadinho 370, no
Largo da Ilha, em Guaratiba. “Marvada” da pura: na garrafa forma o colar
natural, requisito indispensável para mostrar a boa qualidade de qualquer
cachaça. E quando agitada circula em repuxo. Além da Casa Bonifácio esta
cachaça somente era vendida na Casa Flora (Rua da Carioca 16), na Confeitaria
Imperial (Rua Voluntários da Pátria 333) e na Casa Pardelas (Rua São José,
quase esquina com Largo da Carioca).
No início dos anos 80, na gestão do Prefeito Julio Coutinho, Dona
Naturalina manifestou, em entrevista ao Jornal do Brasil, a preocupação de que
as obras de reurbanização do Largo de São Francisco levariam mendigos para
os novos bancos instalados no Largo e também receptadores de
jóias que ficavam na Rua do Rosário para o novo espaço. Também a remoção dos
terminais de ônibus afastaria a clientela.
Sábia Dona Naturalina...
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Bom dia!
ResponderExcluirApenas produtos naturais?
Atualmente eu compro produtos do Norte no Arataca da Domingos Ferreira, em Copacabana. Acho que ainda restam alguns armazéns de secos e molhados por aí, mas em número bem menor que no passado. O Bar Flora ainda existe?
ResponderExcluirO jeitão das lojas Casa Pedro e Casas Pedro (já repararam que são parecidas mas com esta pequena diferença no nome?) e o Mundo Verde lembram um pouco esta Casa Bonifácio.
E o Paladino continua firme e forte na Uruguaiana com Marechal Floriano.
Naquela placa vermelha ali atrás parece que está escrito Pastelaria Canimambo Caldo de Cana. Será isto mesmo?
ResponderExcluirBom resgate. Na década de 60 eu morava em Ipanema e havia um Gaio Marti perto de casa. Era quase um supermercado mas se enquadraria mais num armazém de secos e molhados. A família dona do Gaio Marti morava na Rainha Elizabeth numa casa e lembro que os donos tinham três filhos - Regina, Tonico e o mais velho, cujo nome esqueci, faleceu muito jovem.
ResponderExcluirPlinio, originalmente era Casa Pedro mas houve divergências entre as famílias dos dois irmãos proprietários e aí se separam com um ramo criando a Casas Pedro.
ResponderExcluirNunca entrei nesse estabelecimento mas no texto estranhei o endereço da Casa Pardelas (r. São José) pois a que eu conheci, e muito frequentei, ficava na esquina de México c/ Santa Luzia (hoje é uma agência bancária). De duas uma: ou haviam dois endereços do mesmo estabelecimento, ou a Casa Pardelas (que era conhecida como "o" Pardelas) mudou de endereço. Não sei se é o mais antigo mas com certeza o mais famoso "secos e molhados" da região do centro é até hoje o Vilariño, na Av. Pres. Wilson., com direito ao livro do jornalista e compositor Fernando Lobo, "À Mesa do Vilariño". Na zona sul o mais conhecido era o "Bon Marché", na rua Siqueira Campos. Depois de fechado os funcionários abriram a Adega Pérola. Em semelhante postagem no fotolog do Derani contei episódios divertidos ocorridos nessas casas pois a maioria abrigava locais para se provar os produtos. Assim surgiram as uisquerias. E onde tem bêbado surgem histórias interessantes ou divertidas.
ResponderExcluirHavia um Gaio Marti na Rainha Elizabeth, entre Conselheiro Lafayette e Bulhões de Carvalho. Acho que o de Ipanema ficava na Visconde de Pirajá entre Garcia D'Ávila e Aníbal de Mendonça, mais ou menos onde existe hoje uma filial das Lojas Americanas. Segundo a empregada de um amigo meu, as ruas se chamam Bacia D'Água e Aníbal de Mudança.
ResponderExcluirNos anos 50 havia uma na Pça Gal Osório, esquina de Texeira de Melo com Prudente de Morais.
ExcluirDe fato lembram as Casas Pedro ou equivalente.Na foto a coisa está mais para as marditas. O Ceará deveria ser cliente ,em busca de ingredientes daquela terra de macho.Hoje imagino que vá a Feira de São Cristóvão. Boa postagem.
ResponderExcluirEm tempo: No centro vale lembrar também do Lidador, de início com as mesmas características das demais casas. Depois de sofrer uma reforma sua uisqueria virou uma elegante e sofisticada casa de lanches de preços tão salgados que terminou por espantar os clientes tradicionais. A antiga saiu do tradicional endereço e foi para a r. Buenos Aires, compondo com outras uma rede de lojas.
ResponderExcluirHoje a Lidador original só tem duas filiais. As outras ainda usam o nome Lidador mas estão sendo acionadas na Justiça por uso indevido do nome.
ExcluirDocastelo, acho que a Lidador já voltou para a Rua da Assembleia, depois da construção do prédio no endereço onde ficava a matriz.
ExcluirValeu a informação.
ExcluirUé, meu comentário de mais cedo não está aparecendo...
ExcluirEm resumo, informava que a Lidador (Matriz) teria voltado à Rua da Assembleia depois do fim da obra do prédio.
O Sítio Ceará, na Ilha de Guaratiba, produzia cachaça, rapadura e melado desde 1928. Atualmente está abandonado. Era comandada por trigêmeos, de origem ucraniana, todos mudos. Quando trabalhei na fábrica da Tupperware, ali pertinho, na década de oitenta, de vez em quando fazíamos uma visita "nos mudos" para degustação da famosa cachaça...
ResponderExcluirBom dia. Estabelecimentos que fizeram a fortuna de comerciantes portugueses durante séculos, não sobreviveram à evolução dos tempos. Não conheci a casa Bonifácio mas poucas do gênero restaram. Meu bisavô José Carlos Pereira de Almeida era proprietário de um estabelecimento desse tipo na Rua do Acre mas foi à falência nos idos de 1905. Foi obrigado a vender sua casa com seu imenso terreno, que deu lugar ao hospital da Ordem Terceira na Tijuca.## Existiam duas Casas Gaio Marti na Tijuca, uma delas na Conde de Bonfim, esquina de Marques de Valença, e outra na Haddock Lobo em frente ao Clube Municipal. Os supermercados oferecem preços mais atrativos e segurança ao cliente, embora deixem a desejar na questão refinamento. Mas como vivemos em um Haiti piorado, onde a selvageria e a associação de grande do poder público com a criminalidade é evidente, como fazer para sobreviver nesse "paraíso caucasiano"?
ResponderExcluirBom Dia ! Não sou o Ucraniano, mas em Niterói tem ou teve uma casa com este perfil, que nunca soube seu endereço, saindo da barcaça era em uma rua que ficava no caminho para pegar a estrada para Maricá.Era o único lugar que conhecia fora de Macaé onde vendia o delicioso Peceguete. Depois que inventaram a Ponte, nunca mais passei por lá. Agora meu destino é Raposo,faz anos que não vou à Maricá.
ResponderExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirEsta é uma daquelas fotos do acervo Life que não tinha identificado local exato no Rio de Janeiro. Está identificada como 1973.
Cheguei a pegar a época dos pontos finais de ônibus no Largo de São Francisco ainda em 1985. As linhas depois foram transferidas para o Castelo e, ainda mais tarde, para a Praça XV, no Terminal Misericórdia. Principalmente as linhas para Jacarepaguá.
Bom dia a todos. Tema bastante interessante. Sendo estes os precursores dos mercados, supermercados e hipermercados, havia milhares deles espalhados pela cidade, em quase todas as ruas e todos os bairros da cidade, muitos deles ainda entraram pelo século XXI, mas poucos ainda restam pela cidade. Um que ainda resiste é o armazém Senado, que hoje está mais para pé sujo e birosca, com musica nos dias de Feira da Lavradio, do que para armazém. Se o mestre Dieckmann aparecer, queria sua ajuda para lembrar o nome de um muito famoso, sobreviveu por muitos anos, que ficava no Largo Guimarães em Santa Teresa.
ResponderExcluirFF: Conforme aqui foi comentado começaram as nomeações com a marca Crivella. O detalhe é o cargo. http://oglobo.globo.com/rio/mais-uma-merendeira-tera-cargo-na-secretaria-de-transportes-20811416
ResponderExcluirCandeias, o Gaio Marti tinha uma filial na Praça General Osório, na esquina da Prudente com Teixeira de Melo, em frente ao Colégio Orlando Roças.
ResponderExcluirOrlando Roças de uniforme cinza, antes o Melo e Souza Feminino de saia azul.
ExcluirPeceguete é do arco da velha.Sabor adocicado,um pouquinho mais além era porre sacramentado.
ResponderExcluirPesseguete: Licor de pêssego holandês, elaborado a partir de concentrados de pêssego e damasco, destilados de laranja, limão e amêndoa. R$ 121 a garrafa de 700ml
ResponderExcluirTia Nalu adora pesseguete,mas segue a linha barbudo: é 51!
ResponderExcluirHavia alguma coisa parecida na Av. Copacabana (Pça Serzedelo Correia). Já a Gaio Marti, lembro que a mamãe gostava muito de lá. Da Casa Bonifácio lembro bem. Era fascinante ficar admirando aquelas prateleiras cheias de garrafas de pinga das mais diversas procedências. E havia os produtos do norte/nordeste que também atraíam a atenção, com nomes estranhos. Havia uma rapadura esbranquiçada muito interessante.
ResponderExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirLembro desse estabelecimento.
Ele ficava na esquina da Rua Ramalho Ortigão com a Rua da Carioca. Hoje é uma pastelaria.
Por falar em Rua da Carioca, à ultima vez que passei por lá em um dia de semana muitas lojas já haviam encerrado de suas atividades.
Ainda no sábado eu falei aqui do velho "Bunda de Fora".
Se não me falha a memória ficava na região do SAARA.
Lembro muito bem da rodoviária que havia ali no Largo de São Francisco. Na verdade, era mais uma parada qualquer de ônibus do que rodoviária de fato.
Havia paradas em frente a Casa Mattos e Casa Cruz^, nesses dos coletivos provindos da zona norte da cidade e perto da Faculdade, havia os que vinham da zona oeste.
Essa foto de hoje já foi postada antes. Só não sei se foi no extinto FOI UM RIO QUE PASSOU ou se foi no velho Saudades do Rio.
Crivella é esperto, come pelas beiradas. Daqui a pouco a administração municipal vai estar repleta de bispos, pastores, obreiros, etc. É ver para crer.
ResponderExcluirPronto, a merendeira não vai mais para o cargo.Dito pelo não dito.Muita gente satisfeita.
ResponderExcluirA Prefeitura continuaria Municipal ou seria Universal?
ResponderExcluirNão sei se foi a tesoura da gerência ou meu comentário não foi publicado, mas vou sintetizar o que foi escrito: "O comparecimento em massa nas urnas" do pessoal do "nóis vinhé", do "pudê fazê", e do "muitcho peitchu", é o que causa eventos como o mencionado pelo Docastelo no comentário das 10:07. Cargos de natureza técnica e jurídica devem ser ocupados por pessoas qualificadas por possuírem nível superior e não nível elementar. Mas no reino de Tiririca, Renan, e de "Bento Carneiro", nada é de se espantar...
ResponderExcluirQue postagem interessante!
ResponderExcluirHá alguns anos eu fui "in loco" ver o que havia nesses endereços de casas famosas, e pelos meus cálculos,ao chegar no Largo de São Francisco, a Casa Bonifácio não seria na esquina de Ramalho Ortigão com Carioca, e sim mais para Largo de São Francisco indo para Ouvidor, considerando aproximadamente a manutenção dos números. Essa pastelaria supra citada seria originalmente parte da loja do Bar Flora, que andou cambaleante e vendeu ou alugou parte da sua loja, e também parece que teria entrado reforço financeiro de quem? Do Lidador! Que também anda ou andou cambaleante, fechou as lojas de Copacabana, do Shopping Botafogo Praia, saiu temporariamente da Assembléia para obra no prédio, mas com o projeto de retornar para o mesmo prédio, em menores dimensões.Enquanto isso foi para uma pequena loja na Primeiro de Março com Buenos Aires e abriu uma nova loja na Rua do Ouvidor. E parou de vender chocolate LINDT! Acho secos e molhados mais popular que o Lidador, que seria uma delicatessen sofisticada! Aliás nunca entendi muito bem essa denominação de Secos e Molhados, faz pensar ser um local que vende... farofa e água!
Agora a pergunta básica: Quem fará a merenda??
O "Bunda de Fora" poderia ter o nome de "Glúteos Exteriorizados"...
Nunca ouvi falar em Pesseguete, cheguei a pensar que seria a periguete da época...Por que somente com o pêssego? Não existe "bananete", "maçazete" nem "uvete"!
Doutora, a loja da LINDT no Shopping Leblon está à sua disposição.
ExcluirA Dra. Evelyn tá muito confusa em suas descrições.Parece até ter tomado umas 3 doses de Pesseguete.Quanto a duvida do Secos & Molhados é só ver onde tem o Matogrosso,entendeu?
ResponderExcluirChocólatra, na verdade eu não costumava comprar chocolate no Lidador, já o fiz mas poucas vezes( só vinhos no final do ano para dar de Natal), quando compro o meu tablete Lindt preferido, que é o amargo 60 por cento, em quadradinhos, embalagem marrom, para mim o melhor deles, já teve época de ser no Hortti Frutti, vendia a preços mais em conta( não mais), agora é ou no Zona Sul, ou Planeta dos Sonhos, e vi outro dia em uma loja no Bossa Nova Mall, no Santos Dumont. Fui na loja da Lindt do Botafogo Praia Shopping e decepcionei-me...NÃO tinha o meu preferido! Como pode uma loja da própria marca não ter e supermercado ter?!
ResponderExcluirTravesso, ri muito com seu comentário!
Evelyn, boa noite.
ExcluirAconselho experimentar do Hortti Frutti o chocolate com recheio de amendoim. É uma delícia!
Não sei se em todas Unidades há, pois as vezes encontra-se em uns e não em outros.
Sempre achei interessante esse tipo de loja, principalmente em tempos de cesta de Natal, mas nunca fui um freguês. Quanto ao acidente do Teori, já estão falando em sigilo nas investigações e caixa "preta" danificada, exatamente o contrário do início. E continuam as conversas sigilosas do suspeitos Temer e Moreira com o G. Mendes do STF. Esse flerte já teve um capítulo muito comentado com aquela viagem à Portugal. É bastante combustível para tal teoria da conspiração.
ResponderExcluirPaulo Roberto, esse tipo de aeronave não tem obrigação legal de carregar o que se convencionou chamar de "caixa preta". O que acharam é o "voice recorder" que é um gravador de cabine. Conversei com todos os meus amigos pilotos e ele foram unânimes em considerar a hipótese de acidente. Se o gravador está ou não com problemas é outra história. A partir de agora é que se tornou necessário ficar atento às maracutaias pois a morte do Teori pode ter sido um presente do acaso para eventuais interessados.
ResponderExcluirWolfgang, obrigada pela dica, gosto muito de amendoim( aliás enfrentei muitos engarrafamentos nas obras intermináveis da nossa urbe à base de amendoim), mas não consigo apreciar chocolate com amendoim(nem castanha, nem amêndoas, nem nozes( nozes em nenhuma situação), acho que " os sabores brigam", assim como a terrível combinação de banana na farofa, deveria ter uma lei obrigando que se tiver farofa com banana, terá que indubitavelmente ter a opção de farofa....SEM banana! A Parmê é uma que só tem farofa com banana no buffet! Quem gosta, pode comer sem a banana, o contrário é que não dá!
ResponderExcluirPior que isso é ter que ouvir "Pour Elise" em todasssss as fitas de call center e no caminhão de gás! Quem determina isso?? Quando já consegue-se escapar disso, vem a monóooootona e monocórdicaaaa Ênia( (Laborat, Sergio Franco, Bronsntein e Lamina, que são do mesmo grupo, usam isso nas suas ligações...não dá!!!)