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sexta-feira, 15 de março de 2019

IPANEMA - ANOS 60




 
Como dizia Vinicius nos anos 60, Ipanema era só felicidade.
 
Foi uma época especial, com a Bossa Nova e os Beatles, muita cor, o movimento hippie, ainda pouca gente e sem prédios altos.
 
Foi um privilégio viver aquele tempo de praia, tomar um chope, no Zeppelin, no Veloso, no Jangadeiros ou no Castelinho, ir a espetáculos de música nos teatros da Praia, Santa Rosa ou Poeira, frequentar o Pax, o Pirajá, o Ipanema, o Bruni e o Astória (ou, no final da década, assistir aos programas ao vivo na TV Excelsior).
 
Tomar sorvete no Morais e comer no Bob´s da Garcia D´Ávila. Bailes de carnaval no Caiçaras, bailes de formatura no Monte Líbano, passear no Jardim de Alá. Remar na Lagoa e pegar onda no Arpoador.
 
Ouvir a pregação do Frei Leovegildo, patinar no gelo ao lado do Pax, comprar pão na Padaria Eldorado e presunto na Casa Nelson, na Montenegro. Onde também tinha as pizzas do Pizzaiolo, que rivalizavam com as do Varanda.
 
Pegar o 14 até a General Osório ou o 13 até o Bar 20. Dirigir sobre os trilhos do bonde da Visconde de Pirajá, ainda de paralelepípedos.
 
Comprar roupa nas inúmeras butiques de Ipanema, como a Mariazinha, a Bibba, a Aniki Bobó, a Frágil, a Blu-Blu, a Company.  Flanar pelo simpático comércio do bairro depois do jantar era um grande programa, bem como frequentar a "corrida de submarinos" no Castelinho.
 
Bons tempos.

15 comentários:

  1. Peguei o finalzinho da década de 60 em Ipanema, indo à praia nas greves da UFRJ de 1968. Era mesmo só felicidade.
    Na primeira foto, dá para reconhecer um picape Chevrolet C-14; e, na última, uma Vemaguet Rio, de 1965.

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  2. Posso dizer que vivi parte dessa realidade no último ano (1970) da década mencionada. Na primeira foto parecem militares saídos do forte de Copacabana, onde nesse tempo havia uma parte que era localizada na Francisco Otaviano e no Arpoador. Na segunda foto "o que seria a figura mexendo nas roupas?" Seria uma mulher? Eu gostava mesmo era do sanduiche de filé mignon com abacaxi do Chaplin. Certa vez eu ganhei de presente uma "jump ball", uma bola de borracha enorme onde se sentava em cima e saía quicando. Esse "artefato" era vendido em uma espécie de papelaria/loja de brinquedos que havia na Visconde de Pirajá entre a Montenegro e a Farme de Amedo. Nessa época ainda não havia o pier e a Feira Hippie era ainda incipiente...FF: Ontem foram insuportáveis algumas manifestações em razão do aniversário da morte da vereadora Marielle. Em uma cantina de uma academia, encontrei um casal de amigos que tem o mesmo viés político que eu, que ao me ver chegar e à título de "zoação" gritou: "Marielle presente!" Ao que respondi também na brincadeira: "Ustra presente!" Foi o suficiente para um jovem com piercing no nariz "dar uma rabanada" e sair resmungando impropérios e sem pagar a conta. A intolerância política é impressionante...

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    1. "Não suportar" também é uma intolerância.

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    2. Sem se prender significado estrito, "Não suportar" é pessoal, individual. Eu não tolero funk mas não acho que deva ser erradicado (isto sim, intolerância)

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  3. Bom dia, Luiz, pessoal,
    Estes bichos de plástico da última foto eram contemporâneos das pipas em forma de pássaro, ambos vendidos nas praias. Também havia grandes bolas roxas e/ou rosadas, ideais para se levar para a piscina.
    Já a terceira foto deve ser publicidade de alguma loja. Mesmo na época, será que alguém andava com aquele boné ?

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  4. Bom para quem experimentou...Penso que a galera de hoje foi massacrada por informações deturpadas com conotações puramente políticas e de interesses próprios,levando a esquecer que apesar de tudo existia paz e respeito alem de grande dose de amor.Deu no que deu.

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  5. Bom dia a todos. Uma época em que tudo era bem mais simples, bem mais barato, sem preconceitos, para mim a vida se traduzia em ir a escola, jogar bola, ir a praia, ir ao cinema, festinha no final de semana, ouvir música. Ir a Ipanema só já no início dos anos 70 para ir a praia, encontrar com amigos e amigas do cursinho vestibular, ir no amigo Fritz lanchar, já no final de 70 e início dos anos 80 para encontrar a minha atual esposa na Praia, depois do jogo de domingo no Aterro.

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  6. Bom dia, Dr. D'.

    Ipanema era um bairro de passagem para mim. Hoje, nem isso.

    Devo ter ido no máximo duas vezes na década de 90.

    FF: aproximadamente 50 mortos (até agora) em dois ataques a mesquitas na Nova Zelândia. Tem maluco (ou coisa pior) em todo lugar, como já vimos hoje.

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  7. A década de 70 ainda foi boa; me lembro na Montenegro de um bar simpático com um ótimo chope, o Braseiro (bem menos badalado que o Veloso).
    Na Visconde de Pirajá, o Chaplin de ótimos sanduíches e a butique Mau Mau.
    A Ipanema atual - guardadas as devidas proporções - tomou ares de Copacabana.

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  8. Infelizmente freqüentei pouco nessa época, e só a partir de 67. Andei muito por lá a partir de 72, quando freqüentei quase todos os citados. Depois meu grupo fez o que muitos fizeram: foi aos poucos transferindo as atividades de lazer para o Leblon, começando pelo Luna Bar no endereço original, não o decadente reaberto em Ipanema.

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    1. Olá, Masc. Você frequentava o Luna na década de 1960? Como era aquele pedaço do Leblon?

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  9. Ipanema, Leblon, e Lagoa eram locais "quase remotos" até a abertura dos túneis. Quem viveu esse tempo sabe que a sociedade encontrava equilíbrio devido às corretas posições em que cada um se encontrava. Daí não havia "inversão ou superposição" de nada que não estivesse em seu devido lugar. Quando começaram querer modificar a ordem natural das coisas a sociedade saiu de seu eixo e o resto todos já sabem...

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    1. Oi, Joel. Sim, entendo o que você diz. Eu sou de São Paulo, e aqui as coisas são mais "separadas". Posso te fazer uma pergunta? eu queria saber mais aí sobre a história do Leblon... cheguei aqui porque eu estava procurando saber sobre o bairro na década de 1960. O Leblon era mais desligado do resto da cidade? O senhor se lembra como era?

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  10. Suzano, Nova Zelândia - em que mundo bárbaro estamos vivendo.

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