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quarta-feira, 5 de abril de 2017

RUA AIRES SALDANHA



Hoje temos duas fotos do mesmo quarteirão de Copacabana: da Rua Aires Saldanha entre as ruas Xavier da Silveira e Miguel Lemos. A Aires Saldanha, que já foi parte da Rua Domingos Ferreira, começa na Rua Bolívar e vai até à Rua Almirante Gonçalves, sendo uma paralela da Avenida Atlântica e da Avenida N.S. de Copacabana.
 
A foto 1, do acervo do Silva, mostra em destaque, nos anos 50, o Edifício Presidente Penna, na Rua Aires Saldanha nº 72, quase esquina da Rua Miguel Lemos.
 
 Segundo o Tutu, antigo morador desta área, estas casas desapareceram e foi construído o prédio do restaurante Principe de Monaco, antes Restaurante Monaco, que era do “seu” José, um português de Vila Real. Na foto podemos ver, entre as empenas cegas do Penna, as janelas dos quartos (com persianas) e a janela da área de serviço dos apartamentos. Há uma pequena varanda onde fica o hall do elevador de serviço. Hoje tudo emparedado pelo prédio do Monaco. Daí percebemos como eram arejados os quartos e dependências dos apartamentos. O Mônaco era um bom local para se beber um chope e comer um pastel de siri.
 
A foto 2 mostra a casa onde funcionou com grande sucesso a boate Flag, de José Hugo Celidônio, cujo endereço era Rua Xavier da Silveira nº 13, esquina com a Rua Aires Saldanha. No sub-solo funcionava um restaurante e, no andar térreo, a famosa boate, onde se apresentaram artistas como Nara Leão, Jorge Benjor e Erasmo Carlos. Era também palco de canjas memoráveis, pois, por causa da qualidade dos músicos da casa, era frequentada por muitos artistas e pessoas influentes: Sarah Vaughan, Elis Regina, Chico Buarque, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Wilson Simonal, Erlon Chaves, Silvio César, Ronaldo Bôscoli, Ibrahim Sued, Danuza Leão, as socialites Tereza Souza Campos e Beky Klabin, o político Carlos Lacerda, Carlinhos Niemeyer...
 
Segundo dados da Internet por lá passaram músicos de renome como:
Pianistas: Luizinho Eça, Luís Carlos Vinhas, Tânia Maria, Osmar Milito, Laércio de Freitas (Tio), Fred Fieldman e Don Salvador
Organista: Juarez Santana
Baixistas: Tranka Oliveira, Luís Chaves (Zimbo Trio), Ricardo Canto e Mello e Nilson Matta
Saxofonista: Tranka Oliveira, Paulo Moura e Juarez Araújo
Violonista: Rosinha de Valença
Bateristas: Edson Machado, Salgadinho, Luís Carlos, Chico Batera, Boi Cansado, Roni Mesquita e Boto
Cantores: Paulão, Rose e Marilia Barbosa. Miúcha, irmã do Chico e esposa de João Gilberto na época, sob a direção de Tarso de Castro, fez um show bem no início da carreira na Flag. Cantou Gilberto Gil (Medo de careta), Caetano (Minha mulher), Chico (Valsa Rancho), Luiz Melodia, Herivelto e Grande Otelo (Praça Onze), com os músicos Luiz Claudio (guitarrista), Franlin (flauta) e Edson Lobo (contrabaixo).

43 comentários:

  1. Só lembro do nome Flag. Que tropa de primeira!

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  2. Paulão, cantor de Niterói com um vozeirão tipo Billy Eckstine, me contou que estava cantando já de madrugada, morto de sono e encostado na parede quando de repente viu uma mão com grandes unhas cor de rosa tomar o microfone de sua mão e continuar a música, que era Body and Soul. As unhas eram da Sarah Vaughan, que ficou depois cantando algumas músicas em dueto com ele. Ele me disse que pensou na hora estar sonhando...
    Paulão era primo do Cauby Peixoto e morreu há uns vinte anos. Uma simpatia de pessoa e grande contador de "causos".

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  3. Uma vez estive lá e era o Vinhas que tocava. Gostava também de ouvir o Zé Maria no Antonino e o Black no Cheiro Verde. Mas gostaria mesmo é de ter ido aos shows do Dick Farney, do Lucio Alves, da Maysa, além de ter assistido aos shows do Beco das Garrafas com Elis, Silvinha Teles, Simonal, Jorge Ben. Vi também a Helena de Lima na Cangaceiro. Lamento ter perdido o Vinicius e Caymmi com o iniciante Quarteto em Cy, no Zum-zum, com o conjunto do Oscar Castro Neves. A Leny Andrade vi no teatro Princesa Isabel com o Pery Ribeiro. Dominá-lo também fazia shows neste teatro mas o melhor dele foi no Santa Rosa com Marli Tavares e o Bossa Três. Leny vi também no People, que a Elba Ramalho certa vez soletrou ao telefone: "Estou aquilo People, P-I-P-O-L". E os shows da Betânia no teatro da Praia, que maravilha. Acho que nunca escrevi tanto aqui mas isto era música e não esta porcaria de hoje em dia.

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    1. Este corretor automático é fogo: SIMONAL também fazia ...

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  4. Bom dia a todos. Belas fotografias, as casinhas na esquina são espetaculares, se confrontando com os espigões que já se impunham na paisagem do bairro. O prédio da boate flag, também é um espetáculo, só inferior ao porte do naipe de artistas que lá se exibiram ou frequentaram as suas noites de espetáculo. Essa é para o Sr. DoContra, que não tem aparecido em nossos comentários, que tal confrontar com os grandes artistas do funk de hoje, será que irá dizer que os de hoje são muito melhores?

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  5. Essa casa noturna é um bom exemplo das que nunca fui. Conhecia muito de nome e até a associava ao pianista Luis Carlos Vinhas, durante muito tempo o músico efetivo da casa, mas nesse tempo era frequentador assíduo da vida noturna do Leme onde, invariavelmente, encerrava minhas noites. Na relação chamou minha atenção a menção ao maestro e compositor Tancredo Marcelino de Oliveira, mais conhecido como Tranka, talentoso e multifacetado músico. Pouco conhecido do público em geral é uma fera em vários instrumentos(piano, teclado, violão, flauta, sax e baixo). Pela relação dos músicos e cantores que frequentaram essa casa noturna pode se ter uma ideia do seu nível de qualidade artística.

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  6. Bom dia.Nunca fui à essa casa, mas pelas suas dimensões, hoje em dia seu funcionamento seria inviável devido aos altos custos. O nível sócio-cultural da população baixou horrores bem como seu poder aquisitivo. Não caberiam mais de 50 pessoas na casa sentadas. Dançar nem pensar, e além da cara manutenção e dos cachê dos artistas, o couvert artístico e o ingresso teriam preços proibitivos.

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  7. Ontem assisti, creio que pela terceira vez, documentário sobre o Rubem Braga. Como eram deliciosas as suas crônicas. Teve tb a sabedoria de não lutar contra o inevitável. Sua casa era frequentada por muitos cantores e artistas dessa época.
    Lembrei tb do Tito Madi, uma voz aveludada e um jeito manso de cantar.
    Uma década depois, Ivan Lins e Guilherme Arantes. Todos ótimos.

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  8. Caramba: Que naipe de artistas desfilaram por lá. Inesquecível.

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  9. Caramba, que coincidência falarem nos templos da boa música brasileira, berços do samba-canção, e citarem Tito Madi. Digo coincidência porque neste momento estou ouvindo umas canções daquela histórica séria "A Fossa", que o Tito gravou pelo selo London da EMI, nos anos 1970, com a banda do Luiz Eça reforçada pelo Hélio Delmiro. É só música bonita, com interpretações imperdíveis de um Tito no auge da forma vocal! O curioso nessa série são as capas psicodélicas dos LPs, que parecem destoar dos sambas-canções, mas que têm tudo a ver com a vibe dos anos 70, auge do movimento psicodélico da música brasileira.

    Então vamos lá, para resumir meu post: Copacabana, boates, música, samba-canção, bons comentaristas (alguns que foram testemunhas oculares e auriculares desses momentos), músicos incríveis e uma pitada de psicodelismo. Tá tudo sincronizado. Deu match! Rs, rs, rs...

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  10. Que timaço!!! Pelo visto,em qualquer dia era show de bola.Não tinha mais ou menos.Pelo que ouvi dizer a casa teve seu ápice no final dos anos 60 e meados dos anos 70,confere?Gostaria de saber se a citada cantora chamada Rose era a Valentim,que brilhou num programa do Flavio Cavalcante e depois seguiu com a Orquestra Tabajara.
    Hoje no local parece estar instalado um Hotel.Bons tempos...

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  11. Luiz Antônio, salvo engano, é o autor de Menina-Moça. Mais uma coincidência.
    Não consegui achar no You Tube Eu e a Brisa com o Tito Madi. Raridade, talvez.

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    1. Está no mesmo LP citado pelo Luiz Antônio. https://www.youtube.com/watch?v=UBsdOKUm-a4

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    2. Eu consigo acessar mas sem som. Coloquei o programa windows 10, tudo ok. Alguns links do you tube, no entanto, ficam sem som. É o caso desse. Vou tentar Letra e Música.
      Obrigada.

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    3. Consegui aqui:
      http://www.kboing.com.br/tito-madi/1-1133291/

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  12. Elvira,

    Está no Vol. 1 dessa série "A Fossa", disco de 1971. Tem uma performance muito bacana do Hélio Delmiro. Você ouve o disco completo neste endereço do You Tube: https://www.youtube.com/watch?v=UBsdOKUm-a4

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  13. O Luiz Antônio mencionou um músico muito especial dos meus tempos do Leme, o violonista/guitarrista Hélio Delmiro. Assim como muitos outros músicos do bairro do Méier (Luperce Miranda, Moacir Silva etc.) apesar de conhecido e respeitado no meio artístico somente ficou famoso quando passou a integrar um conjunto que acompanhasse uma grande cantora, no seu caso Elis Regina (Moacir Silva acompanhava Elizeth Cardoso). Além de outras apresentações internacionais esteve presente no antológico Festival de Montreux, na Suíça, onde Elis encantou o mundo com seu talento. O Hélio é um ser humano da melhor qualidade que nem a aproximação com um certo pastor evangélico picareta que se aproveitou de sua arte o fez mudar de temperamento. Há tempos não o vejo e perdi uma oportunidade ano passado quando ele compareceu naquela que seria a última apresentação do baterista, também meu amigo, João Palma, no Beco das Garrafas antes de falecer. Ambos se encontraram depois de anos, fato registrado no vídeo a seguir. https://www.youtube.com/watch?v=1H34EJ9rVgE

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  14. Docastelo,

    O Hélio é uma glória da música brasileira. Depois de perambular por outras cidades, ele voltou a morar no Méier, na mesma casa desta foto em que ele, criança, aparece com seu irmão Carlos Delmiro (também músico e com quem estudei nos anos 1980), veja a foto: http://heliodelmiro.blogspot.com.br/search/label/Fotos. Vou dar uma olhada lá no vídeo que vc sugeriu e depois comento. Hoje tô meio enrolado de trabalho, mas o post do Luiz D' foi muito bom, e a vontade de comentar não para!, rs, rs,rs...

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    1. Luiz,eu conhecia a musica Eu e a Brisa com uma cantora chamada Marcia.

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    2. Mayc,

      Sim, a Márcia! Se não me falha a memória (que falha cada vez mais), ela é de São Paulo. Eu tinha uns MP3 de um disco que ela gravou com o Eduardo Gudin e o Paulo César Pinheiro. Mas muita gente gravou "Eu e a Brisa": Gil, Caetano, Baby do Brasil, Elizeth, Maysa, o próprio Hélio Delmiro gravou cantando (olha só!!), no disco "Violões Urbanos", e até uns estrangeiros, com o título "The Breeze and I", mas quando a gente procura com esse título "The Breeze and I" no YouTube confunde com a música homônima do cubano Lecuona.

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    3. A Marcia era casada com o Silvio Luiz locutor esportivo mala.

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    4. Johnny Alf foi um dos grandes intérpretes do Eu e a Brisa. Marisa também gravou.

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    5. A Marcia defendeu essa música no Festival de Música da TV Record em 1967. Consta que o próprio marido, Silvio Luiz, que concordo que não é só uma mala mas um baú de pirata inteiro, foi o responsável pela derrocada da cantora ao exigir que ela gravasse um LP inteiro com composições dele. Ele também era metido a cantor.

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  15. Um agradecimento especial ao comentarista Lino pela lembrança da minha presença neste fotolog e informando que estive preocupado com uma coisa de antanho, a febre amarela.Estive na região do Caparaó e lá a coisa não andou bonita com este assunto que alguns devem estar adorando já que faz parte do mundo retrógrado e atrasado,tão apreciado por alguns que aqui marcam presença.Devem estar torcendo também pela volta da peste,do tifo,da hanseníase e outros malefícios que já fizeram o horror do país.Quanto ao assunto abordado é claro que a música brasileira teve o seu auge em tempos outros,mas fica também claro que os compositores brasileiros só funcionam a base da chibata.Com o fim da ditatura estes profissionais perderam suas fontes de inspiração e mergulharam num limbo de onde não mais saíram.Os que estão vivos parecem comentaristas deste espaço vivendo do passado.Não se modernizaram e daí a presença da mesmice em suas apresentações.Assim sobrou espaço para Anita, Ludimila,Tati Quebra Barraco e outros MC'S além dos chamados sertanejos que estão ganhando rios de dinheiro.Esta turma citada no texto que ainda vive se mumificou.E ainda perguntam porque sou Do Contra.

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  16. O comentarista Do Contra que me perdoe mas existem inúmeros artistas talentosos que surgiram após o fim da ditadura militar. Sen citar muitos nomes, cito alguns como Jorge Vercillo,Seu Jorge, Diogo Nogueira, e Simone, que nada devem aos artistas citados. Os tais " movidos à chibata ainda estão aí, são espertalhões que ainda vivem "na teta" do governo.

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  17. Alguns que estão "incluídos fora disso",
    A começar com Rita Lee, Guilherme Arantes, Léo Jaime, Marisa Monte, os grande Paulinho da Viola e Arlindo Cruz.
    A Rita sofreu horrores e o Guilherme ficou de lado pq não levantavam bandeiras de qq tipo. A biografia de Rita é ótima.

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  18. Rita Lee e Paulinho da Viola são do tempo da ditadura. O Do Contra tem razão quando fala dos funkeiros, sertanejos, e outros.

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  19. Meus três filhos, de 13, 18 e 23 anos, não suportam funk, sertanejo e outras porcarias atuais. Fiz uma boa coisa acostumando-os, desde pequenos, a ouvirem Cartola, Chico, Elis, Ivan Lins, Djavan, João Gilberto, Tom, Vinícius, Caetano, Jorge Ben, Gil, Bethânia, Gal, Milton, os Caymmis... e até os mais antigos, como Noel, Lupicínio, Assis Valente, Gonzaga, e por aí vai...

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  20. A começar por Chiquinha Gonzaga (Lua Branca!) nossa música popular brasileira é maravilhosa.
    Essa fase vai passar e um dia poucos dela se lembrarão mas ninguém esquecerá a nossa verdadeira MPB.

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  21. Os "novos tempos" trouxeram gêneros musicais no mínimo curiosos: a "sofrência", que nada mais é do que "música de corno", o "Sertanejo", que é uma espécie de new brega, e o maldito funk. Deveria haver uma tipificação penal para o funk, punindo com no mínimo 20 chibatadas em quem o praticasse e em caso de reincidência, o dobro. Pior são os "funkeiros", que em condições normais seriam estivadores, pedreiros, flanelinhas, lavadeiras, faxineiras, ou algo do do gênero, e que ganham milhões de Reais, possuem mansões, iates, etc. É o "avesso da vida", o "mundo cão", se considerar que muitas dessas pessoas não conseguem segurar uma caneta...

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    1. E o tal do "sertanejo universitário"? Em Juiz de Fora essa praga pegou e tem até festival. E a cidade produziu e tem músicos de alto nível. Mas o público em geral perdeu a noção de música de qualidade. Por isso não aceito críticas aos bons músicos que ainda estão por aí. Principalmente vindo de quem não tem conhecimento ou credenciais identificáveis para criticar de forma generalizada.

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  22. No sertanejo autêntico tem até algumas coisas interessante, como Amir Satter, Renato Teixeira, Rolando Boldrim e outros...

    Na safra atual temos alguns bons na MPB, como Moska, Lenine, Marisa Monte, Skank...

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  23. Dispois que música caipira passou a ser chamada de sertaneja é que a coisa estragou. Bão mesmo é os tempo de Jararaca e Ratinho, além d'eu próprio, é claro.

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  24. Odeio réplicas,mas hoje vou abrir um parêntese só para deixar o anônimo de 13.51 mais irritadinho. É notório que a MPB caiu de madura depois que o regime afrouxou pois as cabeças coroadas eram movidas ao protesto de forma implícita ou explicita.Burlar as regras era um jogo de gato e rato e claro que os ratos levavam vantagem,pois os gatos eram limitados.Depois disso a criatividade foi para o espaço e as composições desapareceram e com elas os intérpretes .Aparece um ou outro bom de bico,mas lhe falta matéria prima e aí entram os sertanejos,que naquela época seriam criadores de "mela cuecas",nada mais que isso.E o espaço para funkeiros ficou livre e associado a outras "castas sociais".Repito que os nossos grandes autores musicais se mumificaram e hoje vivem a fazer "revivals".A Rita Lee que foi citada deixa claro no seu livro que a situação ficou preta.Procurem saber quando ela fez seu ultimo show.Estão todos escrevendo biografias para faturar um trocado a mais ou vivendo de direito autoral.E aí,Viva Anita e Ludmila.EDepois ainda perguntam porque sou Do Contra.

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    1. Apesar de achar que você não passa de um encrenqueiro que, como disse a Alcyone tempos atrás, só quer aparecer, vou lhe responder. Para quem não conhece o atual estado das chamadas reproduções fonográficas parece também não se dar conta de que o antigo sistema que era gerido pelas empresas/editoras do ramo acabou. Uma ou outra, tal qual os antigos LPs, ainda tentam resistir. Um exemplo é a Biscoito Fino, por coincidência com sede na Av. Pres. Wilson, no Castelo. As restantes mal vão das pernas, inclusive as ligadas às redes de tv. O resto são as chamadas produções independentes, geralmente por iniciativa dos próprios interessados. Com a expansão da Internet e os atuais sistemas de divulgação de vídeos (leia-se You Tube) surgiu a possiblidade da utilização desse tipo de mídia. Assim qualquer um é cantor, músico ou compositor, independente do gosto ou qualidade musical. Desta forma todos os segmentos têm a oportunidade de divulgar o que lhes interessa e as tvs vão na onda do que produz a maior audiência. E assim só pioram o cenário, aumentando a preferência pelo lixo musical. Só a música gospel tem alguma organização por óbvios motivos financeiros.

      O que não admito é envolver nesse cenário de desordem os verdadeiros talentos da música: os músicos, que terminam ganhando uma merreca para acompanhar ou fazer arranjos para esse bando de incompetentes e ignorantes em termos musicais. Quanto ao resto até posso concordar, inclusive que você, seja quem for, não passa de um recalcitrante inconveniente.

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    2. Ótima análise da situação. Só fiquei com uma dúvida. Em 20 dias uma letra chamada Meu "pai" Ama Você vendeu 10.000.000 de unidades.
      Faz tão pouco tempo nosso gosto musical era apurado. Foi uma mudança muito drástica para tão pouco tempo. A música ouvida em Ipanema e na Baixada era a mesma. O LP MEL era ouvindo e cantado por todos independentemente da classe social, região e situação financeira.
      Digna de um bom estudo sociológico a mudança nas atitudes me parece uma agressão moral, do tipo das pichações.

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  25. Pelo visto as coisas realmente mudaram.Sempre faço uma avaliação pelo que vejo em Vix.Esta semana,show marcado com a Maria Gadu na área de eventos do Shopping Vila Velha e calculo no máximo 5 mil lugares,entre mesas e cadeiras.No mesmo dia um tal Léo Magalhães,mas em um grande Cerimonial,onde caabe mais gente.Na semana que vem Almir Sater,Renato Teixeira e Sergio Reis na Arena Vitória.Calculo 9 mil lugares.No dia 15 Zé Ramalho em Guarapari,onde calculo 5 mil no alto.Nando Reis mais para meados de Maio,também em Vila Velha.Agora semana passada,Jorge e Matheus,Simone e Simaria(?)e Safadão(????)Pavilhão de Carapina,mais de 15 mil....E onsidero´Vix um bom referencial,pois a agenda está sempre com pedidas que variam de Amado Batista a Anita.Sem espanto!!!!

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  26. E não podemos ser passionais ou mais realista que o rei.Negócio é negócio.Tenho um fiel na minha igreja que é braço direito de um dos maiores,senão o maior,produtor de shows em Vix.Quando questiono a qualidade" dos eventos ele me responde com o retorno $$$$.É como mostrei acima.A Maria gadu é um show de "risco moderado".Nunca se sabe se a casa vai encher.Levando o Safadão não tem tempo ruim, É gente pelo ladrão em espaços cada vez maiores.Grana na mão.Contra fatos...

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  27. Engraçado como hoje a mídia (TV Globo) manipula a tendência e o gosto musical da maioria da população (a analfabeta) no Brasil. Desde o ressurgimento da Lapa, muita gente boa por lá apareceu, tantos músicos, cantores e conjuntos, porém com exceção da Tereza Cristina, jamais vi algum deles participando de programas da Globo.
    Uma pena que essa geração que lá apareceu, só seja conhecida no RJ e não tenha divulgação e projeção nacional. Porém pagodeiro, funkeiro e sertanejo, tem livre acesso na emissora do Plim, Plim, e tentam impor goela abaixo do povo Carioca essas bostas musicais, em programas medíocres como o Faustão e da Regina Casé.

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    1. Acompanho a Tereza Cristina desde que ela era novinha, acanhada, nem se mexia para cantar. Lapa, Santa Tereza e TV Cultura propagaram seu nome. Ótima compositora. Não lembro de te-la visto na Globo. Sempre torci por ela.
      Gente boa tb os donos do cinema de Santa. Quanta dificuldade, o projetor antigo, a fita quebrando e a gente lá dando a maior força. Por vz devolviam o dinheiro da entrada. Difícil era receber.

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  28. Grande botafoguense Lino,eu pergunto:dá para levar a sério um programa chamado Esquenta?Vários espantos!!!!

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