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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

BOULEVARD 28 DE SETEMBRO



 
Hoje temos três fotos do Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel. A primeira, publicada em 18/11/2010, como etapa do “Concurso Sherlock Holmes”, gerou 186 comentários entre respostas e reclamações...
Esta foto é do princípio do século XX. Pouco tempo depois só a iluminação do canteiro central ficaria no local. Pelas árvores não vemos as luminárias junto com os suportes da linha do bonde, que está pouco mais a frente. O local exato ficou indeterminado.
Segundo o Lino, esta é a antiga Rua do Macaco, que dava acesso à Fazenda dos Macacos, doada por D. Pedro I à sua 2ª esposa, Amélia de Beauharnais. Com a partida de D. Pedro I, em 1831, para Portugal, a mesma foi abandonada.

Somente com a retificação do Rio Joana, em 1870, é que o interesse volta-se novamente para a fazenda. A partir daí, devido ao crescente estímulo de ocupação da área, é feito um levantamento cartográfico, que indica a Rua do Macaco, atual 28 de Setembro, como via principal de acesso à fazenda.

Em 1871, João Batista Viana Drummond, empresário progressista, ao perceber que estava diante de uma área com potencial de desenvolvimento comercial solicita à Corte a instalação de uma linha carril ligando a Fazenda dos Macacos ao centro da cidade e, mais tarde, a compra da Fazenda, para nela dar início ao que viria a se tornar o primeiro bairro planejado da cidade do Rio de Janeiro - Vila Isabel.
 
Em novembro de 1873, a Companhia Arquitetônica, já fundada no Rio de Janeiro, obteve os direitos de propriedade transferidos por Drummond, a fim de possibilitar a urbanização da área, decidindo que o novo bairro ostentaria uma aparência moderna como à de Paris.

No projeto, constava uma larga avenida, arborizada no centro por todo seu trajeto, que culminava na Praça 7 de Março (atual Praça Barão de Drummond), em homenagem à data de instalação do gabinete do Visconde do Rio, em 7 de março de 1871.
As duas últimas, mais recentes, são do acervo do Correio da Manhã.


16 comentários:

  1. A vila de casas construída pelo português Manoel Tavares, meu bisavô, no inicio do Século XX e que ficava ao lado da atual igreja de Nossa Senhora de Lourdes na Vinte e oito de Setembro não existe mais, mas foi para lá que fui logo após minha mãe sair da maternidade do Hospital da Ordem Terceira após o meu nascimento, sendo portanto ali minha primeira residência. Hoje ali existe um prédio de apartamentos mas a região contém as minhas primeiras lembranças, como o som matinal dos sinos marcando seis horas, ou a "carreira" que eu dei após me soltar da mão de minha avó e atravessar uma espécie de canteiro central que havia. Ali também nasceu meu pai e em uma das missas diárias que eram realizadas na igreja, conheceu minha mãe. Mas os tempos eram bem diferentes...

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  2.   Bom dia!

       A fazenda do macaco foi comprada de Amélia de Beauharnais pelo Barão de Drummond em prestações. Dizem que foi um golpe de mestre, pois D.Amélia morreu sem herdeiros e em testamento perdoava a todos que lhe deviam dinheiro.

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    1. A história é um pouco diferente. A fazenda dos macacos pertencia a uma das filhas de D.Pedro II e foi vendida em 1871 ao Barão de Drummond em suaves prestações. Com a morte da irmã da Princesa Isabel sem deixar descendência, a divida foi se arrastando sem que o barão se dispusesse a paga-la e aí caiu no esquecimento. Essa cláusula no testamento que "perdoava a dívida" é novidade, ainda mais em de tratando da família imperial.

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    2. Bem... Foi dote de casamento de D.Amélia. Nunca ouvi falar que pertencia a Princesa Leopoldina que tinha 4 filhos, marido e pais quando faleceu.

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  3. A primeira foto é belíssima, bem como toda a história do bairro, incluindo o golpe de mestre do testamento de D. Amélia, aqui em cima explicado.
    Há uma comédia francesa que trata de uma forma de correção de prestações a longo prazo, a ser extinta com a morte do vendedor; no filme, um pobre coitado aceita a correção pela cotação do alumínio, que pouco valia nos anos 20 - panelas, ora panelas...
    Porém, com a explosão da indústria aeronáutica, a cotação do alumínio foi às alturas, levando os espertos compradores à falência, embora tentassem, por muitos meios e décadas, provocar a morte do vendedor.
    Na foto 2, o Barão de Drummond-Leblon, antes de virar 498. Estimo que a foto seja de 59-60, pois esta carroceria horrível foi logo substituída por algo menos feio. Uma Rural-Willys 1959, chapa branca do Distrito Federal, aguarda a autoridade, enquanto a Kombi 57, ou perto, de parachoques verde e creme, faz a entrega do pão francês.
    Na foto 3, o cidadão explica à mulher que carcomido é assim, como o dormente sobre a calçada e que ele está longe desse adjetivo, com que fora brindado por ela no café da manhã. Um diplomata, o cidadão.
    É uma foto bem mais antiga, vemos um Mercury 1951 e um táxi Pontiac 1946-48. O friso na mala, embora pareça ser único é o primeiro dos quatro... controvérsias serão bem aceitas.

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    1. "Boa noite".

      Acredito que o Biscoito tenha digitado errado a linha que era a 438, extinta poucos anos atrás. Ainda existem outras versões da linha com outras numerações.

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  4. A primeira foto, dos anos 10, mostra o trecho onde em frente e à direita da foto seria construído o Hospital Pedro Ernesto. Na segunda foto o ônibus passou pelo cruzamento com a Visconde de Abaeté, e na terceira foto, os sobrados que aparecem à esquerda da foto e do outro lado da rua, está a esquina da rua Silva Pinto. Como curiosidade, os bondes circularam na Vinte e Oito de Setembro até Março de 1965, quando a linha 75 deixou de circular. Até 1918 a igreja de Nossa Senhora de Lourdes funcionou no convento existente na Praça 7. Irônica e profeticamente, os nomes originais nunca foram tão apropriados. Os assaltos em Vila Isabel tornaram a região insegura, já que os assaltos são frequentes. Leis ridículas e a associação de políticos com o tráfico de drogas são a causa principal de um problema que é comum no Rio de Janeiro.

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  5. Um lindo bairro sem dúvida num passado não muito distante que formava com a Tijuca , Grajaú e Lins os mais belos da zona norte.

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  6. Bom Dia ! O ônibus é um chassis Steyer. Era tão ruim que só duas fabricas de carrocerias, Metropolitana e Vieira tinham coragem de aceitar encomendas desta marca,e assim mesmo com pagamento à vista. FF. Nos grupos de Busólogos e de Férreo-amantes que participo no Faceboock,tenho perto de 850 amigos. Destes, 32, apenas 32 não gostam do Bolsonaro. Estão no seu legítimo direito de gostar ou não dele. Desses 32,somente 4 manifestam-se educadamente.Os demais sempre que se referem a ele usam palavras chulas ou apelidos jocosos,e inverdades plantadas com intuito de denegrir sua conduta. Fico pensando. Será isso efeito dos 14 anos de " Brasil Pátria Educadora"?

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    1. Mauro xará, sem dúvida alguma a falta de informação e a "doutrinação esquerdista" são os principais responsáveis por esse estado de coisas. "Dividir para conquistar". Essa máxima castrense se aplica perfeitamente à situação do Brasil. A separação existente entre brancos e negros, gays & assemelhados e heteros, e evangélicos e católicos, que antes não existia, é um exemplo dessa luta de classes. Devido às diferenças naturais e incontestáveis entre negros e brancos, a esquerda culpa os brancos por tal atraso e quer dotar a raça negra de inúmeras vantagem e prerrogativas absurdas, ainda que contrariem a constituição! No campo sexual, existem inúmeros e absurdos projetos de lei, em sua maioria de autoria do "anormal" Jean Wyllis, que entre outros torna a prostituição uma carreira e também um que permite o ato sexual com crianças a partir de 12 anos. Ficamos indignados com tais realidades e isso interessa à esquerda, que de outro lado já vem doutrinando nesse sentido há muito tempo. Por isso Mauro, penso como Stanislaw Ponte Preta quando dizia que "homem que desmunheca e mulher que pisa duro eu conheço no escuro"...

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  7. Perdi o comentário, mais uma vez.

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  8. Na próxima sexta, 28 de setembro, há comemorações pelos muitos bares da avenida.

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  9. Boa tarde a todos. Vou tentar novamente enviar meu comentário. O Barão seguiu rigorosamente as regras do jogo que ele mesmo criou.
    1ª Vale o que está escrito.
    2ª Após o resultado o sorteado tem 3 dias para reclamar o seu prêmio, após este prazo perderá o direito ao mesmo.
    3ª Em caso de divergências vale sempre a interpretação da banca.
    4ª Boa sorte é o que desejamos a você e a nós também, para que possamos honrar com nossos fregueses premiados.

    O palpite acima 8228 do Carneiro é uma boa pedida para às 14:00H, porém antecipamos que a mesma está cotada em 30% M e C e 50% G e D.

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  10. Não gosto e nem voto no Bolsonaro e muito menos gosto do Jean Willys.Extremos.

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  11. Certo dia Caio Julio César, que mais tarde seria imperador romano, disse uma célebre frase quando se encontrava às margens do rio Rubicão prestes a enfrentar as tropas de Cneu Pompeu em 49 A.C: "Alea jacta est". Significa "A sorte está lançada". Vivemos um dilema semelhante e que pode selar o destino do país. Para os "agnósticos políticos" a expressão nada significa, já que não implicará em nada que possa impedir o "churrasco na laje ou o baile funk" e são apenas palavras desconhecidas em uma língua esquisita. Para a esquerda significam a certeza de um futuro nebuloso que implicará em uma conduta ordeira e sem vícios morais, onde o trabalho será obrigatório e a família será o verdadeiro pilar do Brasil. E para os brasileiros de verdade será uma verdadeira redenção.

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  12. E se as pesquisas andarem corretas o PT ainda vai dar muito trabalho e pode voltar ao poder para continuar seu objetivo de comandar por pelo menos 50 anos.Ficaram 30 anos estudando o jogo quase 15 jogando.E parece ter operado milagres,para continuar com tantos seguidores.É um grande espanto,mas parece mais verdadeiro que nunca.


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