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segunda-feira, 17 de junho de 2019

GASOGÊNIO


 
Mais uma estupenda colorização do Nickolas Nogueira, desta vez um automóvel movido a gasogênio em frente ao Hotel Glória.
Durante a 2ª Grande Guerra, com o racionamento dos combustíveis a solução foi utilizar o gasogênio. Requeria um equipamento acoplado na traseira dos veículos. O motor adaptado para gasogênio funciona com os gases (nitrogênio, hidrogênio, monóxido de carbono, metano) obtidos pela queima do carvão ou da lenha.

Entre as companhias que forneciam o gasogênio havia a Gohin Poulenc. Vejam a propaganda:
“Use o GASOGÊNIO GOHIN POULENC, de reputação mundial pela sua qualidade.
Sua grande suavidade, devida à ventoneira, dá com o gás uma marcha incomparável.
Sua rapidez no acender assegura uma partida instantânea, sem ventoinha.
Sua leveza e sua robustez, não tendo guarnição refratária frágil, o seu peso diminuto não constitui uma carga para o chassis.
Sua simplicidade que torna a conservação facílima.
Sua regularidade na marcha fornece ao motor, seja qual for a velocidade, um gás de qualidade constante, que assegura uma potência constante e boas reprises, sem recorrer à gasolina.
A pureza do seu gás que na saída do filtro patenteado é tão limpo que a vida do motor fica prorrogada e o consumo de óleo lubrificante reduzido.
Enfim, a compra de um gasogênio GOMIN POULENC constitui uma ótima colocação do seu capital e um seguro de vida para seus motores.”

20 comentários:

  1. Acho que nunca se inventou algo pior do que o gasogênio. Se Arquimedes viajasse no tempo e visse um, teria certeza de que a civilização romana só podia dar nisso.
    Trata-se de um modelo francês, sabe-se lá como apareceu em plena guerra mundial por aqui. Havia outros, mais rudimentares. Nenhum era bom.
    A cobaia sobre quatro rodas da foto é um Cadillac 1941 Series 62, muito bem colorizado, pois esse dourado metálico era disponível, na época.
    Destaca-se na foto a placa DF 11-11, sem dúvida um bom palpite para o jogo do bicho.

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    1. Como o assunto é gasogênio surge uma lembrança do Dudu ou Lulu neste palpite do Cadillac.A banca vai reduzir o premio especialmente pela aposta do Lino....

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    2. Guardadas as "precárias condições" do Brasil de antanho e a falta de "melhores opções tecnológicas", foi o que de melhor se pode apresentar, já que a mais próxima seria o uso de "cipós" E naquele tempo não havia uma criminalidade como a atual, ávida para roubar e furtar, pois caso houvesse, o equipamento estaria exposto. Mas eram "outros tempos", tempos em que "tudo estava em seu lugar".

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  2. So falta o Biscoito completar o show da postagem.A propaganda é muito interessante e de repente lembrei do carro a alcool talvez pelo quesito da "partida instantanea".Vamos ouvir os especialistas.

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  3. Uma solução criativa e que era acessível à todos, com um custo aceitável. Em uma cidade com poucos carros e facilidade de estacionamento, era um "quebra-galho". Atualmente o gasogênio seria totalmente inadequado por inúmeras razões e a principal era o tamanho. Além dele havia a precariedade, o perigo de incêndio, a sujeira, e muito mais. Qual era o custo? Meu avô teve um ou dois carros desse tipo e falava "maravilhas" dele.

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  4. Bom dia, Dr. D'.

    Já tinha visto a foto no grupo. Cada época tem o seu kit gás ou Proálcool. Hoje é o motor flex, combinado ou não com o kit gás.

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  5. Bom dia,Luiz,pessoal,
    Entende-se que o gasogênio era apenas um expediente temporário, devido ao racionamento durante a guerra.Tenho a impressão que era altamente poluente, rendimento baixíssimo,pesado, incômodo e dificultava a visão traseira.O pouco que eu ouvi a respeito dos contemporâneos foi negativo.
    Imagina uma batida por trás com um negócio desses!

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    1. Uma grande porcaria de antanho que só mesmo as viúvas ficam a relembrar e glorificar.Poluente,inseguro,péssimo rendimento e ainda deletava o automóvel.Hoje temos o Flex e mais um motivo para ser Do Contra.

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  6. Fica uma pergunta: pode-se pegar um carro já meio velhinho, tipo um Opalão, e colocar essa trapizonga pra funcionar? Será que valeria a pena?

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    1. Wagner: em determinada Cidade do interior Mineiro,é exatamente um opala 70, que convertido a gás leva seu proprietário todos os dias para sua fazenda de café. Um detalhe: a conversão foi ele mesmo quem fez usando o mesmo sistema de uma empilhadeira que tem na fazenda e usa gás de botijão, e ele garante que funciona melhor e faz mais Km que o GNV.

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  7. No final dos anos 40, em Bonsucesso, um certo Sr. Patrick ainda possuia um Ford 1934 movido à gasogênio. Era uma trapizonga imensa, montado na traseira do veiculo. O melhor era na hora de desligar, quando um fósforo era lançado perto do gasômetro e uma lingua de fogo com mais de 2m de altura era lançada para cima. A criançada adorava...

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    1. Precisava mesmo fazer isso? Então era pior do que eu pensava!
      E,mais estranho ainda, depois da guerra ainda havia como abastecer o sistema? Pensei que a gasolina convencional tivesse voltado imediatamente e as pessoas corressem para desconverter seus carros.

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  8. Obviamente, faltando petróleo, no Brasil atual a solução seria o álcool e o GNV, mas o número de veículos com motor a explosão seria reduzido drasticamente aumentando correria para comprar elétricos.

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  9. Falar nisso, pelo que li na grande rede de computadores, os produtores de cana não querem a redução da alíquota do imposto do álcool combustível aqui no Rio. As explicações deles são tão complicadas que seria preciso ouvir uma economistas e contabilistas para entender se tal coisa tem algum cabimento.
    Para mim uma redução de alíquota ajuda a aumentar as vendas de qualquer produto e consequentemente o faturamento dos produtores.
    Ou os plantadores da cana fluminense não estão em condições de atender o aumento do consumo e estão inventando outra desculpa?

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  10. O etanol e o GNV poderiam ser soluções definitivas no campo dos combustíveis aqui no Brasil, mas muitos interesses ilegítimos prevalecem para que isso não aconteça. Combustíveis não poluentes e abundantes, mas lamentavelmente inacessíveis para a grande maioria pelo preço exorbitante e pelos entraves múltiplos causados pela criminosa atuação do Estado.

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  11. Por acaso algum dos comentarista já viu alguma partida desta Copa América?Pelo que vi até agora,mesmo os jogadores que atuam na Europa estão em dívida e os jogos foram de baixa qualidade.Daria uma colher de chá para a Colombia que mostrou ser um time mais organizado e com alguns jogadores de bom nível,sendo que o nosso amigo Cuellar está na reserva.Uruguai pegou uma sopa e ainda jogou com um a mais e Paraguai empatou com o convidado...Até agora só jogo baranga incluindo o do Brasil onde o time parece jogar por obrigação e mostra muito cabeça de bagre.Já estou com saudades do Brasileirão pois por incrível que pareça este a gente já sabe que um indutor de sono.

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  12. Apesar do trambolho na traseira, é possível admirar a classe e a elegância do Cadillac, outra das coisas boas da terra do Frank. Sinatra, lógico

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  13. Boa noite a todos. Não uso nenhum combustível que não seja gasolina em meus carros. Não acredito em nenhuma iniciativa do governo com relação a combustíveis alternativos, só fui enganado uma vez. Acho que o automóvel está parado em frente ao Hotel Gloria. Voltei para conferir e vi que no texto já informava que o carro estava estacionado na frente do hotel citado.

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  14. Já reli todos os comentários de hoje e não encontrei as tais ''viúvas'' saudosistas a glorificar o sistema de gasogênio. Muito pelo contrário. Ou estou fraco na interpretação de texto ou o comentarista que fala essas coisas inventa estorinhas só para ''marcar território''.
    E já não é a primeira vez.

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  15. Tantos comentários mas com uma visão atual, providos de todo o conhecimento que trazemos em nossa bagagem cultural.
    Olhando pelos tempos de "antão" (como alguém já colocou) foi uma novidade "moderna" que solucionou s falta de combustível por conta do racionamento. Lembrem-se que não havia nenhum conhecimento sobre poluição, meio-ambiente, etc

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